quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS.





93 Mensagem do Rogério Nogueira
1ºSarg.MMA
2ª/72


Ilustre Victor Barata.
Prospero 2008.Até que enfim lá apareceu...dirás.
É verdade,mui embora este atraso se deva a factores profissionais.Mas...vale mais tarde que nunca,não é verdade? Então cá vai o meu
"certificado".

Continente

Base Aérea nº 2 (Ota) 12 de Junho de 1972
Base Aérea nº 6 (Montijo) 15 de Maio de 1972

3ª Região Aérea (Moçambique)

Aeródromo-Base nº 7 (Tete) 5 de Julho de 1973
Base Aérea nº 10 (Beira) 8 de Janeiro 1974


Continente



Base Aérea nº 2 (Ota) 22 de Abril de 1974

Base Aérea nº 6 (Montijo) 14 de Agosto de 1974



2ª Região Aérea(Angola)



Aeródromo-Base nº 4 (Henrique de Carvalho) 16 de Outubro 1974

Base Aérea nº 9 (Luanda) 2 de Maio de 1975



Continente



Aeródromo Base nº 1 AT 1 (Lisboa) 6 de Outubro de 1975



Região Autónoma dos Açores



Base Aérea nº 4 (Lajes) 20 de Julho de 1976 /30 de Setembro de 1982

Nesta data passei à disponibilidade.



Locais de Passagem e Algum Tempo de Estadia



3º Região Aérea (Moçambique):Beira,Furancungo,Tete,Estima,Songo,Fingóe,Magoé e Moatize.

2ª Região Aérea(Angola): Luanda,Henrique de Carvalho,Ar Luso,Teixeira de Sousa.

Verifiquei no Blog,em determinadas fotos publicadas,que alguns companheiros já se não recordam do nome de outros.Pois bem,vejamos então se dou uma ajuda:





Esta foto foi inserida na mensagem 61 do Jorge Mendes, Abast. 1ª/68, 5ª feira 20.12.07
Onde se diz"em cima estão??" é o meu irmão António Nogueira. O Bento,também o conhecemos pois também é de Gouveia e andamos a estudar juntos.



Tete 73 (fotos de Tete) inserida na mensagem 91,sábado 26.01.08 do Augusto Ferreira,Melc/Av/Inst,3ª/69,onde diz na foto 2 "...os dois companheiros da esqª não me recordo dos nomes". São o Rogério Nogueira(eu próprio)e o que tem o bivaque na cabeça é o SargºTeixeira.Se o Augusto se lembrar de mim,sou aquele Zé Especial MMA que foi jogar futebol no Sporting de Tete...

Victor,quanto a esta última foto foi com ENORME EMOÇÃO QUE A CONTEMPLEI,pois lembro-me muito bem dos companheiros que nela figuram(Ferreira,Chefe Fitas Custodio,piloto Pimentel e o Teixeira)Informo-te que foi o nosso comum AMIGO Fernando castelo Branco que me ligou para casa a dar-me a boa nova.Foi neste sábado passado 26.01.08.
Eu já tinha passado uma olhadela pelo GRANDIOSO Blog e ainda não se encontrava a mensagem do Augusto Ferreira.
Agora,Victor,se me puderes auxiliar e,creio que sim,gostava de ter o contacto do Augusto Ferreira.TENHO ENORMES SAUDADES DO TEMPO QUE PASSEI EM TETE e não s´o...
Com enorme emoção e felicidade,saúdo-te,bem como a todos os ex-companheiros.
BEM HAJAS VICTOR.
Rogério Rodrigues Nogueira





segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O CÂNDIDO SORRISO DE GIOCONDA.





92-Manuel Bastos
Fur.Mil.Exército
Moçambique



72/74


No dia 21.01.08 recebi um Email do nosso Companheiro Nuno (Poeta) em que me anunciava e aconselhava a visitar o Blog "CAMCIBO" e dizendo o seguinte:






"Amigo Barata,tomo a liberdade de te dar a conhecer um blog que tem estórias de guerra,escritas por um camarada,MCBASTOS,Deficiente das Forças Armadas,algumas já publicadas no jornal ELO da ADFA e que tenho a certeza que vai cativar a atenção dos visitantes do NOSSO blog. cacimbo,blogspot.com , e sem ter a permissão do autor,mas acreditando que não me vai levar a mal,e porque a estória vai recordar-nos uma enfermeira que connosco privou,transcrevo a seguir,essa mesma estória,esperando que sirva para aguçar o apetite aos teus visitantes,a lerem e divulgarem esse blog tão finamente recheado de relatos que nos transportam a uma época de sofrimento para milhares de jovens de então."






Pois muito bem,obviamente que temos que saber respeitar a privacidade de cada um e,embora eu seja conhecedor desse blog,pois até está anunciado neste como local a visitar,nunca publicaria nada nele inserido sem solicitar a devida autorização ao nosso Companheiro Manuel Bastos.Assim, enviei-lhe um Email a solicitar a devida autorização para a publicação do seu EXCELENTE artigo a qual me foi concedida de imediato e que passo a transcrever:






"O Cândido Sorriso da Gioconda"

