Ilha Terceira
Base Aérea nº4 -Lajes-Ilha Terceira
Amigo Victor:
Um forte abraço boa disposição para continuares com o teu "Dinamismo",nós por aqui tudo bem,graças a Deus e o Mar sempre a nos separar fisicamente...
Gostei de ver trabalho do Robalo,deu para recordar com saudade,quando no dia 18 de Maio de 1972,pela primeira vez,vim para os Açores e também pela primeira vez andei de avião na realidade,DC6,(até ai voava em sonho)e também pela primeira vez deixei a minha cara metade,ao fim de seis meses de casado com um filho no ventre,que quis Deus que não fosse avante...mas depois recompensou-me com cinco que ainda hoje são a minha única fortuna...e estamos juntos há 35 anos...pois o "meu avião" não ficou ao ralenti,mas fez um ponto fixo que para foi rápido enquanto(se alguém se recorda.dava para ver na cabeceira do lado da rotunda a varanda do aeroporto e estava nesta a Mulher que sempre me acompanhou nos bons e maus momentos)para fazer a rolagem para a descolagem,e ficar para trás o que nos custava bastante porque íamos "descobrir"novos destinos;e os Açores era o principio de uma guia de marcha para África e dai darmos continuidade ao que nos ministraram enquanto alunos.
Voltando ao Robalo,certamente não foi o único a acontecer,porque cheguei a ouvir contar que em vários sítios,um deles em S.Tomé,houve situações do género sempre que havia bons Comandantes de bordo que sabiam dar desconto ás nossas falhas de jovens que,entretanto,os anos nos amadureceram,se calhar se fosse hoje voltávamos a fazer o mesmo!?...
Recordo aqui com saudade,um Fernandes de MMT que estava de serviço de Mecânico Auto Dia,no então AB1,me acompanhar sempre durante a véspera do meu embarque ,chegando ao ponto de me ir mostrar,á noite,o avião que estava destinado para nós embarcarmos no dia seguinte para os Açores.Tivemos sorte de ser um DC6 de passageiros e não um de carga,como os que em várias vezes viajei e, por "coincidência",aquele que fez a última missão para as Lajes vistos terem sido substituídos pelos C-130. Julgo que este DC6 foi cedido á SATA pela FAP,cheguei muitas vezes a vê-los voar com a tripulação composta por pessoal da nossa arma na situação de reserva.Recordo,por exemplo,AjªValentim,Chefe Jaime(infelizmente já falecidos),Comandante Carvalho(este era dos tais que esperava por nós),Chefe Gonçalves,Chefe Palma(que está meio adoentado)etc.Grandes máquinas que eram aquelas aeronaves,havia homens que as tripulavam tão bem como Bartolomeu Dias soube dobrar o Cabo da Boa Esperança...
Um abraço Victor,tudo bom para ti,junta esta ás tuas histórias que tens para contar e que seja por muitos e muitos anos,toma atenção á tua máquina.
Fernando Castelo Branco
Amigo Victor:
Um forte abraço boa disposição para continuares com o teu "Dinamismo",nós por aqui tudo bem,graças a Deus e o Mar sempre a nos separar fisicamente...
Gostei de ver trabalho do Robalo,deu para recordar com saudade,quando no dia 18 de Maio de 1972,pela primeira vez,vim para os Açores e também pela primeira vez andei de avião na realidade,DC6,(até ai voava em sonho)e também pela primeira vez deixei a minha cara metade,ao fim de seis meses de casado com um filho no ventre,que quis Deus que não fosse avante...mas depois recompensou-me com cinco que ainda hoje são a minha única fortuna...e estamos juntos há 35 anos...pois o "meu avião" não ficou ao ralenti,mas fez um ponto fixo que para foi rápido enquanto(se alguém se recorda.dava para ver na cabeceira do lado da rotunda a varanda do aeroporto e estava nesta a Mulher que sempre me acompanhou nos bons e maus momentos)para fazer a rolagem para a descolagem,e ficar para trás o que nos custava bastante porque íamos "descobrir"novos destinos;e os Açores era o principio de uma guia de marcha para África e dai darmos continuidade ao que nos ministraram enquanto alunos.
Voltando ao Robalo,certamente não foi o único a acontecer,porque cheguei a ouvir contar que em vários sítios,um deles em S.Tomé,houve situações do género sempre que havia bons Comandantes de bordo que sabiam dar desconto ás nossas falhas de jovens que,entretanto,os anos nos amadureceram,se calhar se fosse hoje voltávamos a fazer o mesmo!?...
Recordo aqui com saudade,um Fernandes de MMT que estava de serviço de Mecânico Auto Dia,no então AB1,me acompanhar sempre durante a véspera do meu embarque ,chegando ao ponto de me ir mostrar,á noite,o avião que estava destinado para nós embarcarmos no dia seguinte para os Açores.Tivemos sorte de ser um DC6 de passageiros e não um de carga,como os que em várias vezes viajei e, por "coincidência",aquele que fez a última missão para as Lajes vistos terem sido substituídos pelos C-130. Julgo que este DC6 foi cedido á SATA pela FAP,cheguei muitas vezes a vê-los voar com a tripulação composta por pessoal da nossa arma na situação de reserva.Recordo,por exemplo,AjªValentim,Chefe Jaime(infelizmente já falecidos),Comandante Carvalho(este era dos tais que esperava por nós),Chefe Gonçalves,Chefe Palma(que está meio adoentado)etc.Grandes máquinas que eram aquelas aeronaves,havia homens que as tripulavam tão bem como Bartolomeu Dias soube dobrar o Cabo da Boa Esperança...
Um abraço Victor,tudo bom para ti,junta esta ás tuas histórias que tens para contar e que seja por muitos e muitos anos,toma atenção á tua máquina.
Fernando Castelo Branco
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