terça-feira, 31 de julho de 2012

Voo 2457 A NOSSA VISITA AO MIGUEL PESSOA.







Paulo Moreno
Sol.Fotog.FAP
Embra
Marinha Grande




Caro  Amigo,  Victor
Os  meus  cumprimentos.
No  dia  25  de  Julho,  fui  visitar  o  nosso  amigo,  Miguel  Pessoa,  (com  amigos  da  Tabanca  do  Centro)  e  fiquei  a  saber  pormenores  do  seu  estado  de  saúde,  e  que  vai  recuperar  muito  lentamente  com  o  apóio  da  Sra.  D.  Giselda.
Mando  fotos.
Legenda: O Miguel e a Giselda ao centro, ladeados pelos “emissários” da Tabanca do Centro. Eu sou o primeiro da Dirª.




Legenda: Aqui eu e a Giselda.



Grande  Abraço  de  Amizade.

Paulo  Moreno

VB:Olá Companheiro Paulo.
Congratulamo-nos com a tua visita e restantes companheiros da Tabanca do Centro ao nosso querido amigo Miguel.
Fez no domingo oito dias também o seu visitar acabando até por almoçar com ele.
Ainda á quem diga que andar de avião é muito perigoso?!... Quem assim pensa está completamente errado, senão vejamos.
O Miguel foi atingido por um míssil na Guine em pleno voo, motivando a sua ejecção da aeronave a alta altitude, tendo com lesões uma perna partida.
Agora galga dois degraus de uma vez, tem que ser operado ao ombro, colocada uma prótese, parte mais uns ossos, fica cheio de hematomas…
Mas no fim de isto tudo resta-nos a consolação de que ele está a recuperar muito bem (é um privilegiado, tem sempre a enfermeira junto dele),já bate nas teclas do PC,está a ficar OP.


Voo 2456 O MEU AGRADECIMENTO.




Victor Tavares
1ºCbº.Paraqª.
Águeda





Olá Camarada e amigo VICTOR BARATA, Comandante supremo da BA12.
 Desculpa esta minha ausência no blogue á já algum tempo... brevemente reaparecerei.
Assim, venho por este meio AGRADECER Carecidamente a todos os nossos camaradas bloguistas a amabilidade de me desejarem os PARABENS por mais um aniversario.
Despeço-me desejando a toda a tripulação e respetivos familiares tudo de bom...
Um abraço.
Victor Tavares




Voo de Ligação:

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Voo 2455 PARABÉNS VICTOR TAVARES.





Victor Tavares
1ºCbº.Paraqª.
Agueda








Companheiro Victor.
Fazemos sinceros votos para que este dia seja festejado com muita saúde e na companhia de todos aqueles que tu mais desejas.
Estes são os votos sinceros e amigos do Comando desta Base,onde estás efectivado,e toda a tertúlia “LINHA DA FRENTE”.

domingo, 29 de julho de 2012

Voo 2454 “TOP 10” DOS VOOS DE 2011.







Mário Aguiar
MAEQ/MARME
V. N. de Gaia




Companheiros dando continuidade ao voo 2446, 2448, 2451 e 2452, publico agora alguns elementos referentes ao ano de 2011.



Os totais foram de:

            Nº. de Voos – 573
Tertúlianos activos – 145
Média de Voos/Tertúlianos – 3,95

Assim o TOP “10 ficou com os seguintes valores




Um abraço a todos, bons voos e bons encontros.

Voo 2453 Base Aérea 11 em Beja "abre portas" à população ao longo de todo o domingo




Comando
Do
Blog





Acabamos de ter conhecimento e por isso publicamos de imediato:

