sexta-feira, 30 de maio de 2008

O MEXIA ALVES TAMBÉM É...ESPECIAL FAP!



235-Joaquim Mexia Alves
Ex-Alf.Mil. (Exército) Guiné
Monte Real

Caro Victor Barata.
Acabei de ler no blogue uma mensagem do Jorge Félix, sobre o Honório.
Quanto à história que ele conta do Honório, tem sem dúvida nenhuma o cunho dele.
Conheci-o em Angola e bebi com ele muitos gin tónicos deitados nas "camas" da Barracuda, na Ilha de Luanda, ao sol.
Dizia ele que ia para ali bronzear-se!!!
Era um tipo fantástico, e passei com ele muitas noites de farra em Luanda.
Sei que regressou a Cabo Verde e perdi-lhe o rasto...

Abraço amigo do

Joaquim Mexia Alves

VB. Companheiro Mexia Alves,permite-me que te diga que se perdeu um Grande Piloto em beneficio de um...Grande Alferes do Exército! Realmente de tudo o que tenho apreciado de ti em relação à FAP,talvez pelo facto de seres de Monte Real e teres convivido muito na estrutura da Base Aérea nº 5,tens um carinho muito,muito especial por NÓS.
Mas,é reciproco,também nutrimos o mesmo por ti. Ainda à bem pouco tempo tive um Companheiro que me procurou como é que tu não enveredas-te pela nossa arma.
Ficas desde já "obrigado"a reportar-nos,mais ao pormenor,a tua vivência dentro da FAP.
Ah! Ainda vos tenho de confidenciar que este nosso ilustre companheiro de Tertúlia,é um exímio fadista,só não vos mostro um vídeo desses seus dotes demonstrados no último encontro da Tertúlia Tabanca Grande,a que me orgulho de pertencer também, porque não pedi ao Luís Graça. Eu sei perfeitamente,e estou autorizado a fazê-lo,que o Luís nada diria,mas tu também me tens que autorizar,pois quem é que tinha dinheiro para te pagar a indemnização dos direitos de autor,Joaquim?!...

RECORDAR TETE.







234-Arlindo Pereira
Ex-2ºSargº MMA Tete
Feijó-Almada





Amigo Victor Barata, antes de mais um abraço.



Têm sido feito várias intervenções acerca do falecido VITÓ, todas são poucas, para definir um camarada com o qual convivi durante bastante tempo até ao fatídico dia 29 Agosto 1974.
Tenho-me contido de tocar neste tema, pois foi um acidente que me marcou profundamente, conhecemo-nos na OTA, no curso de Sargentos e posteriormente fomos para BA4, onde alugámos uma casa a meias para fazermos alguns convívios com as moças da Terceira, esta amizade foi-se cimentando a qual se estendeu aos nossos progenitores e irmãos, entretanto chegou a hora de conhecermos TETE, o VITÓ foi primeiro que eu, mas lá nos encontramos e convivemos até aquele fatídico momento. Momentos antes do acidente, tinha estado com a equipe que padeceu, tendo-me ausentado no momento em que chegaram os Pilotos para fazerem os testes ao Heli, pois eu nessa altura fazia parte dos Corpos Gerentes do Clube de Sargentos e estávamos com obras as quais eu acompanhava, passados pouco mais de cinco minutos houvi um estrondo e apercebi-me que algo tinha acontecido, corri para lá e deparei-me com um cenário que é difícil de apagar da memória, os momentos que seguiram foram dramáticos para mim, mesmo depois de chegar ao Continente a 29 Novembro 1974, e dirigir-me à Parede a casa dos pais e confrontá-los com a realidade tornou-se mais penoso para mim. Sempre que visitava a casa dos pais, era um sofrimento para eles e para mim, o irmão Fernando ainda foi ao meu casamento, conheceram a minha primeira filha pois cheguei a passar fins semana na casa deles e descer a rua onde moravam e ir até à praia da Parede.
Por isso amigo Barata, quero agradecer a todos aqueles que têm evocado a memória do VITÓ, nomeadamente o nosso amigo Augusto Ferreira, que também conviveu de muito perto com ele. Por agora fico-me por aqui, um abraço para todos e saudações aeronáuticas.



Arlindo Pereira


Nota:


Victor podes acrescentar na minha ficha, que eu resido mo Feijó - Almada

quinta-feira, 29 de maio de 2008

RECORDAR É VIVER...

233-Victor Barata
Ex-Esp.Melec/Inst./Av. Guiné
Vouzela

Companheiros,ontem peguei no telefone e liguei ao nosso Zé Ribeiro(o Melec)para saber se vinha ao nosso encontro do próximo dia 31,na Marinha Grande. Não pode vir!
Apesar da sua justificação perfeitamente aceitável,fiquei bastante triste,pois não o vejo à 36 anos,embora tenhamos,por diversas vezes,falado ao telefone.


O Ribeiro foi um grande Companheiro com quem tive o prazer de conviver na Guiné,amigo do seu amigo,benfiquista "nato" e sempre bem disposto. Os piriquitos eram os seus grandes carrascos através dos famosos julgamentos logo que chegavam

Recordamos este Melec nas fotos que se seguem:






Foto 1 - O Ribeiro à esqª(repare-se no martelo que está em cima da mesa,o feitio)durante um julgamento,o Pato(que barbas!...),a seguir o Pita e de pé,óculos escuros,o Nunão.

Foto 2 Da esqª/dirª Cadete,Ribeiro,Victor Barata,Rosa e Graça.






Foto 3 Na sec. eléctª.esqª/dirª,Victor Barata,Rosa,Curado,Barros,Figueiredo(já falecido) Sabino,Victor Rodrigues,Nunão e Ribeiro.


quarta-feira, 28 de maio de 2008

CAMARADA JOSÉ RIBEIRO...




232-Jorge Félix
Ex-Alf.Mil.Pilav. Heli Guiné
Braga






Caro Victor:Agradeço que envies um grande abraço ao José Ribeiro, certamente meu camarada de "bolanhas" em Bissalanca.A sua tão delicada e educada maneira de aceitar a "observação" que lhe foi feita, mostra que é um verdadeiro "Especialista" e foi suficientemente competente para passados estes anos todos guardar a verticalidade que mostrou. Os meus parabéns Amigo José Ribeiro. Depois de lhe ter escrito recordei-me do Ten Balacó, também piloto de G91 em 68/69.
Porque conviveu com o Sargento Honório, vou lhe contar uma história que retrata o perfil do "Jagudi", nome de guerra do nosso amigo.
- Nos anos 90 o Honório era Comandante dos Transportes Aéreos de Cabo Verde. Um dia, uma avaria no trem obrigou-o a fazer uma aterragem mais atribulada, levando o avião para fora da pista, "partindo" um pouco a aeronave, mas conseguindo pará-la sem que algum passageiro tivesse qualquer problema, além do susto ,claro. Rapidamente os Bombeiros da pista se abeiraram dos acidentados e junto do Comandante Honório escutaram o seguinte pedido: "Um Gin tónico, urgentemente!"
Era desta fibra, amigo José Ribeiro, que os nossos amigos eram feitos.
O copo que o amigo segura na foto, com que se apresenta, que nunca seque por falta de generosa amizade que nos há-de manter "especiais" e como tal de superiores princípios.
Bem haja.
Jorge Félix
VB. Jorge e Zé Ribeiro,cada vez tenho mais orgulho de ter pertencido à FAP,são Companheiros como vocês que fizeram,e fazem,com que esta arma seja admirada e respeitada em qualquer canto do mundo.
O vosso dialogo é digno de ser analisado,a suavidade das vossas palavras,o significado delas junto dos factos descritos,leva-me a dizer que: Somos ESPECIAIS!
Obrigado Companheiros.

ATENÇÃO ZÉS,TUDO EM SENTIDO.CHEGOU O FABRICIO DE 1960!













231-Fabrício Marcelino
Ex-Esp.MMA 1960


Leiria



VB.Companheiros,permitam-me que antes de
publicar a mensagem do ZÉ mais "Velho"da nossa
Tertúlia,lhe de as Boas-Vindas à sua casa.
O Fabricio ingressou em 1960 na FAP tendo vivido
de perto,em 1962,no ex-AB2,depois BA 12 Bissalanca,com outro símbolo da nossa arma,o ex-Pilav António Lobato,sofrendo,como ele me diz,o
duro golpe de o ver sair da Base para não voltar.
Tinha sido abatido e feito prisioneiro.Vejam como
o Fabricio descreve o "Lobo",como era conhecido:



"Eu tive o prazer de conviver com o Pilav Lobo, pois foi feito prisioneiro quando eu me encontrava ao serviço no (ex-A.B.2), posteriormente B.A.12.O meu contacto com ele, não foi muito intenso, dado que ele era dos T-6 e, eu do destacamento 52 dos F-86 e, tínhamos locais separados para o nosso serviço do dia a dia, mas muitas vezes convivemos nas escalas de serviço à Base e não só.Era como militar e como homem um amigo que merecia o nosso respeito,porque ele próprio era muito respeitador.Custou-nos muito a todos nessa altura o seu azar. Nunca mais o vi e folgo em saber que ele ainda é vivo, a quem desejo muita saúde."



Amigo Barata, dado que ainda não tinha dito, sou de 1960 ex-Esp.M.M.A. último curso tirado na B.A1-Sintra.Como prometi , eis-me a enviar as minhas fotos. Assim, envio duas fotos fardado, sendo uma de meio corpo tirada com a farda da metrópole e, outra de corpo inteiro tirada na Guiné, com a farda do Ultramar.Envio igualmente uma actual e, por último, envio uma do grupo da minha missão à Guiné,( a 7ª da B.A.5), com todos os 'aviadores' da mesma.