Sobre mim um rosto de mulher mansamente sorridente olha-me com ar profissional,como se olha uma peça de lombo de porco num talho,para avaliar o seu estado de frescura.Eu estou estranhamente calmo também,deve ser do que o enfermeiro Costa me mandou prá veia.Ela,que veste uma t-shirt branca em vez da parte de cima da farda,sente-me o pulso e verifica a válvula do saco de soro,mais como se seguisse um ritual do que se acudisse a uma necessidade.
Haverei de vê-la ,um dia numa bicha para o cinema em Lisboa,pôr um marinheiro KO,que lhe apalpou o rabo.Chutou os sapatos de salto alto,um para cada lado,arregaçou a saia travada até cima,rodopiando sobre si mesma e partiu-lhe a cana do nariz com um calcanhar.E tudo com aquele ar mansamente sorridente.Agora,olhando-a a repartir a sua serena atenção pelo meu pulso,pelo saco do soro,e pelo que resta da minha perna esquerda,entrapada numa ligadura mal amanhada,a sair por entre as tiras do camuflado,que parecem ter sido rasgadas criteriosamente para terem a mesma largura;agora,ali,ninguém diria que seria capaz de partir o nariz a um marujo.
Equilibra-se fazendo um bailado acrobático,à medida que o helicóptero progride,ora adornando para um lado e para o outro,ora dando solavancos que fazem estalar a maca debaixo de mim.O helicóptero tem as portas abertas e ela não parece temer ser lançada borda fora.Dança dando pequenos paços,flectindo as pernas,passando uma,ás vezes,por cima de mim,para o outro lado da maca sem quase nunca precisar de se apoiar nas mãos,entretidas na sua função de auscultação,palpação e regulação;às vezes dando pequenos piparotes com o indicador no tubo do soro,às vezes aliviando o garrote que me aperta a coxa,ás vezes pousando a palma suavemente sobre a minha testa.
Baixa-se para me gritar ao ouvido,tentando sobrepor-se à percussão do rotor e ao silvo da turbina do helicóptero: -Tudo bem? - Tenho frio! - É normal! E o cheiro a suor de mulher ficou pouco a pairar à minha volta.
O piloto bate no separador que divide o seu cubículo do resto do habitáculo e fecha violentamente a mão direita sobre o pulso da mão esquerda em sinal de ela dever segurar-se.
Só agora percebo os pequenos estalidos na fuselagem do Alouett III - estamos a ser alvejados.O piloto faz o aparelho adornar completamente,mergulhando para o lado esquerdo e eu vejo a selva ao fundo debaixo de mim.Uma bota apenas,como um ponto de mira,a meio da porta aberta,a apontar o perigo lá em baixo e o calmo sorriso da enfermeira,agora deitada a meu lado,no chão do habitáculo,com um braço estendido para o frasco do soro,passando-me por cima e o cheiro a mulher que traz um pouco de humanidade ao que resta de mim.Pode ter sido do que o Costa me injectou na veia,mas não tenho medo nem pressa.Nem os impactos dos projécteis das Kalashs no helicóptero me assustam.Aquele sorriso impávido e profissional da enfermeira e a sua atenção mais ao acto médico do que a mim,inspira-me uma segurança quase total.
Se me dissessem agora que aquela enfermeira haveria um dia de ser decapitada pela hélice de uma DO,durante uma evacuação,eu converter-me-ia a uma religião qualquer,só para pedir a deus que a poupasse.
Aquele sorriso quase esfíngico,quase angélico,quase humano,quase feminino;a um palmo do meu rosto,a encobrir o medo-porque de certo ela se sente,modestamente,com menos direito a ele do que eu,dedicada à sua missão de salvar,a única missão nobre que há numa guerra;aquele sorriso profissional, que inspirava confiança sem violar os limites pudicos da intimidade;aquele sorriso camarada sem o humilhante paternalismo da piedade,fez resnacer em mim o amor-próprio e gerar um profundo sentimento de gratidão,Por isso,quando recebi a notícia da sua morte tive a cobardia dos ateus perante a impotência,face à finitude absurda da vida,e dei por mim a pedir a deus que fosse mentira,que não passasse de uma das muitas mentiras da guerra.
Lentamente,com o tempo,a sua imagem desvaneceu-se,o cheiro bom das suas feromonas esfumou-se e o seu sorriso que ministrava como um lenitivo,apenas na dose certa,feneceu devagar na minha memória.
Mas quando à minha frente,largando sangue,como se uma fita vermelha lhe saísse pelo nariz,um marujo com ar de rufia de levanta a medo do chão;quando olho para o vulto feminino descalço à frente dele,de saia arregaçada até às calcinhas com aquele ar de Gioconda,sereno,quase terno,de quem se sente na maternal obrigação de cuidar dos desvalidos,a ponto de me parecer ouvi-la dizer: "Tudo bem?...É normal!",não contive as duas grassa gotas de água que inundaram os meus olhos e toda a estrutura racional que sustenta as minhas convicções de ateu,abalaram de alto a baixo.
Acho que foi ai que se operou em mim a mais gigantesca transformação metafisica de toda a minha vida.
Entre acreditar que deus não existe e não acreditar que deus existe há mais que um simples trocadilho,há a memória desse cândido sorriso de Gioconda a lembrar-me quão insignificantes somos nós perante os grandes conflitos da existência.
A minha falta de fé deixou de ter a arrogância dos que apenas possuem certezas,sejam crentes ou ateus,para passar a ser a simples e modesta assunção da incapacidade de conter dentro de mim,este ser exíguo e perecível,o conceito absoluto e sempiterno de deus.
Estarei condenado a ser um limitado descrente,onde não cabe a transcendência divina,mas não nego que todo o meu ser se deslumbra com a sua beleza,enquanto entidade poética

Manuel Bastos



sábado, 26 de janeiro de 2008

FOTOS DE TETE.

91-Mensagem do Augusto Ferreira
Melec/Av./Inst.
3ª/69
Moçambique


Foto 1 Sou o que estou de pé,sinceramente,não me recordo do nome do restante pessoal
Foto 2 Estou em cima da asa,em baixo,os dois companheiros da esqª não me recordo dos nomes,os da dirª são Fur.Pilav.Pimentel e o Sargº Fitas Custódio.

Foto 3 Dos presentes nesta foto só me lembro do "Bilas"que está deitado em cima do capot do motor e eu,que sou o 1º da esqª.

Amigo Barata:
Estou de volta a este espaço,para te enviar mais umas fotos do AB 7-Tete,desde já manifestando o desagrado de me não lembrar dos nomes de alguns companheiros das fotos de cima,mas o...PDI manda!
Por incrível que pareça,o regressar a este ano de 1973,não teria sido possível,sem a utilização destas fotos que te envio hoje,como é óbvio.E isto fica a dever-se a um 1ºSargº de Armamento e Equipamento(do qual não me recordo o nome),que de tempos a tempos,quando tinha disponibilidade,aparecia com a sua máquina fotográfica à tiracolo,no hangar e linha da frente,pedindo-nos uma pausa no serviço,que tinhamos em mãos,para nos fotografar,normalmente junto ás máquinas voadoras.
Lá as levava para a câmara escura,do seu estúdio improvisado e passado pouco tempo já estavam nas nossas mãos.
Já havia mais material, para enviar para a "metrópole".Desta vez não poderia ser o aerograma,pois não era permitido enviar nada lá dentro,teríamos de recorrer ao envelope,com aquela cercadura com listas vermelhas e verdes,lembras-te?
Na volta do correio,já tínhamos a reacção dos nossos familiares.Ou estávamos mais magritos,relativamente às últimas ,ou estávamos óptimos com aquela bonita barriga.
Era uma apreciação global,pois elas iriam passar de mão em mão,por todos os familiares e amigos.
Para nós que lá estivemos,fica o registo da nossa passagem por estas paragens,que nunca teríamos imaginado ir conhecer um dia.Pena foi as circunstâncias que nos levaram até lá,pois África é sem sombra de dúvida,um continente com características interessantes,muito próprias,completamente diferentes daquele de que partimos.
Amigo Barata,tive só a intenção de voltar a fazer vibrar os nossos sentidos,neste recuar de 35 anos.Como curiosidade a foto da Cessna foi tirada no final de Dezembro de 1973.
Sem mais por hoje,vou libertar este espaço,para a entrada do próximo Zé.
Amigo Barata,para ti e para todos os Zés Especiais da Linha da Frente,vai um forte abraço.
Até breve
Augusto Ferreira




sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O HELICÓPTERO.

90-Mensagem do Henrique Cerqueira
Fur.Mil. Exército

Guiné 72/74

FOTO Junto ao Heli Canhão

Camarada Victor,
Antes de mais parabéns pela publicação da minha estória passada com o Héli Transporte e uma vez mais,grato por ser aceite na vossa Tertúlia "LINHA DA FRENTE".
Entretanto fui descobrir uma foto em que estou no certo dia a fazer protecção ao Héli(o velhinho Allouet III),penso eu que se chama assim e que me perdoe a malta da FAP se estou a dizer alguma asneira.Penso ainda que este Héli nesse dia transportou o General Spinola para uma visita qualquer a um reornamento que as nossas tropas estavam a fazer e como tal nessa altura calhou ao meu grupo de combate fazer a protecção e como não poderia deixar de ser,"há que tirar o foto da ordem".
No entanto o que gostaria mesmo de ter conseguido era ter tirado uma foto no "LOBO MAU" que era o vosso maravilhoso Heli-Canhão que tanta alegria nos dava quando nos ia proteger em situações de apuro.
O som da Metralhadora era autentica musica de encanto para os nossos ouvidos.Dai um grande OBRIGADO a todos os Pilotos,Artilheiros e Especialistas por esses momentos de segurança que nos proporcionaram.
É sempre bom lembrar que quando éramos enviados para uma operação e sabíamos à partida que íamos ter apoio aéreo,já os nossos medos eram mais esquecidos.
Uma vez mais bem haja para todos vós e que Deus guarde bem junto de si aqueles que partiram na força da juventude para se protegerem e protegerem os outros,ainda que para isso fossem obrigados.
Desculpa lá Victor,hoje estou um pouco lamechas,mas as lembranças fazem-nos esse efeito
.
Henrique Cerqueira






COMO SE CHEGOU ZÉ ESPECIAL!




