sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Da Guerra de Moçambique!

Mensagem do Augusto Ferreira:



Grande amigo Barata,como o prometido é devido,aqui te estou agora a falar,da minha presença em África.

Depois de em 1972,ter concluído o MTU do Fiat G91 na BA 5,fui mobilizado para o AB 7-Tete,aonde cheguei no princípio de Dezembro do mesmo ano.O facto de já ter trabalhado em 1971 nos T6,na BA7 - S.Jacinto,e por necessidades operacionais,acabei por ser colocado nos avi~oes convencionais,aonde permaneci durante toda a comissão.

A base tinha sido atingida,no mês anterior,por um míssil terra-terra 122,junto ás pistas,e intensificava-se cada vez mais a guerrilha no distrito,estando já a estender-se aos distritos de Manica e Sofala e a aproximar-se da cidade da Beira.

A Força Aérea,além das missões no distrito de Tete,mantinha um sistema de protecção,ás cargas críticas,que se deslocavam da Beira para Cabora Bassa e mais tarde,até á própria cidade da Beira,aonde estivemos com T6 na BA 10 em 1973/74.




Aeródromo do Chimoio,Vila Pery, da Esq.especialista MMA(?),Alf.Pilav.Brás e Eu (Augusto)





Este aeródromo ficava sensivelmente a meio,entre Tete e Beira e era aonde se dava algum apoio aos nossos aviões.Era utilizado pelo seu aeroclube,pelos táxis aéreos,aviões de pulverização do algodão e pela nossa Força Aérea.
Pois é,estávamos lá em 1973 com as nossas máquinas,quando surgiu em táxis aéreos,a equipa de futebol do Atlético,que estava ali para jogar com o Textáfrica,para a Taça de Portugal.
Claro que fomos ver o jogo e o Atlético acabou por vencer por 0-1.O pessoal da FAP teve até direito a medalhas.Nas despedidas,um simpático dirigente do Atlético,resolveu tirar-nos umas fotos,com o compromisso de no-las enviar para casa,logo que chegassem á "Metrópole",o que aconteceu.
Em relação á foto que te envio acontece que passados cerca de 8/15 dias,não posso precisar,estava na altura na BA 10 -Beira,quando recebi a notícia de acidente com T6,no Aeródromo do Chimoio. O Alferes Brás,voava rasante ao aeródromo,quando numa volta mal controlada,o T6 entrou em perda e se despenhou,embatendo no solo,incendiando-se de imediato.O Brás morreu carbonizado!Foi horrível,segundo relatos de companheiros nossos,que nada puderam fazer.
Perdeu-se mais uma vida sem glória,por aquelas terras de África.Que pena,pois o Brás era um bom amigo.
Provavelmente,a família do Brás,recebeu a notícia da sua morte,juntamente com a foto,que o nosso amigo do Atlético,simpaticamente nos quis enviar para casa.
Vou terminar voltarei em breve.
Um grande abraço do amigo

Augusto Ferreira
3ª/69 Melec

domingo, 26 de agosto de 2007

Obrigado GRANDES COMPANHEIROS!

Boa Tarde,Zés!
Já tentei redigir hoje estas, simples mas significativas, palavras por diversas vezes,mas a maldita doença que dá pelo nome de emoção,não me deixou!
Pensei como se estivesse na Guiné,ao tempo na Guerra Colonial,e disse para comigo:
-Tens que ser forte Victor,tens que a vencer!
Mas afinal porque?!...
Ontem 28.8. foi privilegiado pela sorte ao receber para almoçarem comigo e passar o dia GRANDES AMIGOS da nossa FAP,vou-vos contar.
Sempre fui e sou um individuo que dou um elevado valor á amizade sã e pura,dizem que comigo é fácil ser amigo,e como tal resolvi este ano pela primeira vez ir ao almoço anual da nossa FAP na Base Aérea nº5 ,Monte Real com a intenção de rever e confraternizar com camaradas que,no fim de diversas tentativas para os encontrar não consegui.
Pois bem,Deus não me deu o Sol mas deu-me a Lua,encontrei alguns, outros soube que não puderam estar presentes por motivos pessoais ou profissionais e outros...nada me disseram,ninguém sabia se ainda pertenciam ao mundo dos vivos. Foi uma grande alegria confraternizar com os que encontrei e com aqueles que,através de outros camaradas,me foram apresentados.
Havia alguns que eu tinha como objectivo abraça-los, pois faria cerca de 36/38 anos que não via,O Marques (Espinha),Nunão;Augusto Ferreira,Lopes (Bercas),Maurício,Bastias,Felizardo, Etc. mas não consegui visto uns terem compromissos pessoais ou profissionais que os impediram de estarem presentes.
Bom,mas entre os que não conhecia,havia aqueles com quem já tinha conversado via Net através do nosso blog,do Nanamue ou o dos Especialistas, o Carlos Ferreira,João Sousa(Braga),Pedro Garcia,etc.
Ontem recebi a HONROSA visita para almoçarem comigo do Augusto Ferreira,Jorge Mendes,
Carlos Ferreira,João Sousa,José Gomes e Pedro Garcia,que alegria,que abraços comoventes...enfim,sentimentos!
O Augusto Ferreira é da minha recruta e especialidade,a partir desta nunca nos tornamos a encontra,35 anos faz,foi aquele abraço quase com a "lágrima ao canto do olho",mais tarde falarei da riqueza da oferta que este VERDADEIRO amigo me fez.
O Jorge Mendes,pior ainda,então viemos a saber que a nossa juventude de meninos de tempo de escola,foi feita em conjunto na Casa Branca,Calhabé,em Coimbra,simplesmente o seu nome para mim nunca foi Jorge Mendes mas sim o Patrício como era conhecido,outra super
alegria!
Carlos Ferreira,João Sousa,Pedro Garcia e José Gomes,conheci pela primeira vez no referido encontro na BA 5 e são uns verdadeiros amigos e companheiros.O Pedro veio de propósito da Baixa da Banheira para estar connosco,seguindo hoje de manhã para o Algarve de férias,O Carlos Ferreira, atarefado com os preparativos com o casamento da sua filha,não quis faltar e o João Sousa veio de Braga com a sua boa disposição e alegria,estar connosco.Obrigado amigos!
Faltou o Felizardo por quem eu nutro também uma amizade antiga,estava de férias na Figueira da Foz,mas nem por isso deixamos de lhe telefonar para lhe dizer que estava no nosso pensamento.
Por último,porque são sempre os primeiros, uma palavra de agradecimento ás MARIAS e ao Pedro(filho do Pedro Garcia) por nos terem aturado aquele tempo toda a ouvir passagens nossas.



