terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Voo 2710 FALHA DE MOTOR À DESCOLAGEM,F-86! .




Gabriel Cavaleiro
1ºSargº.Pil.Av.
Olhão


Falha de motor à descolagem. F86





Um F-86 F na Base Aérea de Monte Real


Corria o ano de 1965 (65/66) quando a Força Aérea, condicionada pela impossibilidade de colocar os F86, que a NATO nos tinha dado, no Ultramar, resolveu tentar a compra de excedentes destes aviões, agora de origem Canadiana, na Alemanha.
Posto isto, Portugal enviou para uma base Alemã a nata dos Pilotos e Mecânicos de avião que voavam e mantinham os F86 em Monte Real, para uma avaliação dos aparelhos.
A Base, claro, continuou a funcionar como se nada fosse.
Mais ou menos…
Dos pilotos que ficaram, os "mais competentes e habilitados", como eu, tinham umas 100 horas de voo, no máximo!…


A maior parte dos mecânicos tinham também acabado a sua formação.
O comandante da Esquadra passou a ser o mais antigo dos que não foram.
E tudo corria de feição.
Mais ou menos…
Os voos de experiência, programados ou não, continuaram a ser feitos pelos mais experientes dos Top Gun de Monte Real,aqueles com 100 horas de voo!
A troca de um depósito de óleo do reactor, por exemplo, implicava uma subida aos 40.000’, num voo de teste.
Fui escalado para test pilot duma ocorrência destas.
Na placa, lá estava o meu F86 reparado e preparado pelos mais experientes dos mecânicos,  aqueles que não foram para a Alemanha.
Nos bons velhos tempos em que havia verba para tanto F-86 F. Na B.A. 5, Monte Real
Subi a escada de acesso ao meu avião, com ele totalmente reabastecido, incluindo 200 galões americanos de JP4 em cada drop tank.

-Drop tanks são os tanques fixados debaixo das asas.
-JP4 é o combustível (querosene) para os reactores.
-Os dois tanques levam 1.512 Litros ao todo, aproximadamente.
Por acaso… num voo de teste só se deviam abastecer os drop tanks com 50 galões em cada um, para verificar se o sistema de combustível funcionava e nunca com mais.
Ninguém estava avisado e Deus Nosso Senhor arriscou uma lição a todos. Ele sabe o que faz…
Este Top Gun Test Pilot, lá põe o motor a trabalhar, faz todas as verificações, obtém autorização para se dirigir para a pista e arranca.
Muito feliz, como sempre, naquelas máquinas fabulosas.
Antes de entrar na pista há um último teste obrigatório: o sistema de emergência, alternativo, de controlo de combustível. Funcionou a 100%.
- Posso descolar?

- Autorizado!
Aqui vou eu. Manete a fundo, as costas empurradas contra o assento, vamos embora!
A meio da descolagem reparei que a potência do reactor não estava no máximo. Andava pelos 93% e a diminuir.


Cockpit de um F-86



Manete forçada toda à frente.
Não se mexeu…
Não vai? Já está toda à frente!
E o avião descola e a pista está quase a acabar e a potência já está 10% abaixo do recomendado e a velocidade não aumenta muito e não posso recolher os flaps
- Falha de motor à descolagem!

- Estou com uma falha de motor à descolagem!

- Sistema de emergência de controlo de combustível ligado, já!

- ON!

O problema é que a manete estava toda à frente para tentar os 100% de potência mas as rotações do motor iam pelos 91%, sempre a descer.
O desgraçado do avião deu pois um estrondo e um salto em frente. E aí percebi que o sistema de emergência queria 100% de potência, que era a posição da manete. Mas o motor estava a 90%e num instante ficou com a potência máxima!
A velocidade andava pelo mínimo sustentável mas eu reduzi a manete porque não queria usar toda a potência com aquele sofrível sistema alternativo de controlo de combustível.
Mas há outra coisa a fazer.

Obrigatória!

Por checklist!

