segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Voo 3584 UMA MEMÓRIA COM MAIS DE MEIO SÉCULO!

 



Mario Santos
Esp.MMA
Lisboa

Cumpre-se hoje 28 de Setembro, 53 anos da minha chegada à Guiné no HC-54 Skymaster 7504.
Guardei para sempre a recordação da abertura da porta de cabine dos passageiros e da baforada de ar quente rançoso e húmido, proveniente de águas paradas e dos muitos rios lodosos existentes no território.
Esta foi a antevisão desagradável do que nos esperava: um clima doentio e que marcaria indelevelmente para sempre as nossas vidas.



Para além de muitos outros de quem não guardo memória, chegaram no mesmo voo os Tenentes Pil./ Aviadores José Nico e Rui Balacó.
Com eles convivi na Esquadra de Fiat's até ao fim da comissão.
Foram cerca de 22 meses em que interagimos diariamente na Esquadra de Tigres, eu como Mecânico na Linha da frente e eles Pil./Aviadores.
Pragmaticamente todos aceitámos o drama de guerra, irregular, assimétrica e mortífera que enfrentaríamos no futuro imediato, lutando para tentar preservar um legado deixado pelos nossos antepassados.
A guerra na Guiné teve características muito diferentes da que se travava em Angola e Moçambique.
A elevada organização da guerrilha e a forma como a sua luta se iniciou, através de acções de combate e não com massacres como em Angola, eram reveladores das dificuldades que as FA iriam ter neste território. O movimento de gerrilheiros contra o qual iríamos lutar, era o Partido Africano para a Independência da Guiné e de Cabo Verde (PAIGC).
Na Guiné, não só os factores históricos e a hostilidade da geografia e do clima tornaram difícil a actuação das FA.
Para piorar a situação militar portuguesa, em termos de apoio aéreo, fundamental para a nossa defesa, devido a pressões exercidas pelos EUA, a FAP foi obrigada a retirar da Guiné os oito F-86F, a principal arma de ataque aéreo de que dispunha. Desde a retirada destes, em finais de Outubro de 1964, e a chegada dos seus substitutos, os novos caças FIAT G-91 R4 adquiridos à Alemanha Ocidental.
As missões de apoio aéreo próximo às forças no terreno foram entretanto garantidas pelas aeronaves T-6G. Este era um avião que estava longe de possuir o mesmo poder de fogo do anterior F-86F ou do posterior FIAT G-91 R4
Aqui deixo o meu abraço de grande estima ao General J. Nico e ao Coronel R. Balacó (que felizmente ainda se encontram entre nós) assim como a todos os companheiros de todas as Esquadras e que contribuíram com o seu esforço e as suas vidas para Portugal poder ter orgulho nos seus filhos que lutaram com honra e dignidade para preservar o que nos tinha sido legado!

Um abraço,

Mário Santos

 

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Voo 3583 100 ANOS DO PODER AÉREO - A HISTÓRIA DA AVIAÇÃO MILITAR

 



Alfredo Cruz
Ten.Gen.PILAV
Lisboa



100 ANOS DO PODER AÉREO - A História da Aviação Militar

Autor: Alfredo Pereira da Cruz, Tenente-general Piloto Aviador

O livro já no circuito comercial. Disponível online na Fronteira do Caos Editores

SINOPSE

O Livro “100 Anos do Poder Aéreo - A História da Aviação Militar” é uma caminhada espantosa pela história da Aviação Militar nas últimas dez décadas. Esta obra, elaborada numa escrita simples, fluída e sempre linear, analisa, por vezes de forma exaustiva, a evolução tecnológica, conceptual e doutrinária da aplicação do Poder Aéreo e o seu contributo, muitas das vezes decisivo, nos mais importantes conflitos durante o século XX.

A leitura do livro mostra claramente ser o autor um conhecedor e um pedagogo atualizado, que se move de forma apreciável entre a teoria e o exemplo concreto. Neste percurso temporal dos conflitos onde a aviação militar foi empregue, somos conduzidos a perceber as componentes sociais, económicas e políticas do Poder Aéreo. É relevado o papel das Forças Aéreas e evidenciado a sua influência na história, através duma realista análise das implicações que o Poder Aéreo teve na guerra, na diplomacia, na política, na tecnologia e, indubitavelmente, no avanço da civilização.

O Livro dos “100 Anos do Poder Aéreo” foi pensado e escrito em duas partes distintas que acabam por se completar. A primeira parte, é o relato fidedigno da história do Poder Aéreo nos últimos cem anos, através da análise de diversos conflitos em que o Poder Aéreo esteve diretamente envolvido. Começa ainda antes do primeiro voo dos irmãos Wright, em kitty Hawk, nos EUA, com uma pequena descrição da aerostação e depois caminha até ao conflito no Kosovo, a primeira Guerra Aérea da curta história da aviação militar.

A segunda parte desta obra, embora elaborando numa perspetiva histórica, desenvolve-se em áreas que, vindo do passado, continuam atuais e de importância primordial para o emprego do Poder Aéreo no presente. Áreas como a “Blitzkrieg” e o Apoio Aéreo, os Veículos Aéreos não Tripulados (UAV), a Guerra no Ciberespaço, o Direito dos Conflitos Armados, numa perspetiva da Guerra Aérea, e as implicações do desenvolvimento tecnológico na doutrina e na estratégia do emprego do Poder Aéreo.

No último capítulo do livro é aberta uma janela para o futuro. São analisados os principais avanços tecnológicos, nomeadamente nas áreas da robótica, da biotecnologia, e da inteligência artificial, mudanças que vão ser radicais e com implicações revolucionárias no emprego do Poder Aéreo do futuro. É um projetar do porvir numa visão partilhada com as gerações presentes e vindouras.

Um livro indispensável na compreensão do emprego do Poder Militar para os guerreiros do século XXI, sejam eles marinheiros, soldados ou aviadores.

 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

VOO 3582 O MEU AVIÃO C-47 "DAKOTA".

 


Manuel Araújo
Esp.MMA
Funchal






Abastecendo o "👌"de óleo. Bissalanca 1971.A grande máquina.C47-B.Com 261 descolagens em Bissalanca.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Voo 3581 CONTRA VENTOS E MÁRES.

 





Alfredo Cruz
Gen.Pilav
Lisboa



Num tempo, onde o politicamente correcto assume um enorme protagonismo sobre a história das nações, é importante relembrar, contra "ventos e marés", o que de bom fizemos. Desde a sua fundação em 1952, a Força Aérea Portuguesa sempre teve como lema "... nunca deixar ninguém para trás..." foi assim no inicio, é assim hoje e será assim no futuro. Fui piloto de combate, combati em África, nunca deixámos ninguém para trás, muitas das vezes, de baixo de fortes ameaças antiaéreas, nunca deixámos ninguém para trás, incluindo os inimigos feridos em combate. Tenho um enorme orgulho na minha Força Aérea. do que fizemos, do que fazemos e estou certo, continuarão a fazer no futuro,

Voo 3580 QUE GRANDE AERONAVE!

 



António Fiche
Esp. Rádio
Lisboa




Bela imagem pesquisada na net de Dornier DO-27 que diz ter sido fotografada na Guiné... Será? Quem sabe? Ano?