Algumas fotos do evento:



O João Sousa,José Gomes e o Victor Barata
O Pedro Garcia,Jorge Mendes,João Sousa,Victor Barata e Augusto Ferreira
A SrªGarcia, Carlos Ferreira,Pedro Garcia,Jorge Mendes,João Sousa,Augusto Ferreira e a SrªGomes


A SrªGarcia,Carlos Ferreira,Pedro Garcia(na prova do néctar),Jorge Mendes,João Sousa(encoberto pelo candeeiro), Victor Barata(aos comandos),José Gomes(A tira foto)e a SrªSousa



Carlos Ferreira,Pedro Garcia,Jorge Mendes , João Sousa e SrªGomes
Saudações ESPECIAIS!
Victor Barata














segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Eu tambem passei o 25 de Abril na Guiné!

O nosso companheiro Joaquim Guiomar, membro desta nossa LINHA DA FRENTE,
enviou-nos uma mensagem relatando a sua estada na Guiné quando se deu o 25 de Abril de 1974,Revolução dos Cravos.A acompanhar, uma "colectânea de fotos no BCP 12:


Amigo Victor Barata:
Estive presente na Guiné nos anos de 1972/1974 e "vivi" lá,assim como muitos,o "25 de Abril".Estava colocado no BCP 12 e era o chefe da secção eléctrica.Convivi com alguns camaradas da BA12 mas nunca de modo a sentir aquele clima de guerra aérea onde o nosso pessoal da LINHA DA FRENTE estava envolvido.Por outro lado sentia a guerra travada do lado do arame,nos "paras",principalmente quando havia perda de vidas humanas e foram algumas.
O pessoal especialista sempre se sentiu deslocado nos BCP´s,aquela não era a nossa "guerra"embora sempre tivessem existido boas condições de trabalho e alojamento.De qualquer modo eu não "senti"muito o 25 de Abril dentro da unidade e fora dela.
Só regressei em Setº de 74 mas,eu e os meus camaradas,sempre nos movimentamos á vontade por Bissau e bairros adjacentes.Notava-se,sim.aqui e ali alguma segurança feita por tropas especializadas mas,nada demais.Os vinte e poucos anitos também davam para algumas loucuras e descontracção.
Li com muita atenção as várias mensagens enviadas por outros amigos e fiquei deveras comovido,além disso identifiquei muito pessoal nas fotos,alguns da 1ª/68 na família de melec´s ee até pilotos.Vou enviar também algumas fotos para o caso de achares com interesse de colocares aqui no Blog.

BCP 12, convívio na secção eléctrica,da esqª. Pedrosa,Santos,Guiomar e Machado

Grupo Musical,da esqª Um furriel que não recordo o nome,Guiomar e Neto,
que ainda gostava de encontrar um dia.


Convívio entre pessoal das tabancas,um amigo pára e Guiomar.


BCP 12,jogo de andebol,Gonçalves (no ar),Arlindo(9),Sarº.Para (9 frente)
e eu,Guiomar.

BCP 12, Especialistas da FAP junto a um emblema de uma CCP.

BCP 12,Jantar de Natal,penso que em 1972,Guiomar,Cercas,Machado e outros

BA 12,o celebre cinema da BA 12 onde passámos bons momentos de relax.