- Ejectar ambos os drop tanks!
400 galões de querosene à vida!
E aí veio-me à memória aquele colega que anos antes, também numa emergência e para evitar que o avião caísse sobre a Vila de Carvide, que fica paredes meias com a Base Aérea, a Norte,  exactamente onde eu estava, se ejectou... tarde de mais.





Foi nesse momento, bang do motor acabado de ouvir, manete a reduzir, velocidade no limite, flaps de fora, dedo no botão de ejecção dos tanques, que eu vi a Escola Primária de CarvideTive a certeza de que os 400 galões de querosene iam entrar pela Escola dentro!
- Tens de te aguentar e sair daqui!
Volta muito suave pela esquerda, emergência declarada, a velocidade baixa mas a manter-se bem.

- Vou fazer um circuito largo e aterrar assim mesmo!

- Esquece a ejecção dos tanques!…
E veio a cair, para-quedas meio aberto, sobre uma grande cruz de ferro de uma das campas do cemitério de Carvide, onde morreu, obviamente.



Aterrei como mandam os livros e fui, aliviado e confortado com a Escola intacta, para o estacionamento, onde me esperava o Comandante da Esquadra.
Capitão Pinho Freire, anos depois o General do 25 de Novembro que comandou a Força Aérea do seu quarto de prisão em Monsanto, através do telefone que aqueles estúpidos lhe deixaram no quarto…
Ainda junto ao meu avião, eu acabado de descer, perguntou-me o que tinha sucedido.
Contei-lhe todos os pormenores, sem falar na Escola, claro.
- Porque é que não ejectou os drop tanks?
Aí… tive de lhe contar a razão…
- Vou-lhe dar uma porrada por não ter executado os procedimentos obrigatórios e dou-lhe um abraço porque eu teria feito o mesmo!
É por estas e por outras que tal que a Força Aérea é algo a que nunca se deixa de pertencer…

 
(As "porradas" por estes erros técnicos eram sempre em dinheiro que se tinha de depositar num mealheiro que era aberto no fim do mês para os memoráveis jantares da Esquadra 51!)

Origem do Voo:Rio dos Bons Sinais

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Voo 2709 O STRESS DA GUERRA DO ULTRAMAR.



