quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Voo 2099 UMA MENSAGEM PARA TI,BARATA!




Fernando Castro
Esp.Marme LOBO-MAU (Heli-canhão)
Vale de Milhanços



PROCUREI UMA MENSAGEM BONITA PARA TE DESEJAR

UM ANO NOVO PERFEITO...ENTÃO...

DESCOBRI ESTE POEMA DIZ TUDO QUE TE DESEJO,

ASSIM COMO AOS TEUS

" Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui para adiante vai ser diferente..."

...Para ti,
Desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.

Para ti,
Desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as músicas que te puder emocionar.

Para ti neste novo ano,
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
Que tua família esteja mais unida,
Que tua vida seja mais bem vivida.

Gostaria de te desejar tantas coisas.
Mas nada seria suficiente...

Então, desejo apenas que tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto,
ao rumo da tua FELICIDADE!!!

F.Castro Daná


VB: Caro Companheiro, Castro.
Sensibilizados com a tua fraterna mensagem, retribuímos os desejos de um EXCELENTE 2011.

Voo 2098 RECORDAR É VIVER




Fabrício Marcelino
Esp.MMA
Leiria


Caro comando e colegas de voo. Ao recordar o passado, fez-me ir ao baú das antiguidades, à procura das poucas fotos, que ainda me restam, tiradas na Guiné. Recordo com certa saudade, esse tempo, porque deixei de ver, um número imenso de colegas da nossa guerra.
Vou partilhar convosco 4 fotos preciosas, tiradas na Guiné, há precisamente 48 anos! Foram tiradas no dia 31 de Dezembro de 1962,na passagem de ano! Ao ver as mesmas, solta-se sempre, uma lágrima mais atrevida, porque me fazem recordar coisas marcantes da minha vida. Assim na

Legenda:Da Esquerda para a direita tem: O Moura - Eu,(com a mão junto à boca) - Fernando(Porto) - Alf.Pilav.Barbosa (de braços cruzados) - Febra - Casaleiro - Alf.Pilav.Geada (com a mão na gaiola) - Furriel Pilav.Paz (de frente, forte de camisa preta), e tantos outros,dos quais alguns já não recordo os nomes.

Legenda:Na primeira fil,: O Nogueira? (especialista mais antigo da B.A.5 nessa altura,porque apanhou detenção na altura da promoção).Segue-se a dona do restaurante, onde jantámos na noite de Ano-Novo e, o malogrado, então, cap.Pilav.Almeida Brito.

Legenda:Na fila da esquerda,? - Pereira - Cunha - Casaleiro - ? -?-?.Fila da direita ? - Nogueira? - ? - Moura - Ferreira - Eu - ?-?-?-?.

Legenda: Grupo dos "Aviadores" do F-86F,do destacamento 52,do qual fazia parte, como sabem.

Depois da publicação destas pergunto, onde andam tantos colegas que nunca mais vi? Pode ser que algum se reconheça e diga algo.

Desejo a todos os colegas, de todas as armas, uma óptima passagem de ano e um próspero ano 2011.
Um abraço
Marcelino

Voo 2097 SOU EU!




José Teixeira
Esp.OPC
Trofa



VOO 2093-
Amigo VICTOR BARATA

-As «roquetadas» do VICTOR SOTERO CAVALEIRO, plenas de inspiração, com especial rima, acertaram no alvo, como que teleguiadas por raios lazer.
Gostei, e mais uma vez, o seu trabalho literário foi revelador das suas capacidades que me causam alguma inveja, pois gostaria de saber fazer como ele tão bem sabe.
Sotero, faz mais.
-Refiro também a quantidade de especiais e não só que marcam presença neste blog, com postais alusivos à quadra natalícia, é revelador de como este blog conseguiu cativar e convergir tanta gente, sinal que funciona.
Parabéns «COMANDANTE»!
Até breve
José Teixeira

