segunda-feira, 27 de maio de 2019

Voo 3537 CINCO JOVENS CHEIOS DE VIDA...






Alfredo Santos
Esp.EABT
Lisboa

Eles eram 5 jovens, cheios de vida, cheios de sonhos, que um dia seguiram os seus ideais ingressando na Força Aerea Portuguesa, mas a vida arrancou-os do seu mundo e foram "voando" para outra realidade " a guerra" na distante Guiné/Bissau, mas eles sabiam que um dia ia ser assim, no meio dessa transformação eles encontraram o melhor do mundo " A AMIZADE", agora com o passar dos anos eles continuam a saber que num longínquo tempo as palavras e You Xue também eram para eles: O rosto de um AMIGO, aquece como um raio de Sol no Inverno.
Aos meus AMIGOS: 

Voo 3536 47º ENCONTRO DE ESPECIALISTAS DA BASE AÉREA 12





João Mesquita
Melec.Inst./Av.
Régua




Decorreu hoje na Quinta da Graciete em Évora o 42°encontro dos Especialistas da Força Aérea da BA12, Guiné Bissau. De realçar as palavras de apreço dirigidadas a todos os elementos da organização liderada pelo Mário Aguiar sem esquecer todos que de forma direta ou indireta contribuiram para o sucesso uma vez mais deste evento onde participaram para cima de duas centenas de pessoas. Da mesma forma, salientar e destinguir a qualidade do serviço prestado com destaque para a disponibilidade é òbvio, atitude de todos, participantes e organização. Parabéns.


domingo, 19 de maio de 2019

Voo 3535 CARTÃO DE COMBATENTE.





Victor Barata
Esp.Melec./Inst./Av.
Vouzela



Companheiros,
Aqui vos deixo o devido esclarecimento do Presidente da Direcção da Liga dos Combatentes Gen.Chito Rodrigues,sobre o “precioso” Estatuto do Combatente e o respectivo Cartão de Identificação do mesmo.


VOO 3534 - 42º. ENCONTRO DE ESPECIALISTAS DA BA-12


Comandante do 42º. ENCONTRO DE ESPECIALISTAS DA BA-12


 José Manuel Pedras
 Metralha
 Évora




FALTAM  05  DIAS

Fecharam as inscrições para este nosso encontro de acordo com a convocatória 
(dia 20 de Maio).

Amigos e companheiros
Temos uma recomendação a fazer, no sábado não se esqueçam de ser "alentejanos", temos comida e bebida assegurada, com reposição de stock’ s constantes, não queiram todos iniciar as hostilidades com as entradas, podem começar pelas sopas, eu vou iniciar com um gim tónico.


HORÁRIOS PARA SÁBADO


AUTOCARRO DE LISBOA

CHEGADA EMFA - 09H30
SAÍDA EMFA - 09H55
ALMADA - CENTRO/SUL - 10H15
SETÚBAL - 10H50


CARRINHA DO PORTO
CAMPANHÃ - 07H00


Para quem não usa GPS

Esquina da Av. General Humberto Delgado com a Rua da República 

Bons voos até lá.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Voo 3533 DIA DAS BASES ABERTAS




domingo, 12 de maio de 2019

Voo 3532 Q RECHEIO DO MEU QUARTO.




Alberto Cruz
Maj.Pilav.
Braga





Boa noite.
Como já se passaram 50 anos, divulgo o "recheio" do meu quarto em Bissau, depois de dez meses num cubículo sem as mínimas condições na base Aérea 12, em Bissalanca.


Tempos duros, mas ligeiramente compensados pelo "quartinho independente" em Bissau.
Mordomias de um veterano...


Voo 3531 QUEM TÊM A FOTO DA RECRUTA 1ª/69?





António Correia
Esp.MMA
Lisboa




Bom dia Camaradas, eu sou o 204/69 da 1ª/69 6ªSecção, 1º Esquadrilha, Será que não há por aí algum Companheiro que tenha a tradicional foto da escadaria do comando que me consiga facultar, eu perdi a minha, já procurei por todo o lado e não consigo encontrar. 
Agradeço

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Voo 3529 FUI ESPECIALISTA DA 2ª/66.




