96-Mensagem do Augusto Ferreira
Fur.Mil.Melec/Av./Inst.
3ª/69
GRUPO MUSICAL
Amigo Barata,cá estou de novo a apresentar-me ao serviço.
Hoje venho a este espaço,falar de um tema diferente dos anteriores,desenvolvido em Tete e ele é a música.É verdade,durante o tempo que estivemos no AB 7,demos corpo a um grupo musical,residente dentro do próprio Aeródromo.
No fundo,seguimos um pouco a tradição,dos Zés Especiais que no passado passaram por esta unidade.
Entre 67/68 estiveram os Skymaster's,depois 68/70 o Quarteto + 1 e entre 72/74 o nosso agrupamento,sem nenhum nome especial,conhecido simplesmente como o grupo da Base Aérea.
O equipamento sonoro que usávamos,pertencia a um 1º Sargº.Não sei se seria o mesmo,que teria sido utilizado pelos outros agrupamentos.
Bom,depois daqueles dias calorentos,com as temperaturas a rondar por vezes os 40º,ainda arranjávamos ânimo,para os ensaios à noite,nas instalações das oficinas dos MMT.É evidente,na companhia das "médias"da MANICA e LAURENTINA
Tínhamos um reportório muito variado,indo da Música Portuguesa ao Bob Dylan.
Para este último,tinha que tocar a viola e claro a harmónica,fixa no suporte pendurado nos ombros.Era fixe.
Lá fizemos vários bailaricos,alguns deles na cidade de Tete,naquele ambiente permanentemente poeirento,pois as estradas da cidade não eram alcatroadas e à noite,quando vinhamos na camioneta da base para a cidade é que esta nuvem de pó,com as luzes da cidade,se tornava mais evidente,á medida que nos íamos aproximando.Esta situação está bem gravada,seguramente,na memória de todos os que por lá passaram.
Dessa nova actividade artistica da altura,seguem-se algumas fotos:
Foto 1 - Em Tete,1973,Baile de Finalistas
Foto 2 - Durante um ensaio nas oficinas da Base.
Foto 3 - No Clube Ferroviário de Moçambique
Foto 2 - Durante um ensaio nas oficinas da Base.
Foto 3 - No Clube Ferroviário de Moçambique
Foto 4 - Aeroclube de Tete
Esta,tem uma história muita engraçada.Nós estavamos para entrar,no recinto aonde se iria realizar o baile e fomos impedidos,pelo facto,de não irmos de fato e gravata.Repara só,numa zona em que as temperaturas eram altas,os rigores que a comunidade colonial,colocava nestas alturas!
Respondemos simplesmente,que se não entrassemos não haveria baile,pois éramos nós que
Respondemos simplesmente,que se não entrassemos não haveria baile,pois éramos nós que
estavamos ali para o fazer.Lá entrámos e, como podes ver pela foto,actuamos bem fresquinhos.
Dos elementos do grupo só me lembro do nome do baterista que era o Cavaco e um dos violas que era o Leão.
A viola acústica que levei de Coimbra,acompanhou-me sempre durante toda acomissão e penso voltar aqui,um dia destes,com outras narrativas com ela presente nas fotos.
Acho que já chega da música por hoje,vou meter a viola no saco e despedir-me de todos os grandes Zés-Especiais desta Linha da Frente com um até breve.
Para ti Barata,aquele forte abraço de sempre.
Dos elementos do grupo só me lembro do nome do baterista que era o Cavaco e um dos violas que era o Leão.
A viola acústica que levei de Coimbra,acompanhou-me sempre durante toda acomissão e penso voltar aqui,um dia destes,com outras narrativas com ela presente nas fotos.
Acho que já chega da música por hoje,vou meter a viola no saco e despedir-me de todos os grandes Zés-Especiais desta Linha da Frente com um até breve.
Para ti Barata,aquele forte abraço de sempre.
Augusto Ferreira