Voos de Ligação:
Voo 2093 Só mais uma caricatura - Victor Sotero

VB: Bom-Dia Zé.
Ainda não está definido o prémio mas desde já te anunciamos como o vencedor da “advinha” lançada pelo Victor Sotero, és realmente tu o protagonista.
Este nosso companheiro Victor Sotero é um homem dotado de determinadas virtudes, entre elas destaca-se a sua veia poética.
Quanto ao nosso espaço, é motivante a força que todas essas mensagens nos trazem para a continuidade do mesmo. É certo que nem sempre se agrada a todos, mas mesmo esses, desde que cumpram as regras da boa conduta humana, também são bem-vindos, a crítica ajuda-nos á correcção que muitas vezes não observamos.
Fazemos aqui uma chamada de atenção a todos aqueles que utilização outros espaços para o fazerem, que se dirijam a nós com essas mesmas criticas para assim nos ajudarem na referida correcção.
Um BOM ANO de 2011 para todos!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Voo 2096 O MEU NATAL EM 1946.




António Dâmaso
Sarg.Mor Paraqª
Azeitão


NATAL DE 1946

Na época eu era o sétimo filho de uma série de oito, tinha 6 anos quando se aproximou aquele Natal.

O meu pai tinha uma profissão que chamavam de pedreiro, construía casas em taipa, alvenaria e fazia muitas outras coisas de abegão, carpinteiro, serralheiro, ferreiro, fazia tudo o que era necessário e naquele inverno até foi fazer carvão para ganhar dinheiro para comprar coisas que faziam falta porque para comer, havia uma arca muito grande com sacas de milho, talegos com grão, feijão, chíxaros, ervilhas, favas, ao lado da arca uma pilha de batata-doce e havia uma salgadeira cheia de carne de porco, também havia couves na cerca.

Eu ia com a minha mãe para umas filas para comprar sabão, petróleo e outras coisas que eram precisas e ouvia as pessoas mais velhas falar em racionamento e que era por causa da guerra.

Naquele ano aprendi que existiam algumas ervas e plantas que se comiam e sabiam bem, eram Saramago parecidos com as nabiças, uns cardos que depois de lhe tirarem os picos e as ramas ficavam os troncos a que chamavam de tengarinhas, uns rebentos dos tojos que chamavam de espigo ou espargos, as púcaras, os bletos ou míscaros, enfim tantas outras coisas que sabiam bem

Tinha uma grande amiga que se chamava Zéquina, a Zéquina era nada mais nada menos que uma gata, o meu pai não gostava nada que a gata dormisse na minha cama mas esta matreira, quando todos estavam deitados com a luz apagada, ia-se enfiar de baixo das mantas junto de mim e eu ficava muito contente.

Havia uma amizade muito grande entre mim e a Zéquina, andávamos atrás um do outro, até se dizia por graça que eram-mos o “Roque e a amiga”, quando eu ia brincar com os outros “moços”, a Zéquina ficava pacientemente à minha espera.

QUEM NÃO TEM CÃO CAÇA COM GATA

Um dia a Zéquina começou a miar e a chamar-me para a seguir, fui atrás dela para um restolho perto de casa e começou a caçar, eu sentei-me ela de vez em quando olhava para mim como a dizer, aprende é assim que se faz, daquela vez só caçou uns gafanhotos.

A Zéquina tinha uma gateira na porta por onde entrava e saia quando lhe apetecia, como naquele ano a Zéquina começou sentir necessidade aperfeiçoar os seus dotes de caçadora, resolveu dar uma ajuda era assim que algumas vezes saia para caçar, cotovias e calhandras, comias logo mas as lebres que eram do tamanho dela, levava-as para casa e aí toda a gente comia.

O meu pai resolveu seguir o exemplo da Zéquina, agarrou no seu trabuco de atacar pela boca e lá foi apanhar umas peças de caça que davam para comer-mos e para vender a caça que eu gostava mais era de perdiz.

A Zéquina era danada para a brincadeira, brincava muito comigo, mas não queria brincadeiras com os outros moços por estes lhe puxarem o rabo e ela miava que se fartava e arranhava-os aí eu ficava pior que estragado e durante umas horas não brincava mais.

A ZÉQUINHA QUERIA IR À IGREJA À MISSA DO GALO

Na véspera de Natal à noite, a família toda arranjou-se para ir à Aldeia a uma missa que chamavam de consoada ou missa do galo, a Aldeia não era longe mas como tinham de ir em Zig Zag por azinhagas e outeiros ficava um pouco mais longe, a estrada ainda não tinha sido construída, andavam a construir uma estrada que ia para o Algarve e que hoje chamam N120 e passava a menos de 20 metros da minha casa.

