terça-feira, 28 de junho de 2022

VOO 3630 – OS DESCENDENTES DOS NOSSOS OPERACIONAIS TAMBÉM NOS VISITAM


 


Mário Aguiar

MAEQ

Vila Nova de Gaia



Boa tarde companheiros.

Ontem ficamos contentes, por termos recebido a seguinte mensagem:


“Muito bom dia a quem estiver a ler este e-mail!!

O meu nome é Sílvia Areal e sou filha do especialista Edmundo Areal.

Escrevo-Vos, porque continuo a acompanhar o Vosso Blog, mesmo depois da morte do meu pai... Afinal, ainda foram muitos os anos a ir aos almoços dos Zés Especialistas...

Serve o presente apenas para identificar um pequeno lapso... O nome do meu pai não consta no vosso blog, na parte dos "operacionais da BA12 Falecidos" 

 



Obrigada pela atenção dispensada

Com os melhores cumprimentos

E muitas saudades dos convívios...

 

Sílvia Areal “

Resposta


Gratos pelas tuas palavras.

O pai não estava nos operacionais da linha da frente, por uma simples razão é que nunca mandou, aquilo que chamamos "VOO", um texto para publicação, mas ponderando o assunto já está o nome dele na lista.

Quanto aos convívios, sempre que quiseres és bem vinda.

Atentamente
Mário Aguiar


Obrigada pelo esclarecimento.. e pelo convite!! 

Cumprimentos a todos !! Meus do Ricardo e da Maria do Céu!

Sílvia Areal

quarta-feira, 8 de junho de 2022

VOO 3629 – Concurso de Fotografia da BA-12 versão Quintas 002


 


Severino Quintas

MMA

Vila Nova de Gaia


Caros companheiros.

Complemento ao voo

 http://especialistasdaba12.blogspot.com/2022/05/voo-3627-concurso-de-fotografia-da-ba.html

Quintas nos seus cômodos (oficiais)







a versão desportista

uma panorâmica da Guiné





Severino Quintas

(MMA)


segunda-feira, 6 de junho de 2022

VOO 3628 – 06 DE JUNHO DE 1974


 

Manuel José Lanceiro

MMA (Canibais) Guiné

Lisboa


Esta fotografia só foi possível tirar no nosso encontro, porque:


Eu, o Cruz Dias atrás esta o Granier


Há precisamente 35 anos.

Que um cagagésimo de segundo, uns míseros 10 metros ou um pequeno atraso no disparo de um míssil, fez toda a diferença.

Foi a diferença de ver, a “cabeça de um fósforo gigante” a arder, passar à nossa frente.

Foi a diferença da vida em vez da morte.

Não sei se agradeço à inoperância do apontador, ao sangue frio do Cruz Dias, à sorte ou a alguma entidade divina.

Sei que naquele dia de 6 de Junho de 1974, vimos a morte passar à nossa frente, na forma de um míssil strella.

Mal tive tempo de pedir ao Cruz Dias para ter calma, pois quando gritei, já tinha acabado tudo.

Foi tão rápido, que nem deu tempo para ter medo. Este chegou depois, quando aterrámos e tomámos consciência do que podia ter acontecido. Aí sim, a boca ficou seca, as mãos tremeram e as pernas recusaram-se a obedecer.

Como diz Sérgio Godinho aquele foi o primeiro dia do resto da minha vida.

Por muitos anos que cá ande, jamais o esquecerei.

Como já tinha dito noutra ocasião “naquele dia percebi que tinha que viver depressa, pois um estilhaço qualquer, podia matar a minha sede de viver”.

Já contei este acontecimento, na mensagem nº 161, em 4 de Abril de 2008, claro, com outros pormenores, por isso peço desculpa por voltar a ele, mas como calculam, por muitos anos que viva, jamais o deixarei de recordar e de compartilhar com todos os meus amigos. Este dia é tão importante como o dia do meu aniversário.

 

Um abraço

 Manuel José Lanceiro