Sábado, 28 de Julho de 2012


 Notícia do CORREIO ALENTEJO

Base Aérea de Beja (BA-11) "abre portas" à população ao longo de todo o domingo
Se sempre sonhou subir à torre de controlo ou experimentar as sensações de conduzir um avião, marque para este domingo, 29, uma visita à Base Aérea (BA) 11, em Beja.
   Tudo porque a unidade militar vai estar de portas abertas para toda a população entre as 10h00 e as 16h00, numa iniciativa integrada nas comemorações do 60º aniversário da Força Aérea Portuguesa (FAP).
   "É naturalmente um dia que nos dá muito agrado e muito importante para a Base Aérea (BA) 11. É uma oportunidade que temos de abrir as portas à população, em particular à população de Beja. E também uma oportunidade para mostrarmos as nossas missões, não só da BA11 mas também da Força Aérea de uma maneira geral", revela ao "CA" o segundo comandante da BA 11, tenente-coronel piloto-aviador Hélder Rebelo.
   O "Dia de Base Aberta" em Beja arranca às 10h00 e até às 16h00 vai estar patente uma mostra de modelismo e uma exposição estática de todas as aeronaves que actualmente são utilizadas pelas esquadras de voo da FAP, incluindo os supersónicos F-16 e Falcon ou o EH-101, bastante utilizado nas operações de socorro e salvamento.
   A partir das 10h00 começam também as visitas à torre de controlo e aos bombeiros, assim como as sempre bastante concorridas sessões de baptismo de voo em simuladores de aviões Alpha-Jet.
   Das 10h30 às 12h00 realizam-se os passeios em viaturas tácticas militares e às 10h45 começam as descolagens, oportunidade única para todos aqueles que estiverem munidos de máquina fotográfica poderem capturar para a posteridades as manobras no ar de aeronaves como os Alpha-Jet (utilizados para formar os pilotos das esquadras de caça), os Alouette III (que têm como missão formar pilotos para as esquadras de helicópteros) ou os possantes P-3 (muito utilizados em missões internacionais).
   Às 11h00 está agendada uma exibição cinotécnica e depois de almoço o programa do "Dia de Base Aberta", que termina às 16h00, inclui mais visitas à torre de controlo e bombeiros e baptismos em simulador de voo, assim como novas demonstrações de aeromodelismo e passeios em viaturas tácticas militares (tudo das 14h00 às 15h30).
   E a partir das 14h45 recomeçam as descolagens de aeronaves.

Transcrição do "CORREIO ALENTEJO"


sábado, 28 de julho de 2012

Voo 2452 “TOP 10” DOS VOOS DE 2010.






Mário Aguiar
MAEQ/MARME
V. N. de Gaia




Companheiros dando continuidade ao voo 2446, 2448 e 2451, publico agora alguns elementos referentes ao ano de 2010.



Os totais foram de:

            Nº. de Voos – 729
Tertúlianos activos – 129
Média de Voos/Tertúlianos – 5,65

Assim o TOP “10 ficou com os seguintes valores



Um abraço a todos, bons voos e bons encontros.

Voo 2451 “TOP 10” DOS VOOS DE 2009.









Mário Aguiar
MAEQ/MARME
V. N. de Gaia


Companheiros dando continuidade ao voo 2446 e 2448, publico agora alguns elementos referentes ao ano de 2009.

Os totais foram de:

            Nº. de Voos – 745
Tertúlianos activos – 153
Média de Voos/Tertúlianos – 4,87

Assim o TOP “10 ficou com os seguintes valores

Um abraço a todos, bons voos e bons encontros.




sexta-feira, 27 de julho de 2012

Voo 2450 AS CADERNETAS DE VOO MILITARES.









Gabriel Cavaleiro
1ºSargº.Pil.Av.
Olhão




As cadernetas de voo militares


As cadernetas de voo militares são documentos oficiais onde se regista toda a actividade aérea dos pilotos.
Essas cadernetas são autenticadas periodicamente pela autoridade competente em cada unidade mas são pertença do piloto. Acompanham-no sempre para qualquer Esquadra em que vá prestar serviço.
E quando se passa à disponibilidade, no fim do serviço militar cumprido, continuam a pertencer ao ex-militar. As horas de voo registadas nestas cadernetas podem transitar para as cadernetas civis. Um piloto civil, ex-militar, tem na sua caderneta o total das horas que fez em todo e qualquer avião, civil ou militar.
Esses registos permitem, em qualquer momento, reviver episódios com relevo vividos, às vezes, muitos anos antes.
E foi assim que um dia destes, depois de ter começado a vasculhar as minhas cadernetas de voo, descobri que desde o dia 24 de Julho de 1964, meu primeiro dia de voo na Base Aérea Nº 5, em Monte Real, Leiria, até ao dia 16 de Setembro, 55 dias ao todo, voei, várias vezes, com funções a bordo de piloto ou 2º piloto e não como passageiro, os seguintes aviões, com asrespectivas matrículas:
·         JU-52 / Nº 6311 no dia 24 de Julho, M.Real-Tancos-M.Real
·         Chipmunk / Nº 1356 e Nº 1357
·         Piper Cub / Nº 3204 e Nº 3215
·         Beechcraft BC-D-18S / Nº 2508
·         F86 F / Nº 5357 no meu 1º voo, no dia 16 de Setembro.
Este aviador é realmente muito versátil, carago!
>Características principais destes aviões.
Texto normalmente da Wikipédia:
Junkers Ju 52