Chamo a atenção para um grande piloto que se encontra nesta foto ao centro de óculos escuros!Refiro-me ao Ten.Cor.José Fernando Almeida Brito. Este HOMEM foi o comandante da nossa missão (capitão à data) e, consta na lista do teu blogue como um dos falecidos em combate na Guiné.
Não merecia tal morte,pois como deves saber o seu corpo só foi encontrado mais de uma dezena de anos após ser abatido e, foi reconhecido apenas pela aliança! Privei com ele no dia a dia durante 2 anos e meio, na linha da frente,tanto na B.A.5 como na B.A.12, onde constituíamos uma autêntica família.
É-me difícil ainda hoje, falar dele, tal é a saudade de tamanha personalidade.Sabemos que não podemos agradar a todos,mas estou certo que, quem o conheceu e privou com ele, é da minha opinião.Um homem recto,íntegro,respeitador e amigo de todos os seus colegas,independentemente do posto.
Terei o prazer de contar algumas histórias noutra altura, mas hoje não quero deixar de dar a conhecer esta.
Um belo sábado, na Guiné,com um calor abrasador, ele mandou reunir todo o pessoal da missão,sentados no chão, debaixo duma árvore de grande porte, que estava situada às 16 horas em relação à base.A sua preocupação e motivo da reunião, foi saber se algum dos seus homens tinha algum problema que ele pudesse ajudar a resolver. Depois aplicou a sua psicologia necessária naquela época para levantar a moral dos seus homens. Após ter conseguido o seu objectivo,'levantar a moral',perguntou quem ainda não tinha carta de condução.Perante um número razoável de colegas sem carta, disse: todos os que não têm carta devem meter o requerimento, para que todos levem esse documento bastante necessário para as vossa vidas no futuro.
Assim aconteceu e, todos trouxemos carta de condução,lista branca. Eu fui um deles!
Só um GRANDE SENHOR podia actuar desta forma.
Sentidamente peço,Paz à sua Alma.

Fabrício Marcelino






ORDEM DE SERVIÇO Nº 151 DE 28.6.1973 TETE.

229-Augusto Ferreira
Ex-2ºSarg.Mil. Melec Tete
Coimbra



Ordem de Serviço de TETE



Amigo Barata,



Voltei hoje de novo à linha da frente, na sequência das últimas mensagens, que tens transcrito para o nosso blog, sobre o grande amigo Arlindo "Piriscas", por uma razão simples, é que tinha aqui guardada, no meu baú de recordações, uma preciosidade.Nada mais nada menos, que a OS nº 151 do AB7 de 28 Junho de 1973- pág 761.




E porque é que aguardei ? Simplesmente, porque nela vinha publicada, a atribuição da minha Medalha de Cobre, de Comportamento Exemplar.
Mas não a estou a enviar por isso, é que nesta lista, além de outros companheiros, também está, o nosso saudoso companheiro Vitó, ( Vítor Matos ) de que falámos nas mensagens atrás e que faleceu num acidente, em frente ao hangar da Esq,703 –VAMPIROS, quando efectuava testes, a um Allouett III que saía de manutenção. Pelos vistos, também esteve na Ota, durante alguns meses, com o nosso companheiro Castelo Branco e que só nos falou bem dele. Era realmente um rapaz alegre e divertido, mas quis o destino, que a sua vida terminasse por lá. A nós cabe-nos o dever, de o manter vivo na nossa memória. Que esteja em bom lugar.
Amigo Victor Barata aqui segue em anexo a respectiva Ordem de Serviço.
Um grande abraço para ti e para todos os Grandes Zés Especiais desta Linha da Frente.
Até breve


Augusto Ferreira

segunda-feira, 26 de maio de 2008

GUINÉ,FAP E NÃO SÓ...














228-Manuel Lema Santos
1ºTen.Reserva Naval Guiné

Belas




Meu Caro Victor Barata,

Poderia passar por menos educado, não fora a minha ignorância da publicação que fizeste do meu texto do Cumbijã e de que, apenas por mero acaso, me dei conta.
Confesso que já podia e devia ter contigo comunicado há dias atrás mas, a necessidade que tenho tido de tentar alongar o tempo disponível diariamente, com insucesso total acrescente-se, tem-me feito protelar a comunicação.
Trata-se de agradecer a inclusão do texto no teu blogue numa sintonia de camaradagem que me lembra os excessivamente reduzidos contactos havidos com a FAP, mesmo na Guiné, em oposição à excelente imagem que dessa Instituição guardo.
E tenho motivos justificados para essa grata recordação.
Começa porque fui despachado para a Guiné num DC 6, quadrimotor da FAP, em 31 de Maio de 1966, aeronave de transporte de páraquedistas ou carga, suponho, já que dispunha de bancos em lona estendidos em fiadas ao longo da fuselagem. Era assim ou estou a delirar, ainda apanhado pelo clima?
Expliquem-me os especialistas...
Pelo caminho, em jeito de treino complementar, como quem nos sujeita a testes de sangue frio, um dos motores do lado esquerdo, ameaçou incendiar-se algumas vezes, sendo classificado como "avaria técnica", tendo feito escala no Sal. Umas longas 9:45 horas depois pisávamos o solo em Bissau.


Foto. LFG Orion na qual Lema Santos foi o seu imediato,a navegar no Cacheu

Embora tendo havido missões abortadas por diversos motivos, não me recordo de alguma vez, com a LFG Orion, a FAP se ter ausentado na hora do apoio, facto constatado ao longo dos meus dois anos de comissão.Em todos os momentos em que foram necessários, do Cacheu ao Cacine, com outras unidades navais, fuzileiros, páraquedistas ou exército, o necessário apoio aéreo esteve sempre presente e foram muitas as missões. Cantanhez e Cumbijã, Ilha de Como e Cobade, uns toques de Olossato no Cacheu, onde não se deve esquecer o Tancroal com o Porto Batu sem esquecer outros locais, viraram imagem de marca registada para quem por lá andou, a pé, a navegar ou a voar!
Dormir descansado é que era difícil!Recordo especialmente o pesadelo de filme a que chamávamos "Os Canhões de Navarone" que do início de 1965 a 1972, data do último episódio que tenho registado, passou em múltiplas sessões na entrada da barra do rio Cacine, margem esquerda, com canhão anti-carro 57 mm. Naquela ponta da Ilha de Canefaque, zonas de Cassumba, Cassebeche e Cassantene, as LFG's eram especialmente brindadas com mensagens de boas vindas que nos obrigavam a navegar em ocultação de luzes, à noite, e com as máquinas praticamente no mínimo para evitar o ruído por eles detectado. Visavam-nos a distâncias superiores a uma dezena de quilómetros e as nossa anti-aéreas de 40 mm, eram pura e simplesmente inúteis, já que os projécteis deflagravam no ar, por gravidade, ao iniciarem a trajectória descendente.
Connosco a fazer de chamariz, sós ou acompanhados por irmãs gémeas, com desembarques de fuzileiros, páraquedistas e até com obus do exército montados numa LDG, a Força Aérea também lá foi várias vezes com Fiats G-91.
Suponho até que um deles até foi atingido de nariz numa picada que fez para o objectivo em Cassumba. Dispunham de Guryunov quádruplas anti-aéreas e também não se encolhiam demasiado!
Se houver alguém habilitado a fornecer esclarecimentos adicionais todos agradeceremos por certo.
O dispositivo de que fazia parte um abrigo anti-aéreo foi destruído mas supôs-se voltar a renascer das cinzas. Aliás, esteve sempre em causa a estratégica ambição do PAIGC de fechar a barra do Cacine à nossa navegação. Nunca foi bem sucedido.
Tenho no meu espírito registados alguns outros acontecimentos, igualmente gratificantes, fruto do meu relacionamento com a Instituição FAP mas deixarei para conversa mais alargada, em ocasião própria mas também com mais inspiração.

Um abraço de Amizade para todos,



Manuel Lema Santos
1ºTEN Reserva Naval, 1965/72
Guiné, 1966/68
LFG "Orion"


VB.Lema Santos,antes de mais congratulo-me com esta tua, sempre desejada, mensagem
que tanto tardava a chegar.As tuas narrativas descrevem-nos os factos com uma funcionalidade tão viva que,por vezes,dá-nos a sensação que estamos no próprio local.
Quanto ao DC 6,...era mesmo assim,mas...muito seguro,tinha mais três motores!
A missão da Força Aérea,muitas vezes incompreendida por muitos,foi sempre cumprida e muitas vezes em situações muitos arriscadas.Quando se fala da falta de evacuações nocturnas,eu digo que ainda se fizeram algumas.Recordo,como exemplo,eu próprio com o piloto,fazer uma a S.Domingos de Ingóre,cerca das 22:00h,em que a iluminação da pista era feita através de bidons de 200l ,nos dois lados da pista de terra batida,por archotes incendiados tipo fogueiras. O vento obrigou-nos a fazer a final, para alinhar à pista, por território que não era "nosso". Enfim,temos que saber entender o desespero de quem estava ferido no terreno e que precisava de um hospital para aliviar a sofrimento por que estava a passar.
Já lá vai,é bom que ainda cá estejamos para contar estes episódios.

Espero que a tua ausência não seja tão longa coma esta última.

ANTÓNIO LOBATO.



227-Fabricio Marcelino
Ex-MMA - Guiné
Leiria





Caro colega Barata.