BCP 12, confraternização entre pessoal Paraquedista e Especialistas.
Local: Bar de Sargentos


BCP 12,o comandante Araújo e Sá impondo medalhas num Torneio.
Da esq. Jorge,Guiomar,Machado e um Alferes que não recordo o nome
Grande abraço para toda a família especialista com a esperança de ainda vir a abraçar mais alguns amigos que me faltam abraçar pessoalmente.
Joaquim Guiomar Silva








O Augusto Ferreira!


Mais um ZÉ que se vem juntar à LINHA DA FRENTE.

Augusto Ferreira
Melec 3ª/69
AB 7
Reside em Coimbra




O Augusto é um homem da minha recruta e amizade!

Recordo os tempos,38 anos,em que passavamos o tempo livre na Base, na camarata,sentados numa cama com diversos companheiros á nossa volta,o Augusto agarrado á sua viola e cantavasse COIMBRA!

Mandou-me a seguinte mensagem:

Amigo Victor Barata,cá está mais um técnico a apresentar-se ao serviço(conforme o teu pedido).
É mais um de Coimbra. Sou o Augusto,que apareço na foto da família,dos Melec da 3ª/69 na Ota e que publicaste em 8 de Junho 2007,


Estou ao lado do Gonçalves(o Conde).E já agora,para ires completando a legenda da foto,em baixo entre o Carrilho e o Maurício,está o Aurélio Cruz(Sangalhitos).Em cima do meu lado esquerdo,está o Eurico Frazão. Também não me recordo dos outros nomes,é a idade sabes? (PDI) É só mais uma ajuda.
Foi com enorme satisfação,que consultei o teu Blog. Já vi pelas tuas fotos actuais que te modificaste um bocadito,mas eu também.Tomei conhecimento dele,através do nosso amigo Jorge Mendes,desde esse dia passei a ser um visitante assíduo,á procura de novidades.Está cinco estrelas.

Esta é uma foto da nossa actividade desportiva na Ota.
Da esq./Dirª pé:Geraldes,Barata,Zé Dentinhos,Serôdio e Maurício.
Baixo: (?) Chitas,Eu (Augusto)e Gonçalves.

Nunca percebi,porque é que quiseste tirar esta fotografia,com os cabelos do peito amostra?!...Depois explicas-me!
Tenho muitas fotos da minha passagem pela FAP e algumas histórias delas para contar(demora muito?)em breve vou dar noticias.
Estive ontem com o Felizardo e o Leal,amanhã vou estarei com o grande chefe Carlos Ferreira e pressinto,amigo Barata,que nos iremos encontrar em breve!?
Já não nos vemos há cerca de 35 (38!)anos,não achas demais?
Nos Encontros Nacionais de Especialistas,tenho estado com o Serôdio e o Bastias.
Este ano,não foi possível estar presente,por razões profissionais.Vamos ver para o ano.
Amigo Barata,continua com este teu excelente trabalho,está óptimo.
Vou concluir,enviando-te um até breve e saudações para toda a família de especialistas,que permite que estas amizades se prepectuem.

Um forte abraço.
Augusto Ferreira

sábado, 18 de agosto de 2007

Ten.Cor.Pilav.Almeida Brito (II Parte)









Mensagem do nosso companheiro:

Arnaldo Sousa

MMA/FIAT G-91

Bissalanca 72/74





Transcrevemos agora a II Parte da mensagem que este nosso companheiro nos enviou em Julho com o recorte do Jornal Diário de Notícias quando do acidente e consequente falecimento do Ten.Cor.Pilav.Almeida Brito.





Amigo Victor,atendendo ás características da zona e intensificação dos combates,não foram feitas tentativas de encontrar os destroços,quer por parte das forças terrestres quer da FAP,nem sequer depois do 25 de Abril.
Quis o destino que passados 15 anos os restos mortais do malogrado Almeida Brito fossem encontrados!
Em Março de 1988,o Correio da Manhã publicava a notícia que recortamos , está aqui á nossa esquerda, e que dizia o seguinte:




"Já foi encontrada a placa de identificação do TenCor.Pilav Almeida Brito,morto durante um ataque aéreo do PAIGC a uma patrulha da FAP.As autoridades portuguesas mantêm algumas preocupações ao referirem o assunto,embora já não restem quaisquer dúvidas de que os destroços encontrados pertencem ao corpo e ao avião do Ten.Cor.Pilav português,dado como desaparecido em 1973.Segundo o jornalista da Lusa que acompanhou os trabalhos de investigação na Guiné-Bissau,terá sido a ganância pelo lucro fácil de um caçador do Gabu(ex Nova Lamego)o facto que fez reviver o caso do desaparecimento do Ten.Cor.Pilav Almeida Brito.Em 1973,um avião "Fiat G91" da FAP foi abatido por um míssil terra-ar disparado pelo pelotão do PAIGC perto de Madina de Boé*,a 75 Km do Gabú.O aparelho era tripulado por Almeida Brito.
O caso foi dado como encerrado tendo as autoridades comunicado á família que o corpo tinha sido pulverizado e,por isso,dado como desaparecido.
Quinze anos depois as declarações de um caçador do Gabú,de nome Iero Emlaloh,fizeram crer que seria possível recuperar o corpo do oficial português.O caçador disse a meios portugueses em Bissau que tinha descoberto restos do avião contendo no seu interior um esqueleto humano pertencente ao Ten Cor.Pilav Almeida Brito.Para dar mais convicção às declarações,o caçador disse que o esqueleto possuía numa das mãos um anel,normalmente utilizado pelos pilotos portugueses dos caças a jacto com a inscrição "TEC A.B". Na posse destes dados,o adido da Defesa junto da Embaixada de Portugal em Bissau,o oficial da Força Aérea,Ten.Cor.Montalvão Guimarães,entrou em contacto com o governo guineense solicitando a colaboração das Forças Armadas da Guiné-Bissau que tornasse possível recuperar os restos mortais do Ten.Cor.Pilav.Almeida Brito para serem entregues à família.
Na incursão até ao local do acidente foram,além do adido da Defesa,um funcionário da Embaixada de Portugal e dois jornalistas (da Lusa e da RTP).Após uma viagem acidentada por uma picada onde ainda hoje se circula com precaução por estar semeada de minas,verificou-se que a história era outra..."refere o jornalista da agência noticiosa."No local,a 300 metros da aldeia de Dandu ou Dandum,distante três Km de Madina de Boeh,apenas se encontraram restos
do reactor do avião,bem como escassos vestígios de ossadas humanas."
O CM confirmou junto de outras fontes que os destroços apareceram num local"considerável-
mente afastado daquele onde se tinha dado o acidente."A escassez das ossadas encontradas no local e as versões contraditórias do caçador terão levado as autoridades portuguesas a evitarem comentários sobre os factos sem terem a certeza de que as ossadas pertenciam ao TenCor.Pilav Almeida Brito.
No entanto,o silêncio absoluto do departamento governamental não será tão compreensível após terem conhecimento de dados que revelam a identificação das ossadas.Além disso,a presença nas investigações do adido da Defesa e do funcionário da embaixada revelam que o governo português estará,apesar do silêncio,a par do assunto.
Interrogado pela delegação portuguesa,o caçador guineense disse que o anel teria sido vendido por um cidadão guineense ausente no Senegal a um alfaiate do Gabú que teria comprado à mesma pessoa o anel de casamento retirado do corpo do piloto.
De volta à aldeia,o grupo encontrou em casa do alfaiate o anel de casamento com a seguinte inscrição gravada:"ANA 9-11-1961". Refira-se que Ana é o nome da mulher do Ten.Cor.Pilav Almeida Brito.
Graças à intervenção enérgica do comandante do Batalhão do Gabú,Major Tchambu Maneh,o anel foi entregue pelo alfaiate que em vez da avultada soma pedida inicialmente,acabou por pedir apenas,em troca,uma nova aliança,parecendo ter ficado gorado o negócio do alfaiate com o caçador",relata o jornalista da Lusa. " ficou patente para todos os envolvidos neste incidente que o abate do "G-91",bem como a descoberta do corpo do oficial português era do conhecimento geral das gentes do Gabú e que,se não fosse a ganância do caçador,o tempo acabaria por apagar totalmente a lembrança de um caso normal em tempo de guerra",salienta o jornalista."



Arnaldo de Sousa



* -Cota mais alta da Guiné-Bissau,300 metros acima do nível do mar.
-Local onde em 1969,durante a retirada do exército português.morreram 47 militares portuguses ao atravessarem o rio Corubal
.

































































































































































































"História da minha ida para para o Serviço Militar"!

Mensagem do ZÉ,Joaquim Guiomar.


Base Aérea Nº2,Ota,Janeiro de 1968.
Escadaria de acesso ao Comando da Esquadra de Instruendos
e Esquadra de Pessoal.O Guiomar está assinalado com uma seta na última fila.

O Joaquim Guiomar enviou-nos uma bonita e original história da sua saída de casa em 1968 para iniciar o serviço militar na Força Aérea Portuguesa. Embora cada um tenha a sua versão,não deixa de ser curioso recordarmos como foi connosco!?...

