José Guedes
Cmt.TAP
Cmt.TAP
AVISO
IMPORTANTE - A história que se segue é demasiado
longa para ser contada em apenas uma publicação (post) no Facebook. Para fazer
face a esse tipo de constrangimento e para facilitar a sua leitura decidi
dividi-la em quatro partes irão sendo publicadas ao longo de outras tantas
semanas neste espaço. Oxalá gostem.
O PIRATINHA - Parte I
Aquela terça feira 6 de Maio de 1980
tinha tudo para ser um dia profissionalmente "fácil" apesar do aviso
premonitório do Benjamim Formigo, entusiasta da aviação, jornalista do Expresso
e meu amigo pessoal. Durante a manhã tínhamos estado juntos no Sindicato dos
Pilotos a trabalhar no embrião daquilo que viria a ser uma revista de aviação
que ainda hoje perdura, a Sirius, até que no momento da despedida ele se virou
para mim e perguntou:
- Então que fazes hoje?
- Vou ali a Faro e já venho, respondi.
- Isso achas tu, disse ele.
Confesso que na altura não dei qualquer importância a tão inusitado comentário mas depois de ter acontecido o que aconteceu não resisti a perguntar onde raio tinha ele ido buscar tal premonição.
- Era a brincar, respondeu. Mas numa altura em que havia aviões a serem desviados quase todas as semanas por que carga de água não poderíamos ter uma coisa dessas em Portugal?
Se estivéssemos na América eu diria que este foi um claro caso de "wishful thinking" que acabou por transformar um desejo do Benjamim em realidade e mais tarde lhe valeu uma das mais brilhantes reportagens da sua carreira. À minha custa, claro.
Mas vamos lá então à história.
A minha escala de voo para esse dia previa apenas a realização de um voo doméstico Lisboa / Faro / Lisboa com apresentação no aeroporto da Portela pelas cinco da tarde, o que significava que se tudo corresse bem estaria de volta a casa pelas dez da noite, mais coisa menos coisa. Do ponto de vista pessoal este programa até me dava jeito pois com escalas destas nenhum piloto fica cansado, mas ponderando as coisas de uma forma mais objectiva era evidente que a TAP também não teria grande futuro ao subaproveitar dessa forma os seus recursos técnicos e humanos. Mas este era um sinal dos tempos conturbados que então se viviam num Portugal recém saído do PREC (Processo Revolucionário Em Curso) em que os sindicatos andavam muito mais preocupados com as regalias dos trabalhadores do que com a solvência das empresas. Mas isso é outra conversa que não é para aqui chamada, passemos adiante.
A viagem desse dia não correu nada bem e acabei por regressar ao apartamento de Carcavelos onde então morava não ao princípio da noite mas antes ao raiar do dia seguinte. Porém cheguei "inteiro", encharcado em adrenalina e com uma história espantosa para contar.
Como disse, o serviço dessa tarde consistia num voo doméstico entre Lisboa e Faro, seguido de regresso. O avião era um Boeing 727/100 com a matrícula CS-TBQ, "Bissau" de seu nome, um aparelho já algo cansado mas ainda em boa forma que nesse dia iria transportar 83 passageiros, alguma carga e o habitual correio. A tripulação era formada por Comandante, Copiloto, Operador de Sistemas e quatro assistentes de bordo. Eu era o Copiloto do serviço e por larga margem o elemento mais jovem no cockpit, facto que viria a ter uma importância decisiva na solução da crise por que viríamos a passar, como veremos mais tarde.