89-Mensagem do João Coelho
MMA


3ª/63




Viva,amigo Barata!
Obrigado pela inserção do escrito,é uma forma de exercitar as meninges e de manter a chama viva!
Não me agrada muito a ideia de ser o representante da incorporação mais antiga,mas pode ser que,atrás de mim outros aparecam...C'est la vie,o tempo passa,nada a fazer...As fotos seguirão em breve,tenho de ir à procura no caixote das antiguidades.
Já agora...concluida a recruta veio a especialidade,tentei os OCART(Controlador de Trafego Aéreo)porque era a que dava saida como furriel,deu em nega,as vagas foram preenchidas por meninos com o 7ºano dos Liceus e filhos de gente fina(ainda recordo os apelidos mas não vale a pena ir por ai)coloquei em 2ªopcão Radarista,outra nega,e acabei em MMA...Feito o curso,ainda na Ota,com alguma cabolice pelo meio,tirei,se bem me lembro,média de 14.Segui-se a escolha da unidade,todos os meus camaradas açoreanos optaram pela BA 4(Lajes-Açores),eu,que tinha uma namoradita em Lisboa,tentei o AB 1, Portela...e consegui.
Viemos da Ota para a Portela,de DC 6,imagine-se, calculo que fosse um voo de instruçaõ,e com escala pela BA 6,Montijo,onde ficaram alguns Especialistas.
No AB1 iniciei a minha actividade como mecânco de avião,lavando os capots dos motores de um DC 6 ou DC 4,não me lembro bem.Sei que era Inverno,chovia e fazia frio,ao tempo os quadrimotores não cabiam no hangar,entrava o nariz e a zona dianteira do avião e os motores ajustavam-se a uma plantaforma coberta por chapas de zinco,sem protecção lateral...enfim,dava para perceber que,com mau tempo,aquilo era um "pincel".
Ao segundo dia de trabalho,reunidos à espera de instruções,aparece um 1ºSargº.MMA,Correia,que tinha vindo da Aviacão Naval,e pergunta:
-"Há aqui alguem que saiba desenhar?"O meu pai,que Deus tenha ,dizia-me que, na tropa,não
se é voluntário para nada,mas c'os diabos,eu até já fora voluntário para a FAP...respondi:
-"Eu sei." E lá fui para a Secção Técnica do AB 1,desenhador,copiador e o mais que fosse preciso...Dito de outra forma,nunca mais toquei no motor de um avião!...mas por vezes pensava,se volto à manutenção,ou se me mobilizam,tou feito,não sei nada...Mas nunca aconteceu,tudo bem.
Entretanto,entrava na escala de Mecânico Dia e estreei-me,com outro camarada,o Acácio,numa saida nocturna de um DC 6 para a Beira,avião estacionado mesmo em frente ao antigo terminal,com o terraço cheio de gente,e nós colocados,cada um com um extintor de rodas,debaixo das asas,dois motores a cada.Passageiros embarcados,o comandante põe o braço fora do cokpit e faz sinal de que vai arrancar com o motor 1,o hélice dá uma volta,duas voltas,manda uma baforada de fumo e...catrapum...sai"ratere",e uma grande labareda escapa-se do motor...!Bom,os dois Cabos-Especialistas MMA,Coelho e Acácio,Mecânicos de Dia,nem pensaram duas vezes,sairam em corrida,para zona de relva adjacente à placa deixando atrás os extintores e o SargºMecânico que gritava por nós,com uns sonoros "seus filhos da...,voltem já aqui seus cabrões...!"Um episódio idiota,fruto da ignorância,que,felizmente,não teve consequências porque o Sargºpercebeu que era tudo resultado da nossa "verdura".
De resto,no AB 1 vivia-se das saidas e chegadas dos avões dos TAM (Transportes Aéreos Militares)os "Skymaster" tinham base nas Lajes,mas escalavam Lisboa e faziam muitas vezes manutençõa no AB 1,eram um espectáculo,ronceiros,com frequentes fugas de oleo no Verão,com céu limpo,da pista via-se uma bola de fumo lá longe,no céu,era o voo das Lajes,o oleo caia nos tubos de escape e criava uma nuvem de fumo,de grande efeito.
Nos voos de Lisboa para a Terceira era frequente apanhar com ventos contrários,e,quando isso acontecia,a viagem prolongava-se por mais 6 horas,tipo"moinho de café"...
Com o DC 6 tudo mudava,mais velozes,mais confortáveis,com cadeiras individuais-no DC 4 usavam-se as lonas laterais,com meia duzia de poltronas lá na frente,quando os "vip's iam de viagem "trabalhar" no PX dos americanos,tarefa que aliás,tambem tinha muita procura nos voos de instrução/navegação até aos Açores.Era ver,no regresso,as portas do avião a abrir
e ver frigorificos,televisões,caixas com serviços de "pirex",ainda hoje tenho um com 52 peças
impecável,enfim,parecia a caverna do Ali Bábá.
Outro espectáculo era a saida dos aviões em formato de "cargueiros",com material de guerra para África.O avião parecia um monstro que engolia tudo,e recordo-me de uma descolagem nocturna em especial,um DC 6 com destino a Luanda,cheinho até mais não,que levou o pessoal que não estava de serviço a ir assistir à saida,para ver como iam correr as coisas.Lembro-me perfeitamente da cena,o avião no"round up"dos motores,no cabeço da pista maior(lado 2ª circular)com aquele ronco,inesquecível,da potência máxima e depois a corrida pela pista,a luzinha branca do topo da cauda e deslizar,anda,anda,anda,sempre à mesma altura,Jesus,será que ele consegue?E finalmente lá bem no fim,ver,pelas luzes de navegação,que já tinha tirado as rodas do chão,para alivio de todos...
Era um punhado de grandes pilotos,Lemos Ferreira,Norton Afonso,Paulino e outros cujo nome esqueci,gente capaz,extremamente competente,lidando com material obsolento e apoiado,diga-se,por pessoal de terra altamente experiente tambem.
Dolorosas eram as chegadas dos aviões de evacuação,o abrir das portas,o cheiro a sangue,éter e suor,os feridos-amputados,cegos,cacimbados ,as enfermeiras páras que por vezes os acompanhavam,mulheres de barba rija,(uma delas,que já não saltava devido a uma fractura,uma loirinha de pequena estatura mas toda boazona,era alferes,foi colocada na nossa enfermaria,tinhamos de lhe bater a pala,era ver quem o fazia mais perfeitinho,para impressionar,foi uma sensação no meio daqueles machos todos),a saída das macas,em jogos de equilibrio,as senhoras da Cruz Vermelha todas aperaltadas,as chegadas faziam-se sempre à noite,por vezes de madrugada,para o povo não dar por elas,o avião vinha rebocado a tractor até à placa no interior do AB 1,ninguém saia lá em cima na placa civil.
Coisa boa que o AB 1 tinha estava ligada ao facto de oficiais-pilotos utilizarem aviões da unidade,um Dakota em versão"vip",com uns belissimos cadeirões em couro azul,e um Beechcraft,para fazer horas de voo.Realizavam-se normalmente ao fim de semana e nós,se não tinhamos passe de saida,aproveitavamos o passeio quando se tratava do Ten.Cor.Monteiro,era garantida a volta turistica,o cabo MMA Tavares,um dos mais antigos na especialidade,dizia-se a fazer de Mecânico de Bordo e nós lá atrás,numa boa,só conforto e boas vistas,olha a Arrabida,lá vem Sesimbra,roda para a Leziria,a Ponte de Vila Franca...e por ai fora,o piloto era uma excelente pessoa,queria companhia e não lhe faltava quen quisesse passear...
Diferentes eram as sessões de voos de instrução,só por instrumentos,no DC 6,chegados ao AB 1,à hora de jantar,dizem-nos: -Pessoal,hoje à noite há voo,quem quiser alinhar que esteja ás não sei quantas na placa.E lá foi a malta ,toda satisfeita,noite de Verão,vamos voar e coisa e tal,vai ser porreiro!Bom,nem vos digo nada...Descidas de emergência,toca e anda na pista,desce e borrega,corta motor,põe motor,curva apertada à esquerda,depois à direita...Um autêntico pesadelo,o estômago na boca,o vómito...quando nos apanhamos no chão,fez-se uma jura,"passeios"daqueles,nunca mais!
E mais não digo,por agora.
Saudações aeronauticas e até breve!
João Coelho

A VISTA AÉREA ÀS COMPANHIAS ...QUE NÃO ACONTECEU.


