Miguel Pessoa
Cor.Pilav. Guiné
Lisboa
O PESSOAL DA 123
Caro Victor
Regressado hoje de uma festa de anos de um bom amigo e antigo pára-quedista da CCP123 (de Bissalanca, Guiné), o João Pedro (Pedro é o apelido), que mora em A-dos-Francos, lembrei-me de escrever umas linhas sobre o assunto.Para além de outras datas sagradas em que muito do pessoal da CCP123 se reúne - O 23 de Maio, dia da Base Escola em Tancos, o jantar de Natal, o 10 de Junho em Belém) - o aniversário do Pedro é um dos momentos de convívio em que tenho tido a sorte de poder integrar-me - eu e a Giselda, claro, como antiga pára-quedista e amiga pessoal. Por isso faço todos os possíveis por estar presente. E, como é costume, lá esteve também o nosso companheiro Vitor Afonso (AL-III/Esq.122/BA12), que não costuma perder convívios dos Especialistas da BA12 e dos Pára-quedistas da CCP123.É habitual juntar-se neste convívio anual em A-dos-Francos um bom grupo de amigos da CCP123 que, para além de homenagear o aniversariante, aproveitam - como é habitual nestas confraternizações - para relembrar acontecimentos do passado; muitos deles já são do conhecimento de quase todos os presentes, claro, mas surgem por vezes novos pormenores que ajudam a esclarecer os que assistem a estes diálogos ou a relembrar os mais esquecidos (ou distraídos).É claro que no caso particular destas conversas acresce o facto de alguns destes pormenores se referirem à minha recuperação por pessoal da CCP123, pois vários dos intervenientes costumam estar ali presentes.Embora tenha sido parte muito pouca activa no processo (afinal limitei-me a ficar lá no mato, à espera que me fossem buscar - uma espécie de "morto" no jogo de bridge...) o pessoal que revejo nestas reuniões recebe-me sempre com grande cordialidade, o que me parece natural - afinal nós gostamos sempre de mostrar aos amigos um trabalho em que estivemos envolvidos e que saiu bem feito. E, neste caso particular, nada como rever o sujeito em cuja recuperação muitos tomaram parte e que ainda anda por cá a gozar esta segunda oportunidade de se manter neste mundo...À conta das conversas que tivemos, relembrei um episódio ocorrido durante a minha recuperação, relativo à recolha do meu capacete e do meu pára-quedas, abandonados no local e recuperados por elementos da CCP123. Posteriormente o meu amigo e camarada, o então Ten. Pára Norberto Bernardes - hoje General - que comandava esse grupo, tendo recolhido essas duas peças, deu-me a escolher com qual queria ficar. É claro que, tendo eu a hipótese de voltar a usar novos capacetes (e aquele até estava partido) optei por escolher o pára-quedas, ficando ele com o capacete.Quando guardamos uma recordação, temos sempre o gosto de a partilhar com os outros. E naturalmente foi o que sucedeu com o meu amigo Norberto, que achou por bem oferecer o capacete ao Museu dos Pára-quedistas, na Base Escola em Tancos. E, passados uns anos, o meu pára-quedas seguiu o mesmo destino pois, embrulhado num saco, na minha casa, não servia para nada, sendo muito mais interessante ficar ao lado do capacete - seu companheiro de aventuras na mesma história - e à vista de todos os visitantes, alguns deles curiosos de saber a razão da sua presença naquele local.
Segue uma foto da entrega do pára-quedas ao Coronel Perestrelo, então Comandante da Base Escola de Pára-quedistas.
