terça-feira, 26 de junho de 2018

Voo 3525 A FORÇA AÉREA NO FIM DO IMPÉRIO



título: "A Força Aérea no Fim do Império"
coord: António Bispo, José A. Vizela Cardoso, Ricardo Cubas

editor: Âncora
1ªed. Lisboa, Mar2018
480 págs
23x16,5cm
pvp: 24 €
ISBN: 972-780-640-9


Fonte: «Livraria Almedina»

Assunto:
24 depoimentos, sobre actuações da Força Aérea Portuguesa no decurso da Guerra do Ultramar.
 Sinopse:

«Repito e reforço esta ideia, quantos combatentes, de Terra, Mar e Ar, estão vivos e devem a vida à Aérea? Jamais se pode falar da História da Força Aérea, sem que se enalteça o período mais brilhante, como Ramo Independente das Forças Armadas Portuguesas: a sua ação na Guerra do Ultramar, antes, durante e depois dela ter terminado. Por isso aqui estamos a enaltecer, sublinhar e agradecer em nome de todos os que direta ou indiretamente sentiram o que foi a ação da Força Aérea, nessa guerra, quer em ações independentes quer na extraordinária forma como conduziu, no seu âmbito, a Cooperação Aeroterrestre. A Força Aérea, sempre ao longo de toda a sua História, tem sabido evoluir de acordo com as circunstâncias e com os recursos disponíveis. Novos combatentes cumprem novas missões nas Operações de Paz e Humanitárias. A todos desejamos os maiores êxitos.»
 
Origem do Voo:
Portal UTW


segunda-feira, 25 de junho de 2018

Voo 3524 PARA OS INTERESSADOS PELA AVIAÇÃO MILITAR





Mário Santos
Esp.MMA
Lisboa


Este é um artigo destinado a todos os que se interessam pela Aviação Militar, e muito em especial pelos Aviões de Caça antigos e que equiparam a nossa Força Aérea.
Descreve ao pormenor não só meras tecnicidades, mas também as razões porque este caça em particular foi criado, a intenção de o colocar ao serviço da NATO, e a razão porque Portugal “ganhou” a facilidade de o poder utilizar com grande êxito na guerra do Ultramar ou dita colonial.
Começaria então por dizer que o G-91 foi construído quando a guerra fria era muito quente e a possibilidade de um ataque das forças soviéticas estava sempre presente. Por isso a NATO quis equipar as forças aéreas dos aliados europeus com caça ligeiro, robusto e fiável, capaz de operar a partir de pistas improvisadas e que, além disso, introduzisse uma certa uniformidade visto que os meios que então equipavam as forças aéreas europeias primavam pela diversidade em todos os campos, desde a concepção passando pela operação e pela logística. O G-91 nasce assim para cumprir requisitos NATO e é escolhido como o melhor entre outros projectos. Podemos assim afirmar que em 1960, para os requisitos que devia cumprir, era a melhor coisa que existia. O avião começou a ser fabricado para a RFA, Itália, Grécia e Turquia e só não teve mais compradores porque o projecto foi visto pela industria aeronáutica americana como uma grave ameaça à sua hegemonia. Foi por isso que os gregos e os turcos desistem do G-91 e aceitam em substituição os F-5 oferecidos pelos americanos. Foi a nossa sorte. E a sorte só não foi maior porque o modelo para os gregos e turcos tinha 4 metralhadoras 12,7 em vez dos dois DEFA 30mm. Embora não tenha provas documentais tudo leva crer que a NATO, dado o estado de tensão latente, entre os dois países, resolveu diminuir a letalidade dos aviões não fossem eles pegarem-se e acabarem a disparar com os DEFA uns contra os outros.
