quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

VOO 3635 – POEMA DE AMOR AO ALOUETTE III


 


Manuel José Lanceiro

MMA (Canibais) Guiné

Lisboa




Tomei a liberdade e obviamente com a sua autorização, de publicar esta declaração de amor, à mais fiel e operacional máquina da FAP, o ALLIII.

 

Escrita pelo nosso camarada Luís Faria Costa (O Torres Novas)

 

 

PARTISTE!

Ninguém voltará a ouvir a voz grossa dos teus 870hp!

Também ninguém mais ouvirá a ressonância das tuas sustentadoras pás.

Levaste uma parte de mim!

Deixo-te uma singela carta que te escrevi um dia depois da tua partida.

 

 

TÁS D'BALADA COMPANHEIRO!

Vais embora amigo,

Mais de meio século a servir Portugal!

Nos céus de Tancos e Montijo,

De Beja a Bissalanca.

De Luanda às terras do Mochico

De Tete Nampula e Moeda,

Até para lá de Timor.

Andamos juntos por esses sítios

Quantas saudades nos deixas?

Passeaste a tua beleza mostraste o teu poder,

Na terra Portuguesa.

Grande, generoso e amigo que foste!

Suportaste tudo!

Guincho, carga suspensa,

Flutuadores fixos e de emergência

IFR, foguetes,

Lobo mau lembras-te?

A savana, a grande savana!

Os soldados em AVP1 chamando a mosca!

Mosca, mosca, terra chama!

Precisavam de ti, do correio,

De comida e da evacuação,

Precisavam de munições. 







Mas mesmo depois de ter sido desmobilizado, o Aloutte III, continua a despertar as memórias de muitos que nele trabalharam.





1 comentário:

  1. Que lindos meninos das fotos, parecem um bando de putos...saúde

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