Obrigado pelas tuas palavras enviadas por E-mail a 5 do corrente mês.Não te envio hoje as fotos solicitadas, mas brevemente o faço. Hoje apenas te quero dizer que visitei o blogue dos Especialistas da B.A.12 e li a mensagem do Arnaldo Sousa a pedir-te para divulgares o livro "Liberdade e Evasão" do GRANDE pilav Lobo, (2º sargento à época).Dizes na resposta ao mesmo que não tiveste o prazer de o conhecer. Eu tive esse prazer, pois foi feito prisioneiro quando eu me encontrava ao serviço no (ex-A.B.2), posteriormente B.A.12.O meu contacto com ele, não foi muito intenso, dado que ele era dos T-6 e, eu do destacamento 52 dos F-86 e, tínhamos locais separados para o nosso serviço do dia a dia, mas muitas vezes convivemos nas escalas de serviço à Base e não só.Era como militar e como homem um amigo que merecia o nosso respeito,porque ele próprio era muito respeitador.Custou-nos muito a todos nessa altura o seu azar. Nunca mais o vi e folgo em saber que ele ainda é vivo, a quem desejo muita saúde.Dado que não sei se te conheço, pergunto, costumas ir aos encontros da A.E.F.A? Se sim a que núcleo pertences? Eu pertenço a Leiria,como deves saber. No próximo dia 07 de Junho vou à Ota ao almoço e talvez nos possamos ver se lá fores.


Um abraço
Marcelino
VB.Olá Fabricio.é invejável esse teu privilégio de conheceres,e teres contactado,o Lobato,pois como tu dizes,o seu respeito pelo próximo e a sua comunicabilidade ao tempo em que esteve contigo na BA 12,continuam ainda hoje a marcar uma das grandes virtudes deste nosso Companheiro,HUMILDADE!
Mas,vou ter o prazer e alegria de poder conhece-lo e conviver com ele no próximo dia 31 na Marinha Grande,por altura do 31º Encontro da malta da BA 12,pois formulei-lhe o respectivo convite ao qual acedeu.
Quanto ao Encontro Nacional,fui o ano passado à BA 5 Leiria e vou este ano à Ota,irei no autocarro de Coimbra,é o meu Núcleo,será fácil de ma encontrares através deste veiculo.
Até lá fico à espera das fotos.

domingo, 25 de maio de 2008

QUE BONITO !


226-José Ribeiro
Ex-Esp.Opcart Guiné
Lisboa













BA12
Amigo, Victor Barata.
Depois de lida a mensagem do amigo, Jorge Félix, julgo de me pronunciar sobre o conteúdo da mesma. Assim, para efeito vou anexar um texto.











“Quanto ao que o ex - camarada de armas, piloto de helicópteros, Jorge Félix, tenho que agradecer as correcções feitas pelo ele ao texto por mim elaborado e publicitado por ti.
É um facto que muitas das realidades que nós assistimos enquanto militares em África – porque não muito marcantes – são às vezes um pouco modificados pelo tempo passado da ocorrência e o de hoje. Chama-se a isso lapsos de memória.
De qualquer forma, tendo em atenção a correcção bem feita pelo ex – camarada de armas, Jorge Félix, em dois aspectos referidos por mim, há que considerar o seguinte:
- No que se refere ao falecido Sargento, Honório, falava-se na Base que era o piloto do General Spínola – afinal não era, como referiu o amigo Jorge.
- Em relação aos Fiat`s G91, quando cheguei à Base pouco ou nada os vi operar. Ainda possuo uma foto da primeira (julgo) aterragem de um F91 na ex. BA12. Os T6 eram os mais operacionais, daquilo que me apercebi. Progressivamente estes aviões deixaram de operar. Não me lembro se quando me vim embora algum ainda operava;
O falecido sargento piloto, Honório, era um artista. Quando vinha de Nova Lamego, em regra, aterrava com o motor da DO27 desligado. Segundo constou na altura, foi algumas vezes chamado à atenção pelo facto.
Lembro-me do capitão piloto, Monteiro?, segundo ouvi dizer já falecido em Portugal em desastre aéreo. Foi atingido várias vezes em ataques aéreos. Uma vez fui ver o Fiat G91, estava todo furado por balas, sendo que conseguiu trazê-lo até à Base e aterrar em segurança.
Também me lembro do capitão piloto, Rodrigues e o cabo espec. MAE, não me lembro do nome, mortos no desastre em Bafatá, contra uma antena de rádio, senão estou em erro, não havendo na altura qualquer hipóteses de os salvar (morreram queimados).
José Luís Monteiro Ribeiro, OPC 3ª/66


VB: O Zé Ribeiro enviou-nos uma mensagem relatando uns episódios que,dizia,ter constatado durante a sua permanência na BA 12.
O Jorge Félix ao ler essas notícias,entendeu que...não tinha sido bem assim,e de imediato nos enviou a sua leitura dos acontecimentos à época.
Hoje o Zé Ribeiro enviou-nos a mensagem em cima publicada. Que bonito este diálogo escrito entre dois verdadeiros COMPANHEIROS da FAP! Mais uma vez ficou evidenciado aquele grande sentido de amizade e compreensão Piloto/Especialista.


Bem Haja.

OS METRALHADAS

225-Carlos Nóbrega
Ex-Esp.Marme Guiné
Estarreja


Amigo Victor:
Aqui te envio estas três fotos e gostaria que os elementos que a compõem se apresentassem neste Blog,pois passados todos estes anos,e nesta fase das nossas vidas,seria muito saudável para todos.
Espero que este meu apelo seja bem sucedido,fico à espera.
Até lá,recebam um abraço

Carlos Nóbrega


Foto 1 Curso Armamento


Foto 2 "Os Metralhas" na Base Aérea 12,Bissalanca,Guiné 70/72




Foto Três "Metralhas" na BA 12,Bissalanca,Guiné 70/72.
Da Esq./Dirª Manuel Lourenço,Luís Lima e Eu,(Carlos Nóbrega)




VB. Amigo Nóbrega,este teu apelo vem integrar-se num dos objectivos principais deste nosso espaço.Foi realmente a pensar onde estão, e como estão, aqueles nossos Companheiros que compartilharam parte da nossa juventude,durante alguns anos,por vezes em situações em que uma simples palavra ou atitude,servia para o enfrentar a adversidade de uma Guerra.

sábado, 24 de maio de 2008

ARLINDO PEREIRA "PIRISCAS"

224-Arlindo Pereira
Ex-2ºSargº MMA 3ª/69




Em cima;João Oliveira e Aníbal Ribeiro.Em Baixo,Eu,Vitó e Severino


Antes de mais um abraço para toda a família da LINHA da FRENTE .
Seguidamente um agradecimento ás palavras proferidas por um " Especialista Especial " o Augusto Ferreira .
A criação deste BLOG é o seguimento de uma formação que foi ministrada na OTA a muitos jovens adolescentes os quais se transformaram em grandes homens .
Para se ser Especialista , também foi necessário criar mística , requisito que o Victor Barata adquiriu e que o tornou num Especialista Muito Especial , a sua tenacidade tem feito com que muitos de nós , que por diversas razões perdemos o contacto uns dos outros ao longo de muitos anos , possamos agora reactivar esses laços e recordar uma parte muito importante das nossas vidas , digo isto porque desde que conheci este BLOG , percorri todas as suas páginas com sofreguidão na procura de noticias de companheiros com os quais convivi ao serviço da FAP . Amigo Barata , tenho alguma dificuldade em cumprir todos os requisitos que são necessários para integrar a "Linha da Frente" , pois conforme disse o nosso amigo Augusto Ferreira , o ( PDI ) já não ajuda muito , no entanto espero fazê-lo em próximas intervenções .
Um grande abraço para toda a Tertúlia da Linha da Frente .

Arlindo Pereira ( Piriscas ) .

O AR QUENTE DA GUINÉ.


223-Jorge Félix
Ex-Alf.Pilav Helis
Braga
Caro Victor:



Depois de tanto silêncio, escrevo-te pela terceira vez.
Desta feita é por causa de um poste do amigo e camarada José Luis Ribeiro Monteiro que esteve em Bissalanca na mesma altura que eu, Outubro de 68 a Julho de 70. (O post é de 28 de Setembro 2007).
Falam -se de assuntos que eu vivi também e outros de que não estou de acordo. Talvez por já terem passados muitos anos alguns factos são "adulterados" sem outra intensão que não seja falar duma vivência que parece que aconteceu.
Ora vamos lá aos casos pontuais.
1- Quando o José Monteiro chegou a Bissau já por lá voavam os Fiats. Já tinham abatido um (Ten Coronel Costa Gomes) poucos meses antes. Voavam nessa altura o Cap Vasquez, o Cap Nico o Ten Cruz, em Fiats.
2- Outra confusão que está a fazer é com o Sarg Honório, excelente piloto na época a voar sómente Do 27.
O Honório nunca voou helicópteros como piloto, e se fizer um esforço de memória lembrará que o Honório passava muitas épocas no destacamento de Nova Lamego, com as DO 27. Quem está ainda vivo e pode dizer quem era o Piloto do "Spinola", se é que havia um piloto, é o Sr General Almeida Bruno. Ele deve ter uma memória disso. Pela minha parte não quero ter o epíteto de piloto de ..., mas o certo é que voei muitas e inesquecíveis "manobras" com os dois Senhores referidos, Capitão Almeida Bruno e Brigadeiro Spinola.
Victor, "posta" o que melhor entenderes, como fizeste com a minha "estória" do "Borrachão", e dá esta memória ao camarada.
José Monteiro a quem envio um forte abraço. Escutamos as mesmas mornas e bebemos da mesma chuva.


Um abraço

Jorge Félix

ANTES DO TOQUE DO SILÊNCIO...