Um JU português


recepção dos 1ºs aviões portugueses foi feita em Dezembro de 1936 na Granja do Marquês, em Sintra.
A sua característica principal é o facto de tanto as asas como a fuselagem serem feitas em metal canelado, como as folhas de zinco dos telhados

Cockpit do JU

É um avião alemão com motor a pistão fabricado entre 1932 e 1945 pela empresa Junkers, com capacidade de 17 passageiros. Também é conhecido como "Tante Ju" (Tia Ju) ou Auntie Ju, e apelidado pelas tropas aliadas durante a Segunda Guerra Mundial como "Iron Annie". Foram produzidas mais de 4.000 unidades para utilização civil e militar. É um dos aviões mais bem sucedidos na história da aviação europeia.

Chipmunk

Cockpit do JU

É um avião alemão com motor a pistão fabricado entre 1932 e 1945 pela empresa Junkers, com capacidade de 17 passageiros. Também é conhecido como "Tante Ju" (Tia Ju) ou Auntie Ju, e apelidado pelas tropas aliadas durante a Segunda Guerra Mundial como "Iron Annie". Foram produzidas mais de 4.000 unidades para utilização civil e militar. É um dos aviões mais bem sucedidos na história da aviação europeia.

Chipmunk


Chipmunk

O protótipo do DHC-1 Chipmunk, CF-DIO-X, voou pela primeira vez em 22 May 1946 em Downsview, Toronto, no Canadá.
Chipmunk é um monomotor bi-lugar em tandem, de treino básico que serviu a Royal Canadian Air Force, a Royal Air Force  e muitasoutras Forças Aéreas no pós Segunda Grande Guerra.
Hoje, mais de 500 DHC-1 Chipmunks (conhecidos poor "Chippie") continuam a voar ou a ser reconstruídos.


Piper Cub

Super Cub da FAP

Piper PA-18 é um avião monomotor, com trem de aterragem fixo, roda de cauda, asa alta, bilugar, que possui dois assentos na maioria das configurações.
Construiram-se mais de 2 unidades deste modelo. Ideal para recreio, muitos aeroclubes são possuidores deste tipo de aparelho. Militarmente, foi utilizado pelos Forças Armadas dos Estados Unidos, a partir de 1943, no Norte de África e na Europa como avião de ligação e na correcção de tiro da artilharia.
Em 1949 foi construída uma nova versão, o PA-18-90 Super Cub com um motor de 105 Hp.
Em 1952 entraram ao serviço do Exército Português 27 aviões Piper Super Cub, utilizados por este ramo essencialmente para observação, controlo e regulação de tiro de artilharia. Previa
se, nessa altura a criação de uma unidade de aviação ligeira no Exército mas, como essa ideia foi abandonada, as aeronaves passaram para a Força Aérea Portuguesa.
Na Força Aérea as aeronaves cumpriram missões de treino de pilotos e de observadores aéreos e missões de ligação. Alguns aviões também serviram nas Formações Aéreas Voluntárias. Foram retirados do serviço em 1976 e cedidos a aeroclubes.


Beechcraft


Bechcraft D-18 da FAP
Bechcraft D-18

Beechcraft Modelo 18 é um avião norte-americano bimotor monoplano de asa baixa, de construção metálica semi-monocoque, para seis passageiros e dois pilotos. O projeto da aeronave era bem convencional, exceto pela deriva dupla. Foi fabricado por mais de trinta anos, entre 1937 e 1970, atingindo mais de 9.000 unidades