Foi aqui,nesta foto e nesta escada,que tudo começou!
Janeiro de 1968,17 anitos,parti de Abrantes,com a carecada já em dia,malinha na mão com meia dúzia de coisas,o dinheiro também não abundava...montado numa boleia que o"velhote"arranjou.Ia começar uma aventura cheio de esperança para um puto da província que tinha ido a Lisboa pela primeira vez no ano anterior ao centro de recrutamento da Força Aérea Portuguesa e que ainda olhava para as grandes cidades com olhos de espanto.Fiquei apeado em Alenquer pois a boleia apenas dava até ali,seria o fim da linha,a partir dali estaria por minha conta e risco e fui a butes de daqui até á Base Aérea nº2 na Ota,pois jeito para pedir boleia também não tinha,mais tarde "formei-me"nessas andanças... Cheguei à Ota já de noite e mais esfalfado que um burro velho,bolas,ainda são uns seis ou sete Kms,o pessoal que tinha chegado estava todo numa parte do refeitório a enganar a barriga e eu cheguei-me a eles...Para mim era tudo novidade e era também uma coisa que eu queria muito,fazer parte da FAP,vestir aquela farda e ser parte integrante de todas aquelas histórias que se contavam nas casernas quando o sinal de silêncio tocava.Já lá estava,o mais difícil,após a inspecção médica,já tinha passado agora era só aguentar-me nas "canetas" durante o período da recruta... Ai foi um pouco mais difícil pois entretanto apanhei uma febre qualquer,nunca fui ao médico com medo de me mandarem embora,e dormi uma séries de noites bem longas sentado na cama apoiado na almofada.Todos sabem que a nossa recruta apesar de não ser muito puxada envolvia sempre um certo esforço pois os instrutores,alguns,armavam-se em bons e nós é que sofríamos.Se juntarmos a isto o mês de Janeiro que fazia naqueles tempos sempre um briol do caraças,então tínhamos o menu perfeito para apanharmos umas valentes molhas e enxugar a farda no corpo...e umas gripalhadas.Tudo passou sempre com muita camaradagem pelo meio até à celebre marcha final onde ia sempre á frente o nosso "querido" e famoso major Tomás.Ainda eram uma série de Kms.por montes,ribeiros e vales passando pela famosa "mama"que todos bem recordam e que custava imenso a subir...Todo o pessoal chegou mais do que rôto e cada um para o lado que lhe dava mais jeito.
Juramento de bandeira,uma seca de tal ordem que só se via pessoal a desmaiar e a malhar no chão...Feito o pedido para a especialidade lá fomos encaminhados para as respectivas "escolas",Ota,EMEL e GDACI,eram esse os locais onde iríamos aprender e bem,aquilo que iríamos ser e fomos,no nosso futuro como ESPECIALISTAS DA FAP!
Esta é minha história de entrada na FAP que decerto será muito igual a muitas outras e que poderiam,também,ser contadas aqui.Pode ser que alguém se reveja na foto,seria engraçado...!
Grande abraço para todo o pessoal!
Joaquim Guiomar
SargºMelec
1/68

VB- Vamos ficar á espera de notícias da rapaziada que compõe esta foto e não só.
Não se esqueçam que toda a correspondência para ser publicada tem que ser endereçada para o Emal barata.victor@gmail.com

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

25 de Abril de 1974 na Guiné.


Mansoa,9 de Setembro de 1974,foi entregue o território ao PAIGC e hasteada,oficialmente, pela 1ª vez a bandeira da Guiné-Bissau.A bandeira Portuguesa foi arriada pelo Fur.Mil.Op.Esp. Eduardo Ribeiro.




Mensagem do António Correia:
2ºSargº.MMA




Como sempre.no dia 25..04.1974,pelas 6:00h da matina,os ZÉS dos Hélis,bem como das outras esquadras,preparavamo-nos para retirar os aparelhos dos abrigos,isto é,os G91 e ALL,pois os T6 e DO,ficavam na rua,quando o Comandante do Grupo Operacional(GO) vem de geep pela placa e diz aos Chefes da linha: -Hoje não voamos,por isso não retirem os helicópteros dos abrigos,isto sem qualquer explicação.

Todos os ZÉS ficaram muito preocupados e comentávamos o que teria acontecido?!

Confesso,eu fiquei atordoado,sentei-me e no chão a pensar e a dissertar naquelas questões que o Sr.Prof.Luis Fraga muito bem desenvolve e com grande sabedoria.

Passados alguns minutos(não sei quantos)despertei dos meus pensamentos com as manifestações de alegria dos outros Camaradas presentes.Eles diziam que tinha havido uma revolução em Lisboa(estavam a ouvir a BBC). Juntei-me a eles e disse:-Calma porque ainda é cedo para muitas alegrias,se assim é pode haver muito sangue nas ruas da Capital?!...

Faltavam-me 7 dias para acabar a comissão e de que maneira eu pensava nos Strella,etc,mas se Deus quiser,lá em Lisboa, onde estava a minha esposa e filho, tudo há-de correr bem.Finalmente,dia 26.04.1974 a Emissora Nacional começou a emitir em onda curta e assim todos ficaram a saber que,afinal,era a revolução dos cravos!

Passou um mês,antes do regresso a Lisboa,que foi extremamente complicado,com o regresso em massa do IN a Bissau,as pilhagens,as ameaças,etc.,(como era difícil ir beber uma cerveja e comer umas ostras cozidas,talvez as~´ultimas)as mulheres e crianças dos Oficiais,dos Sargentos e outras que acompanharam os maridos,tiveram de ser recolhidas nas messe e clubes,ninguém garantia a seguranças nas suas casas,assim todos juntos a segurança era mantida por Paraquedistas,como se costuma dizer "armado até aos dentes".

