Rui Gonçalves
Leitor Do Blog
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- Bom Dia!!!!..... Amigas/os....
(Especialmente AS/OS Mocambicanas/canos!!!!!!.... )....
- REPASSANDO:
- REPASSANDO:
COMO ÉRAMOS E COMO ESTAMOS!...
(DESPORTISTAS MOÇAMBICANAS/OS)
Como_éramos...como_estamos.wmv
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Dado hoje ao ter recebido o mailing com
o ficheiro em anexo e só agora tardiamente ter tido conhecimento do falecimento
do meu antigo camarada — estou a referir-me ao Quen Gui —, tentei obter na na web,
mais dados sobre este infeliz desenlace. Ao ver que vocês “Especialistas da
Base Aérea 12”, também na altura se referiram à sua morte, queria também
fazer-vos conhecedores desta minha mensagem que, de algum modo pretende
perpetuar a memória do Quem Gui. Daí que caso tenham alguma coisa a acrescentar
ao que penso desta nossa geração de políticos, estou recetivo a ouvir-vos.
Saudações,
Rui Gonçalves
Boa tarde Morgado,
Sobre este mailing só duas
coisas:
— Gostei bastante de ver, não obstante
dos desportistas referidos, ter apenas interagido com dois, ambos camaradas de
tropa e por sinal do mesmo pelotão, do curso de 1970 em Boane, o Quen Gui e o
José Arruda, mas ironia das ironias, aqui convém recordar que hoje passados
estes anos todos, em que grande parte dos nossos “inteletuais”, continua a
esquecer a nossa geração que por um motivo, ou por outro, não se furtou à
guerra que então enfrentávamos e, a nos tratar como um bando de tipos sem
consciência política — em oposição aos que desertaram esses sim, dignos de
todos os encómios por terem altamente contribuído para a democracia —, tanto o
Quen Guy como o José Arruda, mercê do seu estatuto de atletas de alta
competição, poder-se-iam ter eximido ao cumprimento do serviço militar no
teatro de operações e terem-se quedado pelas branduras dos locais onde aquela
(guerra) não se fazia sentir. Mas não, ambos não quiseram usufruir desse
privilégio e foi assim que o Quen Guy em plena “guerra colonial”, foi mobilizado
para defender a bandeira portuguesa, tendo permanecido entre 1972 e 1974 na
então província de Tete, uma das regiões de Moçambique onde a guerra contra a
FRELIMO se desenvolvia com mais intensidade, como furriel do exército. Quanto
ao José Arruda, felizmente ainda entre nós e, Deus queira que durante muitos
anos, todos sabemos o que lhe aconteceu e que mercê disso, hoje ocupa muito
legitimamente o cargo de Presidente da Direção Nacional da Associação dos
Deficientes das Forças Armadas, orgáo que ajudou a fundar, face às lesões
físicas que o marcaram para o resto da vida.
— E é assim que não obstante o meu
agradecimento ao autor deste vídeo (Mário Silva), por me fazer recordar alguns
dos praticantes de basquetebol, oriundos de equipas de Maputo (ex-Lourenço
Marques) que então davam cartas a nível nacional, lamento informar que o mesmo
já está desatualizado e digo isto porque infelizmente, o Quen Guy já faz parte
da lista dos desaparecidos, uma vez que faleceu em abril do ano passado em
Coimbra, onde foi professor de matemática e residia há muitos anos.
Para que a memória não nos atraiçoe e
continue a manter-nos solidários, é sempre bom recordar os ambientes saudáveis
que então vivíamos e onde, às vezes, tendo que contar os tostões que de facto,
pelo menos para mim eram poucos, eu me dirigia aos pavilhões do Desportivo e do
Malhanga para assistir não só aos jogos de basquete, como de hóquei, onde
também as nossas equipas eram exímias e, isto digo eu que só vivi em Moçambique
dos 20 aos 30 anos, mas não me perguntem porquê, ainda hoje nalguns momentos,
tenho a sensação que não cortei o meu cordão umbilical.
Um abraço,
Rui Gonçalves
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