quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Voo 2552 CINQUENTENÁRIO DOS PARAQUEDISTAS BREVETADOS.







António Dâmaso
SargºMôr Paraqª.
Azeitão




CINQUENTENÁRIO DOS BREVETADOS EM PARAQUEDISMO MILITAR EM 1962

Caros Camaradas/companheiros de Armas, alguns esqueceram-se que as Tropas Paraquedistas pertenceram por muitos e bons anos à Força Aérea Portuguesa, que o digam aqueles que não sendo paraquedistas com eles prestaram Serviço e viveram em harmonia com os Páras e no que me foi dado observar nos vinte anos que lá estive, a sua colaboração foi excelente.
De início esteve o BCP, (Batalhão de Caçadores Paraquedistas) com sede em Tancos Militar, posteriormente promovido a RCP, Regimento de Caçadores Paraquedistas), tudo isto debaixo da tutela do então Secretário de Estado da Aeronáutica, Brigadeiro Kaúlza de Arriaga, este Senhor foi o impulsionador das TP em Portugal e dentro das mesmas do Quadro das Enfermeiras Paraquedistas, estas jovens sem serem aventureiras na aceção da palavra, aventuram-se no altruísmo de que na sua qualificação de paraquedistas, poderiam alargar o seu horizonte na sua prestação de cuidados de Saúde a Militares.
Enfrentaram novos horizontes, tiveram de fazer ver a muita gente que podiam competir com os homens, isto na altura em que todos os que se lançavam em paraquedas eram malucos.
Depois da introdução vamos aos factos:
Desde há seis anos que tenho promovido esforços junto de diversas Individualidades no sendo de saber endereços dos meus camaradas de Curso, só recebi negas e por último através deste Blogue que apenas obtive silêncio, ficou registado.
Gastei algum dinheiro em chamadas que não deram em nada, mesmo assim contribuí para a localização de vários elementos não só do meu Curso como de outros.
A União Portuguesa de Paraquedistas, organizadora Evento convocou os que teve acesso ao endereço e que ainda estavam vivos para comparecerem na cerimónia, uns não compareceram por motivos económicos, por estado de saúde e outros porque não quiseram, estamos num País “livre”.
No dia 25 de Outubro, data do termo do último Curso de 1962, lá fui a caminho de Tancos levando comigo um vizinho que é do Curso a seguir ao meu, quando chegamos conheci a maior parte dos presentes, expecto aqueles que depois de terem cumprido a sua obrigação militar se foram embora.
Dos 78 finalistas do meu Curso, encontrei 10, alguns que não viam há 48 anos, a salientar que englobados no meu Curso estão 5 Enfermeiras que complementaram os saltos na mesma altura.
Destas apenas compareceram duas, foi com emoção que as cumprimentei por ter sido instruendo de uma e posteriormente ter tido o privilégio de ter trabalhado com elas em prol da prestação de cuidados de saúde a militares da Força Aérea Portuguesa, para mim apesar da morfologia da idade, continuam a ser aquelas jovens que conheci e privei profissionalmente.
Com elas aprendi a prestar cuidados de saúde com dedicação, entusiasmo e empatia que exerci mais de trinta anos.
O dia estava de aguaceiros, mas com algumas pequenas abertas.
Levava a minha máquina fotográfica que apesar de estar na garantia, pifou julgo que devido a pilhas fui obrigado a desembolsar 19 Euros pelo conjunto da reportagem.
Voo é dedicado às Enfermeiras Paraquedistas e camaradas de 1962, seguem algumas fotos:



Legenda: Porta de armas das TP, com o emblema do Exército
Foto: Cortesia do António Dâmaso



Legenda: Três pioneiras do 16.º Curso, eu a Enfermeira Eugénia e o Nunes Ferreira, eu e ele viemos do RL 1 em Elvas
Foto: Cortesia do António Dâmaso



Legenda: As Enfermeiras Eugénia E Sousa e Maria do Céu Pedro, (Irradia ternura)
Foto: Cortesia do António Dâmaso



Legenda: Na Capela da Unidade na missa por alma dos que já partiram.
Foto: Cortesia do António Dâmaso.


 VB: Bom Dia Companheiro Dâmaso, se este salto foi excelente, como só tu o sabes fazer, melhor foi as notícias que nos trazes.
Para mim foi uma surpresa muito grande acompanhada de alguma emoção, rever a Enfª Eugénia com quem partilhei alguns episódios na Guiné. Espero que ela ao ler esta notícia, nos faça uma grande surpresa efectuando um salto para esta Base.
Ó Dâmaso, numa das tuas legendas, dizes que a Céu irradia ternura?! Pois o que é que estas mulheres tinham senão ternura para com as situações que se deparavam no dia/dia?


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