Lanço aqui um desafio a todos os ZÉS que lá viveram o 25 de Abril,contem-nos o que sentiram,o que se lembram dessa data e dias seguintes.

Um grande abraço para todos.

António Correia
















segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Ai verdinho meu verdinho...beber-te não à maneira!!!

O Mário Aguiar mandou-nos esta foto feita no último almoço anual na BA5,Monte Real,Junho. É um conjunto Tipíco que dá pelo nome de "O Melec & E os OPCOM´S"!
A canção que deu fama a este agrupamento e sem dúvida alguma a melhor que cantam é o
"Ai verdinho meu verdinho esquecer-te...nem com a borracheira!"


Os artistas da Esq./Dirª Carlos Ferreira(Vocalista)João Sousa(Autor da Letra)Fialho(Clarinete)António Salgado(Saxo)António Louro(Gaita de Beiços)Pedro Garcia(Bota-Abaixo) e o Almeida (Afina as Vozes).
Já agora gostava de vos solicitar a minha possível candidatura a um lugar neste Conjunto,prometo que não vos deixo mal,também toco bem!...
Um grande abraço ESPECIAL para vocês todos,não se esqueçam de ,os que ainda o não fizeram, entrar na nossa tertúlia "LINHA DA FRENTE"
Victor Barata

domingo, 5 de agosto de 2007

Quem era o Piloto do T6...?










Mário Vicente Fitas Ralheta
Fur.Miliciano
C.Caç.763
Comissão de Serviço em Cufar,Guiné


O nosso companheiro Mário Fitas,enviou-me um Email à cerca de um mês solicitando que o informasse do nome do piloto de um avião T6 que no dia 17 de Setembro de 1965,durante a operação Retorno foi atingido com dezassete tiros e teve que fazer uma aterragem de emergência na pista de Cufar.
Pois muito bem,à que começar a pesquisar para poder-mos dar a informação correcta ao Mário.Primeiro contacto,Arquivo Histórico da Força Aérea.Os elementos relativos á permanência da Força Aérea na Guiné são muito reduzidos,informaram-nos,no entanto não descuraram o caso("de quem memórias soberanas") e dias depois enviam-nos um email com o nome de uma pessoa que talvez fosse uma boa fonte para prestar a informação desejada,TenCor.Pilav.Lopes Pereira.
Eu próprio telefono a este piloto,identificando-me e justificando o telefonema,bem como quem me tinha fornecido o contacto.
Sabem quem é este Senhor?Nada mais nada menos que o Oficial das Operações da Força Aérea na Guiné em 1965! Com a agravante de ser ele,também,a fazer a parelha com o piloto do avião atingido!

Esta a aeronave atingida que aterrou de emergência na pista de Cufar no dia 17 de Setembro de 1965, com o motor gripado.Grandes máquinas , grandes pilotos e...grandes mecânicos!


O nosso,hoje,Ten.Cor.Pilav.Lopes Pereira,depois de devidamente identificado comigo e reviver o acontecimento,lá me disse que o "contemplado" com o episódio tinha sido o Alf.Pilav.Ribeiro,o Ribeirinho,como ele carinhosamente lhe chamou!
Obrigado Lopes Pereira pela informação,vamos-lhe pedir que entre na nossa Tertúlia da LINHA DA FRENTE,bastando para tal entrar no nosso Blog através do Email barata.victor@gmail.com com um acontecimento na Guiné.
Para ti Mário,estou a tentar recolher mais dados do Ribeiro para,se possível,e é essa uma das funções deste Blog,juntar-vos.
Vai dando notícias.
Victor Barata

sábado, 4 de agosto de 2007

Oficiais destes,PRECISAM-SE!

Luís Alves de Fraga
Coronel da Força Aérea (Reserva)
Diplomado Pela Academia Militar
Licenciado Ciências Politico-Sociais
Grau de Mestre em Estratégia
Prof.Inst.Altos Estudos Força Aérea
Prof.Efectivo Academia da Força Aérea
Prof.Ens.Sup.Inst.Mil.Pupilos do Exército
Prof.Aux.Universidade Autónoma Lisboa
Co-Autor diversas obras publicadas.