         F-86 Sabre


F-86 F da FAP

O F-86 Sabre, foi um caça de combate diurno a jacto, subsónico (embora capaz de ultrapassar a Barreira do Som em voo picado, tal como fiz no dia 21 de Setembro de 1965) desenvolvido pela North American a partir do final de 1944.
Veio a ser um dos caças mais produzidos no mundo Ocidental, no tempo da Guerra fria. Ficou famoso pelo seu envolvimento na Guerra da Coreia, onde defrontou com sucesso o seu principal oponente o MiG-15.
Apesar de no final de 1950 já não ser um avião de primeira linha, manteve-se no activo durante mais de quatro décadas até 1994, quando finalmente a Força Aérea da Bolívia o retirou doactivo.
Foi o mais proeminente avião de combate de segunda geração, que incorporou tudo o que de mais desenvolvido tinha sido assimilado pelos projectistas Norte-Americanos na concepção de aviões a jacto e que beneficiou ainda dos avançados conceitos aerodinâmicos desenvolvidos pelos cientistas Alemães no decorrer da Segunda Guerra Mundial.




VB: É sempre com grande alegria que lemos as histórias do Cavaleiro contadas na primeira pessoa.
As suas passagens levam-nos ao passado que vivemos durante a nossa passagem em “meninos”na FAP.
Sobre as cadernetas de voo, recordo o nosso companheiro Osvaldo, que estava na secretaria registando as horas de voo, que desenrascou muita malta. Havia muito pessoal na manutenção que estava registado como pessoal navegante, no intuito de no fim de cada mês, desde que voasse 30 horas por semestre,receber mais 500.00 Esc.como prémio de voo.
Normalmente quem mais voava era o pessoal da Linha da Frente,e muitos deles com alguma dificuldade em conseguir fazer as 30 h, pois os voos na Guiné eram muito curtos, exceção seja feita ao pessoal dos helicópteros que ultrapassava esse quantitativo em muito.
Pois bem,tinha que se recorrer ao Osvaldo que lá punha a malta a voar virtualmente para que o “patacão” fosse mais confortável.
Ainda temos esperança dele ler este voo e dizer-nos como fazia,Ok Osvaldo?

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Voo 2449 ALÔ ZÉS DA BA12!










João Henriques 
Esp.MRádio
Vancouver
Canadá





Neste período de férias, que muita gente está a gozar, a nossa base tem tido menos movimento, por isso, lembrei-me de fazer uma rápida aterragem para dizer que esta tudo a correr normalmente.

Legenda: Linha da frente da BA 12,Bissalanca

Foto: Manuel Lema Santos (por cortesia)



 Já muitas historias foram contadas, agora que são mais raras, ficou a amizade e a vontade de ler de  vez em quando uma mensagem daqueles que já nos habituaram.
Boa continuação de férias para quem as está a gozar e um abraço para todos os Zés.


João Henriques



VB: Olá João, sejas bem-vindo a este teu mundo que se define por BA 12.
Pois na realidade, o comando não está a ter a assiduidade que o efectivo da base merece, férias e a actividade profissional de alguns, assim nos tens limitado.
Estamos a tentar arrumar a base para que possamos retomar o trafego a estávamos habituados. As nossas desculpas. 

Voo 2448 “TOP 10” DOS VOOS DE 2008.






Mário Aguiar
MAEQ/MARME
V. N. de Gaia




Companheiros dando continuidade ao voo 2446, publico agora alguns elementos referentes ao ano de 2008.

Neste ano tivemos o total de voos de 130, tendo estes sido efectuados por 48 companheiros tertúlianos diferentes, daí os que mais publicaram, o dito TOP “10” foram publicados 81 voos só por 11 tertúlianos.


Os totais foram de:

            Nº. de Voos – 667
Tertúlianos activos – 126
Média de Voos/Tertúlianos – 5,29

Assim o TOP “10 ficou com os seguintes valores






























Um abraço a todos, bons voos e bons encontros.








segunda-feira, 23 de julho de 2012

Voo 2447 ESTAMOS DE REGRESSO.







Caros companheiros.
Com a abertura da “unidade” depois de férias, alguns, e grande azafama pessoal de outros, eis-nos de novo na “LINHA DA FRENTE” para receber os voos que ansiosamente aguardamos.
Muitos têm sido os que nos procuram no sentido de saber o que se passa nesta Base, não á movimento, a malta está habituada ao barulho dos motores, reactores, pás e de um momento para o outro apenas se certifica da direcção e velocidade do vento.



