quinta-feira, 26 de julho de 2018

Voo 3539 PASSAGEIROS EXCLUSIVOS DO BOEING 707 DA FAP.





Cristiano Simões
Esp.MMA
Sobreda da Caparica

Há 45 anos estes dois jovens eram os únicos passageiros dum Boeing 707 da FAP, vindos da Guiné.
O avião tinha ido levar bombas no período mais crítico da guerra, dos milhares de quilómetros que fiz à boleia durante a tropa esta foi a que melhor me soube. Sim, porque de uma boleia se tratou.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Voo 3538 "NINGUÉM ERA DEIXADO PARA TRÁS "





Francisco Serrano
Esp.MMA
Costa da Caparica
Legenda: O Zé Raimundo fazendo uma evaquação em pleno teatro operacional.


Legenda: O registo da operação na Caderneta de Voo do Zé Raimundo.


Não tenho dados oficiais, só o conhecimento obtido no desempenho como Mecânico de Helicópteros nos dois anos de comissão em Moçambique 71/72 nos três Distritos de intervenção militar, Niassa, Tete, e Cabo Delgado. 
Em todos se combateu, sofreu e morreu, mas quando lembramos esta nossa passagem por terras de África, á um local que vem logo á memória pela sua carga emocional, e onde tanta desgraça aconteceu.
MUÉDA----terra da guerra 
Logo na chegada após a aterragem sentiase que o local tinha algo de inquietante e imprevisível, pairava no ar uma enorme tensão num ambiente pesado a fervilhar de emoções. 
Era a linha da frente com aquele movimento intenso de homens, máquinas e aviões partindo e regressando das mais diversas missões. Ali a união, a camaradagem, a entreajuda, e a solidariedade éram muito fortes. O instinto de sobrevivência, o querermos regressar sãos e salvos das missões não nos impedia do cumprimento do dever como Melitares. O primeiro contacto com a guerra e toda a destruição de vidas humanas foi um choque enorme. 
16 Abril de 1971--Alouette lll 9353
Muéda---picada de Nangade--Muéda 40 minu.
Piloto--Furriel Cardoso (NIPON)
Mecânico--Primeiro Cabo M.M.A. Serrano
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Ao posto de rádio do A.M. chega um pedido de evacuação de zero horas na picada de Nacatári. Descolámos de imediato e diretamente da placa, cruzámos o A.M. sobre as suas instalações em direção á picada que ali perto começava a descer o Planalto, voámos sobre ela em vôo rasante e vertiginoso ao encontro da coluna melitar que avistámos poucos minutos depois; o cenário não ajudava nada para quem agora iniciava o primeiro destacamento. 
A primeira viatura completamente destruída mais parecia um amontoado de ferro retorcido ao lado de uma enorme cratera aberta pelo rebentamento de uma mina anti carro reforçada com bomba de avião, os Melitares abrigados debaixo das restantes viaturas em posição de combate completavam a imagem do teatro de guerra. 
Baixámos sobre uma clareira onde mal cabía o helicóptero e quase não se distinguiam os camaradas com os seus camuflados confundindose com a densa vegetação. 
Eu inexperiente e desorientado não conseguia dar as indicações corretas ao piloto para a aterragem, que felizmente sozinho lá pôs as rodas no chão. 
De imediato passei as duas macas aos camaradas e saltei para fora do heli para proceder á recolha dos feridos; na maca inferior um morto, na superior uma lona embrulhada como uma trouxa, fechei as duas portas traseiras, e quando vou entrar para o meu lugar vejo que estão dois camaradas sentados á frente um em cada banco com os rostos desfacelados sangrando abundantemente, fardas completamente rasgadas mostrando pernas e braços ligados. 
Fiquei sem saber o que fazer, o Piloto e amigo Furriel Cardoso esbracejava e gritava para eu entrar rapidamente e sairmos dali, e eu sem saber como ! os nervos éram enormes.
Lá fechei a porta da frente, abri a de trás esquerda, entrei e fiquei em pé entalado entre as macas e a porta traseira debruçado sobre sobre a maca superior com a cabeça de encontro á trouxa.
Descolámos , momentos depois devido ás atribulações do vôo e ao meu encosto, a trouxa abriuse junto do meu rosto, e aí revelouse toda a crueldade e horror da guerra. 
Eu já vinha sentindo um cheiro estranho, fiquei sem pinga de sangue perante aquele cenário Dantesco, eu estava ali comprimido entre mortos e feridos, ali naquela trouxa estavam pedaços do que momentos antes tinha sido um ser humano, um jovem que tinha família e amigos, que amava, que sonhava, e uma vida pela frente ceifada horrivelmente .
No Hospital o pessoal médico e de enfermagem habituados a estas desgraças do dia a dia da guerra no Planalto dos Macondes, alguns não deixaram de levar as mãos á cabeça com a visão de mais este quadro arrepiante. 
De regresso ao A.M. aterrámos, rolámos da pista para a placa, estacionámos, dirigime para o hangar como que abstraído de tudo á minha volta, os meus camaradas na entrada do portão olhavam para mim em silêncio, não disse uma palavra. 
Entrei; abri a porta da secção dos Helis, senteime num caixote apoiei os dois braços na mesa, deitei a cabeça e descarreguei toda a tensão acumulada, chorei copiosamente, não compreendia não queria acreditar em tudo aquilo que tinha vivido momentos antes , o meu cérebro era um turbilhão de pensamentos, de vez em quando um amigo abria a porta pousava a mão no meu ombro tentando acalmar-me , talvez o Ferreira, ou o Jorginho, não me lembro bem, eles eram mais velhos com alguns meses de avanço nestas missões. 
Foi uma primeira e dura experiência que me marcou para o resto do tempo de comissão, avivou e reforçou o sentido de solidariedade para com todos aqueles camaradas que nas zonas de combate, nas matas nas picadas precisavam da nossa intervenção e ajuda para salvar suas vidas. 
Nunca poupámos esforços nas mais adversas situações de perigo, e sempre com o risco das nossas próprias vidas. 
NINGUÉM ERA DEIXADO PARA TRÁS.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Voo 3537 REGRESSO ÁS...AULAS.