Saímos todos de casa e lá fomos, quando já estávamos no adro da igreja, o meu pai descobriu a Zéquina que nos tinha acompanhado e estava preparada para entrar também na Igreja e não ficou nada satisfeito, pegou nela e foi mete-la em casa, tapou a gateira para ela não sair e voltou para a missa, eu achei muita graça à minha amiga e nunca mais me esqueci daquele Natal.

O facto de haver chaminé e não haver sapatos nem botas para lá pôr, não haver prendas, não fazia mal porque eu contentava-se com as filhoses e com o Arroz de galo de que gostava muito da carne do peito.

Na minha casa não havia árvore de Natal, nem sabia o que isso era, mas presépio havia todos os anos que eu ajudava a construir indo apanhar musgo.

Brinquedos, não eram problema arranjava-se sempre alguma solução para brincar, inventávamos os nossos brinquedos segundo a nossa imaginação ainda que algumas vezes os irmãos mais velhos não achassem piada e aí, acabava logo a brincadeira.

Este foi o Natal da minha infância que me ficou na memória.

Tenham um Natal muito feliz, com muita saúde e como vêem para ser-mos felizes não necessitamos do consumismo.

Saudações Aeronáuticas

A. Dâmaso

Voo 2095 COMPLICAÇÕES FISICAS





Fernando Moutinho
Cap.Pil
Alhandra



Durante a minha actividade na Força Aérea, consegui manter um nível de prontidão sob o ponto de vista físico que, quase diria, invejável.

Contudo, nem sempre assim foi. Das “complicações” que tive gostaria de relatar três situações diferentes.

Durante o meu Curso de Pilotagem apanhei um grande aperto.

A um mês do fim do Curso, sou atacado por uma “apendicite aguda”. O médico da Base manda passar-me uma Guia de Marcha para me apresentar no Hospital da Estrela para ser operado. Assim, nesse dia, utilizando o Autocarro da Base lá fui a caminho de Lisboa. Nessa época não havia os “mimos” de hoje – ambulância? INEM?

Apresentei-me no Hospital, colocaram-me num quarto com mais cerca de 20 camaradas (para não me sentir desacompanhado). Não me esqueço e para sempre fiquei grato ao meu companheiro do lado direito que com as pernas cortadas junto aos joelhos me foi de grande ajuda.

Fui visto pelo médico que, durante cerca dois dias tentou baixar a febre antes de me operar. Não conseguiu. Foi obrigado a operar-me bastante febril. A tal ponto que pós-operação, fiquei a delirar durante três dias sem dar acordo do que se passava. Foi aqui que o meu colega do lado direito me amparou e acorria quando necessário. Ao fim dos 3 dias acordei e sentia-me bem, mas enfraquecido. Ouvi o relato dos acontecimentos desse “companheirão” da cama ao lado. Evoluí satisfatoriamente a ponto do médico pretender-me dar-me alta 5 dias depois de operado antes do fim-de-semana. Aí perguntou-me quantos dias de baixa precisava.

Disse-lhe que estava no fim do curso (menos de um mês) e não o queria perder – seria o desabar das minhas aspirações. Conclusão, deu-me alta mas recomendou-me que, na Base, o médico fizesse o que fosse aconselhável.

Na Base o médico ficou aflito por não poder alterar as indicações do Hospital – “apto para o serviço”. Falou com o Director do Curso que resolveu poupar-me 3 dias mas assistindo às aulas teóricas.

10 dias depois de ser operado, já estava aos comandos dum Hurricane.

Descolei com medo porque não poderia fazer força com a perna direita para não reabrir a costura. Correu tudo bem.

O Curso acabou 10 dias depois e fui brevetado com muita honra.

Brevet original.


A narrativa que se segue, aconteceu quando voava em F-86F. Condições um pouco especiais levaram a uma situação muito difícil.

Antes de a relatar gostaria de chamar a atenção para as complicações que podem resultar para o sistema auditivo do pessoal navegante, de uma simples constipação.

O sistema auditivo está ligado à garganta pela “Trompa de Eustáquio” ou seja, um canal que permite o equilíbrio da pressão atmosférica, dentro do ouvido. Sempre que há variação de pressão atmosférica, sentimos, em especial a descer, um ensurdecimento ligeiro que desaparece utilizando a chamada “Manobra de Valsalva”.

