Esp.MAE
Leiria


Foto:Mário Felizardo(direitos reservados)
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Mário Sérgio Felizardo
Agora vamos aguardar que o Moutinho satisfaça a tua solicitação



Fernando Moutinho
Cap.Pil.
Alhandra
Acabei de ler o último vôo de Fabrício Marcelino.
Será que ainda estivemos juntos? Iniciei essa comissão nos primeiros dias de Julho de 1963.
Mas, a razão principal deste mail, será o de acrescentar um pouco mais algumas recordações dessa época.
Reviver algumas evacuações mais insólitas.
A primeira, vinha da Ilha do Como onde decorria a Operação Tridente.
Já a escurecer, ao aterrar em Bissau, da Torre perguntam-me se tenho combustivel para efectuar uma evacuação de Teixeira Pinto. Após resposta afirmativa perguntarão-me se estava disponível para a efectuar. Resposta afirmativa mas que me garantissem a pista de Teixeira Pinto iluminada (com viatiras) à chegada. Ao chegar a Teixeira Pinto sou surpreendido com uma iluminação tão vasta que me dificultou a aterragem. Eram luzes por todo o lado. Parecia um arraial luminoso. Enquanto se carregavam as duas macas, aproveito para pedir ao Comt de Batalhão para reduzir o número de viaturas.
Assim se fez. Efectuei 1 hora de voo nocturno nesse DO-27.

A segunda já ao fim do dia, chega um pedido de evacuação para 2 feridos após emboscada do IN na zona de Olossato. As nossas forças estavam a regressar ao quartel com os feridos, a evacuar do aerodromo local. Simplesmente era quase noite.Como a noite estava escuríssima, pedi apoio dum T-6 para o regresso, em virtude do DO-27 não ter RadioCompass. Lá fui e fiquei a agurdar a chegada dos militares. Simplesmente o tempo foi passando e o T-6 teve de regressar. Finalmente chegaram 2 viaturas com os feridos. Eu e o mecânico, na escuridão lá acomodamos os feridos mas, ... surpresa, os miliatres e as viaturas desapareceram. E, nós com os feridos sem qualquer espécie de iluminação para nos ajudar. Como a pista era grande e relativamente larga, resolvemos tactear a descolagem com auxílio do farol que só era útil com a cauda no ar. Pouco motor, em frente, mas, íamos directos à margem esquerda. Nova tentativa com uma correcção e já com a cauda no ar foi fácil continuar.
Situações por vezes complexas.
Um abraço
VB: Bom-Dia Fernando.
Ao ler este teu voo,e recordando algumas das evacuações em que participei,fiquei com uma interrogação muito grande: Em que condições eram feitas estas evacuações naquela época ( 1963)?
Suponho que efectivamente devem ter estado juntos na Guiné,certamente que têm episódios em comum.Vamos aguardar por eles.

“OUTRA VEZ”?!….
 