Luís Bastias
Esp.Melec.Inst/Av.
Évora


Ola pessoal da 3 de 69 turma de electricistas av e instrumentos aqui vai o nosso horário e lista dos alunos e monitores era bom que nos encontrássemos pois estamos quase a fazer 50 anos um abraço

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Voo 3536 O CUNHA SAIU PARA O ÚLTIMO VOO.




Jorge Félix
Alf.Pilav.
Porto





O Carlos Cunha, "mosca", levantou voo para a viagem final. Até breve companheiro.


O meu amigo Cunha que me deu protecção com o T6. Em reabastecimento.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Voo 3535 POIARES HOMENAGEOU PILOTOS FALECIDOS DO ACIDENTE AÉREO NO CARVALHO


Cerimónia contou Missa Campal e deposição de coroa de
flores no monumento

A Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares e a Força Aérea Portuguesa (FAP) prestaram mais uma justa e sentida homenagem aos oito pilotos aviadores que há 63 anos perderam a vida na Serra do Carvalho, por ocasião dos festejos do Dia da Aviação.
Centenas de pessoas juntaram-se no cimo da Serra do Carvalho para assistir às cerimónias que decorreram no local do trágico acidente, com a celebração de uma Missa Campal de Ação de Graças e Sufrágio pelos Mortos da Força Aérea. Após a Eucaristia foram depositadas algumas coroas de flores no monumento existente no local completando esta cerimónia de homenagem, onde se procura manter viva a memória histórica do acidente ocorrido naquela serra, o mais trágico da Força Aérea Portuguesa e também o maior do género a nível mundial. Entre as várias centenas de pessoas, estavam também alguns familiares diretos dos aviadores que pereceram neste acidente, que fazem questão de estar presentes neste acto de homenagem.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, João Miguel Henriques, esta é sempre uma cerimónia «marcante, em que homenageamos a memória dos pilotos que pereceram neste acidente», manifestando o seu respeito pela Força Aérea que, ano após ano, faz questão de evocar a memória dos que aqui perderam a vida. O mesmo responsável endereçou ainda um sentido agradecimento ao povo do Carvalho, que sempre soube acarinhar a Força Aérea e associar-se a esta digníssima homenagem a estes pilotos que perderam a vida ao serviço da sua Pátria.
Presente na cerimónia, o Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, general Manuel Teixeira Rolo, fez questão de lembrar “o enorme significado que esta homenagem tem, não só para os familiares dos aviadores, mas também para a grande família da Força Aérea que, prematuramente, perdeu oito dos seus camaradas”, ao mesmo tempo que agradeceu todo o apoio prestado pelo Município de Vila Nova de Poiares.
Recorde-se que, para perpetuar a memória dos pilotos falecidos, foi erigido um Cruzeiro no local do acidente e, reforçando o simbolismo, a Autarquia construiu uma capela em honra de Nossa Senhora do Ar. Simbolismo que foi ainda intensificado no ano em que se assinalaram os 50 anos do acidente, com a inauguração do monumento “Voo dos Anjos”, numa rotunda à entrada de Vila Nova de Poiares, constituído por oito colunas encimadas por ‘asas’ representando cada um dos oito aviadores que pereceram neste acidente.
O trágico acidente aconteceu em 1955, por ocasião dos festejos do Dia da Força Aérea, quando oito dos doze aviões que compunham a formação comandada pelo Capitão Rangel Lima, se despenharam em plena Serra do Carvalho.

