quarta-feira, 31 de julho de 2013

Voo 2859 CAVALEIRO ANDANTE.







Fernando Moutinho
Cap.Pil.Av.
Alhandra





Boa tarde Pessoa
Sensacional a colaboração na "B.A.12".
Adorei o que conta nessa Página. Claro que sou desse tempo e também li e devorei essas "publicações"


Foto: Cortesia de Miguel Pessoa


Divinal a "Página dos Leitores" e, interessante, "engenheiro de automóveis".
Lembra-me que o Mundo de Aventuras publicava uma história em que entrava um quadrimotor que, rodando os ditos motores, aterrava e descolava na vertical? Nunca  mais me esqueci desta aventura.
Parabéns pelas belas recordações que nos trouxe.
Um grande abraço com muita saúde.
Fernando Moutinho

Voo de Ligação:

terça-feira, 30 de julho de 2013

Voo 2858 CARREIRAS TROCADAS.






Miguel Pessoa
Cor.Pilav.
Lisboa






segunda-feira, 29 de julho de 2013

Voo 2857 PARABÉNS JOSÉ TEIXEIRA.





José Teixeira
Esp.OPC
Trofa








Companheiros
O José Teixeira completa hoje mais um aniversário.
Em nome de todo o comando e tertúlia “Linha da Frente”, desejamos-te um dia muito feliz na companhia de quem mais te é querido.

https://mail.google.com/mail/u/0/images/cleardot.gif

Voo 2856 PEDIDO DE COLABORAÇÃO.







Dora Alexandre
Escritora




Olá, bom dia, 
Sou Dora Alexandre, jornalista, e estou a contactar-vos por indicação de Vítor Oliveira, o "Pichas", que esteve na BA12 entre 67 e 69.
Estou a escrever um livro baseado em testemunhos da Guerra Colonial, para a editora Esfera dos Livros, e gostaria de pedir a vossa colaboração porque gostaria de entrevistar algumas enfermeiras paraquedistas, e também outros paraquedistas que tenham boas histórias para contar. Vi que também têm no blogue indicação de pessoas da Polícia Aérea, e ainda não entrevistei ninguém da Polícia Aérea.
O livro não se centra na parte mais dura da guerra, mas sim no conjunto das vivências - o dia a dia, o companheirismo, peripécias...
Agradeço, desde já, a atenção dispensada e fico muito agradecida se me puderem ajudar.
 Saudações cordiais

Dora Alexandre

domingo, 28 de julho de 2013

Voo 2855 NOVO ESPÓLIO NO MUSEU "ZÉ ESPECIAL"


 
 




Victor Barata
Esp,Melec./Inst.Av.
Vouzela

 


Caros Companheiros

Faço este voo de uma forma, não acrobática, mas com uma certa turbulência, não motivada pelas condições atmosféricas, mas sim pelo pouco de emoção que sinto.
Á algum tempo que o devia ter feito, mas na realidade ainda não tinha conseguido descolar, talvez pela situação que o motivou, me ter incapacitado de o conseguir planear.
Faz meses que o nosso Companheiro Fernando Castelo Branco me enviou um envelope almofadado via CTT cujo seu conteúdo tinha um CD com a gravação das fotos do  36º Encontro dos Especialistas da BA12.
Ao abrir o artigo em referência, deparo que acompanhando o CD, vinha também as últimas divisas por si ostentadas na FAP,1º Sargº. MMT ,a placa de identificação e a carta de condução militar.
 



Sabendo que tenho uma sala na minha habitação a que dei o nome de “Museu do Zé Especial”, onde exponho já quase duas dezenas de artigos relacionados a minha vida na FAP e ofertas dos alguns companheiros, fez-me esta preciosa oferta. que para mim vais muito mais para além de tudo, é um expoente máximo da sua fraterna amizade para comigo.
A história que os nossos netos nunca iram ler e estudar, pelo desrespeito que estes desgovernantes tiveram e continuam a ter por nós, estou, com a colaboração de todos nós,a fazer com que seja  lida através nos nossos blogs, vista neste museu e ouvida escutando as nossas palavras, imortalizando a razão que nos une. Parafraseando as tuas palavras …” mesmo com o mar a separar-nos”  continuo a cativar a tua amizade.
 