Quando tivémos de arranjar qualquer coisa para África, em 1965, os aviões que tinham sido encomendados por gregos e turcos estavam disponíveis e foi o melhor que conseguimos. Tinham apenas cinco anos e eram aviões perfeitamente actualizados para as tarefas que deviam cumprir.
Em operação, provou ser robusto, fiável e de simples manutenção. Tinha a velocidade que devia ter e não devia, nem era necessário ter mais. Era para voar baixo e tudo o que podia ser atacado tinha que ser adquirido visualmente. Ainda por cima o inimigo raramente andava em campo aberto e o seu ambiente preferido era a cobertura da vegetação. Portanto quem pensa que a velocidade era muito útil engana-se. No nosso caso era útil quando havia fogo antiaéreo mas nas outras situações não.
Estava equipado com um sistema de reconhecimento fotográfico do melhor que havia naquela época, associado a um gravador de voz. Aqui o que falhava não era o avião. É que para obter informações de forma sistemática por reconhecimento fotográfico são necessários muitos aviões, horas de voo e muita gente no chão a explorar os filmes (pessoal de informações especializado). Não tínhamos nada disso e por isso o reconhecimento fotográfico foi sempre uma capacidade limitada.
Estava equipado com um sistema de navegação autónomo. Naquele tempo não havia, nem sistemas de inércia, nem de GPS. Todavia o G-91 estava equipado com um radar Doppler associado a um sistema PHI, o que era um grande salto em frente neste tipo de aviões. Na prática não nos serviu de nada porque, como era um sistema de primeira geração, era muito pouco preciso. Com ele não se conseguiu chegar a nenhum cruzamento de trilhos ou outra coisa qualquer de natureza pontual. A navegação tinha que ser feita confrontando o que se estava a ver no terreno com as cartas geográficas que utilizávamos.
Tinha uma cadeira de ejecção do melhor para a época. Foi a primeira em que o piloto se podia ejectar ainda no chão desde que que o avião tivesse 90 KIAS de velocidade.
Resumindo, quando o recebemos o G-91 era um avião moderno e eficaz para as tarefas para que foi construído. Com o passar do tempo e o evoluir da industria aeronáutica começaram a aparecer outros aviões melhor equipados, como é natural.
Ao fazer a análise do G-91 não podemos pôr de lado os requisitos a que devia obedecer e a tecnologia disponível. Não é razoável hoje em dia avaliarmos um avião de transporte construído nos anos cinquenta como o DC-6 com o Airbus 330 Neo.