88-Mensagem do Joaquim Mexia Alves
Alf.Mil.Op.Especiais
Guiné
Caro Victor Barata
Afinal não foi difícil encontrar e já aqui te mando o texto.Se quiseres publicá-lo podes servir-te das imagens que entenderes!
A visita Aérea às Companhias...que não aconteceu.

Quando estava na Ponte de Udunduma com o Pel Caç Nat 52,fui chamado a Bambadinca,para reforçar a CCAÇ 12,numa qualquer operação que não me lembro,mas na qual nada deve ter acontecido,pois se não até a minha fraca memória se lembraria.
A verdade é que ao fim da manhã (a operação começaria ao fim da tarde),quando já estava em Bambadica a fim de combinar a coisa com o
meu grande amigo Cap.Bordalo,comandante da CCAÇ 12,e os seus Alferes,aterra uma DO 27
na pista do quartel.
É sabido,pelo menos no meu tempo assim era,que os Comandantes de Batalhão(passo a critica jocosa),se pelavam por uma voltinha de avião ou helicóptero,com a desculpa da vista às Companhias mais afastadas.
É curioso que as colunas de abastecimento,pelos vistos,não serviam tal propósito,vá-se lá saber porquê,o que pelo menos no caso do meu batalhão era uma realidade.
Mas,voltando aos factos,logo o Comandante do Batalhão(BART 3873,Bambadinca 1972/74)se deslocou à pista para tomar assento no avião e dar uma volta aérea.
Foi então que o piloto,grande amigo meu de Monte Real,e que penso que não se importa que aqui deixe o seu nome,Jaime Brandão,perguntou por mim,e convidou-me para ir com ele até Nova Lamego,pois iria acontecer uma noite de fado se era muito importante a presença da minha voz.(Já perceberam que na altura eu cantava o fado e,segundo dizem,bastante bem).
Acrescentou ele que não havia problemas,pois no outro dia voltava a Bissau e deixava-me em Bambadinca.(Era fácil,declaravam uma porta aberta e assim tinham de aterrar).
A cara do Comandante era indescritível e eu disse ao Jaime que era impossível porque tinha aquela operação.
Voltamos para a messe e passadas uma hora ou duas ouve-se um helicóptero a aterrar e ai o Comandante disse: -Agora é que é!!!
Claro que fui também à pista.
Do helicóptero o Pedro Melo Ribeiro,outro amigo de Lisboa,que não era piloto mas vinha a acompanhar,e me diz: -É pá,viemos-te buscar porque esta noite à fados em Nova Lamego e o pessoal disse logo que tu eras imprescindível!!!
A vossa imaginação está agora com certeza a ver a cara do Ten.Cor.,com espanto e sei lá mais o quê bem retratado na sua fisionomia.
Claro que dei a minha resposta e retirei-me para a messe,sob os olhares gozões de uns e o olhar reprovador de outro,que não sabia bem o que fazer e até talvez meditando na importância da minha pessoa.
Por volta das 3 ou 4 da tarde,depois de uns uísques bebidos para animar as tropas,aterra
outra DO 27,e o Comandante entre,incrédulo e ansioso,lá se dirigiu para a pista,comigo e já um numero de camaradas a acompanhar.
Era novamente o Jaime Brandão,que com um sorriso dispara: -Então vens ou não?
Escusado será dizer que a resposta foi a mesma e que o Comandante neste momento já não tinha cara,mas uma mascara de incredulidade,espanto,irritação,etc.etc..
Nos dias que se seguiram o gozo foi enorme,umas vezes mais descarado outras mais disfarçado.
Á noite lá fomos para a operação que,como digo acima,não teve nada de especial a reportar.
E assim aconteceu a visita aérea que...não aconteceu!!!
Durante uns tempos foi lenitivo para as agruras e desconforto da guerra e só por isso já foi muito bom!!!
Abraço do
Joaquim Mexia Alves


GLÓRIA ÀS NOSSAS ENFERMEIRAS PÁRA-QUEDISTAS E AOS MALUCOS DAS MÁQUINAS VOADORAS!


87-Mensagem do Henrique Cerqueira
Fur.Mil.Exército
CCAÇ 13
Guiné 72/74



Olá Amigo Victor:
É necessário lembrar todos os nossos camaradas pilotos e restantes equipas que tantas vezes nos trouxeram um raio de esperança quando estávamos envolvidos em situações de aflição e dai eu recordar uma situação que se passou comigo.
Pois como já disse anteriormente,eu terminei a comissão na CAÇ 13 em 1974,mas quando fui para a Guiné fui colocado em Biambi que era a terceira companhia do BCAÇ 4610/72.E então passados dois meses mais ou menos e no cumprimento da minha obrigação,fiz parte de dos muitos patrulhamentos em missão no mato.É então que após o atravessamento de uma famosa bolanha(Insentaque)fomos surpreendidos por uma emboscada do inimigo e ai tivemos dois feridos graves nos milícias e um furriel,de seu nome Fonseca,natural do Porto.
Até aqui tudo normal para a situação que se vivia na altura,pese embora o facto de ainda sermos muito
piriquitos e ser o nosso primeiro embrulhanço.
A consequência de toda a nossa inexperiência foi que em poucos segundos gastámos tudo que era munições e ficamos todos como baratas tontas,tanto pela falta das ditas munições,como não sabíamos mesmo o que fazer com os feridos.Penso que estarão mesmo a ver a cena.
Bom,lá conseguimos entrar em contacto com o aquartelamento e pedir apoio aéreo,assim como evacuações para os feridos.Após algum lá apareceu o LOBO MAU,ou seja,o Héli Canhão,e logo de seguida outro Héli para o transporte dos feridos.
É aqui que me lembro de ver em pleno mato a sair do Héli uma enfermeira de camuflado e camisola branca bem justa ao corpo.Foi como saísse um anjo para nos ajudar,teve um efeito tão grande de tranquilidade que nunca mais me esqueci desse dia e por mais estranho que possa parecer é a imagem dos Hélis e da enfermeira naquele caos que se tinha instalado que ainda hoje guardo do meu primeiro contacto com a verdadeira guerra.
Mais tarde e por motivos diversos viajei em Hélicoptero e DO 27,e por incrível essas viagens foram duas tentativas falhadas de me transportarem de Biambi para Bissorã,mas isso será outra estória.
Fui ainda informado mais tarde que uma dessas gloriosas enfermeiras foi morta por ter sido apanhada pelo hélice do DO 27.Não sei se foi verdade ou não,mas não duvido que todos esses pilotos como o pessoal de enfermagem e especialistas da Força Aérea Portuguesa eram mesmo uns Grandes e Gloriosos Malucos,de quem guardo muita gratidão.Não tenho fotos deles mas tenho grandes imagens no meu coração desses bravos camaradas da Guiné.
Quero ainda recordar aqui o Alf.Barros,nunca mais soube nada dele.Era um homem do Norte mas parecia que vivia em Cascais.De igual modo o Fur.Fonseca,o tal ferido que é do Porto,mas muito em especial o meu fiel amigo e carregador guineense INHATNA BIOFA que me acompanhou até ao final da comissão da CCAÇ 13.
Bom, isto foi uma estória com o intuito de lembrar em especial todos os Pilotos e pessoal da Força Aérea Portuguesa.
Aproveito para esclarecer aqui que nenhum oficial superior ou outro nunca consegui me incutir o espírito militar,pois,como a maioria de todos nós,fomos obrigados a ir para a Guerra. Só que isso não significa que,mesmo contrariados,nós os milicianos e restantes obrigados não tenhamos cumprido com a nossa missão que se quiserem até lhe podem chamar de patriota.
E dai existir hoje este meio maravilhoso que nos permite até de ter saudades,sejam elas de factos ou de pessoas.É que foram três anos das nossas vidas vividas em comum e que irão estar sempre presentes até ao dia do juízo final.
Malta da Tertúlia,desculpem lá mas se não agradar a estória têm sempre o rolete do RATO para acelerar para a próxima.
Um abração a todos os camaradas Tertúlianos.
Henrique Cerqueira

