sábado, 16 de março de 2013

VOO 2721 OS LUSÍADAS E A FORÇA AÉREA PORTUGUESA







João Carlos Silva
Esp MMA
Sobreda
Os Lusíadas e a Força Aérea Portuguesa

Por via do lema de algumas esquadras de voo da Força Aérea Portuguesa, dei por mim a pesquisar informação sobre os Lusíadas e a relacionar os respectivos Cantos e Estrofes com esses lemas e esquadras. Aqui vos deixo e espero que também achem interessante.

Os Lusíadas é uma obra poética do escritor Luís Vaz de Camões, considerada a epopeia portuguesa por excelência. Provavelmente concluída em 1556, foi publicada pela primeira vez em 1572 no período literário do classicismo, três anos após o regresso do autor do Oriente.
A obra é composta de dez cantos, 1115 estrofes que são oitavas decassílabas, sujeitas ao esquema rímico fixo AB AB AB CC – oitava rima camoniana. A acção central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, à volta da qual se vão descrevendo outros episódios da história de Portugal, glorificando o povo português.

O herói
Como o título indica, o herói desta epopeia é colectivo, os Lusíadas, ou os filhos de Luso, os portugueses.

Os Lusíadas na Wikipedia

A Força Aérea Portuguesa (FAP) é parte integrante do sistema de forças nacional e tem por missão cooperar, de forma integrada, na defesa militar da República, através da realização de operações aéreas, e na defesa aérea do espaço nacional. Compete-lhe, ainda, satisfazer missões no âmbito dos compromissos internacionais.
A FAP foi criada em 1 de julho de 1952, constituindo-se como ramo independente, em paralelo com a Marinha e Exército, integrando as aviações incorporadas naqueles ramos.

Visão
Gerar poder aéreo e uma capacidade de resposta eficaz;
A segurança como fator crítico da missão;
O valor das pessoas;
A qualidade dos meios;
Uma organização ágil, flexível e inovadora;
Uma cultura de serviço, empenhada no cumprimento da missão;
Uma força coesa, motivada e disciplinada;
Sentido de pertença, credibilidade e relevância;
Prestígio nacional.

Força Aérea Portuguesa, site oficial

Esquadras de Voo
As aeronaves da FAP estão integradas em Esquadras de Voo dependentes das bases aéreas. Em teoria cada esquadra baseia-se em 25, 12 ou 6 aparelhos do mesmo tipo, conforme é, respectivamente, uma esquadra de aeronaves ligeiras, de aeronaves médias ou de aeronaves pesadas. Na prática, esta quantidade varia bastante, dependendo do material disponível. As esquadras com mais aeronaves dividem-se em esquadrilhas de 4 a 8 aparelhos.

As esquadras recebem uma numeração de três algarismos, em que o primeiro indica a sua missão primária, do seguinte modo:
1 - instrução
2 - caça
3 - ataque
4 - reconhecimento
5 - transporte
6 - patrulha marítima
7 - busca e salvamento
8 - especial

O segundo algarismo indica o tipo de aeronave operado pela esquadra, do seguinte modo:
0 - asa fixa
1 - misto
5 - asa móvel

Força Aérea Portuguesa na Wikipedia

Canto I

Estrofe 1

As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;


Estrofe 2

E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.



Estrofe 97

Mas o Mouro, instruído nos enganos
Que o malévolo Baco lhe ensinara,
De morte ou cativeiro novos danos,
Antes que à Índia chegue, lhe prepara:
Dando razões dos portos Indianos,
Também tudo o que pede lhe declara,
Que, havendo por verdade o que dizia,
De nada a forte gente se temia.




Canto II

Estrofe 54

Como vereis o mar fervendo aceso
Colos incêndios dos vossos pelejando,
Levando o Idololatra, e o Mouro preso,
De nações diferentes triunfando.
E sujeita a rica Áurea Quersoneso,
Até ao longínquo China navegando,
E as ilhas mais remotas do Oriente,
Ser-lhe-á todo o Oceano obediente


Canto V

Estrofe 37

Porém já cinco Sóis eram passados
Que dali nos partíramos, cortando
Os mares nunca de outrem navegados,
Properamente os ventos assoprando,
Quando uma noite, estando descuidados
Na cortadora proa vigiando,
Uma nuvem que os ares escurece,
Sobre nossas cabeças aparece.

Estrofe 38

Tão temerosa vinha e carregada,
Que pôs nos corações um grande medo;
Bramindo, o mar negro mar de longe brada,
Como se desse em vão nalgum rochedo.
Ó Potestade, disse, sublimada:
Que ameaço divino ou que segredo
Este clima e este mar nos apresenta,
Que mar coisa parece que tormenta?




Canto IX

Estrofe 90

Que as imortalidades que fingia
A antiguidade, que os Ilustres ama,
Lá no estelante Olimpo, a quem subia
Sobre as asas ínclitas da Fama,
Por obras valerosas que fazia,
Pelo trabalho imenso que se chama
Caminho da virtude, alto e fragoso,
Mas, no fim, doce, alegre e deleitoso,


Na minha modesta interpretação, uma feliz simbiose entre uma das maiores Obras da literatura portuguesa, a Epopeia Portuguesa, onde os portugueses e os seus feitos são a figura principal e esta nobre instituição Força Aérea Portuguesa, de cuja visão eu destaco o Valor das Pessoas e o Prestígio Nacional.

Saudações Especiais,

João Carlos Silva

5 comentários:

  1. Boas companheiro, grande historiador.
    Um abraço
    Mário Aguiar

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  2. Viva Mário,
    Não gostei nada de ser obrigado a estudar Os Lusíadas no tempo de escola. Anos depois tudo faz outro sentido o que desperta o interesse e se torna aliciante.
    Um abraço,
    João Carlos Silva

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  3. caro Joao
    magnifico trabalho, sem nunca ter estudado os Lusiadas, bem gostei de ler e reler o teu trabalho.
    parabens, gostei muito
    aquele abraço
    Jovino

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  4. Amigo Jovino,
    Gosto de saber que gostaste, pois foi com prazer que o fiz e que o partilhei convosco.
    Um abraço,
    João

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