Pois bem, vamos tentar dar saída aos voos que temos na placa e continuar a receber os que nos vão chegar.
Um abraço para todos

O Comando

domingo, 22 de julho de 2012

Voo Nº. 2446 O TOP “10” DOS VOOS DO ANO DE 2007






Mário Aguiar
MAEQ/MARME
V. Nova de Gaia



Companheiros andei a fazer vários apanhados sobre as publicações do nosso blog.
1.    Transcrição de todos os voos publicados
2.    Ordenar os ficheiros por:
2.1.  Por Nº dos Voos
2.2.  Pelos Autores
2.3.  Pelos Temas
3.    Criar listas com os TOP “10” de cada ano por Autor
3.1.  Ano de 2007
3.2.  Ano de 2008
3.3.  Ano de 2009
3.4.  Ano de 2010
3.5.  Ano de 2011
3.6.  E pelo Total dos Anos
4.     Para ficar mais atraente transformei estes números em gráficos.
5.    Ainda em faze de obras estão as listagens por temas.


Neste primeiro voo darei a conhecer o movimento de 2007, ano de arranque deste nosso BLOG, mais precisamente no dia 03 de Junho

Neste ano tivemos o total de voos de 130, tendo estes sido efectuados por 48 companheiros tertúlianos diferentes, daí os que mais publicaram, o dito TOP “10” foram publicados 81 voos só por 11 tertúlianos.


Os totais foram de:

            Nº. de Voos – 130
Tertúlianos activos – 48
Média de Voos/Tertúlianos – 2,70833333

Assim o TOP “10 ficou com os seguintes valores




quinta-feira, 12 de julho de 2012

Voo 2445 IN MEMORIAM - ACIDENTE 12 DE JULHO.






Jorge Narciso
Esp.MMA
Lisboa




In Memoriam


Cap. Pilav António Rodrigues                                                                                                                     1º Cabo Especialista MARME António Machado                                                                               Mortos em acidente com um heli canhão em 12.Jul.69 em Bafatá






Em Fevereiro de 2010 e a propósito dum Post da Tabanca Grande acerca da captura do Cap. Peralta no corredor do Guileje, fiz um comentário posteriormente transformado em Post (5763) e também publicado no Blogue dos Especialistas da BA12 (voo 1462) onde em determinada altura e e por analogia com um facto relacionado com o heli canhão ali referido, escrevi:

  … este voo no canhão foi para mim perturbante, pois que uns meses antes (Julho/meu 3º mês de Guiné) estive também para voar (nesse caso por experiência passiva que, para sorte minha, não concretizei) no retorno duma outra Operação em Galomaro, voo esse com um fim trágico, traduzido no despenhamento do heli (a que assisti) ocorrido em Bafatá, com a morte do meu comandante: Maj. (a titulo póstumo) Rodrigues (Piloto) e dum camarada de todos os dias, o Machadinho - como lhe chamávamos - , Mecânico Armamento/Apontador.
Um dia destes tentarei fazer o relato que me for possível desta outra dramática ocorrência…





Legenda: Estrada que liga Bafatá a Bambadinca
Foto: Humberto Reis (direitos reservados)

E no sentido de “pagar” esta divida, por diversas vezes o tentei de facto, mas por este ou aquele motivo o resultado sempre se me pareceu insatisfatório.
Com o passar do tempo e à guisa de auto-defesa, foi-se-me adensando a dúvida se tal falha se resumia a uma evidente falta de engenho e arte, ou se o registo era de tal forma profundo,
complexo e pessoal que seria mesmo compreensivamente transmissível.
Assim arrumado, que não escondido, numa gaveta da memória, eis que um clique o fez emergir e duma forma instintivamente reactiva soltou o registo que se foi escorreitamente compondo.
Concretizando: no final do passado mês de Maio, o Virgínio Briote (co-editor da Tabanca Grande ), sabedor através do Victor Barata (editor principal do BA12), que eu poderia dar algum testemunho sobre este assunto, contactou-me referindo que a filha do Cap. Rodrigues, de quem é (ou foi) aluno, por sabedora da sua relação com os assuntos relativos à Guerra da Guiné lhe referiu o acidente que vitimou o Pai, manifestando interesse em saber mais  pormenores nomeadamente da parte de pessoas que tenham lidado de perto com ele.
E como atrás refiro, duma maneira quase automática as memórias foram fluindo, os dedos foram-nas traduzindo para o teclado e a resposta, antes tantas vezes tentada, ali estava plasmada no monitor. E assim praticamente sem revisão a enviei ao Virgínio Briote para que da forma que melhor entendesse dele desse conta à Dr.a Alexandra.
Recebido o texto instou-me o Virgínio a que o propusesse para publicação, tal como estava, ao  Especialistas da BA12.
Ponderado o assunto revisto o que escrevi, decidi seguir o conselho e com a dilacção até esta data para que o mesmo se assumisse como homenagem aqueles companheiros, recebi o assentimento não só do Victor Barata como do Carlos Vinhal da Tabanca Grande a quem coloquei a mesma proposta.

