Fabricio Marcelino
Esp.MMA
Leiria
Quanto é bom relembrar os GRANDES HOMENS! Quem conheceu e, diariamente trabalhou com o Cap.Conduto,grande técnico M.M.A.jamais o pode esquecer,mesmo após a sua morte.Tal como afirma Jorge Mendes também eu e os colegas Costa Ramos e Fernando Moutinho, estamos de acordo e, tantos outros o estarão,que ele foi um GRANDE HOMEM.
Em sua memória,vou contar uma história em que ele foi por mim envolvido,para se verificar quem era este homem.
Na B.A.5 o pessoal da linha da frente, por vezes era surpreendido com alertas e, voos nocturnos,que não contava.Um bela semana eu estive em voos nocturnos vários dias e entrei de serviço à Base.Como viva a cerca de 10km,trazia roupa apenas para poucos dias.Tinha necessidade de ir a casa e,ao chegar a noite, pedi particularmente,ao colega Mário,igualmente da Linha da frente, para me substituir no serviço até à manhã do dia seguinte.
Como era um serviço que ele fazia igualmente nos seus dias,entreguei-lhe as chaves e parti.No dia seguinte de manhã, ao chegar, antes do tempo, à Esquadra 51,reparei que o molho das chaves estava na porta do Hangar,o que não era aconselhável e, ao aproximar-me, ouvia alguém aos gritos chamar pelo mecânico de dia.Ao entrar no Hangar fiquei branco porque o colega Mário,tinha metido o seu carro dentro do Hangar e, resolveu abastecer gratuitamente, com gasolina dos put put.O depósito tinha um bujon por baixo para purgar.Deve ter ouvido barulho e fugiu, ao tentar apertar o referido bujon, este ficou encavalitado e continuou a deitar gasolina fora até despejar o depósito.Como devem calcular o Hangar estava com o chão todo cheio de gasolina,o que era um grande perigo de incêndio!
Ao avistar quem me chamava,dou de caras com um sargento ajudante,cujo nome não me lembro,que tinha vindo de Águeda do curso de oficiais e, aquele era (se a memória não me atraiçoa),o seu novo 1º dia na B.A.5.Depois de lhe explicar o se tinha passado,sem mentir,resolveu chamar o oficial de dia.Este,disse-me que tinha feito mal não ter ido falar com ele e fazer a troca oficialmente.Assim estaria ilibado.Claro que compreendi,mas não me ia passar pela cabeça que o colega me fizesse o que fez.Após a chegada do chefe da linha da frente, Sarg.Caneiro (outro grande homem) e que também já partiu para a eternidade,este logo me disse que faria os possíveis para estar a meu lado.Entretanto chegou o Cap.Coduto e após eu lhe ter explicado o sucedido,ele de imediato me tranquilizou, porque ele próprio ia tratar do assunto.Sei que não foi fácil porque o dito Sarg.ajudante fez tudo para me arranjar problemas, mas quem conheceu,o Cap.Conduto sabe, que ele fazia tudo para salvar o seu pessoal. Era uma pessoa muito recta e homem de bom trato e muito afectivo,não tivesse ele vindo de 1º cabo especialista e subido na vida a pulso.
Mais uma vez obrigado e, Paz à sua alma
Fabrício Marcelino
VB. Meu bom Companheiro Fabrício,efectivamente a FAP tinha,no colectivo, muitos homens com bastante sensibilidade humana para actuar neste e noutros tipos de situações onde apareciam os que queriam complicar.
Foram já muitos os casos aqui relatados que são o testemunho real disso.
.JPG)