VB :
Henrique antes de mais quero agradecer-te em meu nome pessoal e de toda a Tertúlia
estas tuas palavras elogiosas ao pessoal da Força Aérea que tão esquecido foi e ás vezes até muito mal interpretado por algumas.Determinadas pessoas pensavam e,infelizmente,ainda hoje pensam que só em terra é que estava exposto ao perigo da Guerra,desconhecendo,por exemplo,que o ponto mais alto da Guiné é Madina de Boé que se encontra a uma cota de +/-400m de altitude.Para os que desconhecem estes pormenores,equivale a dizer que quando se descolava de Bissalanca toda a Guiné nos via,ou seja,o perigo era eminente.
Sobre a referida Enfermeira tragicamente ceifada à vida pelo hélice do DO 27 quando se prestava para partir para o mato no intuito de auxiliar alguém que precisava dos seus serviços inerentes á sua especialidade de enfermeira,chamava-se CELESTE.
Que Deus a tenha no lugar que ela merece.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

RECORDAR NOVAMENTE.

86-Mensagem do Carlos Robalo
MMA



Meu caro Amigo Victor Barata:
O teu Blog(
nosso)ten sido um grande sucesso.Faz parte,neste momento,da minha rotina a visita logo que venho da minha labuta.
Durante a visita falaram de um piloto de nome Brandão,por isso se ele passou pelas DO 27 tambem tera passado pelos famosos "RONCOS".Por esse motivo vou-te enviar algumas fotos e de dois pilotos que gostaria,se souberes os nomes de os poderes colocar na nossa "Linha da Frente"
Junto vão 4 fotos:



Foto1 - Final de comissão com o respectivo registo na Caderneta de Voo.
Foto 2 - Duas insignias que representam os T6.



Foto 3- Em Aldeia Formosa com o já falado Jaime Brandão e outro pilote cujo nome não recordo


Foto 4 - Em pleno voo fazendo parelha com outro T6.G

Um grande abraço do teu amigo.
Carlos Robalo




quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

HELI TRANSPORTE.



85-Mensagem do Henrique Cerqueira

Fur.Mil.Exército
Bat.4610/72
Guiné 72/74



Olá Camarada da Guiné:
Antes de mais e tal como é praxe eu me apresento:
Ex-Fur.Miliciano Henrique Jorge Cerqueira da Silva
Incorporado em 1971 e recambiado para a Guiné em 19/06/1972 até Julho de 1974.
Após a recruta nas Caldas da Rainha e Tavira passei pelo BC 8,em Elvas,e formei Batalhão no RI 16,Évora,seguindo depois para a Guiné no Bat.4610/72 e após passagem pelo Cumeré,fui colocado com a 3ª Companhia no Biambe.Após alguns meses de loucura,ofereci-me voluntário para a CCAÇ 13 (Africanas).
E é por esta parte final que começo por te contar uma pequena estória em que são envolvidos teus camaradas da Força Aérea que eu apelido de "Grande Gloriosos Malucos dos Céus".
Certo dia em 1973(não sei precisar dia e mês)eu estava de folga,a nossa Companhia CCÇ 13 foi alertada para a necessidade urgente de ir socorrer e proteger um Heli-transporte que se tinha despenhado na mata entre a zona de Bissorã e Encheia,este aparelho tinha vindo do Olossato e transportava feridos para Bissau provenientes de um ataque ma região do Olossato.Atenção que se houver imprecisão será em termos geográficos,mas para que a estória não será o mais importante.
Voltando à narrativa;Foram então mobilizados todos os efectivos possíveis na CCÇ 13 e partimos em louca correria para o local onde estava o Heli despenhado.Passado algumas horas e após um terrível esforço de caminhada,lá chegamos ao local.Foi então montado um perímetro de protecção e em coordenação com outras forças de outros locais que responderam à chamada,assim como uma força de paraquedistas,que penso ter sido a primeira a chegar.
Bom,foi ai que eu me apercebi que havia um grande sentimento de solidariedade com todas as forças militares,mas vim muito mais ou seja:A incrível capacidade do pessoal da Força Aérea de resolver problemas tão graves,pois em pleno mato reconstruíra a cauda do Helicóptero,inclusivamente vi um Heli com o Guincho em plena operação e então antes de anoitecer conseguiram recuperar o Heli que se despenhou e assim regressar a Bissau levando todo o monstruoso equipamento,assim como os Paraquedista.Mas...Calma ai que o melhor ainda está por contar.
É que graças a este desastre e graças ainda à grande diferença entre forças militares,que era o caso da Força Aérea,eu nesse dia comi e bebi tudo que eram excelentes enlatados e sempre fresquinhos em pleno mato...vejam só...é que havia sempre um Heli a abastecer toda a malta que estava lá instalada.Diga-se de passagem que se não fosse o facto da tragédia anterior eu até consideraria aquele dia um dia de festa e que até me deixou alguma pena porque naquela altura a convivência entre Forças não era muito incentivada e digo-vos que esse dia foi mais um dos dias que perdurarão para o resto da minha vida.É certo que quando tivemos de regressar é que foi um problema,pois a barriga pedia caminha e a cabeça Ó,Ó,Ó,pois que também se arranjou uns"Wiskisitos"com coca~cola e muito gelinho.
Bom lá nos dirigimos a Encheia,que era o aquartelamento mais próximo,e no outro dia, já
curados de tanta"trabalheira",fomos então para a nossa base que era Bissorã.
Vou terminar afirmando uma vez mais que toda a malta das FAP's eram mesmo uns Grande Malucos,ás vezes um pouco snobes mas na hora eram mesmo "maluquinhos" quer em combate,quer em salvamentos,quer ainda na farra.
Um grande Abração para todos e todas das FAP's assim como a todos os camaradas combatentes da Guiné e outras guerras.
Desculpem lá qualquer coisinha,mas não tenho mesmo jeitinho nenhum para a escrita.
Henrique Cerqueira

VB:
Companheiro Henrique,é para esta Tertúlia LINHA DA FRENTE uma HONRA ter-te entre nós.A simplicidade da tua mensagem significa a virtude dos grandes HOMENS!

Entra sempre que o entendas,és da casa.

CHEGOU Sª.EXª O "ZÉ MAIS VELHO" 3ª/1963!

84-Mensagem do João Coelho
MMA 158/63



Antes de lermos a mensagem deste Companheiro,permitam-me que lhe de as boas vindas ao nosso(dele)Blog.É na realidade uma grande alegria receber um Zé Especial da 3ª/63.
Pois a partir de agora és um membro da Tertúlia "LINHA DA FRENTE
,ficando somente à espera da tua foto,militar e de hoje.