Assim e apenas com correcções no que ao português (grafia pré acordo), diz respeitoe com uma  melhor precisão de alguns dos facto,s aqui vai o citado texto (entenda-se como de resposta à citada solicitação)





Legenda: Alguns dos Pilotos de Alouette III. Da Esqª/Dirª de pé: Marta,Coelho,Duarte,Afonso,Pinto,Oliveira,Pereira,Nogueira e Rodrigues.

Em baixo:Félix e Assunção.

Foto: Jorge Félix (direitos reservados



Resumindo o relato dos factos à expressão mais simples poderia simplesmente dizer que:

1.  No regresso de uma operação com tropas paraquedistas, com base em Galomaro, os 6 helis participantes (5 de transporte + 1 canhão) dirigiram-se a  Bafatá para reabastecimento, antes do regresso a Bissau,
2.  Neles viajavam, como habitualmente nestes casos, para além dos 6 Pilotos, uma equipa de manutenção composta por 4 mecânicos da linha, um apontador de canhão e uma enfermeira paraquedista
3.  As condições atmosféricas, que já não eram boas à saída de Galomaro, agravaram-se entretanto significativamente nomeadamente com forte chuva.
4. Chegados a Bafatá, aterraram normalmente cinco dos helis, enquanto o do canhão, na manobra de aproximação, embateu com o rotor numa das espias de aço da antena de comunicações implantada junto à pista, tendo-se despenhado e sequentemente incendiado no embate com o solo.
5. Nele assim pereceram os: Cap. PilAv Rodrigues, comandante da Esquadra 122 (Alouette III) e o 1º Cabo Especialista MARME António Machado, apontador do canhão.





Legenda: AO Cap.Pilav. Rodrigues conversando com dois camaradas.
Foto: Jorge Félix (direitos reservados