Quem nunca experimentou, num automóvel, numa descida acentuada, essa leve pressão e ligeira surdez nos ouvidos? Para a resolver basta, normalmente, engolir em seco.

Num avião este fenómeno acentua-se como se compreenderá.

A Trompa de Eustáquio tem uma forma que facilita a saída do ar para restabelecer a pressão atmosférica no interior do ouvido mas é mais difícil a entrada para restabelecer esse mesmo equilíbrio se, a Trompa estiver afectada por infecção na garganta, como por exemplo, uma simples constipação.

Nos aviões comerciais a altitude de cabina é normalmente de 2.000 a 3.000 metros daqui se compreender que o problema é menos grave mas, nos aviões militares do meu tempo, naqueles que tinham sistemas de pressurização, a altitudes de cruzeiro elevadas (10.000 a 13.000 metros) a altitude de cabine rondaria os 7.000 metros com variações, é claro. Isto em voos normais. Mas o que pode suceder com falha na pressurização? Muito simplesmente, sem problemas se a garganta estiver normal mas, complicadíssimo em caso de afecção.

Eis o que se passou comigo.

Uma esquadrilha (4 aviões) saímos de Monte Real para uma viagem de treino para o estrangeiro. Tudo bem. Mas, a quando do regresso, já em Chateauroux, senti-me constipado e fomos, eu e o Cte da Esquadrilha, ao médico para as devidas medidas. Analisou-me e deu-me umas gotas para utilizar. Fiquei com medo de regressar porque sabia que seria complicado. Mas, uma não proibição do médico fez com executássemos o regresso. Descolamos com rumo a Monte Real.

A subir, como expliquei antes, nada de especial se passou mas, de acordo com um ditado popular – um mal nunca vem só, tive uma avaria eléctrica.

Consequências directas. Fiquei sem radiocomunicações (comunicávamos por sinais), fiquei sem controlo automático de aquecimento e, sem pressurização.Sem pressurização e a voar 12.000 metros. Fiquei preocupadíssimo.

O tempo estava bastante nublado e até tempestuoso. Voávamos dentro de nuvens. Já perto de Monte Real iniciamos a descida. Nos primeiros metros ainda restabeleci o equilíbrio auditivo mas depois as coisas complicaram-se. Comecei a ter perturbações e deformações de imagens. Como voávamos em formação cerrada, dentro de nuvens, teria de manter a posição a todo o custo porque ainda tinha outro piloto a meu lado. Ao aproximar-nos dos 4000 metros (já não é necessário oxigénio), em desespero, arranco a máscara e pressionando as narinas faço a dita Manobra de Valsalva que resultou. Os ouvidos restabeleceram a pressão. Foi um alívio extraordinário mas momentâneo pois continuávamos a descer. Não mais consegui restabelecer a pressão no canal auditivo. Mesmo com mau tempo, consegui aterrar mas, vinha num estado lastimoso.

No estacionamento, após parar o avião, ainda consigo descer as escadas mas, no solo, encostei-me ao avião e desmaiei. Por pouco tempo mas fui-me abaixo das “canetas”. Estava em estado de choque. Enfermaria, médico, outra Valsalva na Enfermaria que atenuou um pouco a minha situação. De seguida Hospital da Estrela, seguindo-se mais um mês até recuperar a normalidade

Foi um dos meus pesadelos.

Volto a repetir. Só foi difícil por estar constipado porque, como conto noutro local, já voei durante algum tempo a 14.000 metros sem pressurização, com um rombo na cabine e desci sem problemas só porque estava bem de saúde.

O problema garganta/ouvidos para o pessoal navegante é essencial.

Agora, para aligeirar, vou referir a nossa “panaceia”, em Angola, para fazer frente ou atenuar aquele problema.

Durante o período que estive em Angola a voar no Nord-Atlas,por vezes,saíamos por vários dias.


Como não éramos imunes às afecções na garganta, sucedia que ligeiras anomalias nos complicavam a vida. Por ter lido algures, comecei a utilizar uma técnica “caseira” – aspirava uma a duas gotas de limão por cada narina até chegarem à garganta e aí poderem actuar como desinfectante. Não me curavam plenamente mas, atenuava os efeitos da afecção.