222-Fernando Castelo Brano
Ex-1º SargºMMT

Terceira - Açores

AMIGO VICTOR

Ao visitar o “nosso” Blog; quase diariamente, verifico as Novidades e olho para a Numeração de Visitas...Usando a expressão: Se és deveras meu AMIGO, entra e senta-te á mesa Comigo...Conseguiste ultrapassar os 25000; (não são horas) mas sim Aqueles que querem recordar o que o Tempo, já deixou para trás?!...Pois hoje de manhã, no meu local de trabalho, quando consegui ligar-me á Net e entrar na “nossa” casa, li o artigo do Augusto, gostei bastante, mas de seguida recuei a 1969, quando vi a foto em que está o NOSSO ESPECIAL; VICTOR MATOS, por nós conhecido pelo “VITÓ”, quis DEUS?!...que Ele nos deixasse de uma maneira que “não lembra a ninguém”, mas partiu. Que Nosso Senhor o tenha em bom lugar, como recompensa dos momentos agradáveis que Ele, mais o Paulinho da (Parede), nos proporcionava na Camarata, antes do toque de silêncio. Quase todas as noites tínhamos sessão de striptease, era vê-los os dois a despirem os pijamas sem terem que se agarrarem ao varão a não ser o do beliche, todas as noites. Tínhamos sessão, á excepção de Segunda-feira, porque vinham “rebentados”, porque como o fim-de-semana não dava o direito de se desfardarem, tinham que aguentar com o peso das botas?!...Pois o Nosso VITÓ, foi da minha Esquadrilha e Secção e dormíamos na mesma Camarata, salvo erro, o nº dele era o 881/69, ou 875/69, mas o Paulinho, Paulo Alcobia, era o 876/69...Eles foram para MMA, eu para MMT, o tempo passou e não é que eu, em Comissão no AB8-Lourenço Marques encontro o Vitó e pergunto-lhe, o que estás aqui a fazer? Estou de férias! E estás aqui na Messe Sargentos? Não, estou no Hotel, eu estou de férias não estou na tropa?!....PAZ há Sua Alma e OBRIGADO, pelos agradáveis momentos que TU e o Paulinho nos proporcionaste antes do toque do SILÊNCIO...

Até um dia AMIGO...


Fernando C.Branco

quinta-feira, 22 de maio de 2008

RECORDAR O PIRISCAS.

221-Augusto Ferreira
Ex-2ºSargºMil.Melec.Av./Inst.
Tete - Moçambique




O "Piriscas"


Finalmente cá temos o nosso Arlindo " Piriscas". Começou por aparecer há pouco tempo atrás, estabelecendo os primeiros contactos com o Rogério Nogueira MMA e o Teixeira OPCART.
Por cedência por parte deles, do seu email, lá consegui contactá-lo.
Vim a saber, que já está reformado e já é avôzinho.
Pois o nosso Piriscas, era uma figura bem conhecida, no nosso AB7 - Tete em 73/74, com o seu bigode e respectiva mosca. Grande operacional da esquadra VAMPIROS ( helicópteros), cujo hangar de manutenção, era paredes meias, com aquele onde eu estava dos( MOSCARDOS ), sendo sempre um excelente companheiro.
Na altura, teve alguma dificuldade em se lembrar de mim ( PDI ), o que veio a resolver-se, com estas fotos que lhe enviei na altura e que hoje vos trago para o blog.








Uma delas comigo no meio, com o Ribeiro MMA do lado esquerdo da foto e com o nosso Arlindo do lado direito, que por acaso nesse dia, até estava de Sargtº Dia á base.

Nesta foto, da esquerda para a direita sentados: Carlos OPCART, ?, Eu com a viola, João MMA, Arlindo " Piriscas"MMA,?, de barbas o Vitó MMA, (que faleceu em Agosto de 74, num estúpido acidente com um helicóptero, mesmo em frente ao hangar de manutenção),o Severino MAE, (atirador do helicanhão ), ?.
Um grupo de pessoal sentado, no bar de sargentos, possivelmente na recepção a algum "checa".
Sim, porque a chegada de algum sargento miliciano novo à base, dava direito a sessão solene no bar e ao cumprimento de alguns requisitos.
Por ex., tinha que ler em voz alta, uma série de itens e aprender a soletrar algumas músicas.
Estou a lembrar-me de um ponto, que ele tinha que ler em voz alta, logo ao princípio, cujo texto era o seguinte: "Eu, estou na disposição de pagar cerveja a todos os presentes, até se encontrarem completamente saciados"
.Uns pontos mais à frente, tinha uma indicação para voltar a ler esta parte do texto.
Estão já imaginar,o valor da conta final e o estado em que ficava a assembleia.
Eram momentos engraçados, que passávamos por lá, dentro da maior amizade, sem ressentimentos e que nos ajudava a passar o tempo à noite.
Caros companheiros, esta minha intervenção hoje, teve como finalidade homenagear o nosso "Piriscas", e em género de balanço, contar mais alguns episódios, da nossa passagem por aquelas terras, que ainda continuam a ser para nós de além –mar.
Um grande abraço para ti Barata, com o desejo de rápidas melhoras e aquele abraço também forte, para toda a Tertúlia da Linha da Frente.


Augusto Ferreira





quarta-feira, 21 de maio de 2008

O PIRISCAS!





220-Arlindo Pereira
Ex-2ºSargºMMA

AB-7 TETE








Boa tarde Victor Barata.


Peço desculpa da só agora me apresentar na formatura , mas também não há problema pois o pai Tomás ou Noronha já não me castigam .
Victor , depois de recentemente ter recebido um mail do amigo Augusto Ferreira dando-me conhecimento deste blog ,tenho percorrido todas as páginas com sofreguidão , na procura de informações sobre camaradas os quais não vejo há muitos anos .Antes de mais apresento-me , sou Arlindo de Sousa Pereira ,para muitos ( Piriscas ) estive em Tete , Jan.73 a Set.74 , era 2º Sarg.MMA , sou da 3ª /69 , e desde que sai do curso Cabo Esp.MMA , passei pelas Lages , Negage e Nacala .
Por agora espero estar apresentado e receber o aval desta comunidade à qual pertenço e muito devo como homem .
Sem mais um forte abraço e saudações aeronáuticas , até breve .

Arlindo Pereira ( Piriscas ) .






VB:
Sejas Bem-Vindo a este TEU espaço.
Já me tinham, falado em ti e como tal ansiávamos a tua chegada.pois criamos este espaço para solidificar a grande UNIÃO que fez com que família FAP fosse realmente ESPECIAL,independentemente de postos,especialidades ou grupos! Como já deves ter observado no nosso blog,até a Marinha e o Exército se juntam a nós,por isso somos grandes na conservação do nosso espírito de ESPECIALISTAS.
Ficamos à espera do complemento dos "requesitos"

Saudações Aeronauticas.

terça-feira, 20 de maio de 2008

"OS RURAIS" RECORDADOS POR PIERRE FARGEAS.




219-Carlos Jeremias
Ex-Especialista
Editor do Blog Pista Livre





Amigo Victor Barata,


Através do site dos Saltimbancos e, por causa de um texto que lá se encontra sobre a história dos Alouettes, entrou em contacto comigo um sujeito francês, de seu nome Pierre Fargeas, que foi o técnico destacado pela Sud-Aviation, colocado na BA 12 durante alguns anos, para a assistência aos Alouettes.
Enviou-me alguns documentos entre os quais o emblema da esquadra de helis da Guiné, como no vosso blog penso que não existe esse emblema, aqui to envio para, se assim entenderes, o colocares em local visível, pois faz parte do vosso espólio.

Abraços.

Carlos Jeremias


VB. Obrigado Companheiro,por esta tua mensagem,pois já diversos companheiros me tinham posto a questão onde se encontrava o Pierre. Deixa-me louvar esta tua atitude,é assim que na realidade se vê o espírito da verdadeira comunidade ESPECIALISTA e não como alguns que tanto apregoam a "moral"mas...é só pessoal!
Realmente tenho vindo a ler num Blog situações que em nada dignificam a grande UNIÃO que esta verdadeira família sempre nutriu,e nutre,não sei quem tem razão nem me interessa,entendo é que as questões pessoais tem,com olhos nos olhos,locais próprios para ser discutidos e não num espaço aberto a toda a comunidade em geral onde por vezes se mancha o passado histórico da classe dos ESPECIALISTAS!
Carlos Jeremias,passámos situações difíceis em que,amparados uns aos outros,conseguimos superar sabe Deus muitas vezes em que condições.Fomos sempre distinguidos pelas outras forças militarizadas como sendo uma arma ESPECIAL,por vezes invejando a nossa grande comunidade militar e agora por birrinhas pessoais,em final de "carreira" andarmos com vitórias pessoais, "eu sou melhor que aquele" aquele fez isto",por favor,meus senhores sentem-se a uma mesa e conversem como ESPECIALISTAS,se precisarem de moderador não me importo de o fazer,mas por favor não enxovalhem esta GRANDE FAMÍLIA ESPECIAL que quer sempre contar com vocês na sã e fiel camaradagem.
Peço desculpa se ofendi alguém,não foi essa a minha intenção,ponderem por favor!
Saudações ESPECIAIS!
Victor Barata

domingo, 18 de maio de 2008

AINDA CÁ ANDO.

