João Carlos Silva
"Co-Piloto do Avião"
Esp.MMA
"Co-Piloto do Avião"
Esp.MMA
Sobreda da Caparica
O ESCLARECIMENTO SOLICITADO.
Companheiros da Linha da Frente,
Devido ao post, no Blog Luis Graça & Camaradas da Guiné, Guiné 63/74 - P4242: Histórias da CCAV 3420, comandada pelo Capitão Salgueiro Maia (2): Curiosidades, humor, histórias do Gasparinho (José Afonso) , particularmente no sub-capítulo intitulado “ Uma heli-evacuação”, naturalmente surgiram algumas reacções de alguma indignação. Estas reacções foram expressas em comentário a esse post pelo nosso Companheiro Manuel Lanceiro no nosso Blog no VOO 930 A CAMARADA CELESTE NA "TABANCA GRANDE".
Hoje, reconhecendo o lapso, recebemos o seguinte texto com pedido de publicação, por parte do Luis Graça que é administrador e editor do referido Blog:
Meus Camaradas da Linha da Frente:
Houve aqui um lamentável lapso. Devo reconhecer que no melhor pano cai a nódoa...
Quem, em subtítulo, mencionou inicialmente o nome da malograda Maria Celeste Ferreira da Costa, Enf Pára-quedista, não foi o autor do poste, João Afonso, mas o editor L.G. [Luís Graça].
A nossa camarada da FAP morreu de facto, de acidente, em 10 de Fevereiro de 1973. Na data indicada pelo José Afonso (29 de Novembro de 1971) ela não estava de facto na Guiné...
A história contada pelo José Afonso mereceu, logo, da parte de malta da FAP, uma resposta de indignação, por estar em causa a honra e a memória da Maria Celeste...
O texto já foi corrigido hoje pelo editor L.G., por conter um grave erro factual: nenhuma enfermeira pára-quedista morreu, em 29 de Novembro de 1971, devido a acidente com uma hélice de um Nordatlas... E muito menos a Maria Celeste!
Fica por esclarecer, por parte do José Afonso, quem seria então essa enfermeira pára-quedista a que se refere este excerto:
(...)
"Quando a 28 de Novembro de 1971, um elemento da Companhia acciona uma mina, ficando sem uma perna e outro elemento também ferido, ambos do 3.º Grupo de Combate é solicitada a evacuação por Via Aérea para o Hospital de Bissau.
"Ao chegar o helicóptero, sai dele uma enfermeira, que ao ver o soldado Santos sem roupa diz que assim não leva o ferido. Para ser socorrido, utilizaram-se os restos das calças para fazer garrotes à perna e ao braço. E com tiras da roupa seguram-se alguns pensos que tapam feridas menores. O homem estava nu.
"Para satisfazer o pedido da enfermeira, foi pedido ao enfermeiro que tinha uma camisola interior vestida para que a tirasse e com ela tapasse o soldado ferido". (...)
As enfermeiras pára-quedistas (representadas aqui, no nosso blogue, pela Giselda Pesssoa) não gostaram desta história que parece estar mal contada... O Miguel, naturalmente, também não gostou...
Já houve também reacções de indignação no blogue dos Especialistas da BA 12, Guiné, 1965/74:
Foi o caso, por exemplo, do Manuel Lanceiro, especialista MMA: Vd. poste
http://especialistasdaba12.blogspot.com/2009/04/voo-930-camarada-celeste-na-tabanca.html
Mais valia prevenir do que remediar... Acabámos por remediar, ou melhor atamancar... À Maria Celeste, que está no céu dos combatentes, aí vai uma prece,com pedido de perdão... Às suas camaradas enfermeiras pára-quedistas e aos demais camaradas e amigos da BA 12, Bissalanca, o pedido para que aceitem as nossas sinceras desculpas...
No caso do editor L.G., ele vem aqui reconhecer que foi traído pela pressa e pela memória... Além disso, não esclareceu, como devia ter feito, com o autor da história, José Afonso, este episódio que pode ser (ou é) considerado ofensivo para o bom nome e o comportamento ético das únicas mulheres que fizeram a guerra da Guiné...
Vou pedir ao Afonso que nos esclareça melhor sobre o que se passou... É bem possível que ele também seja sido traído pela memória... É uma pessoa de boa fé e um bom camarada. Espero, por outro lado, que ele ou os seus camaradas da CCAV 3420 tenham ouvido e/ou interpretado mal as palavras da enfermeira que veio, em 28 de Novembro de 1971, fazer uma heli-evacuação...
Publicada por Luís Graça em Luís Graça & Camaradas da Guiné a Dom Abr 26, 09:45:00 PM
JC:
Na verdade o referido texto contém dados incorrectos e passagens que podem ofender a memória de quem já não está entre nós, além disso, também podem ferir a dignidade de quem arriscou a sua vida “para que outros vivam”.
É uma acção muitíssimo meritória esta de registar uma parte importante da nossa história recente, e todos os envolvidos estarão de acordo e de certeza que pugnam para que seja feita de forma fidedigna, por respeito a quem a viveu e à memória de quem já nos deixou e para com os vindouros.
Reconhecemos assim o pronto pedido de desculpas do Luis Graça e pedido de esclarecimento ao José Afonso, de quem aguardamos agora os necessários esclarecimentos.