A sua mensagem:

Felicitações pelo blogue,que não conhecia.Já percebi que há muita e boa matéria para ler,embora me pareça que em relação ao meu tempo o pessoal seja "maçarico"...(sem ofensa)...já que fiz,com outros açorianos,todos de S.Miguel,a última incorporação de 1963,e a última também de 3 anos de duração.No meu caso entrei ainda com 17 anos,em Outubro daquele ano("aniversariando" em Dezembro,aceitaram a minha inscrição com 17 anos).Fui voluntário nem sei bem como,filho único,interessado pelo mar,nada apontava para os aviões...mas o espectro da quase garantida mobilização para África,se esperasse pela incorporação no Exercito,e a pressão dos amigos,acabaram por me levar a tomar uma das melhores decisões da minha vida.
Depois foi a partida para a BA 4,nas Lajes,um Dakota foi buscar-nos ao velho campo de Santana,o "aerovacas",com pista de relva,que tinha lá destacado o Sargento Nicolau,da FAP,para,entre outras tarefas,dar uma volta de jeep pela pista para correr com as vacas que pastavam...e assim poder fazer-se a descolagem ou aterragem dos aviões.
Foi o baptismo de voo,S.Miguel/Terceira,alguns nervos,e depois,durante 2 ou 3 dias, a espera na BA4,pelo voo para Lisboa.Tempo livre para saborear o "way of life"dos camones,o bar da linha da frente com os hamburgers,a loja do clube de golfe,o movimento na pista,o transito lento dos "banheiras"americanos nas estradas da Base e o aspecto das meninas familiares dos militares.
Finalmente, o voo para Lisboa,num DC 6,à pipi ,era suposto ser o celebre DC 4,"Skymaster(se cai mata-te,em versão portuguesa,e alguns caíram mesmo,infelizmente),a fazer a viagem,mas à última hora trocaram de aparelho,ainda bem para nós...Desse voo recordo um mancebo que vinha para o Exercito,que,pouco mais de 1 hora depois de sairmos das Lajes,teimava que já via luzes de Lisboa...luzes que afinal eram os avermelhados dos tubos de escape dos motores que se destacavam na noite que,entretanto,caíra.
Depois foi mais ou menos igual àquilo que li no teu blogue,a inspecção,a recruta,o curso.Na recruta,na Ota,apanhamos esses senhores,Alf.Coelho Dias,Maj.Tomás,Ten.Mineiro,os dois AlfPilav.enteados do Ten.Cor.Monteiro Tavares,eram gémeos,creio que de apelido Quintanilha,os cabos do SG(Serviço Geral)...e os rapazes da PA(Policia Aérea).
O Coelho Dias devia achar que íamos para o Vietname,como tropas especiais,puxava pelo pessoal até ao limite,os crosses,a ginástica na parada,com luta corpo a corpo pelo meio,os saltos da GMC em andamento,as cambalhotas em frente na mata à volta da Ota,os atravessamentos dos charcos,quase a nadar,com a roupa da instrução e de Mauser no ar,a lavagem à mangueirada,junto à messe,tudo em linha,em calções,Inverno rijo,com geada na parada...Mas o Coelho Dias tinha umas "pancas"de democrata,instalava-se num palanque,alto,com uma plataforma ampla,no topo da parada quepe caindo para os olhos,baioneta da Mauser na mão,cabelo cortado à "jet pilot",e gostava de,dali.do poleiro,desafiar o pessoal,perguntando quem ia lá lutar com ele.Aparecia um ou outro voluntário,que ele derrubava em dois tempos...até que um dia,em micaelense do nosso grupo,o Custodio,prá ai com 1.60m,mas rijo como rocha,ao desafio do Coelho Dias,disse: "Hoje vou lá eu!";e foi,e juro pelos meus,que o sr.Alf.se viu e desejou para dar a volta ao "corisco"do Custódio,para gaúdio do pessoal.
E a memória de uma outra cena com o Coelho Dias,momento sério,de grande tensão,quando,já não sei porque motivo,ele resolveu dar um estalo na face do Rachid,um guineense descendente de libaneses,e o caldo se ia entornando,com o Rachid a tentar controlar-se,dentes a ranger e nós a pensar..."isto vai dar merda da grossa"...e um lágrima a correr pela face do Rachid...até que o retomar da marcha,à ordem do cabo SG,diluiu as coisas.
Mas a figura mais temida,mais impressionante,era o Ten.Mineiro,um lingrinhas,alto,a quem nunca ouvi uma conversa,e que controlava,sozinho,a formatura para o jantar de 600 recrutas...Era um espectaculo,silêncio absoluto,só cortado pelo barulho de uma cachaçada do Ten.Mineiro em algum camarada que tinha rodado a cabeça,ou olhado par o lado...ele,oficial de dia,todo pezinhos de lâ,deambulando por dentro da formatura...onde estará o sacana,lá atrás,à frente,ali prá aquele lado?...e de repente,zás...um estaladão!
Garantido,dia de Ten.Mineiro,era dia de respeitinho!
Finalmente,os rapazes da Polícia Aérea,nossos amigos do peito.Na altura,eram de criação recente,e as coisas começaram logo a correr mal porque,com a boina azul,diziam às miúdas que eram paraquedistas"especiais",isto é,os páras,de boina verde,eram"normais",eles,em versão azul,eram o suco da barbatana...o resto da farda,pele de rato.é que não ajudava muito...Era difícil perceber a antipatia,nós,miúdos,éramos soldados-alunos especialistas,tínhamos mais habilitações literárias,a farda era mais bonita(e lá estava,no inicio de cada recruta,um alfaiate que ia à BA 2 tirar as medidas para o uniforme em "terylene",aos que podiam pagar,claro)...eles,vinham do Serviço Geral,eram mais velhos,mais batidos e,factor importante,tinham autoridade sobre nós,porque faziam serviço na porta de armas,de sentinela,etc.
Uma bela noite de Domingo,fecho do fim de semana em Lisboa,e depois de ter feito 7 Km da praxe,a pé,de Alenquer até à Ota-a partir de certa altura não havia ligação de autocarro-faço o troço final da recta de acesso,e chegado à porta de d'armas,entro pelo lado esquerdo do pau,o mais distante da casa da guarda e ouço uma voz:"nosso aluno,traga cá o passe!Resposta minha:"venha cá você buscá-lo!..." Claro,deu treta,participação e toma lá 9 dias de detenção,por desobediência a uma sentinela,com chamada do punido,na formatura geral,ao comandante da Base,na altura o Cor.Diogo Neto... Estou a vê-lo,óculos "Ray Bawn",farda de Verão ou de África,condecorações ao peito,a passar-me uma "piçada" e a lembrar-me dos deveres e da disciplina militares.
Só mais tarde soube que,com mais um dia de castigo teria sido expulso,o que quer dizer que alguém,algures,achou que eu merecia uma segunda oportunidade...
Passados todos estes anos,compreendo as razões da antipatia,e não guardo nenhum rancor ao pessoal da PA,afinal,são as coisas da vida.Mas confesso que,quando por razões profissionais tinha,há poucos anos,de entrar numa unidade da FAP e passava pela PA na porta de d'armas,me lembrava dos tais paraquedistas"especiais"dos idos de 60.
Bons tempos!

Abraço para todos e até breve.
Manuel João Baptista Ferreira Coelho(João Coelho)
Soldado Aluno Especialista 703/63
Cabo Especialista MMA 158/63

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

NÃO É PARA TODOS!...





83-Mensagem Joaquim Mexia Alves
Alf.Mil.Ope.Especiais


Cart.3492

Pel.Caç.Nat. 52

C.Caç.15

Guiné 71/73







Caro Victor Barata

Como sabes nunca pertenci à Força Aérea,no entanto a minha ligação a essa Arma das Forças Armadas sempre foi muito chegada e desde muito novo,por força com certeza,de ser e viver em Monte Real.Aliás um dos meus irmãos mais velhos,foi Piloto da Força Aérea,no tempo em que a Base de Sintra era a mais importante do País...
Por causa desta minha ligação
afectiva e real à Força Aérea,(especialmente na Base Aérea de Monte Real),foi-me concedido há uns anos,a pedido dos Pilotos da Esquadra dos Falcões,um privilégio de que muito poucos "civis",se poderão orgulhar.
Fui dar um "passeio"de A7P durante cerca de uma hora e tal.
O piloto foi o Cap.Pilav.Jaime Brandão,meu grande amigo,(como eu de Monte Real),e que também esteve na Guiné,salvo erro,como Fur.Pilav,onde tivemos alguns encontros,dos quais um relatei já no Blog do Luís Graça & Camaradas da Guiné.
Nunca me esqueci deste "passeio"e julgo que nunca irei esquecer,até porque o Jaime Brandão não levou as coisas apenas em "passeio"...mas portei-me bem,sem problemas.