Um abraço AMIGO!
Victor Barata

sábado, 27 de julho de 2013

Voo 2854 POR ONDE ANDA A RAPAZIADA?





João Henriques
Esp.MRÁDIO
Toronto
Canadá





Começo por cumprimentar o comando e todos os Zés desta base.
 Sei que há muito tempo que não participo, mas todos os dias passo pela base.
Tive há dias um artigo escrito, mas quando foi para enviar, a minha maquina não o quis fazer.
De vez em quando vou dar uma olhada nas fotos e lembrei-me de perguntar: por onde anda esta rapaziada?

Já dei alguma informação ao meu amigo Regateiro, fico a espera.
A ultima vez que aterrei, foi pelos meus anos,7 de Marco ,falei que tinha recebido muitas cartas, mas o
nosso comandante não entendeu a dica.
E altura de ferias, desejo aqueles que as gozam, que tenham um tempo maravilhoso e para todo o pessoal aqui vai aquele abraço.

João Henriques

https://mail.google.com/mail/u/0/images/cleardot.gif


VB: Bom Dia João.
É sempre com muita alegria que te recebemos nesta base, pena é que ultimamente tenhas voado tão pouco.Queríamos pedir-te o favor para que sempre que nos remetas uma foto tentes identificar os companheiros nela inseridos, pois desta maneira muitos de nós não conseguimos  não o conseguimos fazer.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Voo 2853 A MINHA INICIAÇÃO Á PILOTAGEM EM... CARRINHOS DE ESFERAS.





Victor Sotero
SMôr EBAT
LISBOA




Meu Comandante:
A minha iniciação à “pilotagem”
Diziam as crónicas familiares, neste caso tios e meu pai que quando tinha quatro anos dizia que queria ser “piloto” quando fosse grande.
Não sei ou já nem me lembro até que ponto é verdade, mas como já nessa idade, quando tinha papel e lápis, escrevia grandes cartas que só os meus familiares eram capazes de ler, é possível que assim fosse.
A verdade é que posso dizer que nos anos que se seguiram, me lembro bem de nunca dizer que queria ser policia, bombeiro ou engenheiro de máquinas.
Atraia-me a ideia de ser engenheiro mas já tinha definido claramente a minha posição.
Olhando para trás, a verdade é que não posso deixar de sentir que tenho clarividência sobre o que seriam as perspectivas futuras da minha “Iniciação à Pilotagem”.
Já na escola e tendo como companheiros o Zé Duro e o Caixa D’óclos, fomos a uma serração de madeiras ao Páteo dos Caldeireiros que ficava à Rua dos Prazeres.
Três bocados de tábua, ou seja um bocado para cada um.


 A nossa rua, a Cecílio de Sousa é bastante inclinada. Sabão numa das partes da tábua para escorregar melhor e eis-nos na “Pilotagem” pelo meio da rua abaixo.