218-Carlos Nobrega
Ex-Esp.MAE 3ª/68


Estarreja







Barata:
São estas modernices,que domino mal,mas permitem surpresas como estas,independentemente do dia e da hora.Sei que estás no meu distrito (Aveiro) e que temos um amigo comum em Estarreja,por força da tua actividade profissional.Mas encontrar uma pagina na "net" da tua responsabilidade isso eu nunca iria saber,não fosse outro amigo comum ao qual escrevi há mais de trinta anos,a carta tivesse chegado ao destino,mas por obra do destino só foi encontrada a quando da morte de sua esposa,misturada com outros documentos.
Esse amigo reside em França,entrou imediatamente em contacto comigo e informou-me deste teu "site".
O seu nome é,Luís LIMA e foi tal como eu MAE.Ele é da 1ª de 68 e eu da 3ª do mesmo ano.Realmente é uma sensação estranha,aquela que sentimos ao recordarmos tanta coisa que está arquivada num qualquer sítio e de repente começa a ganhar contornos mas que não vimos nitidamente porque as lágrimas dos meninos de ontem,são saudades dos "jovens" de hoje.
Como gostaria de saber de entre outros,dos meus companheiros da linha da frente de Armamento de Janeiro de 1968 a Janeiro de 1972.Toda a malta dos Hellis,dos Fiats,dos T-6 e das Do.da Babadinca,da Judy......Do meu grande AMIGO Tenente Serafim de quem tenho tantas saudades,tantas histórias e noites inesquecíveis como a de 14 de Janº de1972 em que ele foi Oficial de Dia à Base e me mandou embora para o aeroporto e que lá se ia despedir de mim.
Soube que efectivamente ele lá esteve a ver-me partir e a não conseguir conter uma lágrima rebelde,testemunho de uma grande Amizade.Um dia estaremos juntos e até lá esteja em PAZ à sua Alma.

Mas não era bem isto que queria.Adiante.

Saúde para ti e para os teus e um até já.

É verdade,sou o NÓBREGA,1640/68 na OTA , o 453/69 em São Jacinto, 299/70 na Guiné e mais tarde 1297/EP.Terminei com o 475/72 em Monte Real.




VB.És realmente um velho amigo a quem devo uma excelente receptividade quando cheguei à Guiné.Recordo a tua pessoa e o Aníbal Madeira que sempre me acompanharam e prepararam,como mais velhos,para que a minha entrada naquele mundo de Guerra me fosse mais facilitado,embora a vossa aérea de especialidade fosse diferente da minha permitindo-vos uma vida mais sossegada,pois toda a minha,como te lembras,foi linha da frente.Ainda à uns tempos te procurei pelo telefone,lembras-te? Brevemente nos havemos de encontrar.
Espero que a tua continuidade neste Blog seja acentuada bem como gostaria de ver notícias desse nosso Companheiro que está em França.

MONUMENTO A UM COMBATENTE, PORTO JUDEU,TERCEIRA,AÇORES

217-Fernando Castelo Branco
Ex-1ºSargºMMT

Praia da Vitória - Açores









AMIGO Victor
Realmente, estiveste nesta Freguesia “Porto Judeu” para veres como eram as Touradas da Ilha Terceira; no nosso “Celebre e Saudoso Primeiro Encontro”, na tua rápida passagem por Esta Ilha de Jesus...Este Monumento, na altura, já estava pensado e projectado, mas a Altura de o construírem seria mais tarde; foi Inaugurado no Dia 06 de Abril deste Ano, altura do Encontro Anual dos Antigos Combatentes lembrando sempre AQUELES que nos deixaram...“Tive o interesse e cuidado” de tirar algumas fotos e fazer chegar ao “nosso” Blog...Porque achei, além de “não ter vontade” que existissem Estes Monumentos?!... Na minha opinião, achei um Monumento Digno, para um “Nosso Irmão” de Guerra?!... Infelizmente, mas “felizmente” só perderam UM; ao que tive a curiosidade e prestando a Minha Sincera HOMENAGEM, chamava-se: JOÃO LEAL DA SILVEIRA; pertencia á 1ª Companhia Caçadores B.Caç 4811; Faleceu em 30 de Setembro de 1974;...Era o RAPAZ, mais novo, antes de uma Rapariga, de oito Irmãos; Filho de gente Humilde, Pai Pescador; mas segundo me contaram era um Rapaz de que toda a gente gostava DELE, nunca supondo que muito cedo ao Serviço da Pátria, partiria sem dizer Adeus...Paz há Sua Alma.
Um abraço, sempre com os Sentimentos de Especial
Fernando Castelo Branco

sexta-feira, 16 de maio de 2008

DOUGLAS DC-6B (DGMFA)



216-Pedro Garcia
Ex-Esp.Opc
Angola




ESTE FOI O AVIÃO ONDE EU FIZ O MEU BAPTISMO DE VÔO, ESTAVA NO AB1, NOS FINAIS DE 1970, NO ESTÁGIO DE COMUNICAÇÕES NA COMPANHIA DO ABÍLIO PEDRO, MÁRIO PALACIM E BAPTISTA.FOI NECESSÁRIO IR TESTAR O APARELHO QUE TINHA FEITO UMA REVISÃO NAS OGMA, EM ALVERCA.FOMOS DE CARRINHA, ATÉ ALVERCA, LEVANTÁMOS, FOMOS ATÉ AOS CÉUS DO ALGARVE E RETORNÁMOS PELA MESMO CAMINHO.MAIS TARDE, EM 1971, FOI O 6704, CARGUEIRO, QUE ME LEVOU ATÉ ANGOLA.PEDRO GARCIA








O DC-C Matricula 6706 abandonado em Alverca junto ao Museu do Ar



VB:Quantos de nós viajamos nesta velha relíquia?!...
Agora,não passa de um amontoado de ferros,ninho de ratos e...
Talvez,com outro trato antecipado,pudesse embelezar e incentivar a juventude a aderir à nossa FAP.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

INFORMAÇÃO DO NÚCLEO DE COIMBRA


215-Informação do Núcleo de Coimbra


Caro Associado:
Conforme foi proposto e aprovado por nós na Assembleia Geral em Dezembro e reconfirmado a 19 de Abril, aquando da nossa Assembleia-Geral para apresentação de contas, vamos este ano efectuar a 8ªdescida do Rio Mondego em canoa, no próximo dia 17 de Maio 2008.
Como certamente se lembram, a marcação para esta data teve em conta o facto dos dias já serem grandes, permitirem um convívio mais demorado e pelo facto de ainda nos encontrarmos mais disponíveis para “estas coisas”.
É o principal evento do núcleo onde te podes fazer acompanhar pela família, dado o carácter de lazer e relaxante de que se reveste este nosso encontro.
A descida do rio em canoa é uma experiência das nossas vidas que deve ser feita por quem pode. “Rezam” as crónicas, ser de uma beleza ímpar as paisagens que se desfrutam nesse percurso. Mas, quem entenda que na água”nem silvas tem”para se agarrar, pode em terra usufruir, logo cedo, da maravilha que é a praia fluvial dos Palheiros/Zorro e pôr em prática os seus dotes de “glutão”, saboreando um variado repasto (grelhados).
A marcação deve ser feita IMPRETERIVELMENTE, até ao dia 15 de Maio, com a informação de:

-Com canoa
-Sem canoa
-Quantas pessoas


Preço:


-Da comida, é o que se gastar, a dividir por todos.
-Da canoa, será o preço de cada canoa, a dividir pelos utilizadores.


Ainda não sabemos qual o preço das canoas, mas pensamos que se mantém o anterior.
O Encontro Nacional vai ser na Ota a 7 de Junho. Começa a organizar as tuas coisas para estares disponível nesse dia.
O Encontro da Serra do Carvalho, vai ser outro momento alto do núcleo.
A data, será a 6 de Julho.
Como se pode verificar, o Núcleo está bastante activo e é com a tua presença que assim irá continuar. A vida é dois dias. Quem de distrair, ao 3º já não goza nada. Portanto, continua com o teu “mau feitio”de Especialista e vem dai viver a vida.
Os contactos são os habituais:
Carlos Ferreira 964293915
Fernando Duarte919479595
Aníbal Gomes 968035992






A Direcção do Núcleo

RECORDAR UM GRANDE COMPANHEIRO,O VICTOR GARCIA.







214-Victor Barata
Ex-Esp.Melec.Av.Inst
Guiné





Hoje deparo com um dia de chuva,a fazer recordar o Outono,porque não está frio,deixando-nos tristes a olhar o céu escuro e vendo a queda constante das gotas da chuva batendo no primeiro obstáculo que encontra.
Estes dias deixam-me muito pensativo e,por vezes,recordando as tristezas do passado.
O meu ego trouxe-me a recordação de um GRANDE COMPANHEIRO,que conviveu comigo em terras da Guiné,em 1971/73,durante a guerrilha colonial,o VICTOR GARCIA!
O Victor era Mec.Rádio,trabalhava na linha da frente dos Helicópteros.
Rapaz muito divertido,amigo do seu amigo,e tinha uma veia para a vida "artística",à noite até actuava no "Chátua"(eu peço desculpa,este nome não está correcto de certeza,mas é o que recordo neste momento...) a cantar,uma maneira de arranjar mais uns "pesos" e divertir-se com umas meninas,pela noite dentro chegando muitas vezes à base quando se estava a iniciar o trabalho.
Recordo um desses dias,vinha ele muito cansado e deitou-se muito pouco tempo antes de os Helis começarem a fazer o "ponto fixo"para partirem para uma operação.
As turbinas destas máquinas voadoras começaram a trabalhar e ele,como estava de alerta, deveria estar na placa.Não estava,adormeceu! De repente acorda com o barulho e senta-se na cama e diz:
-Ai Victor que já estás lixado(não era bem este termo,mas equivale ao mesmo...),eles já estão a "roncar"e tu não estás lá para fazer o ponto fixo e assinar o livro!
Os Helis partem e ele,com muita calma,diz:
-Deita-te Victor,eles já foram embora!
Alguém tinha feito a inspecção por ele,embora fosse de reprovar a sua falta de responsabilidade,a grande UNIÃO(que já li num blog alguém procurar "unir o quê?") existente entre a classe de
ESPECIALISTAS,superava tudo.

















