sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

VOO 1429 INCIDENTE.




António Loureiro
Fur.Mil.PA



Incidente

Tudo está bem, quando acaba bem.
O que podia ter sido uma tragédia, mercê do sangue frio do aluno paraquedista e à qualidade da instrução da escola do Paraclube Nacional Os Boinas Verdes, tudo acabou em bem.
E porque não dizê-lo também, graças ao meu querido amigo Pardal, infelizmente já falecido, "armado" da sua inseparável máquina fotográfica, que teve a presença de espírito suficiente para registar esta sequência de espectaculares imagens, e que teve a gentileza de mas oferecer.
As condições eram absolutamente normais e habituais nos terrenos do Aeroclube de Évora:
-Mais um curso em curso paraquedas com abertura automática, e o primeiro salto do instruendo.
-A esposa do instruendo em causa a assistir.
-Um familiar a filmar.
-E nós, já formados, à espera de uma vagazita para saltarmos também e com os olhos postos no ar a assistir ao momento sempre lindo, do desafio do homem, no sentimento mais puro de voar.
-De referir que estes saltos se davam a uma altura de 400 metros, com equipamentos já ultrapassados mas seguros, onde o paraquedista numa situação de emergência, tinha que abrir manualmente o saco do paraquedas de reserva e também manualmente "ripar" o paraquedas para o exterior.
Deu para nos apercebermos no imediato que algo estava a correr mal e a engústia nos "mirones" instalou-se instantaneamente, temendo o pior, mas felizmente que, o Homem, em pleno gozo das suas competências, provou que estava bem formado e teve o "sangue-frio" necessário para, a uma velocidade muito perto dos 200 Km/h, executar com perfeição as todas as manobras de emergência.
Quando chegou ao solo, felizmente bem, a equipa de instrutores equiparam-no com novo equipamento, meteram-no avião sem lhe dar muito tempo para pensar e tudo correu bem.
Se o procedimento fosse outro, possivelmente o Homem não tinha concluído o curso e iria ficar marcado para o resto da vida.
Simplesmente, PARABÉNS.



Legenda - Vê-se, embora com alguma dificuldade, o corpo do paraquedista sob a asa esquerda da aeronave, a fita extractora a fazer a função de extracção do paraquedas do saco que fica preso ao avião.
Foto:
António Loureiro(direitos reservados)


Legenda- O paraquedas, fruto de uma deficiente dobragem, não abrir e vindo no que se apelida de vela romana.
Foto:António Loureiro(direitos reservados)



Legenda- O momento de alívio, com o paraquedas de reserva já aberto e o principal a continuar fechado.
Foto: António Loureiro(direitos reservados)
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Legenda- Com a cidade de Évora como pano de fundo, o paraquedista já encoberto no chão e o paraquedas de reserva ainda "cheio" de braço dado com o principal.
Foto:António Loureiro(direitos reservados)

Um abraço ao senhor Comandante Barata bem como a todos os Zés Especiais.

Por favor informe-me se as imagens chegaram em perfeitas condições.


VB: Bom-Dia Loureiro.
Como podes observar,as fotos chegaram na plenitude da sua perfeição.
Agora a tua é que tarda em chegar?!...Assim como o teu contacto, postal e Tel,e a resenha do teu passado no seio desta grande família,que é FAP.
Um dos objectivos deste espaço é o reencontro de companheiros que o destino,pelos mais variados motivos,separou. Como tal,é sempre oportuno os "voos"acompanharem a foto do seu piloto!