domingo, 24 de junho de 2018

Voo 3523 OS OLHOS QUE FALAVAM





Francisco Serrano
Esp.MMA
Costa da Caparica
Foto: José Raimundo em evacuação á "zona".

Foto: José Raimundo localizando o ferido a evacuar.
Foto: José Raimundo na fase de transporte do ferido para o Helicóptero..

OS OLHOS QUE FALAVAM

"Evacuação "

O socorro aéreo, talvez a mais nobre missão cumprida no teatro de guerra por estas máquinas voadoras os Helicópteros e suas tripulações, que muitos homens na sua esmagadora maioria jovens, ao vê-lo descer dos céus para os resgatar, agradeciam nas suas orações por os retirarem do inferno mesmo que estropiados.
Sempre de alerta um Heli e sua tripulação para de imediato poder responder a um pedido de evacuação. Macas no seu interior, motor em marcha, rodas no ar, e aí vamos nós num voo rasante sobre a picada ao encontro da coluna melitar caída numa emboscada ou no rebentamento de minas.
Ou então descenso vertiginosamente sobre a mata á vertical do objetivo para uma clareira improvisada como local de aterragem onde muitas vezes o Helicóptero mal cabía fazendo saltar folhas, ramos e capim por todo o lado, cortados pelas pás dos dois rotores, causando depois graves condições de voo no regresso.
Mas o pensamento era podermos cumprir a missão, os sentidos apurados, a atenção redobrada, há uma ou mais vidas para salvar.
Difícil explicar o que se sentia nestes momentos, a grande excitação, o receio de falharmos de sermos alvejados no decorre da operação e tudo se perder.
Passaramse quase 50 anos, e estas imagens e momentos permanecem na minha memória, a dor o sofrimento , o desespero de quem quer ser salvo.
Sabemos que na guerra o mais certo é a perda da vida, mas quando temos a fatalidade de ser feridos, queremos viver mesmo que incapacitados, e voltar para junto de quem amamos, família e amigos.
Era isto que os olhares de tantos jovens já dentro do Heli saindo do inferno das zonas de combate, nos transmitiam a nós camaradas que os socorriamos.
Os olhos falavam !
Alguns mesmo em sofrimento com dificuldade exprimiam um sorriso como que a dizer : apesar de tudo sem uma perna ou um braço vou sair daqui vivo.
Outros devido à gravidade dos ferimentos, tinham aquele olhar de aflição como que pedindo que fizéssemos tudo para os salvar.
Já outros com aquela palidez de morte estampada no rosto desfaleciam ficando a olhar no vazio dando o último suspiro.
Ficávamos destroçados sentindo um misto de raiva e compaixão quando mais uma vida se perdia .
Porém que satisfação ao vermos dias depois esses camaradas resgatados já com alguma recuperação na placa do Aérodromo esperando o avião para regressarem às suas terras.
Aí os olhares éram de alegria no abraço de despedida e o desejo de um futuro feliz e tranquilo para quem partia, e de muita sorte para quem ficava.
Mas era sempre com o sentimento do dever e solidariedade sabendo que também arriscávamos as nossas vidas para salvar outros, que pilotos, mecânicos, enfermeiros e enfermeiras, com os nossos Helicópteros, nunca poupámos esforços nas mais adversas situações de perigo, ninguém era deixado para trás !
É com dor e angústia e sem saudosismo que recordo estes momentos, fomos uma geração sacrificada com tantos anos de guerra, foi uma tragédia a perda de tantas vidas humanas tão jovens e com muito para viver.
Lá de tão longe, alguns em péssimas condições de sobrevivência, às vezes á luz de uma véla escreviam para as suas amadas imaginando o futuro e jurando amor eterno.
Para os seus familiares, páis, irmãos, esposas e filhos prevendo e desejando o dia do regresso , dos beijos, dos abraços, do carinho dos afetos no seio da família.
E todos os sonhos ruíram, e tudo se esfumou no terror da metralha, nos estilhaços de uma mina , de uma granada de uma bala.
Para todos eles o meu RESPEITO !



segunda-feira, 18 de junho de 2018

Voo 3522 ASSEMBLEIA GERAL DO NÚCLEO DE COIMBRA DA AEFA




Augusto Ferreira
Esp.Melec.Inst./Av.
Coimbra








Com a presença do Presidente e Vice-presidente da AEFA  e cerca de três dezenas de sócios, decorreu nas instalações do Aerodromo Bissaya Barreto em Cernache – COIMBRA, mais uma Assembleia Geral local.
O Presidente Zéca Andrade abriu a sessão, dando as boas vindas a todos, tendo de seguida referido todas as actividades realizadas até ao momento e falado sobre as próximas.
Referiu ainda que com o acto eleitoral que se ia seguir, terminava o mandato da direcção que presidiu, onde toda a equipa deu o seu melhor para dignificação da nossa AEFA.
Este excelente trabalho, foi premiado nos dois anos do mandato pela Direcção Nacional, com o galardão do “NÚCLEO do ANO” que muito nos orgulhou.
Como não surgiu nenhuma lista para o biénio 2018/2020, a actual equipa depois de ponderarem, decidiu concorrer pela última vez.
O Tesoureiro Manuel Miranda apresentou ainda o Relatório de Contas, que foi aprovado pelos presentes.
Seguiu-se depois a votação, tendo a única lista apresentada sido votada por maioria absoluta.
O Presidente da Direcção Nacional da AEFA Paulo Castro, falou sobre os esforços que estão a ser desenvolvidos, para a sobrevivência da AEFA, uma vez que os seus associados estão a ficar envelhecidos.
Seguiu-se o almoço de confraternização no Restaurante do Aerodromo como já é habitual.
ESPECIALISTAS SEMPRE



domingo, 17 de junho de 2018

Voo 3521 FAZ HOJE UM ANO QUE PARTISTE...