VOOS Relacionados :
VOO 930 A CAMARADA CELESTE NA "TABANCA GRANDE". Manuel Lanceiro
Companheiros da Linha da Frente,
Devido ao post, no Blog Luis Graça & Camaradas da Guiné, Guiné 63/74 - P4242: Histórias da CCAV 3420, comandada pelo Capitão Salgueiro Maia (2): Curiosidades, humor, histórias do Gasparinho (José Afonso) , particularmente no sub-capítulo intitulado “ Uma heli-evacuação”, naturalmente surgiram algumas reacções de alguma indignação. Estas reacções foram expressas em comentário a esse post pelo nosso Companheiro Manuel Lanceiro no nosso Blog no VOO 930 A CAMARADA CELESTE NA "TABANCA GRANDE".
Hoje, reconhecendo o lapso, recebemos o seguinte texto com pedido de publicação, por parte do Luis Graça que é administrador e editor do referido Blog:
Meus Camaradas da Linha da Frente:
Houve aqui um lamentável lapso. Devo reconhecer que no melhor pano cai a nódoa...
Quem, em subtítulo, mencionou inicialmente o nome da malograda Maria Celeste Ferreira da Costa, Enf Pára-quedista, não foi o autor do poste, João Afonso, mas o editor L.G. [Luís Graça].
A nossa camarada da FAP morreu de facto, de acidente, em 10 de Fevereiro de 1973. Na data indicada pelo José Afonso (29 de Novembro de 1971) ela não estava de facto na Guiné...
A história contada pelo José Afonso mereceu, logo, da parte de malta da FAP, uma resposta de indignação, por estar em causa a honra e a memória da Maria Celeste...
O texto já foi corrigido hoje pelo editor L.G., por conter um grave erro factual: nenhuma enfermeira pára-quedista morreu, em 29 de Novembro de 1971, devido a acidente com uma hélice de um Nordatlas... E muito menos a Maria Celeste!
Fica por esclarecer, por parte do José Afonso, quem seria então essa enfermeira pára-quedista a que se refere este excerto:
(...)
"Quando a 28 de Novembro de 1971, um elemento da Companhia acciona uma mina, ficando sem uma perna e outro elemento também ferido, ambos do 3.º Grupo de Combate é solicitada a evacuação por Via Aérea para o Hospital de Bissau.
"Ao chegar o helicóptero, sai dele uma enfermeira, que ao ver o soldado Santos sem roupa diz que assim não leva o ferido. Para ser socorrido, utilizaram-se os restos das calças para fazer garrotes à perna e ao braço. E com tiras da roupa seguram-se alguns pensos que tapam feridas menores. O homem estava nu.
"Para satisfazer o pedido da enfermeira, foi pedido ao enfermeiro que tinha uma camisola interior vestida para que a tirasse e com ela tapasse o soldado ferido". (...)
As enfermeiras pára-quedistas (representadas aqui, no nosso blogue, pela Giselda Pesssoa) não gostaram desta história que parece estar mal contada... O Miguel, naturalmente, também não gostou...
Já houve também reacções de indignação no blogue dos Especialistas da BA 12, Guiné, 1965/74:
Foi o caso, por exemplo, do Manuel Lanceiro, especialista MMA: Vd. poste
http://especialistasdaba12.blogspot.com/2009/04/voo-930-camarada-celeste-na-tabanca.html
Mais valia prevenir do que remediar... Acabámos por remediar, ou melhor atamancar... À Maria Celeste, que está no céu dos combatentes, aí vai uma prece,com pedido de perdão... Às suas camaradas enfermeiras pára-quedistas e aos demais camaradas e amigos da BA 12, Bissalanca, o pedido para que aceitem as nossas sinceras desculpas...
No caso do editor L.G., ele vem aqui reconhecer que foi traído pela pressa e pela memória... Além disso, não esclareceu, como devia ter feito, com o autor da história, José Afonso, este episódio que pode ser (ou é) considerado ofensivo para o bom nome e o comportamento ético das únicas mulheres que fizeram a guerra da Guiné...
Vou pedir ao Afonso que nos esclareça melhor sobre o que se passou... É bem possível que ele também seja sido traído pela memória... É uma pessoa de boa fé e um bom camarada. Espero, por outro lado, que ele ou os seus camaradas da CCAV 3420 tenham ouvido e/ou interpretado mal as palavras da enfermeira que veio, em 28 de Novembro de 1971, fazer uma heli-evacuação...
Publicada por Luís Graça em Luís Graça & Camaradas da Guiné a Dom Abr 26, 09:45:00 PM
JC:
Na verdade o referido texto contém dados incorrectos e passagens que podem ofender a memória de quem já não está entre nós, além disso, também podem ferir a dignidade de quem arriscou a sua vida “para que outros vivam”.
É uma acção muitíssimo meritória esta de registar uma parte importante da nossa história recente, e todos os envolvidos estarão de acordo e de certeza que pugnam para que seja feita de forma fidedigna, por respeito a quem a viveu e à memória de quem já nos deixou e para com os vindouros.
Reconhecemos assim o pronto pedido de desculpas do Luis Graça e pedido de esclarecimento ao José Afonso, de quem aguardamos agora os necessários esclarecimentos.
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VOO 930 A CAMARADA CELESTE NA "TABANCA GRANDE". Manuel Lanceiro