Victor Sotero
Sargº.Môr. EABT
Lisboa
Sargº.Môr. EABT
Lisboa
Guiné Bissau – Roteiro da Memória
Alfredo Cunha
Data 10 Nov 2018 - 18 Nov 2018
Duração: 9 Dias
Preço por pessoa, desde: 3.175 €
Mais de quatro décadas depois da
Independência da Guiné-Bissau e do fim do mais terrível conflito armado em que
a tropa portuguesa esteve envolvida antes do 25 de Abril, regressamos para
uma “Viagem à Memória” neste pequeno país da África Ocidental. A
Pinto Lopes Viagens irá levar neste roteiro Alfredo Cunha que, desde
1973, vai regularmente à Guiné e é o autor de algumas das imagens mais
conhecidas dos momentos-chave do País O roteiro proposto visa mostrar a
Guiné: o país de contrastes, belezas naturais únicas e diversidades étnicas e
geográficas que foi palco de uma história militar que marcou uma geração de
portugueses. Será,mais do que uma abordagem histórica, o relato de um
jornalista e da sua relação com a reconstrução dessa realidade do ponto de
vista da atualidade, revisitando alguns dos pontos marcantes e de
como é possível relacionar-se e relatar algo ainda tão vivo e sensível na
memória de tantos.
PROGRAMA
1º DIA • PORTO OU LISBOA (AVIÃO) – BISSAU
Em horário a combinar, comparência no aeroporto escolhido para embarque em voo regular com destino a Bissau, via Lisboa. Chegada, assistência nas formalidades de desembarque e transfer para o hotel. Alojamento no Hotel Império 4*, situado na praça do Império, em pleno centro de Bissau, ou similar.
2º DIA • BISSAU
Visita a Bissau, capital da
Guiné-Bissau, localizada no estuário do Rio Geba, na costa atlântica. É a maior
cidade do país, com o maior porto, constituída como centro administrativo e
militar do país. Fundada em 1697 como fortificação militar portuguesa e entreposto
de tráfico de escravos, obteve o estatuto de cidade e de capital, estatuto que
manteve após a independência. Início das visitas à cidade velha, com destaque
para o Cemitério Português, local onde foram sepultados muitos soldados
portugueses durante a Guerra Colonial, e onde muitos dos quais permanecem por
identificar; à Fortaleza de São José da Amura, estrutura primitiva erguida por
forças Portuguesas a partir de 1696, sob o comando do Capitão-mor José
Pinheiro. Foi reconstruída várias vezes ao longo dos séculos e, atualmente,
abriga a Sede das Forças Militares Guineenses e o Mausoléu de Amílcar Cabral,
líder na fundação do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo
Verde (PAIGC) que, no início da década de 1960, iniciou a luta armada contra o
regime colonial; ao Mercado de Bandim, que surgiu no início da década de 60. O
entreposto recebeu, numa primeira fase, a denominação de Beco de Bandim,
alterada alguns anos mais tarde com o incremento das trocas comerciais para a
Feira de Curva de Bandim. Alojamento.
3º DIA • BISSAU – CANCHUNGO – CACHEU –
PRAIA DE VARELA
Ao amanhecer, saída para Canchungo.
Visita e encontro com a tribo Manjaco, povo que habita nas margens dos rios
Cacheu e Geba. Durante a visita iremos perceber de que forma é que factores
como a escravatura, a evangelização, a colonização, a emigração e a globalização
contribuíram para a transformação das comunidades Manjaco e a sua influência no
Estado da Guiné-Bissau. Seguimos para a região de Cacheu, segunda região mais
populosa da Guiné-Bissau. Considerada fonte principal do comércio de Cabo Verde
e Guiné, era aqui que os navios portugueses vinham obter escravos e produtos da
região. A pequena cidade de Cacheu, capital desta região, torna-se assim muito
importante nas relações comerciais, o que leva à construção do Forte de Cacheu.
Visita a este pequeno Forte, fundado em 1588 por forças portuguesas, com a
função de defender a primeira feitoria da região. Além de assegurar a presença
militar portuguesa, constituía um importante apoio ao comércio de tecidos
manufacturados, marfim e escravos. Neste contexto, é criada a Companhia de
Cacheu, fundada em 1675, que visava garantir o direito ao tráfego na Costa da
Guiné e no arquipélago de Cabo Verde, assim como de escravos para a Metrópole,
domínios do Ultramar e América Espanhola. Visita ainda ao Museu da Escravatura,
estrutura de construção recente que nos conta a história do comércio de
escravos da região. Dotada de extraordinária beleza natural, Cacheu assume-se
como principal zona de pesca artesanal do país. Travessia de barco até à Praia
de Varela, uma das mais famosas e bonitas da Guiné-Bissau. Conhecida também
como a Praia dos Pescadores, assim chamada por ser o ponto onde os pescadores
partem para a pesca. Esta praia é continuidade da Tabanca de Varela. A sua
beleza, águas calmas e ar puro fazem da zona de Varela um ambiente natural onde
o sabor de África é genuíno. Alojamento no Aparthotel Chez Hélène, simples, mas
um lugar calmo, no meio da natureza, perto da praia, pintado com as cores de
África.
4º DIA • PRAIA DE VARELA – BISSAU
De manhã, visita à Tabanca de Varela
para descobrirmos o modo de vida simples destas populações. Regresso a Bissau,
passando por pequenas e singelas localidades com São Domingos e Bula.
Alojamento no Hotel Império 4* ou similar.