Maria Arminda Santos
Ten.Enfª.Paqª.
Setúbal



Fez hoje um ano, que partiste.
Recordo-te com saudade.


sexta-feira, 15 de junho de 2018

Voo 3520 EU E O "LOBO MAU".







Manuel Araújo
Esp.MMA
Funchal
Madeira


O "LOBO MAU" BA-12 Bissalanca.Alouette 3.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Voo 3519 FORÇA AÉREA ORGANIZA PROVA DE ORIENTAÇÃO EM ÉVORA



No âmbito do seu 66.º Aniversário, a Força Aérea vai organizar, em conjunto com a Câmara Municipal de Évora, uma prova de Orientação, que terá lugar no interior das muralhas da cidade, a 28 de junho de 2018, pelas 20h00.
A atividade, apelidada de OriFAP, conta com o apoio da Associação de Deficientes das Forças Armadas – Delegação de Évora e da Federação Portuguesa de Orientação.
O evento terá cariz solidário através da entrega de um contributo monetário e/ou doação em géneros alimentícios num valor mínimo de 3€, que irá reverter a favor da Associação de Solidariedade Social “Pão e Paz”.
A atividade é aberta a toda a população, sendo permitidas participações individuais ou em representação de um clube, associação, ou instituição.
Existem dois percursos:
(1) Treino (difícil, cerca de 4000m) — para quem pretende efetuar um pequeno treino técnico da modalidade;
(2) Passeio (fácil, cerca 3500m) — para quem pretende conhecer a modalidade, percorrer zonas típicas da cidade e locais históricos passando algum tempo com amigos e/ou família enquanto pratica atividade física.
As inscrições devem ser realizadas até ao final do dia de 27 de junho de 2018, através do site www.emfa.pt/orifap/ ou presencialmente no dia da atividade, junto ao local da exposição da Força Aérea (Jardim do Palácio D. Manuel e Praça 1º de Maio), até às 19h00, no secretariado do evento.



Voo 3518 66º ANIVERSÁRIO DA FORÇA AÉREA.



Comemorações do 66º Aniversário da FORÇA AÉREA PORTUGUESA
Évora, 28/6 a 1/7 de 2018

5.ª FEIRA, dia 28 junho 2018

10H30 - Abertura das Exposições com a presença da AEFA - ASSOCIAÇÃO DE ESPECIALISTAS DA FORÇA AÉREA no Palácio de D. Manuel. Horário: das 10h30 às 12h30, e das 17h30 às 24h00
--- “As Pessoas da Força Aérea - Rostos de Missão, Alma no Servir” Local: Palácio D. ManuelExposição estática de aeronaves F- 16, Alpha-Jet e Chipmunk --- Exposição estática de viatura de combate a incêndios Local: Praça 1.º de Maio.Exposição estática da aeronave AL III e Planador --- Demonstrações de simuladores de segurança rodoviária Local: Jardim Público
20H00 - Prova de Orientação Solidária
Prova promovida em parceria com a Associação de Deficientes das Forças Armadas a favor da Associação de Solidariedade Social Pão e Paz.
Local: Centro Histórico

6.ª FEIRA, dia 29 junho 2018 - DIA DA CIDADE

10H30 - Abertura das Exposições com a presença da AEFA - ASSOCIAÇÃO DE ESPECIALISTAS DA FORÇA AÉREA no Palácio de D. Manuel.
Horário: das 10h30 às 12h30, e das 17h30 às 24h00
17H30 – Hastear das Bandeiras Nacional, de Évora e da Força Aérea Portuguesa
Local: em frente à Câmara Municipal de Évora
18H00 – Visita Oficial às exposições no Palácio D. Manuel e exposição de aeronaves na Praça 1º de Maio e jardim público
- Demonstrações cinotécnicas
Local: jardim público
- Entrega dos prémios do Concurso “Cria e Voa Connosco”
Local: Palácio D. Manuel