Origem do Voo:
CMPoiares

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Voo 3534 OBRIGADO AMIGO GEN.








Victor Barata
Esp.Melec.Inst/Av.
Vouzela







Bom Dia Companheiros.
Hoje,e devido á sua presença na serra do Carvalho na passado dia 8 de Julho. participando na Homenagem aos nossos camaradas que ali faleceram no dia 1 de Julho de 1955,quero deixar a minha singela e humilde gratidão a um HOMEM para quem a classe “ESPECIAL” é uma referência,Gen.Pilav.Taveira Martins.
Apesar de ter atingido o topo da hierarquia militar,nunca a quis usar como instrumento de prepotência,glória pessoal ou vaidade de fáceis aplausos.
Tenho a certeza que a tenha usado sim, apoiando e defendendo algumas instituições,extinguindo alguns privilégios viciados, e por outro lado corrigindo algumas vacilações do passado,plantando com a sua capacidade de liderança,as sementes que vão fazendo a grandeza actual e futura na FAP. 
Acredito que também não tenha sido fácil tal percurso,mas o futuro sempre se lhe sobrepôs a efémeras vantagens do presente,assim como ambições pessoais acima dos interesses da nossa FAP.
Meu Amigo Gen.,conservarei para sempre a sua generosidade e amizade.
Bem-Haja


Victor Barata

terça-feira, 10 de julho de 2018

Voo 3533 DIA DA BASE ABERTA NO AERÓDROMO DE MANOBRA Nº1



O Aeródromo Militar de Ovar foi projetado na década de 1950 - em plena Guerra Fria - para proporcionar facilidades suporte a aviões de patrulhamento marítimo da NATO. A sua construção iniciou-se, por fases, em 1957. Inicialmente, era designado como Base Aeronaval do Norte de Portugal. A partir de 1963 passa a ter a designação de Aeródromo de Manobra N.º 1. A conclusão da sua construção dá-se em 1966.
O Aeródromo Militar de Ovar é uma base aérea de recurso operacional da Força Aérea Portuguesa e da NATO, localizada na freguesia de Maceda, concelho de OvaremPortugal. Tem a designação oficial de Aeródromo de Manobra N.º 1 (AM1), sendo também designada Instalações da NATO de Ovar (INOVAR). Uma vez que se situa no concelho de Ovar, entre Maceda e Cortegaça, é frequentemente referida na comunicação social alternativamente como "Base de Ovar", "Base de Maceda" ou "Base da Cortegaça".
O Aeródromo não tem meios aéreos atribuídos de forma permanente, mas encontra-se aí estacionado um destacamento de busca e salvamento da Esquadra 552, equipado com helicópteros Alouette III.


Voo 3532 F-16 COMPLETA 200 HORAS DE VOO NO BALTIC AIR POLICING 2018




A Força Aérea Portuguesa opera a partir da Base Aérea de Siauliai, na Lituânia, onde é a lead nation do Bloco 47.
Além de Portugal, conta-se ainda com o empenhamento de forças de Espanha e França, que asseguram a policiamento do espaço aéreo dos países bálticos (Lituânia, Letónia e Estónia), até ao início de setembro.
Origem do voo:
EMFA