Manuel Pina
Esp.METEO
Crato





Fui Especialista da 2/66
Diz o ditado, bem antigo, que as forças armadas são “uma escola de homens”. Quem não? Pessoalmente, entrei na Força Aérea Portuguesa – FAP – um garoto que acabava justinho de ultrapassar os 17 anos. Quantos mais? Que sabíamos da vida? Que “saber fazer” possuíamos? Que responsabilidades já nos pesavam sobre os ainda frágeis ombros? Mas como eu, lá fomos, inúmeros, milhares: uns guiados pelo desejo, outros pela obrigação, uns quantos por “devoção” e alguns, acredito, até por curiosidade.
A iniciação, chamada “recruta”, não era osso fácil de roer, a prova é que alguns pretendentes acabaram desistindo. Não se tratava de brincadeira de adolescentes, eram provas dolorosas até para homens já completamente constituídos, que dizer para mancebos imberbes, alguns, que talvez tenham pensado que se tratava de brincadeira. O regime era pesado, pois o destino que nos esperava era muito mais pesado que aquilo que ali vivenciávamos. Que o digam nossos heróis que enfrentaram os horrores e maus estares da guerra colonial. Ali era para valer. Matar ou morrer. Sobreviver era preciso.
Quero falar de uma categoria sobre a qual considero que recai boa parte da carga de manter a FAP em perfeito funcionamento. Não pretendo coloca-la acima de qualquer outra, mas também não a considerarei inferior a outra qualquer, por mais estrelas que tenha nos ombros: refiro-me àqueles que ficaram vulgarmente conhecidos como “Zés Especialistas”.
Antes de mais nada, a maioria era de voluntários. Questiono-me, que “vontade” era essa que nos impelia a nos oferecermos para um destino quase certo – a guerra nas colónias? Acredito que a parentela de cada um de nós também não entendeu muito bem, principalmente num período em que os menos afoites fugiram do país para não enfrentarem a situação. Nós, os que fomos voluntários, ou que não se negaram a cumprir seu serviço, não somos mais corajosos que aqueles que a ele se negaram, não posso sequer falar em questões ideológicas, pois entre nós, elas eram as mais variadas, da falta de noção do perigo, ao cumprimento de obrigatoriedade, passando pelo desprezo da causa que não era nossa, de tudo podíamos encontrar um pouco, mas fomos lá.
Num período em que a educação – refiro-me à educação profissional – no país era ainda incipiente e extremamente retardatária, a oferta desses cursos de formação de especialistas da FAP, foi como jogar combustível em fogo brando. O “Especialista” era, acima de tudo um técnico altamente qualificado nas funções que exercia. Basta olhar um pouco a vida dos já anciãos especialistas e perceber que em sua maioria foram contratados por empresas de grande porte, para exercerem funções de alta responsabilidade. As principais, mas não só, foram as empresas aéreas e os aeroportos, por falar apenas nestes. E não foram só as empresas nacionais, muitas estrangeiras recorreram aos prestimosos serviços do “Zés Especialistas” que, em virtude disso se espalharam um pouco por todo mundo.
Diria 
que estávamos escrevendo uma parte da saga da diáspora lusitana.
Portugal cresceu após o 4/74, principalmente do ponto de vista do desenvolvimento tecnológico e não cresceu mais, pois não soube aproveitar condignamente a força jovem que estava surgindo, ou melhor dizendo, ressurgindo das cinzas, qual Fênix, da guerra do ultramar, pois muitos, entre os quais me incluo, fomos obrigados a abandonar o país pelo qual tínhamos arriscado nossas vidas, por falta de atenção devida a cada um de nós devuda. Conheço casos de rejeição de oferta de emprego, “por ter vindo do ultramar e quem vem de lá vem louco”. E lá fomos nós, cada um com seus sonhos e carregando suas esperanças, tentar a vida noutro país. Levar nosso saber para ser colocado a serviço de quem não nos devia nada. Talvez por isso tenham aceitado, de bom grado, a oferta do nosso saber fazer. Quantos estão fora do país, ainda hoje? Quantos, por se sentirem abandonados à própria sorte, nunca mais voltaram a Portugal? Quantos já decidiram que nunca mais voltarão?
Se a guerra já não era nossa e ao seu fim não reconheceram minimamente o nosso valor, só nos restava o orgulho, sempre, de ter sido um “Zé Especialista”, de ter dado o nosso melhor e os melhores anos de nossas vidas a quem nada fez por merecer tal sacrifício. Alguns se deram bem, mas nem todos tiveram a mesma sorte de uma vida digna. Muitos, infelizmente demasiados, estão ainda hoje enfrentando uma situação de moradores de rua, completamente abandonados, enrolados numa bandeira de um país que os não reconhece, para tentarem minimizar os efeitos do frio. Quantos vivem dramas psicológicos graves sem o menor apoio que lhes garanta uma existência minimamente estável? É triste. Já restamos poucos e ao passar dos anos, para não dizer meses ou dias, vão ficando menos. Logo seremos completamente esquecidos das autoridades institucionalizadas, mas estaremos para sempre presentes e imortalizados na HISTÓRIA de um país pequeno que não foi grande o suficiente para nos valorizar.
Eu fui especialista com muito orgulho.
Ex – Op.Meteo. Com vinte oito meses em Moçambique.
OBS: Manuel José PINA Fernandes, hoje sou, ainda, funcionário do Ensino Superior - Professor com Doutorado em História da Educação num país que só me conheceu e aceitou quando eu já linha completado 28 anos.