Eu,Victor Barata com o nosso saudoso Companheiro Victor Garcia no Club de Especialistas da Base Aérea nº 12








Infelizmente nunca mais tive oportunidade de compartilhar alguns momentos com o Victor,pois,soube mais tarde,que pouco tempo depois de chegar da Guiné em final de comissão,tinha falecido!
Que Deus o tenha no lugar que ele mereceu em vida.

Victor Barata

quarta-feira, 14 de maio de 2008

DIFICIENTES DAS FORÇAS ARMADAS.


213-Luís Fraga
Coronel da Força Aérea(Aposentado)



Este texto e foto foram extraídos do Blog"Fio de Prumo",cujo editor é Luís Fraga.






Hoje realizou-se uma manifestação dos deficientes das Forças Armadas. Reclamam das condições a que estão sujeitos.
É inadmissível que num país europeu que manteve uma guerra durante treze anos em três frentes de combate, há trinta e quatro anos, ainda os deficientes das Forças Armadas tenham de fazer manifestações para conseguirem melhorar a sua condição.
Dito de outra maneira, para estes homens, Esta não é a ditosa pátria minha amada, porque honraram a Pátria e a Pátria não os contempla.
Foram homens que deram pedaços de si a Portugal e este não lhes paga como deve. E um Governo — seja ele qual for e muito pior se se disser socialista — que não faz a justiça de tudo empenhar para os recompensar não é digno de se sentar nas cadeiras do Poder. Não honra quem honrou Pátria.
O ministro da Defesa Nacional e o primeiro-ministro já deveriam ter-se debruçado sobre as reivindicações de homens que arrastam consigo há muitos anos os aleijões de guerra de modo a resolver todos os problemas que os atormentam. Não o fazendo não se mostram à altura dos cargos que ocupam.
E não se mostram merecedores do nosso respeito, porque não conseguem gerir a herança que receberam quando aceitaram ser os representantes de Portugal. Eles sabiam que havia deficientes de guerra; eles sabiam que há reformados das Forças Armadas que serviram no antigo Ultramar numa guerra que não desejaram, mas que não renegam; eles sabiam que à frente de todas as mordomias que têm ou permitem que outros Portugueses tenham deveria estar a protecção aos deficientes das Forças Armadas e aos reformados militares. É o mínimo de justiça que se pede!
Quem serviu numa guerra para a qual não contribuiu tem de ser ressarcido dos incómodos que ela lhe causou.
Se no nosso país houvesse verdadeira consciência dos sacrifícios pedidos a uma geração de jovens, os Portugueses, há já muito, estariam divididos em duas grandes categorias: os que foram mobilizados para a guerra colonial e os outros. Aos primeiros, atingida a idade de 65 anos — isto é, o tempo de vida segundo o qual se lhes reconhece o direito à reforma — o Estado tinha por obrigação pagar, pelo menos, 75% das despesas de farmácia relativas a todas as doenças de que possam sofrer. Deficientes ou não todos nós, os que por terras de África e da Índia andámos, somos veteranos de uma guerra; demos a nossa mocidade em climas e condições adversas. Mas uma tal medida ia deixar muito claro que entre os velhos políticos os há que nunca puseram os pés nas frentes de combate e que os novos políticos, aqueles que eram crianças, jovens ou nem mesmo nascidos em 1974 — mas que já se banqueteiam com lautos salários que a sua dedicação às causas partidárias lhes permitem — não são capazes de nutrir respeito por quem não regateou sofrer na carne e na mente os trabalhos de todos os incómodos de uma saída forçada para terras longínquas em condições adversas para cumprir, sem apoucar, um dever de cidadania que um Governo tão iníquo como aqueles de que fazem parte lhes impôs em nome de Portugal.
Não posso estar presente, amanhã, na manifestação dos meus camaradas veteranos deficientes. Obrigações maiores me impedem, mas espero que a eles e à sua causa se juntem os reformados das Forças Armadas e os antigos combatentes para mostrarem aos políticos governantes e aos que o não são, mas dão com o seu silêncio guarida ao oportunismo dos detentores do Poder, que fomos uma juventude sacrificada, afinal, para sermos uns velhos desonrados pelas suas irresponsáveis medidas.

Luís Alves de Fraga às 10:02

terça-feira, 13 de maio de 2008

APELO DE UM COMPANHEIRO.

212-Fabricio Marcelino
Ex-Esp.MMA
Guiné



Amigo barata.

Vi a página que acho interessante.
Eu fui Cabo Especialista de MMA na B.A5 e também estive na antiga AB2,posteriormente B.A 12.Fui no 7º destacamento da B.A 5 à Guiné,com os belos F-86F.Estava colocado na linha da frente do referido F-86F e estive de 01 de Novembro de 1962 a finais de Março de 1963.
Gostava de encontrar antigos colegas que tivessem estado comigo nessa altura.
Foi nosso comandante de missão o saudoso cap.pil.Av.José Almeida Brito e que mais tarde como Ten.Cor.Pilav. foi abatido também na Guiné.
Um abraço e, parabéns pela página.



Fabrício Marcelino

segunda-feira, 12 de maio de 2008

PARAQUEDISTAS ESTÃO DE LUTO.




211-Informação ao Blog.



Hoje ás 00h02, 11 de Maio de 2008, faleceu no HML, um dos “Boinas Verdes” mais condecorados da Guerra de África.

Pioneiro nos Páras, precursor, instrutor e excelente Combatente. Foi o fundador e Comandante do Centro de Instrução do Batalhão de Grupos Especiais Pára-Quedistas ( GEP), no Dondo em Moçambique. GE e GEP - Uma Força de Elite, formada pelo Coronel Pára-Quedista, Costa Campos, Comandante do Centro de Instrução de Grupos Especiais Pára-Quedistas, uma Unidade Militar que nunca aceitou a rendição a favor do inimigo, por manter até final o bom propósito para que fora treinada - o de respeitar o dever para com os valores daqueles que juraram defender, os Portugueses do Ultramar e de Portugal.-Aqui "Galeão" – chama. Há alguém no ar? Digam se me ouvem – escuto. Negativo, "Galeão", estais sós, entregai-vos. Resposta – NUNCA !!

Esta foi uma das últimas mensagens transmitidas pelo “espírito de grupo” da Unidade do Centro de Instrução de Grupos Especiais Pára-Quedistas, no Dondo em Moçambique no pós 25 de Abril.

Até hoje, dos 1.000 Pára-Quedistas que fizeram parte dos 12 Grupos da Força de Intervenção Rápida e dos cerca de 20.000 GE, não consta que alguém se tenha entregue ou rendido no final do conflito ás forças inimigas.

Para nós GEP, fica a imagem de um amigo, corajoso e de um verdadeiro Combatente por Portugal.

Não partirá do coração de quem fica.


Luís Fânzeres Martins – GEPPrés. Direcção da Associação de GE/GEP

GOOD-DAY LUXEMBURGO!


210-António Teixeira
Ex-2ºSargº Opcart
Por aqui continuo "exilado" neste país chamado Luxemburgo. Espero que não seja efectivamente por muito mais tempo, estou a precisar também da reforma.
Já recebi algum feedback de colegas a quem enviei o link do blogue e que estão também entusiasmados com a ideia de poderem vir a dar alguma contribuição. Vamos lá a ver se isso se vai realmente concretizar e assim contribuir para uma cada vez maior união dos "zés especiais".
Em relação à foto actual que me pedes, a mais actual que tenho é realmente essa em que apareço e que tu tiveste o profissionalismo de destacar. Eu não sou muito adepto de tirar fotos a mim próprio, gosto bastante de o fazer mas não a mim, contudo fica a promessa que um dia deste o farei.
Recebi, como associado da FAP o programa deste ano do almoço anual, e vai ser com uma enorme tristeza que provavelmente não vou poder este ano estar presente por razões de ordem familiar, apesar de me encontrar no Porto nessa data. Seria mais um reencontro com a "nossa" base onde tudo começou, ao fim de 39 anos. Caso, como tudo leva a crer não possa ir, vou ficar à espera que um dos encontros futuros se venha a realizar lá novamente. Um abraço para ti e todos os ex-colegas

A. Teixeira

O NIASSA.










209-Manuel Bastos
Ex-Fur.Mil Exército (DFA)



Se os soldados colonizadores eram tratados como escravos, como diabo seriam tratados os colonizados?



Desculpem se conto isto com sarcasmo, foi jeito que me ficou de quando era vital encobrir o medo.



