domingo, 13 de outubro de 2013

Voo 2921 ATÉ UM DIA QUERIDA MÃE...





Victor Barata
Esp.Melec/Inst./Av.
Vouzela








Mãezinha

Estou muito triste, estive dois dias junto de si suplicando que me ouvisse e não me falou…
Pedi que olhasse para mim, e nem esses olhitos, que tanto adorava, abriu…
Quando na 5ªfeira,eu e mano saímos de junto de si, beijando essa sua testinha que tantas e tantas vezes, mãezinha, se encostou á nossa face transmitindo-nos o carinho que necessitávamos, partimos tristes, com umas malvadas lágrimas que teimaram em se soltar dos nossos olhos, por os seus não se terem aberto…
Infelizmente não mais os vamos ver abertos…não mais vamos ouvir a sua carinhosa voz…não mais vamos ouvir os bons conselhos que nos dava fazendo com que nos orgulhemos de ser os homens que somos…   
Queremos que saiba que foi uma HONRA para nós ter sido nossa MÃE. Não poderia existir uma melhor.
Estando ao seu lado nos últimos tempos, pude constatar que, de facto, coragem não é ausência de medo, mas sim a atitude de enfrentá-lo, e você enfrentou os seus e lutou até quando lhe foi possível.
Foi consigo que  aprendi a ser pai e, sendo pai, aprendi a amar e  admirá-la ainda mais, pois passei a compreender os porquês do seu zelo, dos seus temores e do seu cuidado comigo e com meu irmão, assim como passei a entender sua humanidade, com seus erros, acertos e receios, como uma qualidade linda em você, que a transformava exatamente nessa pessoa que você foi, alegre, carinhosa, sempre disposta a ajudar, especialmente aos filhos. Sendo pai, eu também me tornei um filho melhor e pude tê-la muitas vezes como filha, permitindo-me  cuidar, abraçar e segurar a sua mão muitas vezes nos momentos difíceis, até o fim!
É triste perdê-la, mãezinha querida!
Vou sofrer muito por não poder estar junta de mim,nos momentos de alegria, como ainda aconteceu á um mês naquelas festas em Serpins, no segundo sábado de Setembro, onde os meus amigos a sentiam também como uma MÃE. . Sentirei saudades de tal forma que não conseguirei explicar, pois há muito tempo que já deixamos de ser só mãe e filho, passamos a ser amigos, companheiros de luta.
 Mãezinha, peço-lhe desculpa, mas as abundantes lágrimas que os meus olhos soltam neste momento, obrigam-me a dizer-lhe que vá em paz e com a certeza de que nós ficaremos bem.
Neste momento de despedida,  peço-lhe que olhe por nós e diga ao nosso Pai do Céu que me perdoe os momentos de fraqueza.
Nunca a esquecerei.  Amo-a infinitamente.
Fico com a certeza de que um dia nos reencontraremos.

Um grande beijo.


3 comentários:

  1. Caro Comandante e companheiro de armas.
    Hoje ao entrar na porta de armas da nossa Base, deparei com a triste
    notícia do falecimento de tua mãe, quero desta forma me associar a
    todos os companheiros que enviaram mensagens de solidariedade, nesta
    hora de dor, apresentar as minhas sentidas condolências a ti extensivo
    a teu irmão e restante família.
    Um forte abraço de amizade e solidariedade, muita força companheiro.
    Luís Martins

    ResponderEliminar
  2. Caro Amigo Victor Barata,
    Só agora soube da triste notícia do falecimento de tua mãe.
    Apresento-te e a toda a família, nesta hora de dor, as minhas sentidas condolências.
    Recebe um abraço de amizade e força companheiro.
    José Neto

    ResponderEliminar
  3. Meu Caro Amigo e Companheiro
    A dor de se perder algo precioso, dá para desenvolver a solidariedade entre Amigos e Companheiros, acabando por se tornar numa “ferramenta” útil que a maioria nem dá atenção.
    Assim, a “Voz do Povo” na sua sabedoria, diz que “É nas ocasiões más que se vêm os Amigos”.
    Longe de mim desejar que os Amigos só “apareçam” quando algo vai (ou está) mal.
    Dentro do contexto, Amigo, quero deixar-te dito que a Homenagem que prestaste á tua Mãe, é admirável e com a Alma plena de dor e admiração.
    Associo-me a essa tua Homenagem, se o permites, como se fosse (também) seu filho, teu irmão.
    As cicatrizes demoram a secar, ao contrário das lágrimas que se vão diluindo com o decorrer da Vida; as marcas, essas permaneceram até ao nosso fim.
    Digo do que “sei”, por experiência própria.
    Que a “Força” te acompanhe nestes tempos e te faça recordar (sempre) como é ser (ter) Mãe para com os nossos Filhos.
    Abraços Solidários, do
    Santos Oliveira

    ResponderEliminar