Envio-te estas fotografias do "evento".



















Um abraço do amigo
Joaquim Mexia Alves


VB:Amigo Mexia Alves já te conhecia alguns dotes,mas de "aviador"é uma grande novidade muito bem recebida na LINHA DA FRENTE.Como dizes,esta faceta não é para todos,mas lá diz o ditado..."quem tem amigos não morre na prisão".
Aproveito a oportunidade para me dizeres se este Jaime Brandão é o que esteve comigo na Guiné,na linha da frente das DO 27,ou é um que me lembro de estar na linha da frente dos
hélis? Ele saberá da existência deste nosso espaço? Já que ele te proporcionou aquela viagem devias retribuir com a sua entrada nesta Tertúlia LINHA DA FRENTE.
Vamos ficar á espera disso e da tua continuidade,tens andado muito afastado,o "fado" ocupa te o tempo todo.
Saudações ESPECIAIS
Victor Barata

sábado, 19 de janeiro de 2008

PROCURO A CAP.ENFª.PARQ.FRANCIS MATIAS.



82-Mensagem de Filomena Queiroz
Visitante deste Blog

Emº.Sr.Victor Barata
Sou colega do Cap.EnfªParaq. Francis Matias gostaria de saber se tem o seu Email ou de alguém que a possa conhecer.
Não sou militar,mas sou Enfª e conheço a Enfª.Francis Matias porque foi minha colega no Hospital de Santa Maria.
Sei que ela viveu em Odivelas(onde eu vivo actualmente)mas não consigo contactá-la nem encontrar o seu nome na lista telefónica.
Achei curioso haver um Blog que referia o nome dela e dai ter tentado por esta via obter o seu contacto.
Desde já o meu obrigada pela atenção dispensada e fico a aguardar mais notícias.


Cumprimentos
Filomena Queiroz.

VB:Assim se justifica a razão de já termos ultrapassado os 10.500 visitantes!
Na realidade uma das funções deste nosso espaço é também o encontrar companheiros que são procurados por pessoas que gostavam de lhes falar.
Neste caso concreto ,passados dois dias já tínhamos o contacto pedido que imediatamente fornecemos à Dª Filomena que ficou radiante enviando-nos o seguinte Email:

"
Quero desde já agradecer a pronta resposta que me deu ao meu Email e agradecer também o numero de telefone fornecido.
Muito obrigado pela sua gentileza e um bom fim de semana.

Filomena Queiroz"


MANTER A CHAMA VIVA.

81-mensagem do Manuel José Lanceiro
MMA/Helis Bissalanca

Amigo Barata,
Para manter a chama viva,mando-te mais duas fotografias:


Esta, da Dirª/Esqª. estou Eu (Lanceiro),o Correia MMA da linha da frente das DO27 e o Castro(Menino)atirador do Héli-Canhão.Estamos no bar do "CAOP"de Nova Lamego.Cada um tem uma garrafa de água "Perrier"na mão,mas não tenham pena de nós,é que lá os copos eram poucos,e o Whisky sabia bem até nelas.
Aqui foi no dia 1 de Janeiro de 1973,na "Operação Ano Novo"em Cufar.Estou no meio a arrancar o scotcsh da pá do Heli,do meu lado esquerdo está o Granier e do lado direito o Alf.Pilav.Chinita de Mira que me ajudavam segurando a Pá.

Victor, a propósito,se souberes alguma coisa do Correia das DO 27 diz-me,pois gostava de saber do seu paradeiro.
Um Abraço
Manuel Lanceiro

VB:Companheiros aqui fica o apelo deste nosso ZÉ,quem souber alguma coisa sobre o Correia que esteve na Linha da Frente das DO27 em 1972/1973,faça o favor de dar noticias para nossa caixa de correio barata.victor@gmail.com




sábado, 12 de janeiro de 2008

SERIA REFORÇO DE CASTIGO?


80-Mensagem do Fernando C.Branco
MMT


Amigo Victor
Como sempre merecido abraço.
Continuo "obrigatoriamente" a visitar o NOSSO
Blog,mas com Saudade a ficar contente das "Estimadas e Saudosas Visitas"...é pena por muito
que nos custe,(mas é a realidade da vida)estarmos TODOS diferentes.
Na foto ao lado estava de reforço,não sei se por castigo,pois recordo-me que o "nosso amigo Tomás
resolveu fazer uma revista numa Sexta-Feira antes de o pessoal ir de fim de semana,para tentar repor a ordem da falta de fronhas e lençóis(verdade também nunca entendi porque desaparecia tanto material desta natureza...).
O nosso amigo Pinto,(Alentejano e grande Amigo)resolveu simular a falta da fronha com o lençol de baixo.Sinceramente de nada me apercebi,mas a "velha e temível raposa",descobriu!
O Chefe de Camarate? Era eu! Resultado,cinco dias de detenção,uma carecada e(julgo)dois reforços de castigo para mim como Chefe de Camarata.O nosso amigo Pinto,a mesma "dose".
Desistiu da FAP,foi à vida,nunca mais sobe nada dele. Os companheiros que me ladeiam na foto um é o Quintela,é também da 1ª/70,o outro é o Veloso da 3ª/69.Eram ambos de Vila Real e chegamos a andar juntos no Liceu.
Espero que estejam bem assim como todos os ESPECAIS.
Recordarei sempre com Saudade,quando alguém nos chamava"os asinhas"

O sempre amigo

Fernando Castelo Branco

A MINHA VIDA MILITAR!

79-Mensagem do Pedro Garcia
OPC
3ª/69



Victor,resolvi hoje participar directamente na LINHA DA FRENTE!
A história da nossa vida militar tem sido contada nas várias msgs que têm sido
publicadas e é praticamente idêntica não valendo a pena repetir.
Limito-me a descrever um percurso onde tive a sorte de fazer grandes amigos cujo a amizade se tem mantido ao longo de quase 40 anos.
Resido,desde de sempre, na Baixa da Banheira e,felizmente,ainda não cheguei à reforma,continuo a laborar.
Então aqui vai parte das fotos que ilustram o meu percurso aeronáutico.





Foto 1 Recruta, 3ª/69,2ª Esquadrilha,6ª Secção





Foto 2 Na Ota,durante o Curso OPC,junto ao monumento onde se tiravam as fotos para enviar e levar ás "namoradas".

Foto 3 Sala de teleimpressoras da RA 2, Eu,(?) e o Pedro


Foto 4 Base Aérea 9, Luanda





Foto 5 No Mussulo,da Esqª/Dirª Fialho,Eu,Pedro e Adão



Foto 6 Na Ilha de Luanda,Eu,Almeida,Tomaz e Pedro.












Foto 7 Reencontro de ESPECIAIS, os do "Berde" do Sousa,na BA 5,Monte Real,da Esqª/Dirª Ferreira,Sousa,Fialho,Salgado,Louro,Eu e Almeida (baixo)







Foto 8 Retorno à Ota,em 2007,a caminho do nosso encontro em Leiria




Um grande abraço para todo o pessoal desta "LINHA DA FRENTE"


ENCONTRO DE ZÉS MMA's.

78-Mensagem do Arnaldo Sousa
MMA
Caro Victor
Já há bastante tempo que não contactava,mas aqui envio um contributo.
Nada melhor para anunciar o 1º Encontro de MMA (Mecânico de Material Aéreo)da Linha da Frente dos Fiat G91/R4 na Guiné,que decorreu em Lisboa no passado mês de Novembro e alguns de nós,não se viam há 30 e tal anos,recorremos a todos os meios possíveis e imaginários para nos localizarmos.