Por vezes, uma pedra mais saliente fazia com que a tabua batesse violentamente e logo a seguir, o acidente. Calções rotos, calças rotas e até mesmo os sapatos com falta de graxa.
Altura para o “piloto” chegar a casa com toda a espécie de desculpas. Porem, de vez em quando lá vinha a chapada da “ordem”.
Após a primeira fase de aprendizagem, havia que melhorar as performances recorrendo a nova máquina.
Para nos valer, a estância de madeiras e o Sr. Ventura. Queríamos passar à segunda fase da nossa aprendizagem.
A um canto, um tronco de madeira de onde foram cortadas algumas rodelas que fizeram as rodas depois de terem sido furadas com um trado e colocadas num eixo de madeira onde na extremidade levava um prego para a roda não sair disparada.
O volante era um eixo móvel preso por um prego a meio da tábua onde através de um cordel e com a ajuda dos próprios pés, se fazia virar à esquerda ou à direita.
Eram iguais, os nossos carros. Quando se descia a rua com o barulho criado pelo atrito, as pessoas olhavam. Eramos os maiores.
Já não havia segredos na “Pilotagem”. Por vezes tínhamos que aplicar travões a fundo com os calcanhares quando se aproximava algum carro vindo em sentido contrário.
Eu, o Zé Duro e o Caixa D’óculos fomos largados nestas máquinas ao mesmo tempo e ao mesmo tempo terminamos esta fase.
Por mim, continuei.
Na Rua de S. Marçal tinha sido aberta uma oficina de automóveis. Consegui comprar quatro rolamentos de esferas por dois tostões e fazer aquele que foi o melhor carrinho de esferas que tive.
Tinha “caricas” atrás e à frente que eram as luzes. O meu assento era forrado com um pano.
A minha máquina era moderna e de muito maior velocidade.
Fiquei com o curso completo de “Iniciação à Pilotagem” e mais tarde ofereci-me como voluntário para servir a Força Aérea sabendo que mais tarde o meu destino seria África.


Despeço-me meu Comandante.
Despeço-me do “Comando”, da “Linha da Frente” e de todos os “Zés” que nos vão, apesar de tudo, deitando o olho.
Até breve
V. Sotero



terça-feira, 23 de julho de 2013

Voo 2852 UMA RECORDAÇÃO MARCANTE.





Miguel Pessoa
Cor.Pilav.
Lisboa






segunda-feira, 22 de julho de 2013

Voo 2851 UM BOM AMIGO A PRESERVAR.





Fabricio Marcelino
Esp.MMA
Leiria

Caro comandante e restante tripulação desta nossa grande aeronave, carregada de técnicos.
Já foi por mim referido noutra altura, mas não posso deixar de dar o meu testemunho, desnecessário, da competência e afabilidade do nosso grande colega Cap.PilAv.Moutinho.
Dado que sou de 1960,em 1961, estava eu a terminar o meu curso M.M.A,na B.A.1-Sintra e estava lá o nosso colega Moutinho, a  tirar o curso de PilNav. com o posto de Sargento Ajudante.
Terminei o meu curso e, fui colocado na B.A.5-Monte Real. Depois, após terminar o M.T.U. do F86F,fui colocado na linha da frente do mítico avião.
O nosso Amigo Moutinho, após terminar o seu curso de PilNav. regressou à B.A.5 já com o posto de Alferes.

 
Legenda: O Fernando Moutinho junto ao F-84.
Foto: Fernando Moutinho(direito reservados)

Depois seguiu-se um tempo em que estivemos juntos, ele como PilAv. eu M.M.A. na linha da frente como referi,o que dava a possibilidade e, privilégio de contactarmos diariamente muito de perto.
Evitado será dizer que se tratava, como actualmente,uma pessoa muito afável ,educada e, competentíssimo piloto.
Pilotou todos os tipos de aviões existentes na Força Aérea, metendo inveja a alguns dos seus colegas pilotos da altura.
Continuo a ter o privilégio,não só de ter estado com ele diariamente em serviço,mas de o ter como um Bom Amigo a preservar.
Parabéns Amigo Moutinho e muita saúde.
Um abraço amigo

Fabricio

Voo 2850 PARABÉNS MÁRIO.






Mário Felizardo
Esp.MMA
Leiria









Companheiros,

O Mário Felizardo completa hoje mais um aniversário.
Em nome do comando e de toda Tertúlia “Linha da Frente”, desejamos-te um dia muito feliz na companhia de todos os que te são queridos.

domingo, 21 de julho de 2013

Voo 2849 A MORDIDELA DA TARANTULA.