Caro Victor Barata
Foi com muito gosto que recebi o seu telefonema há alguns dias.Lastimo que nada lhe pudesse adiantar sobre a questão que me colocou.
Na verdade,em termos documentais,sobre a Guiné pouca coisa existe no Arquivo Histórico da Força Aérea (AHFA).
Sei,por ter feito parte da Comissão da História da Força Aérea(CHFA),que,neste momento há um oficial somente dedicado à elaboração do primeiro volume relativo à participação da Força Aérea na guerra em África,contudo,por enquanto,está a investigar e a escrever sobre Angola.
Nas duas comissões que cumpri - 1966/1969 e 1973/1975 - estive sempre colocado em Moçambique(3ªRA ou,como jocosamente,então,se dizia,na Região Aérea de 3ª).Passei uma única vez - em fins de Janeiro de 1969 - pelo aeroporto de Bissau no regresso da minha primeira comissão.Sobre o empenhamento da Força Aérea nessa província nada vi e nada conheci;tudo o que sei foi resultado de pesquisas e de conversas com pessoal militar que por lá andou.
Tenho,naturalmente,opinião formada quanto à situação operacional da Guiné.Sei que era o mais difícil teatro de operações no qual actuavam as tropas nacionais - fossem terrestres,navais ou aéreas.Esse facto deveu-se a diversos factores:a pequena dimensão do território(que possibilitava criar um efeito multiplicador aos efectivos da guerrilha,dada a proximidade às fronteiras protectoras dos Estados vizinhos);o melhor armamento dos guerrilheiros,a adversidade do clima e as particularidades da geografia(grande quantidade de rios e de braços de mar).Sei,também,que,sem grande margem para dúvidas,foi na Guiné que a Força Aérea teve um papel muito mais interventivo na condução das operações no terreno.A cobertura aérea tornava-se indispensável para quase todo o tipo de movimentações no solo,tal como era fundamental o apoio sanitário e logístico dado,respectivamente,pelos helicópteros e pelos DOs.
Fundamental foi,também,a substituição dos T-6 pelos Fiats G91 - embora aos primeiros estivesse sempre reservado um papel de apoio de fogo importante.
A prova real da superioridade das Forças Armadas Portuguesas naquele teatro de operações surgiu quando a guerrilha conseguiu introduzir os mísseis terra-ar como arma capaz de fazer vacilar o poder aéreo.Foi nessa data que a guerra deu uma reviravolta.Com ou sem medidas de protecção contra a actividade dos strella a balança da vitória pendeu claramente para o lado do PAIGC. As tropas portuguesas tinham aguentado até ao limite do possível.
Eu sei que há ainda muito boa gente a defender a ideia de que era possível voar sob a ameaça dos terríveis misseis!Mas o que esses heróicos defensores da liberdade das asas portuguesas se esquecem é que,havendo uma maior amplitude de misseis no território o abastecimento de aquartelamentos do Exército isolados no mato ficava automaticamente comprometido e isso,mais tarde ou mais cedo,corresponderia a ter de se fazer regredir o dispositivo de quadricula para zonas cada vez mais próximas de Bissau.Ora,numa guerra de guerrilhas,um território que se deixa de controlar é um território perdido(repare-se no esforço americano no Iraque;embora reforçado,cada vez mais,os meios militares no terreno as populações em luta continuam a ter a liberdade de acção e,por conseguinte,a terem superioridade operacional).
Se, por mera hipótese académica,a História não tivesse sido como foi,a guerrilha,na Guiné,teria deixado de actuar como força irregular para se assumir como força regular,passando no terreno.
Rapidamente o PAIGC passaria a ter apoio aéreo fornecido pelos países do bloco do Leste e,então,assistir-se-ia a um desastre militar semelhante aos dos Franceses na Indochina.Aos Portugueses só lhes restaria recuarem até ao mar e abandonarem,enquanto tal fosse possível,o território.
Caindo a Guiné,em breve espaço de tempo - talvez alguns anos...dois ou três - assistiríamos à divisão de Moçambique em quatro zonas distintas: o Norte,com domínio da Frelimo;a Zambézia,ainda em fase de subversão:o Centro,já fortemente dominado pela guerrilha;e,por fim,o Sul em ambiente de tensão politica e militar.
Conseguir vitórias locais seria relativamente fácil à guerrilha desde que obtivesse,também,o fornecimento de misseis antiaéreos.A breve trecho ter-se-iam de encetar negociações com a FRELIMO para se encontrar uma plataforma de entendimento.Esse seria o passo para em Angola haver uma mudança operacional que conduziria ao recuo da toda a capacidade de resistência das tropas portuguesas.
Na minha perspectiva,depois da queda da Guiné,em mais 6 ou 7 anos,toda a África portuguesa teria claudicado e entraria em ruptura politica com a Metrópole - ou porque os movimentos guerrilheiros tinham tido capacidade para se imporem,ou porque as populações europeias,através de lideres políticos locais,se teriam entendido com os movimentos de independência e sacudiriam a autoridade portuguesa.
Mas tudo isto não passa de conjecturas,porque a História é o que foi e não o que poderia ter sido. Todavia,uma coisa é certa:era na Guiné que residia a chave da solução militar ou politica de uma guerra que consumiu vidas e meios materiais por mera teimosia de um Governo que não quis compreender que os povos também crescem e se emancipam,tal como os filhos dentro de uma família.
Foi um prazer poder partilhar esta dissertação consigo e com todos os leitores deste simpático blog.