  Legenda: Entrada para o Nordatlas na BA12
Foto: João Henriques (direitos reservados)
Estive na Torre de Controle até o avião aterrar, já era noite escura. Havia dentro de mim qualquer coisa que me dizia para ajudar.
Já havia na pista, ambulâncias e Helis, houve uma tamanha atrapalhação, que eu acabei por pegar numa ponta da maca e com toda a gente a correr, encaminhei-me para o Heli , apoiei a ponta da maca à entrada e diziam-me para entrar, mas como emocionalmente comecei a fraquejar, desviei-me para entrar outro.
Isto aconteceu próximo ao 25 de Abril, aconteceu também que devido à confusão, houve trocas de feridos, algum mais grave que deveria ter ido no Heli, foi na ambulância e vice-versa.
Esta foi mais uma que mostrou o desempenho dos especiais e o seu profissionalismo.
Mais um abraço a todos e até ao próximo voo.
Que continue o convívio.
Legenda:Guiné, jantar em Safim : Esqª para a Drtª camisa preta, eu, o próximo de preto Saial, Governo, Fresco, Viegas de bigode e Rodrigues, os outros não me recordo os nomes.
Foto: João Henriques (direitos reservados).
 Legenda: Clube de especialistas em Tancos.
Legenda: Clube de especialistas em Tancos.
Foto: João Henriques (direitos reservados).
Legenda: Tancos, uma macacada.
Foto: João Henriques (direitos reservados).
Voos de Ligação:
Voo 1965 X ALMOÇO DOS MILITARES DA BASE AÉREA Nº3,TANCOS.
Voo 1962 MEMÓRIAS QUE NÃO DEVO ESQUECER.Carlos Ferreira
Esp.Rádio
Coimbra
X ALMOÇO CONVIVIO DOS MILITARES E CIVIS INCLUINDO FAMILIA QUE PASSARAM PELA BASE AÉREA N.3-TANCOS
DECORREU NO PASSADO SÁBADO DIA 23 DE OUTUBRO O EVENTO ACIMA REFERIDO.
.PELAS 10:00 HORAS EM FRENTE À IGREJA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA NO ENTRONCAMENTO, COMEÇARAM A APARECER OS PRIMEIROS PARTICIPANTES. ATÉ ÀS 10:30 OS ABRAÇOS DA ORDEM E O CONTAR AS ÚLTIMAS.
ÀS 10:30 ENTRÁMOS NA IGREJA E ASSISTIMOS À MISSA CELEBRADA PELO PADRE BORGA. FINDO ESTA TIRÁMOS A FOTO DE FAMILIA E ENCAMINHÁMO-NOS PARA O EMPREENDIMENTO TURISTICO DA QUINTA DA PEDRA BARQUINHA - ENTRONCAMENTO.
OS DESENFIADOS DA MISSA JÁ POR LÁ ESTAVAM, E PARA OS CONHECIDOS VAI DE ABRAÇOS E PALEIO.
PELAS 12:00 HORAS COMEÇÁMOS A DAR AO DENTE E SÓ TERMINÁMOS CERCA DAS 17:00.
CORTOU-SE O BOLO DE ANIVERSÁRIO BEBEU-SE O ESPUMANTE DA PRAXE, NOMEOU-SE A COMISSÃO PARA 2011 E CADA QUAL RUMOU ÀS SUAS TERRAS,
DOS QUE POR LÁ ESTAVAM E ULTRAPASSAVAM AS DUAS CENTENAS, RECORDO E CONVIVI COM O GENERAL ESTEVENS, CUBAS OS CABOS PRIMOS FIGUEIREDOS DA ASSEICEIRA OS IRMÃOS JOAQUINS (OS GEMEOS) CAP.BERNARDO CORREIA DE RADIO, CAP.DOMINGUES E MUITOS OUTROS QUE SE CRUZARAM CONNOSCO TANTO AQUI COMO NAS TERRAS QUENTES DE ÁFRICA.
PASSOU DEPRESSA ESTE DIA A QUE NÃO DEIXOU DE COLABORAR O S.PEDRO, SINAL DE MAIS UM DIA MEMORÁVEL.
PARABÉNS PARA A ORGANIZAÇÃO QUE TUDO FEZ BEM.
CARLOS FERREIRA M/RÁDIO DA 1.A DE 68
 Por tal  motivo, eu não ia fazer evacuações. Sempre reconheci os  perigos de vida a que eram expostos os colegas que o faziam. Refiro-me a  todos, sem excepção,pilotos,mecânicos e enfermeiras.Embora não fosse  fazer evacuações,pelos motivos apontados,não me inibiu, de ter que  agarrar por variadas vezes, em feridos graves e esventrados.Passaram 48  anos, mas dos muitos que me passaram pelas mãos, recordo ainda hoje o  dia 8 de Dezembro de 1962.Era o dia da mãe nessa altura.Tanto os  pilotos,como mecânicos éramos poucos e os ataques constantes. Os mesmos  tinham-se intensificado uns dias antes,os aviões só estavam parados o  tempo suficiente para as inspecções,abastecer e municiar. Nós andávamos  todos derretidos, com falta de descanso e, passávamos de uma escala para  outra, sem interrupção.Recordo, que nesse dia tinha deixado o alerta de  24 horas,em que tivemos várias saídas durante a noite e, por tal  motivo, também não dormimos,de novo.Às 9 horas entrei de mecânico de dia  à Base.O Broussard, andava constantemente a sair, para fazer  evacuações.
Por tal  motivo, eu não ia fazer evacuações. Sempre reconheci os  perigos de vida a que eram expostos os colegas que o faziam. Refiro-me a  todos, sem excepção,pilotos,mecânicos e enfermeiras.Embora não fosse  fazer evacuações,pelos motivos apontados,não me inibiu, de ter que  agarrar por variadas vezes, em feridos graves e esventrados.Passaram 48  anos, mas dos muitos que me passaram pelas mãos, recordo ainda hoje o  dia 8 de Dezembro de 1962.Era o dia da mãe nessa altura.Tanto os  pilotos,como mecânicos éramos poucos e os ataques constantes. Os mesmos  tinham-se intensificado uns dias antes,os aviões só estavam parados o  tempo suficiente para as inspecções,abastecer e municiar. Nós andávamos  todos derretidos, com falta de descanso e, passávamos de uma escala para  outra, sem interrupção.Recordo, que nesse dia tinha deixado o alerta de  24 horas,em que tivemos várias saídas durante a noite e, por tal  motivo, também não dormimos,de novo.Às 9 horas entrei de mecânico de dia  à Base.O Broussard, andava constantemente a sair, para fazer  evacuações. Dos muitos feridos que chegavam e, que recebi,recordo um  oficial da Marinha, que tinha uma perna decepada um pouco abaixo do  joelho,apenas presa por um tendão na parte traseira.Mas aquele que  recordo com muita mágoa, é a de um soldado do exército, que vinha  esventrado, com as vísceras de fora, com um colega a segurar.Para se  poder tirar do Broussard, e colocar na ambulância, tive que agarrar  também as mesmas, para as colocar no abdómen.Recordo igualmente,  os gritos de horror daquele homem,que não tinha ainda tomado qualquer  medicamento, a gritar pela mãe e a pedir-nos por Deus que o salvássemos.  Logo que a ambulância foi para o hospital eu fechei-me dentro de um  F-86F e chorei como uma criança,porque o horror vivido foi tal, que era  impossível aguentar sem chorar.E volto a repetir,para mais era o dia da  mãe!
Dos muitos feridos que chegavam e, que recebi,recordo um  oficial da Marinha, que tinha uma perna decepada um pouco abaixo do  joelho,apenas presa por um tendão na parte traseira.Mas aquele que  recordo com muita mágoa, é a de um soldado do exército, que vinha  esventrado, com as vísceras de fora, com um colega a segurar.Para se  poder tirar do Broussard, e colocar na ambulância, tive que agarrar  também as mesmas, para as colocar no abdómen.Recordo igualmente,  os gritos de horror daquele homem,que não tinha ainda tomado qualquer  medicamento, a gritar pela mãe e a pedir-nos por Deus que o salvássemos.  Logo que a ambulância foi para o hospital eu fechei-me dentro de um  F-86F e chorei como uma criança,porque o horror vivido foi tal, que era  impossível aguentar sem chorar.E volto a repetir,para mais era o dia da  mãe!Manuel José Lanceiro MMA (Canibais) Guiné Lisboa Viva companheiros, aqui mando duas coisinhas, Varanda do bar do CAOP 2 – Nova Lamego...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