Os preparativos para a viagem decorreram normalmente e ao final da tarde o Boeing 727 da TAP estava a descolar na pista 03 do Aeroporto de Lisboa com destino a Faro, um pequeno voo com cerca de 50 minutos de duração que mal chegavam para completar os diferentes "check lists", fazer comunicações, navegar, ouvir a meteorologia e preparar a aterragem. Isto para além das formalidades habituais, a chamada "papelada". Estavam ainda longe os dias do "paperless cockpit", abençoada filosofia que reduziu drasticamente a quantidade de papeis que os pilotos eram supostos consultar ou preencher. O trabalho fazia-se, claro, mas em voos de curta duração não sobrava muito tempo. No limite dava para tomar um cafezinho durante os poucos minutos de cruzeiro mas só se a Chefe de Cabina não estivesse muito ocupada com o serviço aos passageiros. Obviamente, no meio de tanta azáfama a última coisa que um piloto deseja é receber a visita de um jovem armado com uma pistola, claramente tenso e perturbado, mas foi exactamente isso que aconteceu. Mas passemos então aos factos.
O avião tinha descolado há poucos minutos de Lisboa quando ouvi a porta do cockpit abrir-se e uma voz masculina gritar "Vamos para Madrid! Vamos para Madrid!". Olhei para trás e deparei com um vulto que apontava uma arma à cabeça do Operador de Sistemas, cujo painel de controle está localizado na parte direita do cockpit, por trás dos pilotos. Quando perguntei "O que é isto?'" a arma passou a ficar apontada à minha cabeça, o que me fez pensar por um instante que talvez devesse ter ficado calado. Mas já era demasiado tarde. Passada a fase da surpresa e incredulidade havia que tentar ganhar o controle da situação e aliviar a enorme tensão que entretanto se tinha instalado naquele espaço diminuto. Enquanto o Comandante accionava o sistema de alerta (não vou dizer como isso se faz mas os pilotos têm forma de avisar o Controle de Tráfego Aéreo que estão sob sequestro) tomei uma decisão que viria a revelar-se decisiva: apresentei-me ao intruso, disse o meu nome e perguntei o dele.
- Como te chamas?, inquiri acentuando o tratamento por "tu" para dessa forma estabelecer uma relação minimamente amistosa com o jovem que nos mantinha sob ameaça, agora que já era possível verificar que se tratava de um rapaz aparentando 17 ou 18 anos de idade. Era óbvio que estava claramente perturbado e sob grande tensão. A mão que segurava a arma tremia descontroladamente.
- Chamo-me R e peço desculpa pelos problemas que lhes estou a causar, respondeu o nosso imprevisto visitante mantendo porém a arma apontada à minha cabeça. Esta frase foi música para os meus ouvidos pois quem falava assim não deveria ser um perigoso terrorista, pensava eu. Um assassino potencial não pede desculpas pelo incómodo, só se for para gozar com as suas vítimas. Mas não me pareceu ser esse o caso. Fiquei mais calmo e comecei a acreditar que seria apenas uma questão de tempo até que a coisa se resolvesse.
- Mas que pretendes tu, R?, perguntei.
- Quero ir para Madrid, respondeu.
- Mas olha que não sei se temos combustível para tanto, acrescentei pensando que o argumento seria devastador para as expectativas do "R".
- Tens, tens. Eu sei que vocês levam sempre combustível para ir para um aeroporto alternativo em caso de mau tempo.
O nosso jovem tinha feito o trabalho de casa e sabia do que falava sobre esta e outras matérias, como adiante veremos. Porém naquele instante o que mais me interessou foi o facto de ele me ter tratado por "tu", pormenor que abria excelentes perspectivas para o que viesse a seguir. Pelo menos era isso que a minha visão habitualmente optimista da vida me sugeria e, como mais tarde veremos, não andava muito longe da verdade.
