Rui Jofre Soares Dias
Ferreira
Piloto Aviador da Força Aérea
Nasceu, a 21 de Junho de 1942, em São
Lourenço, Portalegre, onde passou a infância. Aos 18 anos ingressou na Força
Aérea Portuguesa onde completou o curso elementar de pilotagem, em Aveiro,
passou por Sintra e foi colocado na BA3, de Tancos, em Maio de 1962.
Em 1964, foi destacado para Angola, com a patente de Furriel.
Em Luanda, na Base Aérea Nº 9 pilotou uns aviões bombardeiros de dois motores que, afirmava, “tossiam por todos os lados”, os PV-2. Também lá tirou o curso de helicópteros e foi um dos pioneiros do Curso de Pára-quedismo Civil, o primeiro curso de pára-quedismo em território português, realizado em 1965, chegando mesmo a ser o vencedor do 1º Torneio de Pára-quedismo desportivo em Angola.
Durante a guerra, era dos pouco que arriscava voar à noite para evacuar os feridos na mata, o que o fez salvar algumas vidas. Uma vez, vários anos após a guerra, enquanto passeava nas ruas de Lisboa, um homem aproximou-se dele e abraçou-o, mas ao perceber o desconforto o homem disse: “não se lembra de mim? Você salvou-me a vida em Angola”.
De volta a Tancos, em 1967 leu num panfleto que a banda filarmónica de Portalegre ia actuar numa festa nas Limeiras e decidiu ir lá matar saudades. Nesse dia actuava também a acordeonista de Constância Tina Pereira e ali se conheceram. Casaram, na Igreja Matriz de Constância, a 27 de Julho de 1968.
Regressou a Angola mas, em 1970, estava em Portugal para o nascimento da primeira filha, Elsa Dias Ferreira. Tendo regressado a Angola, com a família, de seguida.
Em 1974, foi promovido a oficial e, devido aos vários actos de coragem demonstrados, foi condecorado com a Cruz de Guerra de 1ª Classe pelo General Spínola. Nesse mesmo ano, deu-se a revolução do 25 de Abril.
No dia em que fazia 32 anos, nasceu, em Tomar, a segunda filha, Sara Dias Ferreira.
Em 1975, fundou o Clube Estrela Verde de Constância e foi seu dirigente durante 10 anos. E foi um dos fundadores do esquadrão acrobático de helicópteros, Alouette 3, “Rotores de Portugal”. Começaram com apenas dois helicópteros, Al3, e em 93/94 passam a ter três Al3.
Em 1983, na época de verão, ano em que combatia incêndios na Sertã, salvou diversos bombeiros, incluindo o comandante, ao resgatá-los, com o helicóptero do meio das chamas. Por esse feito recebeu uma alta condecoração, a Medalha de Ouro por Serviços Distintos, pela Liga dos Bombeiros Portugueses.
Em 1984, ao fim de 26 anos de serviço em que desempenhou funções como Comandante de Esquadra, Oficial de Operações de Esquadra e Oficial de Operações de Grupo Operacional, entrou na reserva territorial, mas continuou a pilotar helicópteros no combate a incêndios. Emigrou depois para Angola onde desempenhou funções como Piloto Chefe na Diamang, Director de Instrução da Força Aérea Angolana, Director de Operações de Voo na Acro-norte.
Nos anos 90 integrou um livro publicado pela Câmara Municipal de Constância de poetas populares.
Em 1993 entrou na Universidade Internacional de Abrantes para tirar o curso de gestão. Faleceu a 21 Abril de 1999, com 56 anos, num acidente de aviação em S. João da Madeira. Está enterrado no cemitério de Portalegre, terra que o viu nascer.
Em 1964, foi destacado para Angola, com a patente de Furriel.
Em Luanda, na Base Aérea Nº 9 pilotou uns aviões bombardeiros de dois motores que, afirmava, “tossiam por todos os lados”, os PV-2. Também lá tirou o curso de helicópteros e foi um dos pioneiros do Curso de Pára-quedismo Civil, o primeiro curso de pára-quedismo em território português, realizado em 1965, chegando mesmo a ser o vencedor do 1º Torneio de Pára-quedismo desportivo em Angola.
Durante a guerra, era dos pouco que arriscava voar à noite para evacuar os feridos na mata, o que o fez salvar algumas vidas. Uma vez, vários anos após a guerra, enquanto passeava nas ruas de Lisboa, um homem aproximou-se dele e abraçou-o, mas ao perceber o desconforto o homem disse: “não se lembra de mim? Você salvou-me a vida em Angola”.
De volta a Tancos, em 1967 leu num panfleto que a banda filarmónica de Portalegre ia actuar numa festa nas Limeiras e decidiu ir lá matar saudades. Nesse dia actuava também a acordeonista de Constância Tina Pereira e ali se conheceram. Casaram, na Igreja Matriz de Constância, a 27 de Julho de 1968.
Regressou a Angola mas, em 1970, estava em Portugal para o nascimento da primeira filha, Elsa Dias Ferreira. Tendo regressado a Angola, com a família, de seguida.
Em 1974, foi promovido a oficial e, devido aos vários actos de coragem demonstrados, foi condecorado com a Cruz de Guerra de 1ª Classe pelo General Spínola. Nesse mesmo ano, deu-se a revolução do 25 de Abril.
No dia em que fazia 32 anos, nasceu, em Tomar, a segunda filha, Sara Dias Ferreira.
Em 1975, fundou o Clube Estrela Verde de Constância e foi seu dirigente durante 10 anos. E foi um dos fundadores do esquadrão acrobático de helicópteros, Alouette 3, “Rotores de Portugal”. Começaram com apenas dois helicópteros, Al3, e em 93/94 passam a ter três Al3.
Em 1983, na época de verão, ano em que combatia incêndios na Sertã, salvou diversos bombeiros, incluindo o comandante, ao resgatá-los, com o helicóptero do meio das chamas. Por esse feito recebeu uma alta condecoração, a Medalha de Ouro por Serviços Distintos, pela Liga dos Bombeiros Portugueses.
Em 1984, ao fim de 26 anos de serviço em que desempenhou funções como Comandante de Esquadra, Oficial de Operações de Esquadra e Oficial de Operações de Grupo Operacional, entrou na reserva territorial, mas continuou a pilotar helicópteros no combate a incêndios. Emigrou depois para Angola onde desempenhou funções como Piloto Chefe na Diamang, Director de Instrução da Força Aérea Angolana, Director de Operações de Voo na Acro-norte.
Nos anos 90 integrou um livro publicado pela Câmara Municipal de Constância de poetas populares.
Em 1993 entrou na Universidade Internacional de Abrantes para tirar o curso de gestão. Faleceu a 21 Abril de 1999, com 56 anos, num acidente de aviação em S. João da Madeira. Está enterrado no cemitério de Portalegre, terra que o viu nascer.
Origem
do Voo:
Caras de Portalegre
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