Jornal “ELO”
ADFA – Associação de deficientes das Forças Armadas




Ana Rute disse-me que não é feliz.
A primeira reação íntima que tive foi a de não acreditar no
que me disse.
Uma jovem mulher de 26 anos, com um curso de enfermagem,
senhora de uma vivacidade a que o seu belo rosto empresta um inegável encanto,olhando-me de frente e como se estivesse a falar de algo que toda a gente deveria saber, diz-me que não é feliz.
Ana Rute é vítima da Guerra Colonial.
Quando a Ana nasceu já a guerra tinha acabado há muito, e
por isso, nenhum tiro, nenhum estilhaço, nenhum horror da guerra a pode ter
atingido, e no entanto a Ana é infeliz por causa da guerra.
Mas ela sabe o que são tiros, ela sabe o que são estilhaços,e o que ela mais sabe é o que são os horrores da guerra.
Já sentiu o medo, já sentiu a ansiedade, já ouviu os gritos,já acordou a meio da noite em sobressalto, já teve que se proteger para não serabatida, mas nunca fugiu. A Ana continua no seu posto tão contrariada como todos os soldados que se veem obrigados a ficar no seu posto quanto todos fogem.
Foi-lhe roubada a juventude como a todos os combatentes. Foi adiando um relacionamento sério, porque um dever que lhe foi imposto não lhe deixa espaço para os afetos. E hoje ao falar disso, parece um veterano a queixar-se que às vezes a chamavam de maluca por deixar transparecer os seus traumas.
Sim, a Ana Rute tem traumas de guerra. Traumas a que nenhuma junta médica reconhecerá qualquer nexo de causalidade com o serviço militar e muito menos com o teatro de guerra.
O estado, que tem dificuldade em aceitar que os seus combatentes, que foram recrutados, mobilizados e massacrados no açougue da guerra, sejam condignamente reconhecidos como vítimas desse processo todo e portadores de sequelas geradoras de sofrimento, concedendo-lhes o estatuto de DFA, jamais aceitaria sequer a hipótese de olhar a Ana como uma vítima também.
E no entanto, a Ana fez durante anos o que o estado deveria ter feito. O que alguém deveria ter feito, mas ninguém fez: tratar do seu pai.
O seu pai tem 16 dos 17 sintomas que se usam para diagnosticar a Perturbação Pós-Stress Traumático, em que 5 seriam suficientes para um diagnóstico seguro, e a Ana tem sido vítima de todos esses sintomas.
A violência verbal e física em torno de si, a deserção, um a um de todos os familiares, primeiro a mãe e depois os irmãos; e por fim, indefesa, sozinha, convivendo dia e noite com a Guerra Colonial debaixo do mesmo teto.
Os colegas da escola que lhe diziam que ela era maluca como o pai e se afastavam. Uma professora que lhe disse em frente de todos que ela não deveria poder frequentar a sua aula porque era filha de um combatente maluco e era maluca também; a quem a Ana moveu um processo que resultou numa simples chamada de atenção à professora e numa reprovação para si, conforme tinha sido ameaçada. Os rapazes que se afastavam dela com medo do pai. As festas a que não foi. O atraso na conclusão do curso de enfermagem, o que contribuiu para que agora não arranje colocação. E uma vida afetiva que foi impossível paginar com este verdadeiro serviço de campanha numa missão pouco menos que impossível.
Quando ela saiu do gabinete onde a recebi vieram-me à cabeça as palavras que
uma visitante do Facebook me enviou. "Não vives demasiado no passado? Não devias procurar coisas alegres e esquecer a guerra?"
Ana Rute, uma jovem mulher que deveria viver nesse meu
futuro, onde supostamente haveria coisas alegres para procurar. E que me diz
que não é feliz, como eu digo que não sou alentejano: um facto indiscutível,
que toda a gente já sabe. Uma coisa que se diz embora se saiba que é óbvia e
consensual.
Mas a Ana não anda em busca de piedade ou de comiseração,
anda em busca de justiça e reconhecimento. Para o seu pai. Que ela, como todos os lutadores, sabe que se fizer justiça sairá recompensada.
O pai precisa de cuidados médicos especializados que não tem
por falta de dinheiro. Precisa de medicamentos que às vezes não compra por
falta de dinheiro, precisa de algum conforto para si e para ela, que não obtém por falta de dinheiro. É isso mesmo: tudo por falta de dinheiro.
E há coisas que a Ana não entende: se os médicos são unânimes em afirmar que o pai sofre de uma doença que se apanha na guerra, como podem as autoridades médicas militares dizerem que essa doença não tem relação nenhuma, nem com a guerra onde ele combateu e que trouxe para casa, nem sequer com o serviço militar? Eu bem tento explicar que se trata de um problema processual, uma coisa burocrática, que o que é preciso é delinear uma
estratégia para tentar desenovelar isto tudo, mas a verdade é que também não
entendo.
Ana Rute é vítima da Guerra Colonial. Um dano colateral, um dano diferido, mas uma vítima. E eu que deveria olhar mais para o presente do que para o passado, em busca de coisas alegres, segundo a minha visitante do Facebook, fico com a impressão que ganhei o dia, porque alguém me olhou nos olhos com a coragem dos heróis e me disse: "Não sou feliz." Não como um lamento, também não como se fosse eu a dizer que não sou alentejano. Não.
Foi uma declaração de quem se conhece e sabe o que quer. De quem está em guerra e não vai baixar as armas. De quem está habituada a deixar pelo caminho os desertores e os cobardes e que olha de frente as pessoas com quem lida para
saber se pode contar com elas.
Ana Rute, nós somos uma associação de combatentes, de sobreviventes,
de camaradas que depois da guerra ter acabado escolhemos continuar nela, porque outros não conseguem sair dela; que conseguimos ainda assim ser felizes, pelo menos alguns de nós, e continuar combatendo.
Enquanto houver uma jovem que nos diga que não é feliz por causa da
Guerra Colonial, nós também não esqueceremos esse passado de pesadelo, para ir em busca da fácil alegria do presente, e também não baixaremos as armas. Cada drama de um só de nós será um drama de todos. E a Ana Rute é um de nós.