Como já foi dito eu era o elemento mais novo naquele cockpit e embora tivesse mais uma dúzia de anos de idade que o jovem que nos mantinha sob ameaça isso não parecia suficiente para criar uma barreira intransponível entre nós. Por outro lado estava a começar a fazer-se sentir a chamada Síndrome de Estocolmo, estado de forte dependência psicológica que se estabelece habitualmente entre sequestrador e sequestrado em situações de grande tensão. A vítima tende a olhar para o agressor com alguma indulgência e compreensão enquanto que este último sente algum alívio por ter encontrado alguém que entende o seu estado de espírito e está disposto a colaborar. Esta figura, a Síndrome de Estocolmo, manifestou-se durante todo o sequestro e viria a acompanhar-me de forma mais ou menos permanente durante alguns meses após o mesmo, como mais tarde veremos. Aliás, trinta e cinco anos volvidos sobre os acontecimentos ainda hoje não tenho a certeza de me ter completamente libertado do turbilhão de afectos que uma crise deste género proporciona.
Decidida a mudança de rota e alertado o Controle de Tráfego Aéreo tornou-se necessário avisar a restante tripulação e os passageiros que o nosso voo daquele fim de tarde iria terminar (esperava-se…) em Madrid. Mas era necessário não revelar o que estava a acontecer para evitar que o pânico se instalasse a bordo e viesse complicar ainda mais uma situação que já de si não era fácil. O Comandante pegou no microfone e disse qualquer coisa como:
- Senhores passageiros, pedimos desculpa pelo incómodo mas por razões de ordem meteorológica somos forçados a divergir para Madrid, pensando nós que isso bastaria para arrumar a questão e tranquilizar todas as pessoas a bordo.
Azar o nosso. Estava uma daquelas noites em que o Algarve se estendia por completo diante dos nossos olhos desde a Ponta de Sagres até Vila Real de Santo António. Nem uma nuvem toldava o horizonte. Qualquer passageiro que olhasse pela janela saberia imediatamente que o que acabara de ouvir não era verdade e que algo de preocupante se passava.
A primeira pessoa a sentir dúvidas foi a Chefe de Cabina que, desconfiando da explicação, logo se dirigiu ao cockpit para tentar saber o que se passava. Tentou abrir a porta mas esta estava trancada por dentro, sinal inequívoco que algo de anormal se passava. Ainda chamou pelo sistema de intercomunicação do avião mas ninguém lhe respondeu, o que confirmou as suas piores suspeitas. Mais tarde dir-me-ia que nunca lhe ocorreu que estivesse a acontecer um sequestro, pensando antes que um dos pilotos teria morrido, por qualquer razão, e o outro não queria que isso se soubesse. Apesar da sua profunda inquietação manteve a calma e o sangue frio perante os passageiros, o que fez com que ninguém desconfiasse das verdadeiras razões que motivaram aquela inesperada mudança de rota.
- Então que fazes hoje?
- Vou ali a Faro e já venho, respondi.
- Isso achas tu, disse ele.
Confesso que na altura não dei qualquer importância a tão inusitado comentário mas depois de ter acontecido o que aconteceu não resisti a perguntar onde raio tinha ele ido buscar tal premonição.
- Era a brincar, respondeu. Mas numa altura em que havia aviões a serem desviados quase todas as semanas por que carga de água não poderíamos ter uma coisa dessas em Portugal?
Se estivéssemos na América eu diria que este foi um claro caso de "wishful thinking" que acabou por transformar um desejo do Benjamim em realidade e mais tarde lhe valeu uma das mais brilhantes reportagens da sua carreira. À minha custa, claro.
Mas vamos lá então à história.
A minha escala de voo para esse dia previa apenas a realização de um voo doméstico Lisboa / Faro / Lisboa com apresentação no aeroporto da Portela pelas cinco da tarde, o que significava que se tudo corresse bem estaria de volta a casa pelas dez da noite, mais coisa menos coisa. Do ponto de vista pessoal este programa até me dava jeito pois com escalas destas nenhum piloto fica cansado, mas ponderando as coisas de uma forma mais objectiva era evidente que a TAP também não teria grande futuro ao subaproveitar dessa forma os seus recursos técnicos e humanos. Mas este era um sinal dos tempos conturbados que então se viviam num Portugal recém saído do PREC (Processo Revolucionário Em Curso) em que os sindicatos andavam muito mais preocupados com as regalias dos trabalhadores do que com a solvência das empresas. Mas isso é outra conversa que não é para aqui chamada, passemos adiante.