Esta panaceia começou a ser adaptada por os outros pilotos e ainda hoje a utilizo com algum sucesso.

Aqui termino o meu historial quanto a saúde. Foi quase irrelevante. Felizmente.

VB: Bom-Dia Fernando.
Depois de te conhecer pessoalmente, não fico nada surpreendido com o que nos contas, pois a compleição e o desenvolvimento físico que demonstras-te à uns dias, quando do nosso encontro, é bem demonstrativo de um HOMEM de fibra.
São de facto, estas passagens e outras iguais (poucas)que fizeram a história da nossa FAP, épocas em que as condições laborais eram de grande carência mas tudo se fazia e bem.
Desejo-te umas boas entradas, extensivas à família, com muitos voos para esta base em óptimas condições.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Voo 2094 VOANDO MAIS ALTO.



João Henriques
Esp.MRádio
Vancouver



Ao nosso comandante e a todos os nossos amigos especiais , a continuação de Boas Festas.

Nesta quadra de Natal, onde se junta a família e os amigos para confraternizar, para mim costuma ser uma altura com períodos de tristeza,
pois nesta altura não tem sido possível passar o Natal com todos.

Nunca me esqueço do nosso PORTUGAL e apesar da crise para alguns, como eu compreendo, digo sempre bem dele a toda a gente
e aconselho toda a gente a visita-lo mencionando as coisas boas que tem.

No Canada, que e o meu segundo País (naturalizei-me canadiano), temos na verdade muito apoio e mais oportunidades
mas fui um dia ao hospital com um corte num dedo e para levar 7 pontos, numa sexta-feira, tive que esperar 7 horas
a minha filha por outra vez esperou 4.

Tenho tido sorte quando vou a Portugal, já fui bem atendido, com simpatia e depressa, não tenho mal a dizer.
Nem todas as pessoas têm a mesma sorte.
Não era por isso que eu deixava de ir viver para Portugal.

Estou no Canada há 29 anos, já fui várias vezes de férias e todas as vezes entrei com suavidade e alegria por encontrar progresso.
Lembro-me de ouvir dizer na minha aldeia, que havia por vezes quem dividia uma sardinha para dois.

Entendo muitas vezes o desabafo das pessoas, mas nem sempre pode ser como nos convêm.
Gostaria que tudo fosse melhor em 2011 , para todos , são os meus votos sinceros.

Um abraço de quem gosta de Portugal, dos portugueses e dos ZES E MARIAS DA F.A.P.


Ate ao proximo voo com uma historia da Guine.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Voo 2093 SÓ MAIS UMA CARICATURA.




Victor Sotero
Sargº.Mor EABT
Damaia


Meu "Comandante"
Saudo o "Comando", a "Linha da Frente" e todos os "Zés" que nos visitam.



SÓ MAIS UMA CARICATURA

"Bom Pastor", alguém lhe chamou,
com subtil ironia
e aos "arames" se atirou
ante tamanha ousadia.

Veio de Entre Douro e Minho.
Um mancebo "Especial".
Assentou praça na Aeronáutica,
foi figura sem igual.

Da Ota a estudar,
nas Comunicações foi doutor
e à Base Doze foi parar.
Este nosso blogueador.

Colocado no Depósito,
por Alverca deambulou.
Com aprumo deu nas vistas
e um "bruto" louvor levou.

É "rapaz" de indole brejeira
que acabo de caricaturar.
É bom moço, bom companheiro
este nosso amigo, ---- --------

Oretos
Dezembro de 2010

Despeço-me do "Comando", da "Linha da Frente" e de todos os "Zés" que nos rodeiam com um até breve.
Sotero

Voo 2092 BOAS FESTAS...




Hélder de Sousa
Fur. Transmissões (Exercº)
Setúbal



BOAS FESTAS …..

Agora que o Natal já passou, espero que tenha abrandado o frenesim dos votos de ‘boas festas’, do ‘Bom Natal’, das prendas, de toda a carga mais ou menos sentimentalista desenvolvida a partir do acontecimento comemorado.

