domingo, 21 de junho de 2020

Voo 3575 GENTE FINA...




Cristiano Valdemar
Esp..MMA
Sobreda da Caparica


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Falando nas toalhas rotas, na altura não tinha elemento para o provar. Quando da anterior publicação alguém dizia que éramos muito finos pois era com garrafas. Era tudo água porque o Gin não era bebido á refeição. BA12 /1971
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Voo 3574 UMA MEMÓRIA INDELÉVEL..


Mário Santos

Esp.MMA



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Cumpre-se a 28 de Setembro, 53 anos da minha chegada à Guiné no HC-54 Skymaster 7504.
Guardei para sempre a recordação da abertura da porta de cabine dos passageiros e da baforada de ar quente rançoso e húmido, proveniente de águas paradas e dos muitos rios lodosos existentes no território.
Esta foi a antevisão desagradável do que nos esperava: um clima doentio e que marcaria indelevelmente para sempre as nossas vidas.
Para além de muitos outros de quem não guardo memória, chegaram no mesmo voo os Tenentes Pil./ Aviadores José Nico e Rui Balacó.
Com eles convivi na Esquadra de Fiat's até ao fim da comissão.
Foram cerca de 22 meses em que interagimos diariamente na Esquadra de Tigres, eu como Mecânico na Linha da frente e eles Pil./Aviadores.
Pragmaticamente todos aceitámos o drama de guerra, irregular, assimétrica e mortífera que enfrentaríamos no futuro imediato, lutando para tentar preservar um legado deixado pelos nossos antepassados.
A guerra na Guiné teve características muito diferentes da que se travava em Angola e Moçambique.
A elevada organização da guerrilha e a forma como a sua luta se iniciou, através de acções de combate e não com massacres como em Angola, eram reveladores das dificuldades que as FA iriam ter neste território. O movimento de gerrilheiros contra o qual iríamos lutar, era o Partido Africano para a Independência da Guiné e de Cabo Verde (PAIGC)
Na Guiné, não só os factores históricos e a hostilidade da geografia e do clima tornaram difícil a actuação das FA, como também as independências da Guiné-Conakry (1958) e do Senegal (1960) tiveram um importante papel na condução da guerra. Estes dois países foram uma importante fonte de apoio aos guerrilheiros do PAIGC, proporcionando-lhe refúgio a Norte, Leste e Sul, onde puderam estabelecer as suas bases e desencadear acções militares . O nível de organização do movimento e o armamento moderno de que dispunha (armas automáticas, morteiros, RPG’s, metralhadoras anti-aéreas) possibilitou aos guerrilheiros evoluírem de tal forma rápida que, em 1965, já tinham estendido a sua actuação a todo o território.
Para piorar a situação militar portuguesa, em termos de apoio aéreo, fundamental para a nossa defesa, devido a pressões exercidas pelos EUA, a FAP foi obrigada a retirar da Guiné os oito F-86F, a principal arma de ataque aéreo de que dispunha. Desde a retirada destes, em finais de Outubro de 1964, e a chegada dos seus substitutos, os novos caças FIAT G-91 R4 adquiridos à Alemanha Ocidental.
As missões de apoio aéreo próximo às forças no terreno foram entretanto garantidas pelas aeronaves T-6G. Este era um avião que estava longe de possuir o mesmo poder de fogo do anterior F-86F ou do posterior FIAT G-91 R4, o que terá contribuído para que no período de dezoito meses entre a saída de uns e a entrada ao serviço de outros, a guerrilha tenha reforçado a sua presença no terreno, especialmente na região a Sul.
A inferioridade dos guerrilheiros na guerra aérea levou a que desde cedo procurassem anular esta vantagem da FAP, recorrendo para tal ao uso de artilharia anti-aérea e mais tarde ao míssil russo Strella AS-7. No entanto em minha opinião, terá sido precisamente o cansaço dos militares face a uma guerra sem solução política previsível e o ataque aos seus interesses corporativos de classe, os principais factores que levaram as FA a voltar a conspirar contra o regime, acabando por o derrubar em 1974.
Aqui deixo o meu abraço de grande estima ao General J. Nico e ao Coronel R. Balacó (que felizmente ainda se encontram entre nós) assim como a todos os companheiros de todas as Esquadras e que contribuíram com o seu esforço e as suas vidas para Portugal poder ter orgulho nos seus filhos que lutaram com honra e dignidade para preservar o que nos tinha sido legado!
As fotos não têm grande qualidade, devido às arcaicas câmaras fotográficas, mas são todas genuínas. A foto do Skymaster foi tirada pouco antes do seu abate e posterior desmantelamento, sendo portanto a mais recente e com melhor qualidade.
Um abraço,
Mário Santos


Voo 3573 O DISTANCIAMENTO...



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Alfredo Santos
Esp.EABT
Lisboa






Existe um distanciamento de 50 Anos, para este momento de descontracção de um Aluno Especialista da Força Aérea Portuguesa na Base Aérea Nº. 2 - Ota (Alenquer) - Junho de 1970.Depois começou uma longa viagem, primeiro pela Base Aérea Nº. 1 - Granja do Marquês (Sintra), depois um voo até à Base Aérea Nº 12 - Bissalanca (Guiné/Bissau), seguidamente no DGAFA - Lumiar (Lisboa), para finalizar C.R.M. 1 - Lisboa.Uma Viagem de 5 Anos e 1 Mês, valeu a pena ? O que ficou ?Claro que sim, tornaria a vivê-la novamente, o que ficou, foram: a vida, as memórias e principalmente o melhor de Tudo: a Amizade Incondicional dos meus Companheiros, nessa imensa Fraternidade de Miúdos que lado a lado se tornaram HOMENS. OBRIGADO COMPANHEIROS.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

VOO 3572 A DESPIEDA DO ALOUETTE III.





Alfredo Cruz
Gen,PILAV.
Azeitão



Hoje perdi um pouco da minha alma....foi o último voo da aeronave mais icónica da história da minha Força Aérea. A história do Alouette III na Força Aérea começou em abril de 1963, la para os lados de Luanda, na famosa Base Aérea n. 9. A história do Alouette III, a Máquina, acabou hoje 15 de junho do ano de 2020, foram 57 anos de serviços distintos e valorosos à Pátria. Hoje sinto um misto de orgulho e tristeza. Orgulho por ter feito parte desta história de sucesso desta maravilhosa Máquina, foram 1 500 horas voadas, das quais 800 horas em combate. Tristeza porque se foi um pouco de mim e um pouco da minha alma,


VOO 3571 VOLTAMOS Á OPERACIONAL.





Victor Barata
Esp.Melec./Inst./Av.
Vouzela

Caros Companheiros
Depois uma ausência inesperada,estamos de novo operacionais para receber os vossos “VOOS”.
Um problema de foro técnico com o blog,originou que tivéssemos que reactivar novos parâmetros para assim se poder desbloquear o mesmo.
Aproveitamos para  solicitar a vossa participação com mais assiduidade através de fotos,descrições do passado aeronáutico,para que assim se possa continuar a recordar períodos extremamente importantes  da nossa passagem pela nossa FORÇA AÉREA.