A viagem desse dia não correu nada bem e acabei por regressar ao apartamento de Carcavelos onde então morava não ao princípio da noite mas antes ao raiar do dia seguinte. Porém cheguei "inteiro", encharcado em adrenalina e com uma história espantosa para contar.
Como disse, o serviço dessa tarde consistia num voo doméstico entre Lisboa e Faro, seguido de regresso. O avião era um Boeing 727/100 com a matrícula CS-TBQ, "Bissau" de seu nome, um aparelho já algo cansado mas ainda em boa forma que nesse dia iria transportar 83 passageiros, alguma carga e o habitual correio. A tripulação era formada por Comandante, Copiloto, Operador de Sistemas e quatro assistentes de bordo. Eu era o Copiloto do serviço e por larga margem o elemento mais jovem no cockpit, facto que viria a ter uma importância decisiva na solução da crise por que viríamos a passar, como veremos mais tarde.
Os preparativos para a viagem decorreram normalmente e ao final da tarde o Boeing 727 da TAP estava a descolar na pista 03 do Aeroporto de Lisboa com destino a Faro, um pequeno voo com cerca de 50 minutos de duração que mal chegavam para completar os diferentes "check lists", fazer comunicações, navegar, ouvir a meteorologia e preparar a aterragem. Isto para além das formalidades habituais, a chamada "papelada". Estavam ainda longe os dias do "paperless cockpit", abençoada filosofia que reduziu drasticamente a quantidade de papeis que os pilotos eram supostos consultar ou preencher. O trabalho fazia-se, claro, mas em voos de curta duração não sobrava muito tempo. No limite dava para tomar um cafezinho durante os poucos minutos de cruzeiro mas só se a Chefe de Cabina não estivesse muito ocupada com o serviço aos passageiros. Obviamente, no meio de tanta azáfama a última coisa que um piloto deseja é receber a visita de um jovem armado com uma pistola, claramente tenso e perturbado, mas foi exactamente isso que aconteceu. Mas passemos então aos factos.
O avião tinha descolado há poucos minutos de Lisboa quando ouvi a porta do cockpit abrir-se e uma voz masculina gritar "Vamos para Madrid! Vamos para Madrid!". Olhei para trás e deparei com um vulto que apontava uma arma à cabeça do Operador de Sistemas, cujo painel de controle está localizado na parte direita do cockpit, por trás dos pilotos. Quando perguntei "O que é isto?'" a arma passou a ficar apontada à minha cabeça, o que me fez pensar por um instante que talvez devesse ter ficado calado. Mas já era demasiado tarde. Passada a fase da surpresa e incredulidade havia que tentar ganhar o controle da situação e aliviar a enorme tensão que entretanto se tinha instalado naquele espaço diminuto. Enquanto o Comandante accionava o sistema de alerta (não vou dizer como isso se faz mas os pilotos têm forma de avisar o Controle de Tráfego Aéreo que estão sob sequestro) tomei uma decisão que viria a revelar-se decisiva: apresentei-me ao intruso, disse o meu nome e perguntei o dele.
- Como te chamas?, inquiri acentuando o tratamento por "tu" para dessa forma estabelecer uma relação minimamente amistosa com o jovem que nos mantinha sob ameaça, agora que já era possível verificar que se tratava de um rapaz aparentando 17 ou 18 anos de idade. Era óbvio que estava claramente perturbado e sob grande tensão. A mão que segurava a arma tremia descontroladamente.
- Chamo-me R e peço desculpa pelos problemas que lhes estou a causar, respondeu o nosso imprevisto visitante mantendo porém a arma apontada à minha cabeça. Esta frase foi música para os meus ouvidos pois quem falava assim não deveria ser um perigoso terrorista, pensava eu. Um assassino potencial não pede desculpas pelo incómodo, só se for para gozar com as suas vítimas. Mas não me pareceu ser esse o caso. Fiquei mais calmo e comecei a acreditar que seria apenas uma questão de tempo até que a coisa se resolvesse.