SÁBADO, dia 30 junho 2018

10H30 - Abertura das Exposições com a presença da AEFA - ASSOCIAÇÃO DE ESPECIALISTAS DA FORÇA AÉREA no Palácio de D. Manuel.
Horário: das 10h30 às 12h30, e das 17h30 às 24h00
10H30 – Cerimónia Militar
Local: Praça do Giraldo
21H00 – Concerto da Banda da FORÇA AÉREA com artistas/grupos locais de renome (Pedro Calado; Gisélia Silva e Joana Ricardo)
Local: Teatro Garcia de Resende
DOMINGO, dia 1 julho 2018 - DIA DA FORÇA AÉREA
10H30 - Abertura das Exposições com a presença da AEFA - ASSOCIAÇÃO DE ESPECIALISTAS DA FORÇA AÉREA no Palácio de D. Manuel
Horário: das 10h30 às 12h30, e das 17h30 às 24h00
10H00 - Inauguração de Monumento Alusivo
Local: Aeródromo Évora
Abertura do Espaço Expositivo à Indústria Aeronáutica de Évora.
Local: Aeródromo Évora​ / Hangar da Associação Aeronáutica de Évora
11H00 - MISSA na Igreja de S. Francisco
presidida pelo Bispo do Porto e Administrador Pastoral das Forças Armadas e de Segurança, com a presença do Coro da Academia da Força Aérea e com transmissão em direto na TVI.
16H00 - FESTIVAL AÉREO
Local: Aeródromo Évora
Durante a tarde, visitas a Unidades Fabris e ao Centro de Formação do IEFP.
​Exposição estática:
Épsilon
Chipmunk
C-295
C-130
EH-101
Alouette III
Aterragem e sobrevoo das frotas da Força Aérea, com saltos de Paraquedas pelos Falcões Negros
Demo Teams:
Patrulha ASPA (helicópteros) – Espanhóis
Solo Teams:
F-16 Belga ou F-16 holandês
Eurofighter espanhol
Batismos de voos
19H30 - Arrear das Bandeiras Nacional, de Évora e da Força Aérea​


domingo, 3 de junho de 2018

Voo 3517 ESTAMOS DE PARABÉNS;FAZEMOS HOJE 11 ANINHOS!!!!!






Victor Barata
Esp.Melec./Inst.Av.
Vouzela





Companheiros,
Estamos de PARABÉNS!!!!
Foi assim que começamos á 11 anos !!!!!


Boa Tarde Camaradas!
Ao inaugurar o nosso Blogue (especialistasdaba12.blogspot.com) achei por bem fazê-lo com uma simples mas significativa palavra de homenagem ao nosso ilustre camarada ,"O POETA"NUNO JOSÉ ANDRADE ALMEIDA que no dia 25 de Novembro de 1972 ao proceder a uma evacuação à zona ,(plena área de combate)
foi atingido ficando,sem qualquer tipo de armamento,a lutar contra a morte,mas consegui,com muita luta contra muita gente,sofrimento e desprezado por muita gente,VENCEU!
Bom camarada,sempre bem disposto,dotado de uma grande veia poética(O Poeta),amigo do seu inimigo,um excelente profissional de Material Aéreo na linha da frente dos Aloutte III!
Tem uma filha que nasceu no dia 27.10.1972,marca férias para o dia 26/27 de Novembro deste mesmo ano para a vir conhecer.Como medida de precaução,no dia 25.11, não sai para uma operação em que participam diversos helicópteros e ficando no de alerta á Base,supostamente o menos utilizado num domingo(se a memória não me atraiçoa).Alerta ao Heli! Dizem das operações. Levanta o Heli com o Piloto e o Poeta para fazerem uma evacuação á Zona de dois soldados do Exército que tinham sido feridos.Indicado o local através do oleado estendido no chão,baixa a aeronave até aterragem.Ao sair com a maca na mão,o Poeta dá de caras com o IN que fazem fogo atingindo-o com uma bala, arrancando-lhe 14 cm da artéria fémural,ficando inanimado a esvaiar-se em sangue! Seguiu-se a luta contra "ELA",cinco operações em vinte e cinco dias,vinte e cinco litros de sangue,trinta e nove cápsulas e nove injecções por dia,apanhou uma hepatite tóxica!O médico do Hospital de Bissau, pede autorização ao nosso Comandante para amputar a perna e este pergunta-lhe porquê? Respondeu-lhe que não tinha sangue nem tempo para lhe salvar a perna! Então esse GRANDE COMANDANTE,que infelizmente já não pertence aos vivos e que dava pelo nome de GUALDINO MOURA PINTO,respondeu-lhe arranjava o sangue e o tempo teria ele que o arranjar.É evacuado no dia 25.1.73 na TAP,já não havia tempo para esperar pelo da FAP,acompanhado de um médico e enfermeiro com soro e sangue,deixa ficar para trás 35 Kg de peso,não comia nada!
Não consigo descrever mais...um dia em que o meu sentimentalismo me deixe prometo contar esta grande vitória do NOSSO POETA!