Legenda:O Cor.Pilav.Miguel Pessoa,na presença de sua mulher,Giselda Pessoa, oferecendo o pára-quedas que o acompanhou no dia 25.03.73, quando se ejectou da aeronave que pilotava,Fiat G-91,ao Museu das Tropas Pára-quedistas, representado pelo Comandante da Base Escola de Pára-quedistas,Cor.Perestrelo.Caro Victor
Regressado hoje de uma festa de anos de um bom amigo e antigo pára-quedista da CCP123 (de Bissalanca, Guiné), o João Pedro (Pedro é o apelido), que mora em A-dos-Francos, lembrei-me de escrever umas linhas sobre o assunto.Para além de outras datas sagradas em que muito do pessoal da CCP123 se reúne - O 23 de Maio, dia da Base Escola em Tancos, o jantar de Natal, o 10 de Junho em Belém) - o aniversário do Pedro é um dos momentos de convívio em que tenho tido a sorte de poder integrar-me - eu e a Giselda, claro, como antiga pára-quedista e amiga pessoal. Por isso faço todos os possíveis por estar presente. E, como é costume, lá esteve também o nosso companheiro Vitor Afonso (AL-III/Esq.122/BA12), que não costuma perder convívios dos Especialistas da BA12 e dos Pára-quedistas da CCP123.É habitual juntar-se neste convívio anual em A-dos-Francos um bom grupo de amigos da CCP123 que, para além de homenagear o aniversariante, aproveitam - como é habitual nestas confraternizações - para relembrar acontecimentos do passado; muitos deles já são do conhecimento de quase todos os presentes, claro, mas surgem por vezes novos pormenores que ajudam a esclarecer os que assistem a estes diálogos ou a relembrar os mais esquecidos (ou distraídos).É claro que no caso particular destas conversas acresce o facto de alguns destes pormenores se referirem à minha recuperação por pessoal da CCP123, pois vários dos intervenientes costumam estar ali presentes.Embora tenha sido parte muito pouca activa no processo (afinal limitei-me a ficar lá no mato, à espera que me fossem buscar - uma espécie de "morto" no jogo de bridge...) o pessoal que revejo nestas reuniões recebe-me sempre com grande cordialidade, o que me parece natural - afinal nós gostamos sempre de mostrar aos amigos um trabalho em que estivemos envolvidos e que saiu bem feito. E, neste caso particular, nada como rever o sujeito em cuja recuperação muitos tomaram parte e que ainda anda por cá a gozar esta segunda oportunidade de se manter neste mundo...À conta das conversas que tivemos, relembrei um episódio ocorrido durante a minha recuperação, relativo à recolha do meu capacete e do meu pára-quedas, abandonados no local e recuperados por elementos da CCP123. Posteriormente o meu amigo e camarada, o então Ten. Pára Norberto Bernardes - hoje General - que comandava esse grupo, tendo recolhido essas duas peças, deu-me a escolher com qual queria ficar. É claro que, tendo eu a hipótese de voltar a usar novos capacetes (e aquele até estava partido) optei por escolher o pára-quedas, ficando ele com o capacete.Quando guardamos uma recordação, temos sempre o gosto de a partilhar com os outros. E naturalmente foi o que sucedeu com o meu amigo Norberto, que achou por bem oferecer o capacete ao Museu dos Pára-quedistas, na Base Escola em Tancos. E, passados uns anos, o meu pára-quedas seguiu o mesmo destino pois, embrulhado num saco, na minha casa, não servia para nada, sendo muito mais interessante ficar ao lado do capacete - seu companheiro de aventuras na mesma história - e à vista de todos os visitantes, alguns deles curiosos de saber a razão da sua presença naquele local.
Segue uma foto da entrega do pára-quedas ao Coronel Perestrelo, então Comandante da Base Escola de Pára-quedistas.
Foto:Miguel Pessoa(direitos reservados)E lá nos encontraremos em Vouzela, no convívio dos Especialistas da BA12, que também não irei perder, no próximo dia 30 de Maio!
Um abraço.
Miguel
VB: Pois muito bem,Miguel,sobre o Victor Afonso vamos considerar a sua inscrição no 32ºEncontro do pessoal da BA 12 com grande satisfação.
Quanto à tua doação e à do Gen.Norberto,temos a certeza absoluta que é uma mais valia para o enriquecimento do espólio do referido museu