- Mas que pretendes tu, R?, perguntei.
- Quero ir para Madrid, respondeu.
- Mas olha que não sei se temos combustível para tanto, acrescentei pensando que o argumento seria devastador para as expectativas do "R".
- Tens, tens. Eu sei que vocês levam sempre combustível para ir para um aeroporto alternativo em caso de mau tempo.
O nosso jovem tinha feito o trabalho de casa e sabia do que falava sobre esta e outras matérias, como adiante veremos. Porém naquele instante o que mais me interessou foi o facto de ele me ter tratado por "tu", pormenor que abria excelentes perspectivas para o que viesse a seguir. Pelo menos era isso que a minha visão habitualmente optimista da vida me sugeria e, como mais tarde veremos, não andava muito longe da verdade.
Como já foi dito eu era o elemento mais novo naquele cockpit e embora tivesse mais uma dúzia de anos de idade que o jovem que nos mantinha sob ameaça isso não parecia suficiente para criar uma barreira intransponível entre nós. Por outro lado estava a começar a fazer-se sentir a chamada Síndrome de Estocolmo, estado de forte dependência psicológica que se estabelece habitualmente entre sequestrador e sequestrado em situações de grande tensão. A vítima tende a olhar para o agressor com alguma indulgência e compreensão enquanto que este último sente algum alívio por ter encontrado alguém que entende o seu estado de espírito e está disposto a colaborar. Esta figura, a Síndrome de Estocolmo, manifestou-se durante todo o sequestro e viria a acompanhar-me de forma mais ou menos permanente durante alguns meses após o mesmo, como mais tarde veremos. Aliás, trinta e cinco anos volvidos sobre os acontecimentos ainda hoje não tenho a certeza de me ter completamente libertado do turbilhão de afectos que uma crise deste género proporciona.
Decidida a mudança de rota e alertado o Controle de Tráfego Aéreo tornou-se necessário avisar a restante tripulação e os passageiros que o nosso voo daquele fim de tarde iria terminar (esperava-se…) em Madrid. Mas era necessário não revelar o que estava a acontecer para evitar que o pânico se instalasse a bordo e viesse complicar ainda mais uma situação que já de si não era fácil. O Comandante pegou no microfone e disse qualquer coisa como:
- Senhores passageiros, pedimos desculpa pelo incómodo mas por razões de ordem meteorológica somos forçados a divergir para Madrid, pensando nós que isso bastaria para arrumar a questão e tranquilizar todas as pessoas a bordo.
Azar o nosso. Estava uma daquelas noites em que o Algarve se estendia por completo diante dos nossos olhos desde a Ponta de Sagres até Vila Real de Santo António. Nem uma nuvem toldava o horizonte. Qualquer passageiro que olhasse pela janela saberia imediatamente que o que acabara de ouvir não era verdade e que algo de preocupante se passava.
A primeira pessoa a sentir dúvidas foi a Chefe de Cabina que, desconfiando da explicação, logo se dirigiu ao cockpit para tentar saber o que se passava. Tentou abrir a porta mas esta estava trancada por dentro, sinal inequívoco que algo de anormal se passava. Ainda chamou pelo sistema de intercomunicação do avião mas ninguém lhe respondeu, o que confirmou as suas piores suspeitas. Mais tarde dir-me-ia que nunca lhe ocorreu que estivesse a acontecer um sequestro, pensando antes que um dos pilotos teria morrido, por qualquer razão, e o outro não queria que isso se soubesse. Apesar da sua profunda inquietação manteve a calma e o sangue frio perante os passageiros, o que fez com que ninguém desconfiasse das verdadeiras razões que motivaram aquela inesperada mudança de rota.
Origem do Voo:
“ O Aviador”
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