Fernando Moutinho
Cap.Pil.Av.
Alhandra

 


Victor

Perante a chamada de atenção pela diminuição de colaboração do BLOG, lembrei-me de algo anormal que se passou comigo. Terá interesse? Julgarás.
Durante a minha Comissão na Guiné, já em funções, no Comando da Zona Aérea, um dia ao levantar-me e ataviar-me para ir para o serviço, sinto na parte superior do pé direito, uma ligeira impressão, tipo ponto avermelhado e alguma comichão. Lá teria sido mordido...
Cerca das 10:30 sinto um incómodo geral e uma sensação estranha na perna direita. Levanto a calça e noto um filete vermelho escuro desde o pé e já a meio da canela. O Cap. Freire telefona de imediato ao médico da Base, refere-lhe o problema e, este manda que me levem de imediato à Enfermaria onde terá tudo preparado para me tratar. Assim foi, aplicou-me uma dose fortíssima de um medicamento e, fiquei a aguardar a evolução. Entretanto o tal filete vermelho chegou muito perto do joelho e...aí parou, começando a regredir. Eram quase 13 horas e, o médico, disse-me: esteja com atenção se a evolução regressiva se mantém e...pode ir almoçar à Messe.
Confortado almocei, fui trabalhar a seguir e a infecção assim como apareceu, assim se foi...
Final feliz. 


Julga-se que teria sido mordido por alguma tarântula venenosa.
Mais tarde em conversa com o médico ele referiu-me a gravidade daquele tipo de envenenamento. O atingido, se não for tratado de imediato, tem 24 horas de vida...
Felizmente estava perto de socorro.

Um abraço

Fernando Moutinho

sábado, 20 de julho de 2013

Voo 2848 PEDIDO COLABORAÇÃO.







Paulo Castro
Esp.METEO
V.N.Gaia 








Solicita-se a todos quantos tenham estado na BA 12 que, conhecendo algum operador meteo que lá tenha prestado serviço nos anos de 1967 e 1968 , reportem nome e contacto para o Comando desta Unidade(especialistasdaba12@gmail.com).
Trata-se de colaborar num processo histórico e boas memórias podem ser muito preciosas para o processo. Em particular quem possa ter dados sobre o radar meteorológico então lá instalado.
 Obrigado

 Paulo Castro

Voo 2847 A MINHA INICIAÇÃO NA PILOTAGEM (MIGUEL PESSOA)






Miguel Pessoa
Cor.Pilav.
Lisboa





Caro Victor
Penso que este texto não saiu nos Especialistas - Foi publicado na Tabanca do Centro em Janeiro deste ano.
Se quiseres podes publicá-lo. As pranchas foram editadas no Blogger no "tamanho original".



Voos de Ligação:


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Voo 2846 O MAJOR RODA.





Fernando Castelo Branco
1º Sargº.MMT
Angra do Heroísmo
Terceira
Açores





Com um abraço cheio de maresia, envio-te estas fotos que nunca esquecemos de as obter.

Desde o principio que houve uma "espontaneidade" de colaboração do Digníssimo Senhor MAJOR RODA, mas,entretanto em que eu sou "responsável", usamos o "espírito de deixa andar e não esquecer"...



 Chegou o dia, não de ir para a formatura, para as aulas ou fazer reforço etc. Lá fomos da LOGÍSTICA  para o TERMINAL MILITAR em que (tempos passados) ansiosamente, muitos de nós, incluindo eu, aguardaram embarque para ir para LISBOA,08 horas da manhã no DC6, que também ia para a GUINÉ; depois de termos passado a noite á espera da TAP, para ver as "moçoilas" que vinham da AMÉRICA, passar férias com os AVÓS; tínhamos o DESTINO de passar pelo AB1,(AERÓDROMO BASE Nº1) atual "Figo dos maduros", irmos passar umas férias de 24 meses a ÁFRICA(PARABÉNS MANDELA),em que para facilitar as contas do que podíamos vir a gastar, adiantavam-nos uma "pré-mensalidade" que teríamos que pagar em 24 meses???...
Tiramos estas fotos todos, sem podermos abrir o quadro, porque  foi vontade nossa de não procurarmos a Senhora Responsável.
Qualquer das maneiras, diz-me se a minha e do Senhor MAJOR RODA deslocação ao AERÓDROMO BASE Nº4, foi correto, caso negativamente faremos nova deslocação, sem ajuda de custas?Conheci este SENHOR, como OFICIAL DE LIGAÇÃO nas Comemorações na FAP, nestas ILHAS DE BRUMA, altura em que tive como desejado por mim reciprocamente, cumprimentar e abraçar o meu Conterrâneo e também AMIGO, General TAVEIRA MARTINS, e desde essa ALTURA, mostrou-nos, com o Testemunho do Nosso ANGELINO SALDANHA o Seu ESPÍRITO DE ESPECIAL, que não foi mas "regista e respeita"...
Quanto a VÓS, acerca de contas, só têm que pagar a garrafa de água que o Senhor MAJOR quis tomar, sem infringir o RDM...
Um abraço com ESPÍRITO DE OTA.
     