Voo 3516 O QUE MUITOS DE NÓS DESCONHECÍAMOS...

Companheiros,
Mais uma vez a fraterna relação de amizade entre a nossa “Base” e o Blogue do Luis Graça e Camaradas da Guiné,se envidência.
A notícia é para muitos de nós uma verdadeira surpresa,não só nas fotos,mas recordo que sempre pairou entres nós a incognita sobre o acidente do Fur.Pil.Ferreira,desde o ser abatido a ser ter “passado” para o lado de lá,tudo se disse.

O Luis solicita-nos o seguinte:

Vê se sabes onde é que caiu exatamente a DO-27 FAP nº 3470... Dentro do território da Guiné ou já no Senegal ? Talicó era em Sambuiá, carta de Binta... 
Parece que os tipos do PAIGC chegaram primeiro que as NT... Os cadáveres dos tripulantes e passageiros foram resgatados pelas NT?...
Dou conhecimento aos nossos camaradas da FAP e a alguns camaradas que passaram por Binta, e que conheceram bem a região...


Ab, Luis


Guiné 61/74 - P18702: (D)o outro lado do combate (31): Os dois aviões DO-27-A1, da FAP, nºs 3333 e 3470, abatidos em 6 de abril de 1973... Fotos do médico holandês Roel Coutinho (Jorge Araújo)




O nosso coeditor Jorge Alves Araújo, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger,
CART 3494 (Xime-Mansambo, 1972/1974).



GUINÉ > (D)O OUTRO LADO DO COMBATE > OS DOIS AVIÕES DORNIER, DO 27-A1,  ABATIDOS POR MÍSSEIS SAM 7 STRELA EM 6 DE ABRIL DE 1973  NA FRENTE NORTE




1. INTRODUÇÃO

Durante o XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande, realizado no passado dia 5 de Maio em Monte Real, tive a oportunidade de conversar com os nossos ilustres aviadores da FAP, e camaradas, Miguel Pessoa e António Martins de Matos a propósito dos acidentes da aviação militar durante a guerra na Guiné e, de entre estes, sobre os dois Dornier - DO 27-A1, com as matrículas FAP 3333 e FAP 3470, abatidos em 6 de Abril de 1973, na região Norte do território, pelo grupo de artilharia antiaérea do PAIGC, do cmdt Manuel dos Santos, 'Manecas', com recurso a mísseis Sam 7 Strela.

No aprofundamento desta temática,  apresentei-lhes um conjunto de imagens recolhidas na Net pertencentes à colecção de fotos do médico holandês Roel Coutinho que cooperou, nos anos de 1973 e 1974, com o PAIGC, tendo prestado apoio clínico aos guerrilheiros na Região Norte, tanto em bases no interior do território como no hospital em Ziguinchor, no Senegal.

E as imagens apresentadas tinham a ver com aqueles dois Dornier abatidos. No final, concluímos que sobre estes dois casos não se conhecem registos fotográficos dos "acidentes" pelo que é credível estarmos perante "imagens únicas",  gravadas pela câmara do clínico holandês.