Não pensem que sou insensível à época, não senhor! Também costumo munir-me dos meus melhores sentimentos e procuro ‘espalhar’ o amor, a compreensão, a fraternidade, a solidariedade. Para aqueles que foram meus companheiros na ‘aventura africana’ digo-lhes que também tive dois Natais na Guiné, o primeiro em 1970, no interior, em Piche, e o outro, em 1971, já em Bissau. Foram dois momentos distintos na forma e no conteúdo, com posturas diferentes, com reacções diferentes, mas para relatar noutra ocasião e em local próprio.

Sei que o Natal é a época em que o ‘povo cristão’ comemora o nascimento de Deus, feito Homem. É o momento que ‘marca’ o cumprimento das promessas de Deus enviando o seu Filho para nos salvar, para redimir o Homem dos seus pecados, para nos transmitir a esperança de que depois do período de trevas em que a humanidade viveu ia abrir-se uma época de luz permitindo a salvação.

E é isto que é renovado todos os anos. A esperança dum tempo melhor, a partir duma redenção, originada pelo nascimento do ‘Menino Jesus’. E é isto que todos os anos é largamente esquecido em detrimento do consumismo e das palavras de circunstância. Ou seja, numa larga maioria de situações, o ‘motivo’ da Festa não é convidado para a mesma e isso desagrada-me.

Sei também que antes do cristianismo, os povos, principalmente aqueles com rituais ligados aos fenómenos da Natureza, aos movimentos solares, também comemoravam uma situação semelhante no sentido da ‘vitória da luz sobre as trevas’, consubstanciada naquele fenómeno que conhecemos por ‘solstício’. Neste caso, o solstício de Inverno, ocorrido sensivelmente na época do Natal cristão, também ilustra o momento em que as trevas atingem o seu máximo sendo que depois haverá todo um crescimento da luz, do calor, da Vida. Comemoravam o momento em que a esperança renascia com a certeza que iriam caminhar para tempos melhores.

Sei, por isso, que o cristianismo triunfante fez muito bem em ‘enquadrar’ essas práticas ancestrais dando a lição (raramente aproveitada por outros em situações em que o deveriam ter feito) de como se deve aproveitar aquilo que é a tradição, aquilo que está arreigado no sentir do povo, para lhe dar um novo enquadramento, uma nova visão, ou justificação, para uma mesma ‘razão de ser’.

Depois disto espero que os meus queridos amigos, os meus ‘irmãos’, os meus camaradas e até também ‘os outros’, compreendam porque não fui pródigo em mensagens e outras manifestações do género, correntes nesta época. E espero que dessa compreensão resulte a concordância.

Dentro da mesma linha, perfila-se agora o “Bom Ano Novo”. Só podem estar a brincar….

O que é preciso, mais do que votos de ‘Feliz Ano Novo’, ‘tudo de bom’, ‘todos os sonhos realizados’, ‘muita Paz, Saúde e Prosperidade’, etc., é coragem para persistir na vontade de contribuir para mudar o que se acha que está mal.

Não basta ‘vociferar’, chamar nomes feios aos que nos desgovernam. Há que não desistir de lutar. Volta a fazer sentido “ousar lutar para ousar vencer” mas é necessário muito cuidado para não se cair nas teias daqueles que espreitam e manipulam para aproveitar certos ‘voluntarismos’.

Não tenho ‘receitas’ para vencer a descrença e voltar a ‘levantar a cabeça’. Mas digo-vos que às vezes encontro alento na leitura dum poema de Brecht que diz “…ouvimos dizer que estás cansado…”, ou ouvindo com o som bem alto, pelo menos na parte final, uma canção chamada “The Boxer” de Simon & Garefunkel, ou o “Hey Jude”, dos Beatles, “Cry Baby” da Janis Joplin, também ajuda Mozart, a ‘Abertura’ da 1812 de Tchaikovsky, Elgar, etc. Que cada qual encontre o seu ‘motor de arranque’. Que temos a perder? Acham que ‘os mercados’ vão reagir negativamente ao nosso empenho para resistir a estes ‘tempos de perdição’?

Para terminar com uma nota positiva, queria deixar aqui uma espécie de prece aos meus Irmãos, aos meus Amigos e aos meus Camaradas, quer se encontrem em terra, no mar ou no ar, em que lhes desejo um pronto restabelecimento dos seus males e um rápido regresso a casa, se for esse o seu desejo.