A pouco e pouco os soldados foram saindo do porão. Como se o silêncio do barco os tivesse assustado, e surgiam nas aberturas do convés como zombies, que ao chegarem à luz do sol caíam fulminados. Ou então como vermes escuros, em novelos que se desenovelavam para se espalharem por todo o lado.
Com o seu aparecimento, parece ter ficado mais nítido o bafo intestinal que o Niassa exalava por aquelas cloacas abertas no convés, compondo um complexo bouquet em que se misturavam, num equilíbrio bem doseado, o aroma sulfídrico dos dejectos, o amoniacal da urina e o agridoce do vomitado; rematado com o fénico do peixe podre e o ranço da banha do rancho geral; tudo sobre uma base persististe do bolorento mofo ancestral dos porões. Era dessa atmosfera de compostagem que os soldados emergiam para o ar vibrante de luz e calor, sob um sol torrido.
Eu regresso ao interior do bar e os soldados regressam aos porões, como se tivessem posto o filme a andar para trás. Eu fujo para o conforto do bar. Os soldados fogem para o sufoco do porão; fogem de uma tortura para outra tortura.
Percebo agora o conselho cristão para oferecer a outra face; é seguramente para não nos estarem a bater sempre na mesma.
Ainda restam alguns soldados a esturricar ao sol. Estes não tiveram forças sequer para descansar a face dorida e oferecer a outra. A que missão urgente vamos nós acudir para que sejamos tratados como escravos? Será que foi por isso que o Niassa parou? Porque ficou indeciso, dado que os negreiros costumavam rumar em sentido contrário?
De repente as pessoas pararam e olharam para cima para ouvir melhor.
E de facto ouvíamos melhor.
Parece que nos tinham tirado um tampão dos ouvidos. Os motores do barco pararam, e o som que nos acompanhava desde Lisboa, de repente deixou um vazio um tanto alarmante. Depois olhámos uns para os outros e dissemos: "Os motores pararam".
Parece que dizer em voz alta aquilo que já toda a gente sabe é o suficiente para algumas pessoas se sentirem satisfeitas, dado que o jogo do King continuou numa mesa e as anedotas continuaram noutra, e até o pianista se debruçou de novo sobre o teclado, com o ar mortificado de quem cumpre a penitência de fazer sair música do piano vertical tocando nas teclas com chouriços.
Só os que não estavam a fazer nada no bar, como eu, acharam interessante vir fazer nada para a porta e olhar para o convés, onde, por qualquer razão que não consigo atinar agora, esperávamos encontrar uma explicação para aquele silêncio absurdo.
Aqui talvez seja útil informar que o navio transportava uma quantidade de militares que me é impossível referir, porque a densidade populacional a bordo era tão grande que só nos era possível ver um número reduzido de pessoas de cada vez; mas a julgar pelo número de pessoas do meu metro quadrado, o que era mesmo surpreendente, era que o barco flutuasse.
Útil também, é avisar a quem isso interessar, que um cidadão que se entrega aos desvelos de uma instituição militar de um país governado por uma minoria de tiranos sem escrúpulos, tem que estar preparado para não poder recorrer às leis que protegem os animais quando são transportados. Digo isto, porque estou certo que se a GNR multou um vizinho meu por transportar mais porcos do que a carga permitida para o seu camião, decerto não deixaria sair o Niassa do Cais de Alcântara.
Consciente da balbúrdia que seria encher o Niassa como se fosse um camião para porcos e ainda por cima fugir à GNR, quem programou aquele cruzeiro pelo Atlântico abaixo e depois pelo Índico acima dividiu tudo em camadas. A camada de cima, a dos oficiais; a camada do meio, a dos sargentos; e a camada de baixo, a dos soldados.
Curiosamente os elementos de cada camada podiam descer e deambular nas camadas inferiores, mas nunca subir; o que reflectia a tendência geral do país para o colapso, característica que ainda hoje cultivamos com mestria, e que parece indicar que o colapso não é um acidente temporal, mas sim um estado permanente.
Eu, o pianista mortificado e os displicentes jogadores de King; e mais um número estupidamente elevado de outras pessoas que não interessam agora para a história, acomodávamo-nos na camada do meio a que os tripulantes do navio chamavam "Classe Turística".
Nunca percebi se diziam isso com ironia ou com sadismo.
De entre estes, uns três ou quatro, estávamos agora como sempre, sem fazer nada; mas com a emocionante variante de estar a olhar para o convés à procura de uma resposta para a ausência do ruído dos motores do navio, contrariando a apatia geral, o que ainda assim não era uma grande demonstração de argúcia, dado que os motores se encontravam algures nos porões.
A pouco e pouco os soldados foram saindo do porão. Como se o silêncio do barco os tivesse assustado, e surgiam nas aberturas do convés como zombies, que ao chegarem à luz do sol caíam fulminados. Ou então como vermes escuros, em novelos que se desenovelavam para se espalharem por todo o lado.
Com o seu aparecimento, parece ter ficado mais nítido o bafo intestinal que o Niassa exalava por aquelas cloacas abertas no convés, compondo um complexo bouquet em que se misturavam, num equilíbrio bem doseado, o aroma sulfídrico dos dejectos, com o amoniacal da urina e o agridoce do vomitado; rematado com o fénico do peixe podre e o ranço da banha do rancho geral; tudo sobre uma base persististe do bolorento mofo ancestral dos porões. Era dessa atmosfera de compostagem que os soldados emergiam para o ar vibrante de luz e calor, sob um sol tórrido.O Sol era o local em que o céu se transformava em fogo atómico. Um fogo sem cor nem forma: o fogo na sua essência.
Para além do fogo do Sol e do barco, só havia azul. Um azul líquido. Ou antes, um azul sem matéria, sem substância. Algures, para lá de tudo o que era visível, o céu transformava-se em oceano sem deixar nunca de ser apenas azul, depois vinha desde essa lonjura invisível, passava por baixo do barco, e continuava para além do alcance do olhar, até se transformar em céu de novo.
O barco tinha parado numa bolha de azul com fogo por cima.












Paquete Niassa





Eu sei porque gasto tantas palavras para dizer isto: se eu dissesse apenas que estava um dia lindo far-me-ia entender, mas a verdade é que o dia estaria lindo se fosse um dia retratado numa foto ou mostrado num filme a cores e visto numa sala com ar condicionado, e garanto: nenhum de nós ali diria que estava um dia lindo.
E muito menos os da camada de baixo, porque é muito difícil tecer elogios à beleza natural quando temos apenas uma escolha de duas hipóteses possíveis: ou sufocar no porão pútrido do Niassa ou fritar os miolos no seu convés.Já o sargento que maltrata o piano vertical no bar da camada do meio não tem desculpa nenhuma para não distinguir a diferença entre a sublime criação de beleza e a torpe tortura psicológica, mas pelo menos fica provado que para uma coisa e para a outra se pode usar o mesmo instrumento.Eu regresso ao interior do bar e os soldados regressam aos porões, como se tivessem posto o filme a andar para trás. Eu fujo para o conforto do bar. Os soldados fogem para o sufoco do porão; fogem de uma tortura para outra tortura.
Percebo agora o conselho cristão para oferecer a outra face; é seguramente para não nos estarem a bater sempre na mesma.
Ainda restam alguns soldados a esturricar ao sol. Estes não tiveram forças sequer para descansar a face dorida e oferecer a outra. A que missão urgente vamos nós acudir para que sejamos tratados como escravos? Será que foi por isso que o Niassa parou? Porque ficou indeciso, dado que os negreiros costumavam rumar em sentido contrário?
Quando parti para esta viagem interroguei-me se não estaria a fazer a maior asneira da minha vida; pois quem me conhece sabe que sou perito em transformar a última asneira que faço na maior de todas, mas depois veio-me à ideia a imagem das caravelas a partirem para descobrir novos mundos e achei que era só cagaço. Sim, porque isto de um gajo como eu ir defender um império mete um bocado de medo.
E mais agora que o barco parou.
E ninguém nos diz nada.
Nunca ninguém nos diz nada, afinal. Nem sabemos ao certo para onde vamos e o que nos espera. Constatamos que o barco parou. Aceitamos isso como aceitamos o sol e a chuva. Continuamos a jogar king e a contar anedotas alegremente. E a ouvir um pianista que tem chouriços em vez de dedos, sem haver uma alma lúcida que lhe atire com uma cadeira.Mas a verdade é que o barco parou.
O ruído omnipresente dos motores era um dado adquirido que também aceitávamos passivamente. Mas parou.
Porquê?
Num país que manda soldados numa viagem que não cumpre os requisitos mínimos para transporte de porcos, e ainda por cima para defenderem um império ameaçado, a última coisa que se espera é que alguém pergunte "porquê".
A mais difícil das perguntas é a que fazemos quando nada sabemos, quando a ignorância é a lei e quando estamos num barco parado no meio de coisa nenhuma a caminho de uma guerra que oficialmente não existe. Como o primeiro passo de uma criança, inseguro e isolado, o primeiro de muitos outros. Como é impensável a primeira pergunta antes de ser feita! Duas sílabas apenas perante uma multidão de silêncios: por-quê?Mas se há quem acredite que corpos celestes tão distantes como Saturno e Neptuno podem influenciar o comportamento de uma pessoa, porque não hão-de um barco indeciso numa bolha de azul e um sargento que toca piano com chouriços influenciar esta minha alma sensível?
Porquê?

Que faço eu aqui?

Um Abraço
Manuel Bastos

VB. Obrigado Manuel pela riqueza da tua capacidade literária na descrição de factos por ti constatados e vividos ao tempo da guerra colonial.
Tudo isto só faz com que o NOSSO blog enriqueça toda a sua estrutura com que está a ser erguido.

Obrigado Companheiro.

CARLOS WILSOM,O ATIRADOR DO HELI CANHÃO.



208-Carlos Wilsom
Ex-Esp.MAE

Guiné 72/74
Organizador do 31ºEncontro de
Especialistas da FAP dia 31.05.08 na
Marinha Grande





Caro Amigo.
Victor Barata, antes de mais, o meu agradecimento pela tua paciência e dedicação.O teu trabalho na net, permite reencontros com antigos colegas, que já não se falavam há mais de 30 anos.Bem hajas!
No que toca à minha intervenção, passo a apresentar-me:
Sou Carlos Wilson, natural da Marinha Grande e estive na Guiné, Fev 72 - Mar 74, MAE, onde desempenhei funções, primeiro na linha da frente, depois no Heli Canhão e na parte final da comissão, outra vez na linha da frente.
Gostaria de enviar um abraço para todos, pedir-lhe que organizem as vossas vidas, para virem à minha terra, ao tradicional almoço de confraternização.
Há dias, visitei o blogue, e deparei-me com uma mensagem/ foto, do Coronel Pessoa.Aproveito para lhe enviar um abraço e sinceramente, gostaria de o ver, a ele e à sua esposa, no nosso almoço no próximo 31 de Maio. Esta semana já fiz vários contactos, para aumentar a participação, e é isso que peço a todos.
Aguardo pela vossa presença, no próximo dia 31 de Maio, na Marinha Grande, no restaurante "A Quinta do Zé".