Publicado no jornal Elo da ADFA

Voo 2708 OLÁ COMPANHEIRO MANEL!





Fernando Santos
SargºAj.EABT
Montijo



Boa noite Amigos
No voo 2708, relativo ao convívio dos nossos camaradas do núcleo de Coimbra da AEFA, ao ver as fotos tive o prazer de ver o Manuel Simões dos Santos, que é da minha incorporação de 1960 e do meu curso de especialista em S. Jacinto, Aveiro em 1961.
Como não o via há muitos anos e como não tenho outro meio para o fazer (pois não possuo nenhum contacto dele), por aqui lhe envio um grande abraço e dizer-lhe que está bem conservado, pelo menos tem muito mais cabelo do que eu...rsrsrsrsrs
Para todos vós que dão vida a este rico blogue um grande abraço.
Fernando Santos
(N. B.- A existência deste blogue presta um grande e nobre serviço social. É por aqui que vamos indo tendo conhecimento e noticias de velhos camaradas e amigos que não vemos há muitos anos)



VB. Olá Fernando.
É este um dos objectivos para que criamos este espaço, o reencontro de camaradas a quem perdemos o contacto, que felizmente tem surpreendido muitos de nós.
Quanto ao Manuel Simões ( O Brigadeiro),esteve à bem pouco tempo mal, teve que recolher ao hangar para uma revisão à máquina. Felizmente que já está operacional mas não pode queimar o mesmo combustível que a máquina estava habituada.
Sobre o seu contacto, teremos todo o gosto  em tu facultar, mas, como sabes, só depois da devida autorização do Manuel Simões. Nesta nossa Base também temos RDM.



domingo, 29 de janeiro de 2012

Voo 2707 O NÚCLEO DE COIMBRA DA AEFA,CUMPRE AS SUAS ACTIVIDADES.




Manuel Pais
Esp.EABT
Porto




Caros Amigos e Companheiros

Com a alegria e amizade habitual o Núcleo de Coimbra da A.E.F.A e os seus Amigos juntaram-se em mais um Convívio no restaurante do nosso mediático XECA em Espinho.
Num ambiente de grande e boa disposição, foram muitos que disseram presente e que encheram o restaurante onde na primeira linha esteve o recordar do nosso passado pela Força  Aérea Portuguesa de que todos nos orgulhamos. Parabéns ao Xeca que com a sua  habitual disponibilidade, tudo fez para que todos saíssem satisfeitos. Está, também de parabéns o Núcleo de Coimbra que continua a primar com boas realizações e com a " cagança " habitual das gentes do Mondego e arredores.






Legenda : Duas molduras com a foto do Moisés (Checa) com que o Raimundo o obséquio.
Foto: Manuel Pais (direitos reservados)


Legenda :Aqui o Moisés ostentando a oferta.
Foto: Manuel Pais (direitos reservados)


Legenda :Dois distintos companheiros com passado  histórico na vida da classe Especialista,o João Mesquita e o Paulo Castro,fundador da AEFA e sócio nº1.
Foto: Manuel Pais (direitos reservados)


Legenda :Este o momento em que o Checa desembrulhava as ofertas.
Foto: Manuel Pais (direitos reservados)


Legenda :Foi com grande alegria que registamos a presença do Manuel Simões e o Anselmo que ultimamente não têm sido bafejados pela sorte no aspecto de saúde.
Foto: Manuel Pais (direitos reservados)


Legenda : O Guima e esposa, completavam o seu 39º Aniversário matrimonial,cantou-se os parabéns
Foto: Manuel Pais (direitos reservados)


Legenda : Duas velhas glorias dos Especialistas da Fap e da Esq.dos Indíos,o Moisés e o Raimundo.
Foto: Manuel Pais (direitos reservados)