Luís Fraga

VB- Na expectativa de encontrar resposta para uma pergunta que um companheiro me solicitou,procurei o Luís Fraga(desculpe tratá-lo assim)que,sem o conhecer mas por indicação de terceiros,talvez fosse o pessoa indicada.Não foi,mas o dialogo que mantive com ele deixou tão feliz como se me tivesse a referida informação.
Na vida militar nunca tive o prazer de conviver com ele,mas era,e é,deste tipo de oficiais superiores que as nossas forças militarizadas deviam ter.
Apesar do seu riquíssimo curriculum,não deixa de transmitir nas suas palavras a sua grande humildade.Na sua escrita, que tive oportunidade de ler,
é lindo apreciar toda a sua imponência intelectual.
Bem-Haja companheiro,ficamos a aguardar o seu enriquecimento deste nosso espaço que,a partir deste momento o considera membro da Tertúlia LINHA DA FRENTE.

Victor Barata

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Complemento Especial de Pensão aos Ex-combatentes.

Mensagem enviada por Inácio Silva:



Inácio Silva
1ºCabo Ap.Met.(Exército)
Cart 2732
Cumpriu a Comissão de serviço em Mansabá entre 1970/1972





Caros Amigos e Camaradas:

No seguimento das minhas diligências junto dos Órgãos Oficiais do Estado Português,relativamente ao assunto em referência e publicado no meu Blogue "Relembrar para não esquecer", http://www.guerracolonial.blogs.sapo.pt,.acabei de receber a resposta da Provedoria de Justiça que vos envio,para conhecimento.
Como se constata,pela leitura do documento,outros ex-combatentes,tiveram também,a iniciativa de apresentar queixa ao Provedor de Justiça e,percebe-se que é um assunto que o preocupa,tanto assim que já interveio junto do Governo,no sentido da resolução do mesmo.
Também se percebe que o Governo não deu cumprimento às questões suscitadas pelo Provedor,pelo que o mesmo irá fazer nova investida.
Pelo meu lado,vou continuar a lutar,como até aqui,envolvendo outras entidades,designadamente,todos os Grupos Parlamentares da Assembleia da República e o próprio Presidente da República,por forma a que o Governo se sinta pressionado a cumprir a Lei 9/2002.
Só baixarei os braços quando a justiça for reposta.Disso podem ter a certeza!
Saudações solidárias e fraternas do ex-camarada da CART 2732-Guiné.

Inácio Silva.

No dia 31 de Julho de 2007,o nosso camarada recebeu a resposta:

PROVEDORIA DE JUSTIÇA
O Provedor-Adjunto

Ex.mº.Senhor
Inácio Rodrigues da Silva

NOSSA REFERÊNCIA
Proc.R-2864-07 (A3)

ASSUNTO: Benefícios da LEI nº 9/2002,de 11 de Fevereiro.

Informo que a sua queixa foi recebida nesta Provedoria de Justiça 7.06.2007,dando origem ao processo acima referenciado.
Relativamente à questão suscitada por Vª.Exª,cumpre informar que a mesma se encontra a ser objecto de acompanhamento por parte deste órgão do Estado no âmbito de um outro processo com a referência R-3050/04(A3).
Como por certo,V.Exª bem compreenderá,atenta a multiplicidade de problemas suscitados com a aplicação deste novo regime legal e considerando as várias queixas recebidas neste órgão do Estado,nomeadamente similares à que V.Ex. a colocou,foi decidido concentrar num único processo o tratamento de todas as questões reclamadas a este propósito,por forma a tornar mais eficaz a intervenção do Provedor de Justiça.
Com efeito,no âmbito do referido processo, a Provedoria de Justiça já teve a oportunidade de auscultar os sucessivos Governos sobre o assunto,suscitando a apreciação de diversas questões relacionadas com a aplicação da Lei nº 9/2002,de 11.02,e defendendo a necessidade de acautelar,de forma igual,a situação de todos os ex-combatentes que,estando em igualdade de circunstâncias,devem beneficiar da possibilidade de ver contado o tempo de prestação de serviço militar (e respectivas bonificações)para efeitos de aposentação e/ou reforma.
Entretanto,o Provedor de Justiça voltou a insistir junto do actual Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar,no sentido de ver esclarecidas e resolvidas as questões insistentemente colocadas pelos antigos combatentes.
Não tem sido dada resposta cabal a todas as questões suscitadas,está a ser ponderada a realização de uma nova intervenção do Provedor de Justiça junto do Governo.
Assim sendo,informo que,em momento oportuno,serão levados ao conhecimento de V.Exa.
os resultados que vierem a ser alcançados com tal diligência.
Permito-me solicitar que qualquer correspondência dirigida à Provedoria de Justiça sobre este processo contenha as respectivas referências,acima indicadas.
Por fim, agradeço o preenchimento do questionário em anexo,que é anónimo e confidencial,o qual poderá remeter à Provedoria de Justiça por esta mesma via.

Com os melhores cumprimentos.

O Coordenador

Nuno Simões


VB- Pois Inácio,são companheiros como tu que tanto remam contra a maré que chegaram a bom PORTO. Dispõe deste espaço sempre que achares oportuno,ele é NOSSO,e podes contar connosco na defesa desta justa causa que alguém que nunca vestiu a farda não sabe ,ou não quer,analisar.