“Feliz Ano Novo”!.

Hélder Sousa

sábado, 25 de dezembro de 2010

Voo 2091 BOAS-FESTAS(XLVI)



Victor Almeida e Silva
Esp.ORTRA
V.N.Gaia.


Ao Comando desta Base, à Linha da Frente, aos Tertúlias e seus visitantes, desejo um Natal em paz e harmonia, extensível, também, ao Novo Ano.

Para todos um grande abraço.

Vítor Almeida e Silva

Voo 2090 O AMÉRICO EM ANGOLA.



José Teixeira
Esp.OPC
Trofa


Meu caro amigo VICTOR BARATA-

Refiro o voo 2086, tendo como protagonista o AMÉRICO DIMAS, descrevendo e bem o contraste entre a civilização e os ainda restos da antiga ANGOLA, onde em algumas «paragens» perduram formas de vida, sem que lá tenham chegado as novas «tecnologias».
Completa o seu depoimento com mais uns versos como ele bem sabe fazer.
Daqui das terras minhotas, quase na fronteira com o Douro Litoral, um abraço especialista para ele, extensivo a todos aqueles que nos visitam ou que pelo menos, espreitam o nosso blog.
Festas Felizes, Santo Natal/2010
J.T

Voos de Ligação:

Voo 2086 Boas Festas (XLII) Américo Dimas

Voo 2089 BOAS FESTAS(XLV)




António Teixeira
Esp.OPC
Porto


Um abraço
Teixeira

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Voo 2088 BOAS FESTAS(XLIV)



Elmano Nunes
2ºSargº.PA

Terceira-Açores


Para os comandantes desta grande base e todos os que por la passaram, votos de um santo natal e que 2011 traga a todos melhores dias.

Destas ilhas de bruma, da Terceira e dos Açores um forte abraço do vosso amigo e camarada

Elmano Nunes

Voo 2087 BOAS FESTAS(XLIII)




Rogério Nogueira
2ºSargº.MMA
Terceira-Açores



Cordialmente,

Rogério Rodrigues Nogueira

Voo 2086 BOAS FESTAS(XLII)






Américo Dimas
Esp.MARME
Angola



Caro Victor e "tertulianos"

Depois de um afastamento de cerca de 15 dias, das condições que o actual mundo nos oferece, voltei à civilização.

Desta vez fiz a viagem desde Luanda até à foz do rio Cunene, bem lá no sul de Angola.

Viagem espectacular, principalmente a partir do Namibe (ex-Moçamedes), com passagem por Tombwa (ex-Porto Alexandre), após o que se seguiu o deserto do Namibe, atravessando o Parque Nacional do Iona, onde os animais selvagens começam a regressar aquelas terras, após o final da guerra civil, como se podem já ver manadas, principalmente de Oryx, Gazelas, Zebras, Avestruzes, etc.


Ali, a água é carregada à cabeça, a luz, vem do gerador e o calor, tem que ser aguentado..., mundo completamente diferente daquele a que nos habituamos, pois se queremos água, é abrir a torneira; luz é carregar no interruptor e o ar condicionado é apenas um aperto no botão do comando romoto..., tudo isto sem sairmos de uma distancia de 5 metros.


Enfim, foi uma experiência indiscritível e ao fim da qual, passamos a dar mais valor ao que vamos tendo no nosso quotidiano, perfeitamente o oposto daquilo que as populações daquelas paragens têm que enfrentar todos os dias.

Anexo uma foto tirada junto do rio Cunene (ao fundo), que separa Angola da Namíbia e outra sobre a realidade local no que concerne ao tema "água", motivo principal da minha viagem.

E aqui vão os meus votos de Boas Festas:


Para todos os camaradas,

Deste blogue sem igual,

Desejo-vos Boas Festas,

E um Feliz Natal.


Comam Bacalhau com batatas,

Mantenham a tradição,

Não pensem em coisas “chatas”

A época é de união.


Novo ano vai chegar,

Como será ele afinal?

Vamos todos desejar,

Que seja melhor que o actual.


De Angola mando um abraço,

Para todos em geral,

Façam todos como eu faço,

E viva o “Zé Especial”.

Américo Dimas