Luis Santos
1ºCbº.Enfº Tete
Agualva-Cacém
Bom dia Amigo Victor:
Ontem , tive a oportunidade de ler o teu artigo, referente á mensagem ( 818) da qual davas conhecimento dos factos relatados pela Visão, do episódio passado no teatro de guerra, com o Sr. Coronel Paraquedista.
Amigo Victor, ninguém ficava indiferente, a um repor da verdade, pois, é evidente, que tu e muitos, que lidaram de perto, com situações explosivas, passadas, com muitas horas de voo.
Fico surpreso e sem jeito, ao ler que um Coronel Paraquedista, pilotava um DO27, durante 12 horas.
Então o que aconteceu ao piloto?
Adoeceu subitamente, quando pilotava a referida aeronave?
Não questiono o Sr. em questão, saber pilotar aeronaves, o que questiono, sim, a FAP. autorizar, e mesmo o piloto, passar, os comandos para as mãos de quem quer que fosse ao seu lado.
Quanto muito, poderia eventualmente, passa-las, para as mãos do seu Mecânico de bordo que geralmente, voava ao seu lado direito.
Posso até citar um caso, que se passou em TETE, quando a uma determinada altura, num voo, de DO, em que o Mecânico de bordo, de Alcunha o Negro, meu colega, ajudou o piloto, numa situação de emergência, quando o motor, parou subitamente, e a aeronave entrou em perda, ele, muito rapidamente, ligou os magnetos, e de imediato, deu a ignição, e o motor, se pôs em marcha, porque, já estavam muito próximos das copas das árvores.
Ora só o pessoal, que estava muito treinado com este tipo de aeronaves, poderia, resolver uma situação dessas.
Vamos agora, pensar, que surgiria uma situação idêntica, na referida DO?
Será que O sr. Coronel, resolveria esta situação?
Em TeTe, voei, varias vezes de DO, como enfermeiro, para ir dar vacinas a destacamentos da FAP, e onde eu ia era nos bancos de traz. Só se a referida DO, tinha duplo comando, e mesmo assim, parece-me impossível.
Por outro lado, penso que esta aeronave, não tem autonomia para tantas horas de voo, sem fazer o seu reabastecimento.
Fico perplexo, como há pessoas que se permitem afirmar coisas que se calhar, não se passaram assim.
Todo o pessoal que passou pela FAP, tinha a sua recruta e especialização, desde o Especialista ao Piloto. Tudo era passado por um crivo bem apertado.A FAP, sempre foi uma grande escola da vida, que fez, grandes homens, íntegros e grandes profissionais, nas áreas, para que escolheram, servi-la.
Perante estes factos, não me acredito que o Piloto, lhe passasse os comandos para as mãos, caso tivesse duplo comando.
Um abraço, para todos.
Luís Santos
VB: Amigo Luís,espero que esteja tudo bem contigo.
Em relação à noticia em questão,eu que lidei algumas vezes com o Cap.Paraqª.Calheiros(hoje Cor.Paraqª.)não acredito que essas palavras tenham sido proferidas por ele,mas sim por uma deturpação do jornalista feita na base do seu desconhecimento de causa.
O que na realidade se torna impróprio,é ser alertado para a"graffe"cometida e não corrigir o erro.
Enfim,Luís,os jornalistas deste País também já vão rareando!