 Fernando Castelo Branco 851/69

Voo 2845 A MINHA INICIAÇÃO NA PILOTAGEM (FERNANDO MOUTINHO)





Fernando Moutinho
Cap.Pil.Av.
Alhandra




Victor, vou tentar satisfazer a tua “pretensão” mas, espero que só utilizes o que te parecer necessário. Não tenhas pejo em o fazer…

Começo por dizer que o meu curso foi uma mistura de 2 soluções.
Os Cursos anteriores ao meu (até Out de 1950), os candidatos a pilotos tinham de frequentar o Curso de Mecânicos de Avião e no fim deste (6 meses) eram promovidos a 1º Cabos e iniciavam a instrução de pilotagem. Os Cursos posteriores ao meu, os candidatos a piloto iniciavam quase de imediato o Curso de Pilotagem.
E, o meu? Foi uma mistura, isto é: também iniciamos com os futuros mecânicos mas, as aulas práticas de motores e oficinas, foram substituídas por Meteorologia e Navegação durante 3 meses. Passado este tempo, mantendo-nos como Praças, iniciávamos a Pilotagem que durou 9 meses tendo terminado o Curso em 20 de Dezembro de 1952, ainda como Praças. A promoção a 1º Cabo Piloto apareceu nos primeiros dias de Janeiro.
Isto criou um facto insólito – pilotos Praças

O meu Curso também foi influenciado, muito fortemente, pela chegada de pilotos formados nos Estados Unidos que, com a sua formação actualizada, incutiram nos novatos, métodos de trabalho mais eficazes. Estou seguro ao afirmar que lhes devo em grande parte, o desfiar da minha carreira aeronáutica.
Aqui lhes presto as minhas homenagens.
Quanto ao Curso propriamente dito posso dividi-lo em 3 fases.
Na 1ª Fase – Teoria sobre Motores e respectiva mecânica, Aviões  e Aerodinâmica, Meteorologia, Navegação, Paraquedas (aprendemos a dobrar paraquedas) para além da velha ginástica o Ordem Unida e… ver os aviões, passando-lhes a mão pelo “pêlo”
Na 2ª Fase deixamos umas cadeiras por outras. Exemplo: Morse, Tiro de Avião, etc.
Não queria ser fastidioso porque julgo que a parte substancial, a dos aviões sai a seguir mas, com factos pessoais.
Passar das teorias à prática começando a voar…
Tiger Moth, onde efectuei o 1º voo em 9 de Janeiro de 1952, tendo executado, até o último voo, em 30 de Maio, 68:30 horas. Foi um avião muito interessante que deixou saudades e, por ser rudimentar, incutiu-nos desembaraço.
Seguiu-se o T-6 em 3 de Junho até final do Curso. Por circunstâncias várias tive 3 instrutores mas, um deles preparou-me muito bem em Voo por Instrumentos o que me foi muito útil.
Em 3 de Setembro o 1º voo em Hurricane, tendo efectuado 22:10 horas.
O que dizer? Simplesmente, um sonho voar em máquina tão célebre e prestigiante.
Eis um texto que foi publicado na Revista Srius