segunda-feira, 9 de julho de 2018

Voo 3531 CERIMÓNIA EVOCATIVA DO ACIDENTE AÉREO NA SERRA DO CARVALHO









Augusto Ferreira
Esp.Melec.Inst./Av.
Coimbra





Decorreu neste domingo dia 8 de Julho na Serra do Carvalho, mais uma cerimónia evocativa do acidente aéreo, que vitimou naquele lugar oito pilotos em 1955, pilotando aviões F84. Precisamente no dia da Força Aérea daquele ano.
Teve a presença do CEMFA Gen. Teixeira Rolo, acompanhado de altos quadros da FAP no activo e na reserva, Presidente da C.M. de Vila Nova de Poiares Dr. João Henriques e Vereadora, Presidente da AEFA Dr. Paulo Castro e dois Vice-Presidentes, Presidente do Núcleo de Coimbra da AEFA José Andrade e restante direcção, acompanhada de elevado número de associados e ainda população civil da Serra de Carvalho.
Pelas 11h iniciaram-se as cerimónias com a habitual missa campal, com a participação de todos os presentes.
Seguiu-se depois, a deposição de coroas de flores pelas entidades presentes, junto ao monumento que se encontra no local evocativo do acidente.
Momento muito sentido, onde foi prestada homenagem pelo CEMFA aos pilotos mortos. Nesse momento o local foi sobrevoado por quatro F16.
Decorreu após esta cerimónia, um almoço de confraternização no Centro de Convívio da Serra do Carvalho, com a presença de todos.
No final o Presidente do Núcleo de Coimbra da AEFA, Presidente da Direcção Nacional da AEFA, Sr. Presidente da C. M. de Vila Nova de Poiares e CEMFA discursaram trocando lembranças, agradecendo a presença de todos.
Mais uma vez o Sr. Gen Teixeira Rolo enalteceu a AEFA, pela ligação que os seus associados mantêm entre si e a nossa FAP e pelo trabalho desenvolvido por estes, quando ao seu serviço, contribuíram para que a Força Aérea tivesse atingido o prestígio, que manteve até aos nossos dias.
Momentos altos, onde todos convivemos sem barreiras nem hierarquias e conversámos abertamente sobre temas, a maior parte militares, de situações porque passámos num passado recente.
Viva a FORÇA AÉREA PORTUGUESA.















domingo, 8 de julho de 2018

Voo 3530 GRANDES AMIGOS.





Maria Arminda Santos
Ten.Enfª.Paqª
Setubal





Os meus amigos em mais um convívio de camaradas que estiveram juntos na Guiné há uns bons anos.


Fotos: Sargº.Serrano

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Voo 3529 DATAS DAS BASES ABERTAS AO PÚBLICO.


Aponta já na tua agenda!
Estes são os dias de Base Aberta deste ano.





segunda-feira, 2 de julho de 2018

Voo 3528 SERRA DO CARVALHO 2018






Augusto Ferreira
Esp.Melec.Inst/Av.
Coimbra


A Direcção do Núcleo de Coimbra da AEFA convida todos os seus sócios, familiares e amigos, a participarem na homenagem deste ano, aos oito pilotos mortos no acidente na Serra do Carvalho em 1955.
10h e 30 – Concentração
11h – Missa campal
12h e 30 – Almoço de confraternização.
Pratos – Chanfana, Rojões ou Bifinhos.
Custo da refeição 15€
A Direcção agradece a inscrição o mais breve possível.
Saudações para todos

Voo 3527 ASSEMBLEIA ELEITORAL NÚCLEO DO MINHO.




Manuel Pais
Esp.EABT
V.N.Gaia


Boa noite caros amigos
Após a realização da Assembleia Eleitoral para ratificar a lista concorrente e única para a Direção do Núcleo, seguiu-se um agradável convívio entre os Especialistas e acompanhantes presentes que degustaram as iguarias tão bem apresentadas .
Aos Eleitos votos de sucesso no desempenho dos cargos , agora empossados pelo Presidente Nacional Paulo Castro  presente nas cerimónias .
Para memória futura anexo algumas fotos
Abraço


Voo 3526 66º ANIVERSARIO DA FORÇA AÉREA PORTUGUESA





Francisco Serrano
Esp.MMA
Costa da Caparica


PARABÉNS FORÇA AÉREA PORTUGUESA
Comemoração do 66 aniversário na cidade de Évora e no aeródromo local.
Para todos os amigos e amigas em particular os Especialistas da F.A.P. que não poderam comparecer , aqui fica um cheirinho do dia espetacular.
Foi bom matar saudades.