Legenda : Estas cerimónias são normalmente "apadrinhadas" por altas patentes.Pois aqui temos o 1º e o 2º Comandante ,Victor Barata e João Carlos Silva,que vieram de Lisboa,entre o Aníbal e o Costa.
Foto: Manuel Pais (direitos reservados)



Legenda :E para completar a festa,o nosso Companheiro José Pica Miolos,cantou como só ele sabe.
Foto: Manuel Pais (direitos reservados)


Um grande abraço e venha o próximo

Manuel Pais

Voo 2706 O ÚLTIMO VOO DO JAIME EMÍDIO.









Jaime Emídio Freire Correia



Caro Comandante é com profunda tristeza que transmito o
desaparecimento de um membro desta grande família que são os Especialistas.
Apenas ontem dia 26 de Janeiro, tive conhecimento do falecimento do Esp. Marme, Jaime Emídio Freire Correia, de 62 anos, natural de Beja,Delegado Regional de Beja da AEFA.
Devido a problemas de saúde, o falecimento ocorreu no dia 23 de Dezembro de 2011, no Hospital José Joaquim Fernandes em Beja, o funeral realizou-se no dia seguinte para o Cemitério Municipal de Ferreira do Alentejo, onde foi cremado.
Paz à sua alma.

Luís Martins
Esp.Rádio
Ferreira do Alentejo

VB:
Embora só agora havermos tido conhecimento do último voo do nosso Companheiro Jaime, apresentamos em nome de toda a Tertúlia “LINHA DA FRENTE”,as nossas condolências à sua família.



quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Voo 2705 MANGA DE RONCO NO ALMOÇO DA TABANCA DO CENTRO.




Miguel Pessoa
Cor.Pilav.
Lisboa




Caro Victor
Ontem decorreu mais um almoço da Tabanca do Centro, acontecimento em que já participaste, infelizmente sem a continuidade que desejarias (e desejaríamos).
Este almoço de ontem teve a particularidade de comemorar o 2º aniversário do início dos Encontros da Tabanca do Centro (este foi o 16º).
Tive a oportunidade de convidar o Paulo Moreno - e, pelo que ele me disse, adorou estar presente. Na "revista Karas" - que tenho publicado todos os meses no blogue da Tabanca do Centro (http://tabancadocentro.blogspot.com) , incluí na edição deste mês (acabadinha de sair) um texto sobre a presença do Paulo neste convívio.
Se pretenderes publicá-lo, estás à vontade para o fazer.
Um abraço amigo.
Miguel 


QUINTA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2012


"KARAS" DE MONTE REAL - JANEIRO






VB: Olá Miguel.
Mais uma vez não deixaste os teus dotes repórter por mãos alheias, que belo trabalho!
Pois tive muita pena de não poder estar presente, mas…ainda não posso estar convosco à 4ªfeira a almoçar descansado. Lá virá o tempo!
Fiquei feliz pela representatividade que tivemos, com especial relevância a presença do nosso “PIRA” Paulo Moreno.
Na realidade este nosso companheiro surpreendeu-me pela positiva, apesar da sua juventude, a admiração que tem por nós é impressionante.
Nunca irei esquecer o dia, talvez uns seis meses a esta parte, em que o Paulo “aterrou” na nossa base com uma grande missão para cumprir, conhecer o MIGUEL PESSOA!
Sensibilizou-me a forma como ele o fez, parecia um filho a pedir ao pai o seu brinquedo mais desejado.

Voo 2704 O ALMOÇO DA TABANCA DO CENTRO.




Paulo Moreno
Sol. Fotografo FAP
Marinha Grande



Caros,  Amigos
Na  sequência  do  convívio  de  Natal  dos  Especialistas  da  BA 12  no  dia  3  de  Dezembro,  tive  um  convite  para  o  almoço  da Tabanca  do  Centro,  que  decorreu  em  Monte  Real  no  dia  25  de  Janeiro,  onde  fui  muito  bem  recebido  pelos  presentes, e  tive  a  honra  de  poder  conviver  com  todos.