De acordo com a decisão tomada pelo doutor Roel Coutinho [hoje reputado médico microbiologista, epidemiologista e professor universitário jubilado] de autorizar o uso das suas imagens para qualquer finalidade, desde que a sua autoria seja devidamente atribuída, conforme consta na caixa abaixo, decidi partilhá-las convosco como provas históricas, e "memórias", gravadas durante a nossa presença no CTIGuiné.




Wikimedia Commons > ASC Leiden > Coutinho Collection > G05 > Ziguinchor, Senegal > Infirmary ambulance stuck in the mud [Ambulância atolada na picada; Roel Coutinho, o médico e fotógrafo holandês, junto à viatura, do lado do condutor]

[Foto da série  Roel Coutinho Guinea-Bissau & Senegal Photographs (1973 - 1974) Fonte: Wikimedia Commons, com a devida vénia].






2. OS AVIÕES DORNIER - DO 27-A EM 6 DE ABRIL DE 1973

Foram dois os aviões abatidos no dia 6 de Abril de 1973 - "DO 27-A1, matrícula «FAP 3333» e DO 27-A1, matrícula «FAP 3470».

Segundo informações recolhidas no blogue Acidentes da Aviação Militar, no poste de 28 de novembro de 2016, "Dornier DO 27, o "DO 3333" cai em Guidaje, tendo falecido o piloto furriel Fernando António Carvalho Ferreira e mais três ocupantes [vidé caixa abaixo].

De acordo com o referido por Nuno Mira Vaz, coronel de cavalaria na reserva, no seu livro "Guiné -1968 e 1973 – Soldados uma vez, sempre soldados!" (Tribuna da História-Edição de Livros e Revistas, 2003, p.60), "este avião nunca mais foi visto".






Será que a imagem abaixo é a do DO 27-A1 3333 [submerso],  desaparecido,  que foi captada pela câmara do doutor Roel Coutinho? É possível.





Fonte: Wikimedia Commons, com a devida vénia].


Quanto ao outro "DO 3470", e de acordo com a mesma fonte anterior, este é perdido em Talicó, tendo falecido o piloto furriel João Manuel Baltazar da Silva e mais dois tripulantes [vidé caixa abaixo].

Ainda, segundo Nuno Mira Vaz, este refere no livro acima citado, p. 60,  que "um DO-27 pilotado pelo furriel Baltazar da Silva partiu de Bissalanca para uma missão de apoio a um sector de batalhão a norte do rio Cacheu. Numa das movimentações, transportando um médico e um sargento de Bigene para Guidaje, o avião não chegou ao destino. […] O DO-27 desaparecido acabou por ser localizado algures no mato, entre Bigene e Guidaje. Transportado de imediato para o local, em helicópteros, um pelotão de paraquedistas limitou-se a constatar a morte de quatro [três?] ocupantes".




Eis algumas imagens do DO 27-A1, matrícula FAP 3470,  caído entre Bigene e Guidage, como é referido na literatura consultada, obtidas pela câmara do doutor Roel Coutinho, que se encontra ao centro da foto acima reproduzida [Foto nº D09]

Mais fotos do DO 27-A1, FAP 3470, abatido pelo PAIGC, por uma míssil SA - 7, Strela, em 6 de abril de 1973.


















 Foto, a seguir,  do DO 27-A1 3430, cruzando os céus da Guiné… como exemplo.




O Dornier DO 27 é um avião monomotor, asa alta, trem de aterragem convencional fixo com a capacidade de transportar seis passageiros ou o equivalente em carga. [Fonte; Blogue Últimas curiosidades > 19 de março de 2012 >  Guerra Colonial - O Dornier DO 27 na Guerra do Ultramar, com a devida vénia...]

Com um forte abraço de amizade e votos de muita saúde.

Jorge Araújo.

31MAI2018.

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Nota do editor:

Postado por Luís Graça at 00:51 https://resources.blogblog.com/img/icon18_email.gif