domingo, 18 de abril de 2010

VOO 1624 LINDO ANIVERSÁRIO.





José Ribeiro

Esp.OPC

Lisboa



Boa tarde, amigos e ex-camaradas de armas.
Quando se chega aos sessenta anos de idade ficamos felizes porque passamos mais uma década e o número 9 (nove). Eu já passei essa década e espero chegar a outra, e dar a cambalhota para os setenta.
Felicito o amigo, Augusto Ferreira, um dos pilotos desta base, por ter entrado na minha década e que a goze, com saúde, felicidade e tudo mais o que deseja. Estes serão sempre os votos para todos os amigos e ex-camaradas de armas.
Da vida e da guerra que passamos, tivemos capacidade para ultrapassar todos os problemas que nos surgiram pela frente, sem hoje, ainda não termos sido reconhecidos por aquilo que nos sujeitamos em prol do nosso querido país.
Estive na Guiné, como já tenho referido, em comissão, e desse episódio lembro-me que foi lá que me distribuíram a farda azul em substituição da amarela, cuja qualidade do tecido na altura era discutível com o agravante de perder a cor azul muito depressa.
Essa seria uma das razões porque o falecido comandante da Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné, Diogo Neto, autorizou o uso do traje civil dentro da Base, quando íamos para Bissau ou comer uns camarões e beber umas bojecas a um restaurante que havia em Safim, ou noutro junto à palhota junto à base. Dessa palhota lembro-me de cenas que não devo escrever aqui por respeito (... os porcos debaixo da tarimba a chiar). Com o filho do General, Diogo Neto, fui algumas vezes ao Pilão e a Bissalanca (aldeia).
Quando fui desmobilizado fui colocado novamente no ex.GDACI, em Monsanto, Lisboa, passando novamente a exercer funções no EMFA, na Avenida da Liberdade.
Como no Ex.GDACI e no EMFA somente era permitido o uso de traje civil aos sargentos e oficiais, ia fardado, mas a minha farda já não era azul nem cinzenta, isto é, de farda não tinha nada, por tal facto num certo dia sou interpelado por um senhor no elevador que me pergunta "O senhor é militar", logo lhe dei resposta "Enquanto tiver isto vestido, sou e para além disso, cheguei muito recentemente da Guiné onde fiz um comissão de serviço e quem me lavava a farda era uma bajuda". Nessa altura estava um bocado apanhado do clima.
Onde eu me fui meter, porque quem me tinha interpelado era precisamente o CEMFA. Tive uma sorte dos diabos não ter apanhado uma "porrada", porque até os meus chefes ficaram admirados em me ter safo.
Mas o melhor estava para vir porque foi publicada uma Ordem de Serviço a isentar todos os cabos especialistas de andar fardados dentro do Estado Maior.
O grande problema foi em Monsanto, já que não era permitido andar à civil, mas depois de uma grande luta encetada não somente por mim como por outros ex-camaradas, conseguimos entrar e sair à civil, mais tarde.
Amigo, Victor, num anterior e-mail, foi publicitada um palavra escrita incorrectamente: onde se diz Barreram-se deve lêr-se varreram-se.
Assim como na outra msg. publicitas se assim o entenderes.
JLRibeiro