Legenda: A nossa Tertúlia aqui muito bem representada por alguns dos seus elementos. Da esqª/dir. António Matos, Paulo Moreno, Jaime Brandão, Antonieta,Miguel Pessoa, Giselda Pessoa e Victor Tavares.


Um  ambiente  de  boa  camaradagem  foi  o  que  presenciei,   e  vim  com  a  nítida  sensação  de  ter  vivido  um  dia  inesquecível devido  ás  pessoas  que  conheci  e  ás  histórias  dos  dias  vividos  naqueles  tempos  de  guerra,  com  pormenores,  pouco  conhecidos.
Estou  muito  agradecido,   pela  maneira  natural  de  bem  receber  da  Tabanca  do  Centro.
Os  meus  parabéns,  Obrigado.
Abraço.
Paulo  Moreno

Voo 2703 TAMBÉM FUI...PESCADOR!







Fernando Moutinho
Cap.Pil.
Alhandra



Curiosidades da  Guiné II
Nesta semana os noticiários da TV, deram relevo ao aparecimento, no rio Tejo junto à fronteira, no rio Guadiana e possivelmente outros, de um peixe denominado “peixe gato” que é, nem mais nem menos o nosso “bagre” informando que é um violento predador..


Tive o prazer de pescar alguns…
Já que estamos a falar em “pesca” também pesquei alguns peixe serra que, pelos vistos estão  em extinção. Aqui me penitencio..



Eis um troféu!   


VB. Pois é Fernando, não só da aviação vive o homem!...

Voo 2702 APÓS A CAÇADA (CORRIGIDO).




Victor Sotero
SargºMôr EABT
Lisboa




Meu Comandante
Saúdo o “Comando”, a “Linha da Frente” e todos os “Zés” que por aqui nos vão espreitando.
Apesar de tudo, roía-me por dentro, ainda o facto de ter acabado com as aulas regimentais.
Trabalhava na Esquadrilha de Abastecimento até cerca das 17h00. Passava pelo Clube e normalmente bebia uma cerveja “Nocal” e comia uma sandes ou simplesmente, tomava um café.






Legenda
: Depois das 17H00, uma sandes e uma cerveja ou simplesmente um café.
Foto:Victor Sotero(direitos reservados)



Aprendia com o meu sócio a maneira como se curtiam peles.
Aprendia ainda a maneira mais fácil de tirar os ossos dos “crâneos” das corsas e a limpar a carne que os envolvia para depois serem injectadas com formol e ficarem embalsamadas para resistirem no tempo.
No pescoço, junto à cabeça, colocava-se uma garrafa de vidro que se pendurava numa arrecadação junto da Esquadrilha de Abastecimento. Ficavam assim durante alguns dias até ficarem bem secas e o cheiro a formol ter desaparecido.
Na carpintaria, mandavam-se fazer bases em madeira para serem colocadas as cabeças, agora já com olhos de vidro que tinham sido enviados do Continente.
Cada cabeça era então vendida por cem escudos.
As patas, devidamente envernizadas e colocadas em bases de madeira, serviam de cabides.
Faziam-se cabides com o número de patas, de acordo com as “encomendas”. Cada patinha, era vendida por sete escudos e cinquenta centavos.
As peles, eram curtidas em celhas feitas de barris de vinho. Curtidas, recortadas e bem limpas eram depois vendidas a quarenta escudos.
Havia “encomendas” para as cabeças, para os cabides feitos das unhas e para as peles.




Legenda: Cabeças, peles e muitas patinhas para tratamento.