1º Voo de Hurricane 
Diga-se, antes de mais, que fiz o meu "baptismo de voo" em 9 de Janeiro de 1952, num Tiger Moth com a matrícula 139, voei de seguida num avião denominado T-6 Harvard, o nº 1613, no dia 3 de Junho do mesmo ano e, finalmente, a 3 de Setembro efectuei o 1º voo no Hurricane nº 600.
Naquele tempo, as coisas não eram feitas com o rigor e o profissionalismo de hoje, eram o paradigma do "desenrascanço". Assim, deram-me umas páginas de papel, cópias de stencil, com uma breve descrição do avião mas, nada ou quase nada sobre o comportamento do mesmo.
Falava na velocidade de perda com trem e flaps em baixo e com o avião limpo e, ainda, nos limites do motor com algumas referências a regimes de cruzeiro e subida, etc.
Na véspera do voo, um instrutor levou-me a sentar no cockpit e indicou-me como fazer um arranque, como funcionava a alavanca do trem e dos flaps (era a mesma), dos travões (pneumáticos), rádio e outros conselhos. Depois, disse-me para continuar sentado a relembrar as explicações e memorizar o cockpit.
Dia seguinte, o primeiro voo.
Pela primeira vez coloquei o "mae-west" (colete salva -vidas), paraquedas, o passe-montanha com os óculos facetados e a máscara de oxigénio. Novidades estas que, associadas ao acionamento do comando da rádio (uma pequena patilha na frente da máscara)com a cabine tipo vidros de janela, deram-me uma sensação de estranheza e irrealismo que se acentuou quando, após o ”pôr em marcha”, teria de fazer uma rápida rolagem, de acordo com as recomendações, para evitar o perigo de aquecimento do glicol do sistema de refrigeração do motor.
Lá fui até ao princípio da faixa, obtive autorização da Torre, alinhei, destravei, acelerei o motor, mantendo a direcção e, …no ar. Como? Não sei! Motor para a frente, olhos na velocidade, tirar o avião do chão, recolher o trem e flaps, foi já uma acção automatizada. Já no ar, seguindo as recomendações, reduzi um pouco o motor e observando a velocidade, comecei a subir. Num ápice, tinha atingido 16.000 pés. Foi quando comecei a tomar consciência do se que se estava a passar. Nunca tinha estado tão alto.
Reduzi o motor, respirei fundo várias vezes e, após apreciar um pouco o que me rodeava, que fazer? Principal preocupação, teria de aterrar. Mas, antes, precisava de fazer algumas manobras para sentir o avião, incluindo perdas e manobras para ajudar a “compreender” a máquina.
Entretanto fui descendo para 12.000 pés circulando sobre a Base pois não queria perder o campo de vista, iniciei várias manobras para experimentar os comandos, reacção do motor e as referidas perdas para sentir confiança na aterragem. As primeiras sensações foram de admiração por ter nas mãos um avião tão dócil mas ao mesmo tempo com garra. Aquele motor era uma maravilha. Que belo ronronar!
Por fim, tive de me deixar de devaneios e pensar em aterrar. Assim o fiz. Não me perguntem, como? Correu tudo muito bem. Sinceramente, só dei por mim a tocar o solo e a preocupar-me em manter a direcção, em virtude da dificuldade em se ver para a frente (não esquecer que tinha roda de cauda). Rolagem rápida. Estacionamento e, um acordar maravilhado pelo que tinha vivido. Tinham passado 40 minutos.
Foi a prova mais complexa de toda a minha vida de piloto. Ficou-me bem gravada mas, valeu a pena! Bons tempos! Os voos seguintes foram para gozar o prazer de voar numa máquina fabulosa.
Não me considero herói. A prova é que não fui só eu que passou esse teste, todos os outros meus colegas de curso e muitos outros o passaram.Total de voo efectuado: 22:10 horas


Curso de Pilotagem terminado e brevetado em fins de Dezembro de 1952 e promovido a 1º Cabo.
Nos primeiros dias de Janeiro de 1953 fui colocado na B.A.2 – Ota, na Esquadra 10, onde voei no F-47D Thunderbolt.
Depois… T-33, F-84G, F-86, etc…

Um grande abraço

Moutinho

Voos de Ligação:
Voo 2844 Um convite do comando 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Voo 2844 UM CONVITE DO COMANDO.