VB: Tal como te respondi na altura em que me envias-te esta mensagem,para mim não precisas de apresentações,embora sejas mais "PIRA" (designação que os mais velhos davam aos mais novos...)não deixamos de manter uma sã e cordial amizade durante a nossa permanência na Guiné.Para aquelas que te perderam o rasto,acredito que é uma grande alegria tornar a recordar um GRANDE COMPANHEIRO como tu.

QUE MELHOR MENSAGEIRO PODÍAMOS TER?!...



207- Fernando C.Branco
Ex-1ºSarg.MMT
Moçambique


O Fernando no dia 21.04,enviou-nos esta mensagem que tinha recebido
do "
ZÉ" Adelino Brito:


Amigo Fernando
Boa saúde,para ti e teus Mais Queridos.
Recordar é muito bom , acima de tudo estamos cá para perpetuar esses momentos inesquecíveis, que por lá passámos.
Faz 39 anos a 25 de Abril, que tive o juramento de bandeira, nesse dia foram apresentados pela 1ª vez os SA-330 Puma, o tempo voa, por vezes só deparamos quando aparecem uns cabelos de outra cor.
A placa onde jurávamos bandeira chama-se praça Heróis do Ultramar.
Vão ser reactivados alguns SA 330, pois os Merlin tem grandes problemas de falta de acessórios e outros problemas.
Um abraço para ti do amigo
Adelino Brito




Obviamente que,através do mandatário da mensagem,formulamos de imediato o convite

ao Adelino Brito no sentido de integrar a nossa Tertúlia.Mas,como manda a "praxe",à regras,
e como tal no dia 22.o4,enviei o seguinte Email ao referido mandatário:


Olá meu Bom-Amigo,Fernando!
Sobre esta mensagem,gostava que solicitasses ao Adelino a sua identificação e fotos para que a Tertúlia saiba quem se dirige a ela,pois é esse o espírito da mesma.
Anda lá Fernando.

Saudações ESPECIAIS!




Victor Barata


No dia 03.05,ainda pela via primitiva recebi o seguinte Email:



Amigo Fernando.
Boa noite, efectivamente li o teu mail e terei muito gosto em encaminhar e dar resposta ao Victor, ainda não tive oportunidade de procurar duas fotos ou três desse tempo de grandes amizades e de também muitas alegrias que passámos juntos
Eu sempre prezei os meus Amigos, pois aqueles tempos em África,marcaram-nos quer queiramos ou não.
Recordo-me um dia ao desembarcar na BA 5 Monte Real, num daqueles dias de festa da Associação, um dos que assistiram à saída do autocarro,perguntou-me, olha lá tu não tinhas um Peugeot? Tinha e ainda o tenho,respondi,tu és o Brito do Serviço de Material, sim ,sim, dá cá um abraço porque tu eras um tipo muito fixe, e muito amigo.
Como era natural de lá e conhecia aquilo como a palma da minha mão,estava como peixe na água. Noutra festa desta vez em Sintra, onde tinha estado, antes de me oferecer para o Ultramar, encontrei mais uma série de pessoal do AB 8,e já no final do dia , perguntaram-me se queria ver o Pereira, lá o foram buscar e ele perguntou-me se não me lembrava dele , como estava fisicamente diferente, lógico não o reconheci, ele para me avivar a memória disse-me, olha eu fui contigo à tua quinta e fui ver os elefantes,disse-lhe já sei quem tu és. Um grande abraço e ofereceu-me, para eu ir passar férias, a sua casa de praia em Santa Cruz.
Por isso mesmo, estes momentos são para nós muito especiais, ou não fossemos nós ESPECIAIS.
Um dia destes há-des mandar-me o teu ñº de telefone ou do serviço ou o de casa, certo
Fernando, caso não leves a mal.
Quando passava lá em Bissalanca,no velho DC 6B da FAP,e enquanto o avião reabastecia eu sempre avançava, para quem conhece e se recordada velha gare que existia ao lado do arame farpado e de uma torre de vigia, que dava acesso à placa da BA 12, eu ia lá espreitar se encontrava alguns amigos de LM.
Estava lá um meu grande amigo e vizinho José Manuel Guia Maia MMA penso que de 66/67 e outro MMA ou M rádio que morava também ao pé de mim em Lço Marques e que tinha uma irmã que cantava ( bem) em diversos programas tanto no Rádio Clube de Moçambique, como em outros locais,Feiteira, não posso precisar o seu nome, os pais e a irmã moravam na Pinheiro Chagas com a João de Deus, por cima da pastelaria Suiça, eu fui lá a casa deles dar-lhe um abraço. Fernando se quiseres reenvia este mail para o Victor, mas não me esqueci e prometo mandar~lhe um especial para ele, pois estas amizades são par mantidas e aprofundadas
Mais um apertado abraço do Amigo
Adelino Brito


Pois muito bem,Companheiro,é sempre uma alegria quando aparece uma cara nova neste espaço,como tal,em nome da Tertúlia,damos-te as Boas-Vindas a esta NOSSA casa(atenção que ainda te falta a foto militar e actual para entrares no quadro dos Tertulianos,por isso despacha-te)que concerteza te irá proporcionar grandes momentos emocionais ao veres/falares com companheiros que já não contactas à tantos anos.Ficamos à espera.
Saudações ESPECIAIS.
Victor Barata

sábado, 10 de maio de 2008

31ºENCONTRO DE ESPECIALISTAS DA FAP.

206-31ºEncontro de Especialistas da FAP



Com o aproximar da data,vimos apresentar-vos mais uma vez o programa.
Anexamos também a lista dos inscritos.






Vem juntar-te a nós,a família quer ter-te junto outra vez.

A Comissão



RELEMBRAR NÃO É PECADO?!...

206-Fernando Castelo Branco
Ex.1ºSargº.MMT
Moçambique


O Fernando na companhia do Rogério,quando colocava a placa no cemitério de S.Sebastião,
Terceira-Açores,uma placa de Homenagem ao 1ºSargº.Melec Jaime (Picha D'Aço)







AMIGO Victor


Por muito que eu evite; Tu tens “culpa” destes nossos “desabafos”; que o Divino Espírito Santo, esteja sempre ao Teu lado...
O melhor titulo, seria relembrar ABRIL, mas muito sinceramente, só me posso lembrar de Uma Pessoa: o Senhor Capitão Salgueiro MAIA, na minha opinião, foi a Pessoa mais Honesta de Abril; estava eu em Lourenço Marques/Maputo; por coincidência, nesse dia fui promovido a Segundo Sargento Miliciano MMT; E a Homenagem seja prestada ao Senhor Tenente TMMA, que, na viagem de fim de dia de trabalho,”obrigou-me” a virar as platinas de furriel para Segundo Sargento, depois de eu lhe ter dito: Senhor Tenente, saiu n a Ordem de Serviço, mas eu amanhã é que me vou apresentar... não meu Amigo, agora; já é Segundo Sargento....Quem manda pode; mas era um Oficial de contar....

Um abraço AMIGO e muito temos para contar...Deus te proteja Victor...


Tu és o Maior.




Fernando Castelo Branco

35 ANOS DEPOIS!

205-Augusto Ferreira
Ex-2ºSargºMelec./Av./Inst.
Moçambique



35-ANOS DEPOIS!
Rogério e Augusto em Coimbra



Augusto,Rogério e a Esposa deste.



Caros companheiros, o nosso amigo Rogério Nogueira, que vive nos Açores, tinha programada há já algum tempo, uma visita ao continente.
Há já uns dez anos, que não vinha cá e as saudades eram muitas, da família que cá deixou e dos amigos. Pois ela concretizou-se no dia 8 de Maio passado.Este jovem, que estudou e viveu aqui na cidade de Coimbra, tendo até jogado futebol na nossa Académica, não resistiu sem parar aqui um pouco, na sua passagem para Gouveia, sua terra natal.Esta paragem, tinha como objectivo principal, o seu encontro comigo. Porquê?Porque em 1973, tínhamos estado os dois no AB7 –Tete, integrados como mecânicos, na Esquadra dos "MOSCARDOS" – ( Aviões de hélice ) e desde essa altura, ( há cerca de 35 anos ) nunca mais nos tínhamos encontrado.
O nosso primeiro contacto, foi através do nosso blog , há poucos meses atrás e que incrível que foi.
Com alguma ansiedade, aguardava a sua chegada a Coimbra. As coisas no aeroporto de Lisboa, atrasaram-se um pouco e chegou aqui já ao princípio da noite.
O encontro foi emocionado e o abraço foi bem forte, ao fim de todos estes anos.
Vinha acompanhado da sua mulher, bastante simpática que começou de imediato a fotografar-nos.Foi um encontro breve, pois a noite já estava a chegar e ainda tinham que percorrer uns kilómetros, até chegarem a Gouveia, aonde os esperava a família. Deu só para bebermos um cafézinho e despedímo-nos, com a promessa de encontro, com mais tempo, uns dias lá mais para a frente.
Deste nosso encontro seguem duas fotos.
Amigo Barata, foi isto que aconteceu neste dia, com este nosso companheiro, que tu tão bem conheces.

Um abraço para ti e toda a Tertúlia da Linha da Frente.
Até breve

Augusto Ferreira