Foto:Victor Sotero(direitos reservados)


Na base, Sargentos e oficiais que viviam com as famílias na cidade, eram de vez em quando “bafejados” com carne de corsa. A restante, era vendida a doze escudos e cinquenta centavos na Sanzala desaparecendo rapidamente.
Até um dia o “nosso” Comandante levou com duas pernas para assar no forno.
Sem darem por isso, nós íamos “comprando” algumas pessoas colocadas em serviços que no futuro nos iriam facultar a vida.
Porque se sabia existir muita caça em redor da Base, então, havia que caçar mais!...
Despeço-me do “Comando”, da “Linha da Frente” e de todos os “Zés” que nos vão fazendo companhia com um até breve, porque a caça não acaba aqui.
Sotero

Sotero
VB. Quando da publicação do voo 2697 do nosso companheiro Victor Sotero, em virtude de recepcionar-mos as fotos, tentamos encontrar no nosso arquivo algumas que pudessem completar o mesmo.
O Victor, verificando a anomalia, de imediato repôs os factos reais fazendo com que agora colocasse-mos o seu voo à altura dos seus pergaminhos

Voo 2701 ESTOU OPERACIONAL!





Fabricio Marcelino
Esp.MMA
Leiria




Boa tarde Comando  e restantes colegas.
Após 1 mês e meio de ausência no estrangeiro, eis-me de novo a fazer a minha apresentação a esta Base.
Assim, a partir de hoje, estou de novo ao serviço e, sempre que seja oportuno, farei as minhas aterragens, se as mesmas forem autorizadas, caso contrário terei que desviar o voo para outra unidade.
Um abraço 
Marcelino

VB:Bom Dia, companheiro.
É bom saber que te temos de volta à base. Esperamos que esta tua estadia fora tenha sido bem aproveitada, essencialmente com saúde.
Bom agora à que trabalhar, começar a voar,para te não retirarmos a licença.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Voo 2700




Mario Aguiar
2ºsargº.Marme
Porto




Ao pedido os especiais dão sempre um paço em frente e resposta imediata.
Foi assim com o nosso companheiro Luís Martins que facultou o contacto do
Baptista MMA da 3ª. De 1971, e que eu transmiti ao Abdul.

Mais uma missão cumprida.








Luís Martins
Esp.M.Rádio
Ferreira do Alentejo





Caro amigo e companheiro de armas, boa tarde.
Ao visitar a nossa base, deparei com o Voo n.º 2696 onde o Abdul Osman
procura um Batista que esteve na Guiné, pois caro amigo, conheci um camarada
de nome Batista, MMA, penso que seja esta pessoa que ele procura, aqui deixo
o TM 917167768, para um futuro contacto, afim de saber se é a pessoa que
procura.
Este camarada tem um estabelecimento de restauração, onde já foi realizado
um encontro anual do pessoal da Guiné.
Um abraço.
Luís Martins

Voos de ligação:
Voo 2696 Quem pode ajudar o Abdul? – Mário Aguiar


Voo 2699 COLECÇÃO DE CALENDÁRIOS DA AEFA DE 1986.




Paulo Moreno
Sol. Fotografo FAP
Marinha Grande





Ao comando da linha da frente, peço autorização para uma aterragem.
Com muito respeito e admiração, Gostava de desejar um Bom ano de 2012
para todos, e para colorir mais esse desejo, mando uma colecção de
calendários de 1986, referentes ao 34º aniversário da FAP, esse ano comemorado em Leiria.












Provavelmente esta colecção será novidade para alguns, e gostava de partilhar.
Obrigado.
Paulo Moreno



VB: Amigo Paulo, a pista está sempre livre sempre que precises de a utilizar..
Mais uma vez nos brindas com nova surpresa, uma lindíssima colecção de calendários da nossa AEFA, com 26 anos de existência.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Voo 2698 Voo 2698 LANÇAMENTO DO LIVRO "PÁTRIA PORQUE NOS ABANDONAS"?






Luis Fraga
Cor.FAP
Lisboa




Companheiros,
No próximo dia 3 de Fevereiro pelas 17.30h,no anfiteatro C da Universidade dos Açores,o nosso camarada Cor. Luís Fraga irá proceder ao lançamento de mais uma obra literária de sua autoria, cujo titulo é:


Pátria porque nos abandonas?



A sua apresentação estará a cargo do Prof.Doutor Carlos Cordeiro.
Desde já deixamos o convite  a todos os Tertulianos e publico em geral, no sentido que assistirem ao evento.