Disparada assim factualmente a "chapa" instantânea do sucedido, importa aduzir agora algumas reflexões  pessoais fundadas numa memoria que neste caso se mantém impressivamente nítida.
* Eu era um dos membros da equipa de manutenção, sendo talvez esta, com os meus 2 meses e meio de Guiné, a primeira operação deste tipo em que participei.
* Havendo outras modalidades de realização, nesta operação de num só dia, os helis saíram de Bissau de manhã, dirigindo-se a Galomaro, local onde estavam já colocados  os elementos do BCP que a iam realizar
* Deixada a equipa de manutenção e a enfermeira, de imediato embarcaram os "Paras", não me recordo se numa ou duas levas, para serem largados na Zona previamente definida, acção sempre protegida pelo heli canhão.
* Regressados à base da operação, os helis mantinham-se em alerta, ou para evacuações, ou para eventuais recolocações das tropas noutros locais da zona.
* Terminada a operação e em acção inversa à inicial, foram recolhidas as tropas, salvo erro novamente para  Galomaro para seguirem por via terrestre para Bafatá.
*  Por não se ter registado a necessidade de evacuações os helis mantiveram-se  aterrados por um período largo e o pessoal, apesar de em alerta, ia naturalmente convivendo para matar o tempo.
*  Em conversa com o Machado (apontador) sugeri a hipótese de, no regresso, voar no canhão, apenas como mera experiencia. E dando consistência a essa ideia, com o seu apoio, foi pedida autorização ao Cap. Rodrigues, que chefiava naturalmente a missão e coincidentemente pilotava o canhão, que de imediato deu o seu consentimento.
* Terminada a operação, era necessário embarcar para além das ferramentas e outros meios de manutenção, também uma caixa de munições do canhão, que servia de reforço em caso de necessidade.
*  E assim aconteceu, tendo eu e o Machado transportado manualmente a citada caixa para o heli nº1 que se encontrava no extremo contrario  do alinhamento relativamente ao canhão, logo a uma distancia talvez  superior a 50 metros.
* Ali chegados e embarcada a caixa diz-me o Machado: já podes ir. Eis quando a chuva que tinha começado a sentir-se uns momentos antes se intensificou, tendo-lhe eu respondido com um sorriso amigável mas "meio sacaninha" - Com esta chuva fica para a próxima vai antes tu e entrei nesse heli, enquanto ele correndo se dirigiu ao canhão
* Em formação mais ou menos ordenada lá seguimos até Bafatá.
* Ali já aterrados e alinhados os 5 helis de transporte na placa fronteira à antena de rádio, eu e outros tripulantes assistimos a aproximação do canhão, que voava afastado da restante formação, fazer a aproximação rodeando a antena pelo lado contrário, ao que nos encontrávamos, e... embater com o rotor  numa das suas espias de sustentação, já muito próximo do solo.
* As fortíssimas sensações originadas pela visão desse momento jamais as  esquecerei:
- O rotor (corpo do conjunto das 3 pás) soltou-se da estrutura, transformando abruptamente o ruido caracteristico do voo do heli num silêncio esmagador.
- O corpo do heli rodou no sentido longitudinal  enquanto, como que em desesperante camara lenta, se despenhava junto à base da antena.
- Instintivamente alguns de nós correram para o local do impacto, saltando mesmo eu e um outro companheiro o arame farpado que protegia a area da antena.
- Fomos travados pelo quase imediato incendio do aparelho e consequente deflagração das munições (balas de 20 mm, explosivas incendiárias) num matraquear que se prolongou por um período que parecia não ter fim.
- Quando finalmente cessou permitindo-nos levantar a cabeça a desgraça estava completamente consumada numa amálgama de destroços que envolviam os corpos adivinhadamente calcinados.
- Última e não menos forte sensação a da recordação da minha ultima conversa com o Machado e o imaginar-me agora no seu lugar.
Passada essa terrível noite em Bafatá, regressámos na manhã seguinte para Bissau, logo após o embarque dos corpos, entretanto resgatados, no Dakota que os transportou para a Base
O velório realizou-se nessa mesma noite na capela da BA12, nele participando por turnos toda a Esquadra 122. Lembro-me perfeitamente de durante o meu turno ter ficado de frente para a viúva do Cap. Rodrigues de quem julgo ainda guardar a expressão amargurada.
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À margem do relato algumas notas de rodapé que julgo necessárias
- Todos os acidentes possuem sempre algo de incompreensível, nomeadamente quando de meios aéreos se trata, com o conjunto de variáveis envolvidas (mecânicas, humanas, meteorológicas, etc.) e a que só uma investigação e apuramento rigoroso de dados pode dar respostas mais ou menos conclusivas.
- O acima relatado não é naturalmente excepção, o testemunho que transmito, apesar da fidelidade da observação directa, não pretende de nenhuma forma retirar conclusões quanto a eventuais causas, que seguramente o inquérito realizado pela  FAP e respectivo relatório (que não conheço), sistematizadamente terão feito.
- O que indelével e tragicamente fica é a perda efectiva, tão mais sentida quanto mais dramática é a forma e mais próximas nos são as vitimas.

Para eles o meu singelo preito de homenagem:




Ao Cap. Rodrigues a quem apesar do breve tempo de convivência e voo, deu para perceber ser não só um excelente Piloto como um homem que mantinha com os que comandava uma relação de enorme cordialidade e respeito que eram aliás generalizadamente recíprocos. E que aqui quero partilhar com a Dr.a Alexandra e sua família.





Ao Machadinho pela sua alegre e descomprometida camaradagem dos nossos 20 anos, que na perda, algum insondável desígnio impediu eu tivesse tomado o funesto lugar e naturalmente à sua família independentemente desta não tomarem conhecimento.





E finalmente alguns agradecimentos:
- Ao Virgínio Briote e à Dr.a Alexandra por terem estado na base desta minha, digamos “catarse”.
- Ao Jorge Felix e  Fernando Caroto  meus companheiros e contemporâneos na Guiné, que cederam as fotos.
- Ao Edgar co-testemunha e que comigo saltou o arame farpado da antena, com quem em troca de impressões melhor precisei alguns dados aqui transmitidos

JORGE NARCISO – Especialista MMA – BA 12 / Guiné 69/70