domingo, 28 de novembro de 2010

Voo 2015 AINDA VAMOS A TEMPO!?




Manuel Dâmaso
Sargº.Môr Paraqª.
Azeitão



Hoje senti-me Piurço
Não tem tradução mas segundo alguns é pior que Urso.
Isto terá a ver com o “ fazer figura de urso”, claro que dava pano para mangas e não saía daqui até à Primavera.
Pois, com a frieza que está hoje, por sorte frio seco, bem me lembro dessa Senhora, Afável, Meiga, Calma e Serena de nome Primavera, claro que não tem nada a ver com a prima chamada Vera, será que podia ter?
Claro que pode ter, evidentemente que pode ter, só depende da imaginação de cada um e das qualidades da prima.Não gosto de secas também não gosto de as dar, por isso vou ao assunto.
Temos na internet o Google que “às vezes nos dá aquilo que precisamos em pesquisa, outras vezes não nos dá “ponta de corno”, desculpem a linguagem.
Como mudei de residência para Azeitão, não têm nada com isso, mas os mais atentos já se aperceberam que já não sou o Dâmaso de Odemira, embora sendo porque pertenço ao Concelho, como temos de nos preocupar com a saúde que cada vez escasseia mais, tentei pesquisar Clínicas na minha nova residência, após várias tentativas, fiquei “piurso”.Coitado do animal, é um predador natural mas tem outro bem pior que é o Homem, claro que o pobre animal quando escorraçado do Habitat natural se devia considerar pihomo.

Depois de várias tentativas, utilizei uma linguagem vernácula, fiquei apavorado com o drama das pessoas que utilizaram aquele método de linguagem, senti-me pequenino perante tanta injustiça e tanta miséria e pensei que eu com alguns problemas, sou um privilegiado em relação a eles, isto levou-me a reflectir que com a época Natalícia que se aproxima, quem sabe, talvez aqueles que têm uma qualidade de vida melhor se devam preocupar com o seu semelhante que está com dificuldades, pensem nos nossos camaradas de armas a quem a vida não sorrio, alguns vivem na rua outros têm outros problemas afins.
Há cerca de três anos, tive conhecimento de um camarada que foi do meu pelotão, estava com dificuldades, havia um general interessado em o ajudar, desloquei-me ao Algarve à sua residência para colher os elementos necessários para lhe ser atribuída uma pensão, em virtude ser condecorado com uma cruz de guerra, ninguém atendeu procurei e falei com um irmão que me disse que ele tinha ido pescar e com o produto do pescado tinha comprado vinho para “comer” e que estava em coma alcoólico.
Senti-me frustrado e ainda por cima no regresso sem querer, dei um toque num cão que se me atravessou repentinamente na frente, pensei que “ Há dias que nem de manhã que nem de tarde se pode sair à noite”.
Felizmente o General não desistiu e o homem levou a sua pensãozinha para poder “comer” mais uns copitos.
Encaminhar esses casos para as autoridades competentes já é uma ajuda, sem descurar se a assistência é efectivamente prestada.
Existe outra questão muito importante que é a angariação do banco alimentar contra a fome, digo-vos que amarguei na pele a fome e a sede, não vou aqui descrever os sintomas, mas digo-vos que não são nada bons.
Assim sendo peço ao Exmo. Comando a gentileza de publicar este artigo para ver se os mais distraídos ainda vão a tempo de saciar a fome a algumas pessoas.
Hoje já forneci um saco de compras, não fiquei satisfeito, amanhã não preciso fazer compras mas vou novamente fazer mais um saco.
Não se esqueçam que “ Fazer bem não dói e faz bem”

Saudações Aeronáuticas

A. Dâmaso