5º DIA • BISSAU – BAFATÁ – BAMBADINCA –
SALTINHO
Manhã cedo, partida em direção a Bafatá.
Localizada no centro norte da Guiné, é a segunda maior cidade do país.
Construída sobre rio Geba, Bafatá é uma cidade tranquila com uma arquitetura
predominantemente colonial, conhecida sobretudo por ser a terra natal de
Amílcar Cabral. Perto da casa onde nasceu, em setembro de 1924, existe um
pequeno monumento com o seu busto. Em 2011, a casa foi restaurada pela UNESCO,
em colaboração com a Comissão Nacional da Organização da Guiné Bissau, com o
objetivo de criar uma exposição permanente sobre a vida e obra de Amílcar
Cabral. Partida em direção a Saltinho com passagem pela pequena localidade de
Bambadinca, conhecida por ser a primeira cidade a desenvolver eletricidade
constante, permitindo à população uma melhor qualidade de vida. Mais tarde, com
ajustes feitos ao modelo de produção e distribuição de energia elétrica,
desenvolveu-se esta produção a partir de energias renováveis. Continuação para
Saltinho, onde vamos poder admirar os Saltos do Rio Corubal, com as suas famosas
cascatas. Este rio é também famoso pelo desastre de Cheche, ocorrido na
retirada do quartel de Madina do Boé, que vitimou 47 militares portugueses.
Alojamento na Pousada de Saltinho, onde se pode desfrutar de um ambiente calmo.
Nesta pousada contamos com quartos simples, mas com as condições básicas
necessárias para o alojamento.
6º DIA • SALTINHO – GUILEJE – BUBA (BARCO)
– BIJAGÓS
Partida em direção a Guileje. Localizada
junto à fronteira da Guiné Conacri, o quartel militar português de Guileje foi alvo
de vários ataques e emboscadas devido à sua frágil localização e ao facto da
envolvente ser maioritariamente mata. Havia uma constante necessidade de deixar
o quartel para reabastecimento de provisões e armamento, o que deu origem a
várias emboscadas que resultaram na morte de muitos militares portugueses.
Continuação para Buba. Situada junto ao Rio Grande de Buba, foi na época
colonial ponto de paragem e de importância estratégica nas trocas comerciais e
tráfico de escravos. Em 1670, foi aqui fundada mais uma feitoria Portuguesa por
forma a garantir a sua supremacia na cidade e suas margens. Embarque e descida
do Rio Grande de Buba até à sua foz através de bonitas paisagens dentro de uma
área protegida. Depois, já no mar, continuação para o Arquipélago dos Bijagós.
Alojamento no Hotel Ponta-Anchaca, o espaço ideal para repousar e apreciar o
esplendor da natureza e das culturas ancestrais das populações locais.
7º DIA • BIJAGÓS – ILHA DE SOGA – BIJAGÓS
Neste dia, navegaremos em determinadas
zonas do Arquipélago de Bijagós, considerado Património da Humanidade pela
UNESCO devido à sua rica e abundante fauna e flora. Esta região foi uma das
mais afectadas pela presença dos europeus, escolhida pelos colonizadores
alemães antes da I Guerra Mundial e pelo Governo Português depois de 1920, como
o centro principal das suas actividades no arquipélago. Os alemães construíram
aqui uma fábrica para extracção de óleo de palma e um porto para navios de
pequena e média tonelagem. Pelo percurso, avistaremos eventualmente os
flamingos e os hipopótamos dos Bijagós, espécie cujo habitat é permanentemente
em água salgada. Continuação pela zona da Ilha de Soga. Esta ilha tornou-se
famosa por ser o local onde foi organizada uma missão altamente secreta pelos
“homens do Calvão”. Os indícios dessa operação “saltaram” para conversas quando
o Comandante Alpoim Calvão efetuou, anteriormente, uma série de “golpes de mão”
clandestinos nos países vizinhos. Foi nesta base militar que foi organizada
secretamente a ação militar à Guiné-Conacri, com o objectivo de tomar o poder e
aniquilar os principais dirigentes do PAIGC, apelidada de “Mar Verde”. Regresso
a Bijagós. Alojamento.
8º DIA • BIJAGÓS (BARCO) – BOLAMA (BARCO)
– BISSAU (AVIÃO) …
Travessia de barco até à Ilha de Bolama.
É a ilha mais próxima do território continental da Guiné-Bissau. Estava
desabitada quando os colonos britânicos a ocuparam em 1792. Após uma série de
incidentes, a ilha foi abandonada em 1794. Foi então que, no ano de 1830,
Portugal reclamou Bolama e iniciou-se um conflito diplomático pela sua posse.
Em 1860, os britânicos declararam sua a ilha a que chamaram “Rio Bolama”, como
parte de Serra Leoa, tendo sido concedida a posse novamente a Portugal em 1877.
Mais tarde, após uma ação militar portuguesa, Bolama assumiu oficialmente o
estatuto de primeira capital da Guiné Portuguesa, condição que manteve até à
sua transferência para Bissau, em 1941. Hoje, possui restos da ocupação
colonial portuguesa com edifícios à procura da recuperação. Continuação de
barco para Bissau. Jantar de despedida com música local. Após este, em horário
a combinar localmente, transfer ao aeroporto de Bissau para embarque em voo
regular com destino ao Porto, via Lisboa.
9º DIA • … – PORTO OU LISBOA
Chegada a Portugal. Fim da viagem e dos
nossos serviços.
Sem comentários:
Enviar um comentário