Foto 1 Da esqª./Dirª Adelino de Sousa,Vicente Báz,Arnaldo de Sousa,Coelho da Silva,
(mais conhecido por aeroporto),Mota Costa e Matias Grilo,falta o Oliveira Pinto que vive nos
EUA e que é esperado no próximo encontro.


Foto 2 Fiat G91/R4 carregado com bombas,asa esquerda.



Foto 3 A mesma aeronave da foto anterior,carregada com bombas,vista de frente.
Foi um almoço onde se reviveram momentos passados em conjunto na Guiné e esperamos
organizar outro este ano.
Um abraço.
Arnaldo de Sousa
VB.-É verdade,companheiro,realmente já estávamos a estranhar a tua presença,és da primeira hora,ou seja dos fundadores,como tal com a responsabilidade atribuída a um "Padrinho". Fiquei feliz pelo facto de verificar que foi para vocês uma alegria muito grande
este encontro, com almoço. Foi com esse espírito que este "NOSSO"espaço foi criado.
Agora,Arnaldo,ficamos à espera que estes Zés entrem na
nossa LINHA DA FRENTE ,assim como vai ficar á tua inteira responsabilidade a entrada do nosso Zé "EUA".
Victor Barata

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

10.000

77-Mensagem do Augusto Ferreira
Melec
3ª/69



Amigo Barata,depois da cansativa passagem de ano,cá estou de novo ao serviço.
Desta vez,para te felicitar,pelo numero redondinho que atingiste neste espaço,que em boa hora criaste,para delicia de todos nós,bem haja.
Isto deve-se,como é óbvio,á tua dedicação á causa e ao culto da preservação da sã amizade,que sempre quiseste manter nesta grande família dos "ZÉS ESPECIAIS".
Outra coisa não era de esperar,de um homem operacional como tu,que se resolveu manter na Linha da Frente nesta zona 100%. Que Deus te dê muita saúde,para continuares a alimentar este sonho,por muitos anos,que já proporcionou muitas alegrias,no reencontro de muitos companheiros,que a vida teimou em manter afastados.
Hoje mesmo,tive oportunidade de falar por telefone,com o nosso companheiro de Lagos,José António do Carmo,que surgiu no Blog no final de Dezembro,com quem não contactava há 38 anos.Foi incrível,conversamos muito em pouco tempo,pois foi no intervalo de uma reunião de trabalho.Ficamos de voltar a falar.
Ontem,reencontrei-me com o nosso grande companheiro João de Sousa, em Braga,aonde estive com o meu Grupo Etnográfico da Região de Coimbra.Foi também um encontro breve mas gratificante.
Amigo Barata,por estas razões,necessitamos que continues no "ar",embora saiba,que não é fácil,pois exige bastante trabalho e esforço,mas tens que ter presente que os nossos "Am's",
anseiam sempre por noticias da sua Base Aérea
"barata.victor".
Na tua caderneta de voo,que nos mostraste no mês passado,ainda lá vimos muito espaço para registares mais missões.Ficaremos sempre à espera.

Sentado nesta DO 27,aonde vos acabo de escrever estas linhas,despede-se este mecânico,que está hoje
de serviço na
"LINHA DA FRENTE".
Mais uma vez parabéns pelo teu trabalho e deste
humilde colaborador,recebe um fortíssimo abraço.
Para o restante Pessoal Especial dos "Am's",um
Bom Ano 2008 e um grande abraço também para
todos.

Até breve.

Augusto Ferreira

Nota:
A Foto é em Tete AB 7 1973

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

10.000!



76-Mensagem do Fernando C.Branco
MMT




Grande Amigo Victor.
Com um forte abraço,fico satisfeito por Ti de já
teres "sido visitado" por 10.000(Dez Mil!...).
Peço a Deus,que te ajude,e eu também "possa
acompanhar"(?)a contagem das visitas que te fazem,foi graças á tua Nobreza.Companheirismo
e Humildade que conseguiste que tivéssemos o
PASSADO bem presente.
É com saudade que hoje podemos rever muitos
AMIGOS que juntos passamos o bom e o mau da
Nossa Juventude desde o dar "o nó" na travessa
que vinha para a mesa,como acordar o que queria
dormir mais um bocado,assim como estarmos Unidos, Presentes e Preocupados,quando havia
alguma situação menos agradável...
O tempo passou,mas fica a SAUDADE e o "registo"
para que os nossos filhos e mais alguém,mais tarde nos possam "julgar".
Continua Amigo,que o teu SACRIFÍCIO,LEALDADE E HUMILDADE tem sido um Bem Servir.
Muito teria para dizer,o que faltar aqui,fica comigo com muita amizade...
Um forte abraço e com a Devoção de como seja Açoriano,O DIVINO ESPÍRITO SANTO esteja sempre ao teu lado,conforme desejo para mim.

Fernando Castelo Branco


Nota:
Foto que anexo é das últimas que tirei na FAP com os meus três filhos.

CHEGAMOS AOS 10.000 VISTANTES!

75-Mensagem do Editor,Victor Barata



Foto do retirada do Google - Vista actual da BA 12 Bissalanca


Companheiros
É com enorme alegria que verifico que este NOSSO espaço chegou aos 10.000 mil visitantes! Começamos em Junho/07,equivale a dizer que temos uma média diária de +/-
45 visitantes.
Quero agradecer a todos os que têm colaborado para este êxito e dizer-vos que a vossa forma de actuação ao longo deste tempo,tem na realidade sido o suporte de todas as minhas forças para dar continuidade a este tão simples espaço que se tem tornado um local quase "obrigatório"visitar diariamente.
Sei de companheiros que,segundo eles,as suas aptidões para a informática não são as mais propicias,(o PDI não deixa!...)mas nem por isso deixam de ser recordados,é o nosso espírito de camaradagem que sempre nos orientou e que continua a orientar.Para estes peço que façam um esforço,pois alguns até já são reformados tem muito tempo para recordar e ... pedir que lhes transcrevam as suas mensagens.


Uma palavra de gratidão para com aqueles que sem serem da nossa arma se juntaram a nós com o mesmo espírito que nos caracteriza,a UNIÃO E CAMARADAGEM.

Saudações ESPECIAIS!
Victor Barata

sábado, 5 de janeiro de 2008

AS MINHAS FOTOS.

74-Mensagem do Carlos Robalo
MMA
2ª/70 Guiné







Amigo Victor
Junto anexo algumas fotos do meu álbum para que faças o favor de publicar,certamente que muitos companheiros nossos vão gostar de recordar:















Foto 1 A tradicional foto de recruta


Foto 2 Aeroporto Internacional de Nova Lamego "Gabu Sará"




Foto 3 Eu junto a um T6 na placa



Foto 4 Eu em pleno voo a caminho de "Aldeia Formosa"


Por hoje fico por aqui,brevemente voltarei como mais Material.Um Abraço






quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

AS BOAS FESTAS DO ALBANO COSTA.


73-Mensagem do
Albano Costa
1ºCabo do Exército
C.Caç.4150
Guiné 73/74

A toda a Tertúlia da Linha da Frente,desejo que tenham umas festas muito felizes junto das
vossas famílias e amigos.
Junto anexo estes dois postais
que simbolizo:


A árvore de Natal na cidade do Porto

O interior da Guiné

AS BOAS-FESTAS DO MAURÍCIO

72-Mensagem do Joaquim Maurício
Melec./Inst./Av.
3ª/69 Moçambique

Barata:
Boa-Noite,desejo-te uma boa passagem de Ano.
É extensível a todos os especialistas e aos companheiros que têm colaborado no Blog.Uma mensagem é um pouco e nós,do que fomos,do que passamos,do que somos e como estamos.



Um Bem-Haja,a todos.

Joaquim Maurício

VB-Obrigado companheiro,é sempre fortificante e emotivo receber as Boas-Festas de um GRANDE amigo como tu.