O GENERAL PILAV Manuel Diogo Neto nasceu em Lisboa a 16 de Janeiro de 1924. A sua admirável carreira militar inicia-se em 03 de Agosto de 1943, no posto de soldado cadete, frequentando o Curso de Piloto Aviador na Base Aérea Nº1, Sintra. Promoções:
- Alferes em 01 de Novembro de 1947; - Tenente em 01/12/1950; - Capitão em 26/10/53; - Major em 24/01/1958; - Tenente-coronel em 01/11/1960; - Promovido a Coronel em 18/08/1962 por Distinção; - Major General em 24/07/1970; após frequentar no ano lectivo de 1967/68 o Curso de Altos Estudos Militares em que obteve a classificação “MUITO APTO”; - Tenente General em 26/06/1973; - Promovido a General em 28/04/1974, sendo nomeado Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, integrando a Junta de Salvação Nacional. • Em 30 de Setembro de 1974 passou à situação de reserva. • Em 01 de Julho de 1990 passou à situação de reforma. Colocações:
- Base Aérea nº1 (Sintra) em 03 de Agosto de 1943; - Base Aérea nº4 (Terceira, Açores) em 05 de Dezembro de 1947; - Base Aérea nº3 (Tancos) em 18 de Novembro de 1949; - Base Aérea nº2 (OTA) em 20 de Dezembro de 1951; - Comando da 1ª Região Aérea em 31 de Dezembro de 1959; - Base Aérea nº9 (Luanda) em 06 de Dezembro de 1960; - Comando da 2ª Região Aérea (Angola) em 18 de Agosto de 1962; - Comando da 1ª Região Aérea em 09 de Novembro de 1963; - Base Aérea nº2 (OTA) em 14 de Março de 1964; - Comando da 3ª Região Aérea (Moçambique) em 29 de Junho de 1967; - Estado-Maior da Força Aérea em 12 de Agosto de 1967; - Base Aérea nº12 (BISSAU) em 20 de Agosto em 1968; - Comando da 1ª Região Aérea em 30 de Julho de 1970; - Direcção do Serviço de Instrução em 20 de Novembro de 1970; - Comando da 3ª Região Aérea (Moçambique) em 10 de Novembro de 1972. - Estado-Maior da Força Aérea em 28 de Abril de 1974. Durante a sua longa e notável carreira militar foi agraciado com vários louvores e condecorações entre das quais se destacam: - Medalha da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito C/Palma em 04/06/1970; - Medalha de Prata de Valor Militar C/Palma em 16/05/1970; - Medalha da Cruz de Guerra de 1ª Classe em 10/06/1962; - Medalha de Prata de Serviços Distintos C/Palma em 18/08/1961; - Medalha Comemorativa das Campanhas em 07/10/1963. O GENERAL PILAV Manuel Diogo Neto faleceu a 15 deDezembro de 1995. Origem deste Voo: AHFA(Arquivo Histórico da Força Aérea)
O Nosso Camarada,SargºMor Paraqª,no livro que editou “AS ELITES MILITARES E AS GUERRAS D’ÁFRICA”,defini-o assim: “Na Guiné, o BCP 12 bateu-se com galhardia contra o PAIGC, bem armado e treinado por oficiais cubanos, alcançando resultados considerados excelentes em contra guerrilha, expressos nas elevadas baixas causadas ao inimigo e no volume de armas e munições capturadas e destruídas.
Em operações como, por exemplo Ciclone II, Titão, a longa série de acções da Júpiter sobre o famoso corredor de Guileje, Dinossauro Preto (Agosto 73) e Jovem que é feito prisioneiro o capitão-comandante Pedro Rodriguez Peralta, ilustram a tenacidade e o espírito de missão dos Pára-quedistas empenhados na Guiné numa luta de vida ou de morte, com especial relevo para os assaltos helitransportados contra posições defendidas por metralhadoras pesadas anti-aéreas de 12.7 e 14.5 mm. Como comandante da ZACVG, (Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné) de Setembro de 1968 a Agosto de 1970, tive oportunidade de constatar a eficiência operacional do BCP 12 perante um inimigo fortemente armado e protegido por áreas densamente arborizadas onde a progressão se processava em condições desfavoráveis para os nossos soldados. (...) Na base da brilhante e valorosa acção em operações dos Pára-quedistas em África estão a preparação militar, capacidade de comando, disciplina debaixo de fogo, determinação, espírito de decisão e coragem, qualidades que lhes permitiram resolver as mais difíceis situações surgidas ao longo dos 14 anos de guerra, sendo a sua presença decisiva na manutenção da soberania nacional em Angola, Guiné e Moçambique. Tendo sido os primeiros a chegar em 1961, são os últimos a sair de África, garantindo até ao último momento a segurança dos responsáveis pelo definitivo arrear da Bandeira...” (CTP, Vol. IV, 1987: 37 a 39). Diogo Neto, o mais prestigiado Piloto Aviador durante a Guerra de África, justifica a capacidade operacional dos Pára-Quedistas nas suas qualidades pessoais, as quais especifica como sendo a “capacidade de comando, disciplina debaixo de fogo, determinação, espírito de decisão e coragem”. Para Diogo Neto, neste tipo de guerra, as qualidades pessoais e humanas constituem o factor determinante do comportamento em combate. |