Caros Companheiros,
Como tem sido constatável, o tráfego nesta base baixou significativamente. Sabemos que a crise que vivemos, devido á austeridade no consumo de combustível, obrigou a que os voos não tenham a frequência que todos nós desejávamos ver chegar a esta base.
No entanto entendemos que não á crise alguma que consiga alterar a nossa ESPECIAL amizade adquirida ao longo de muitos anos e na grande universidade a que os nossos mestres designaram por FORÇA AÉREA PORTUGUESA.
No intuito de salvar a crise, solicitamos a todo o efectivo que nos fizessem um voo onde nos transmitissem a sua iniciação na vida aeronáutica como piloto, especialista, enfermeiro e outras funções.
Para não corrermos o risco de nos esquecermos de ninguém, deixamos aqui este convite para aqueles que por qualquer motivo alheio á nossa vontade não receberam o nosso mail.

Saudações Aeronáuticas


O Comando

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Voo 2843 AI IAS,IAS...







Fernando Castelo Branco
1ºSargº.MMT
Angra do Heroísmo
Terceira
Açores




Já não sei se devo falar PORTUGUÊS ou AÇOREANO?!
 Mas posso-VOS dizer que ELE  IA, IA!...Mas como a ESPONTÂNEA CONFISSÃO DO "CRIME", existiu(???),"bamos"perdoar-lhe?!......Há TANTOS anos que nos conhece e bibe e labuta com NÓS,vem agora com aquela como quando apanhava o Comboio em COIMBRA, (não sei se na A ou na B), que tinha que ir para PAÇO d,ARCOS, e que ia ter que apanhar muitos KILOVATS  durante o "bôo"????...Já não pega,...falhou, bai de castigo para o BARBEIRO e só sai á rua  para namorar ás quintas feiras, feriados e domingos,ou quando acabar o BB/bip...

O RDM  que ELE fala, é aquele que o OUTRO que o fez NÃO CUMPRIU, PORQUE NÃO CONSEGUIU chegar ao fim, mas a NÓS,fez-nos "bem ou mal", OS HOMENS DA OTA/FAP...
AMIGO COMANDANTE,como falaste a VERDADE, estás atenuado por NÓS e come mais ESPINAFRES, para seres como os NOSSOS "POEYES", que também já têm palhetas...


 Termino com uma Expressão AÇOREANA, HAJA SAÚDE  porque quando ESTA acabar, não HÁ NADA PARA NINGUÉM...
 A MESA ESTÁ POSTA....

Fernando C.Branco

Voos de Ligação:

terça-feira, 16 de julho de 2013

Voo 2842 O "RDM" É PARA CUMPRIR.







Victor Barata
Esp.Melec./Inst./Av.
Vouzela




Caros Companheiros.
O assunto que me obriga a redigir estas simples palavras, é feito na qualidade de “Comandante” desta unidade instituída em 2007 e cujo a sua conduta tem pautado pelo respeito e imparcialidade com que fui educado no seio desta grande família ESPECIAL.
Tem vindo a acontecer situações, concretamente  a falta do anúncio do aniversário dos nossos tertulianos,  que muitas vezes não é bem encarado pelo próprio.
Se bem nos recordamos, tem sido solicitado a todos que nos informem a data de tal acontecimento para que assim possamos manter a imparcialidade que nos caracteriza.
No entanto situações houveram, felizmente que muito poucas, em que a falha foi nossa, ou seja, embora com a respectiva informação nos nossos arquivos não fizemos alusão á mesma.
Cabe-me assumir a falha e pedir desculpa aos lesados, voltando a repetir, para aqueles que assim não aceitam, que não á qualquer intencionalidade de descriminação como já nos apontaram.
Saudações ESPECIAIS.
Victor Barata