sábado, 12 de julho de 2008

O DESEJADO REGRESSO.

307-Rui Elvas
1ºCabo PA/CAUT 088145-H



Bom dia Camarada Victor Barata,
Não sei se terá interesse para vocês mas junto envio foto das urnas dos Paraquedistas falecidos na Guiné e que formam agora transladados para Portugal.
Sei que muitos de vós tinham excelentes relações com estes camaradas.
Um abraço.
Rui Elvas (ANPA)PCAB/PA/CAUT 088145-H

"POR UM SE CONHECEM TODOS"





As urnas contendo os restos mortais dos três militares Paraquedistas falecidos no Guidaje-Guiné.

Os restos mortais dos três pára-quedistas portugueses mortos em combate há 35 anos e exumados em Guidaje, norte da Guiné-Bissau, em Março, chegam na sexta-feira a Lisboa num voo da TAP proveniente de Bissau, por volta das 22h15.
A transladação para Portugal dos restos dos três soldados vem culminar um esforço iniciado há dois anos pela Liga dos Combatentes com o apoio da União de Pára-quedistas Portugueses, e dando sequência ao desejo manifestado pelas famílias de recuperar os restos dos três militares.
A acolher as urnas com os restos dos três militares estará um pequeno grupo de antigos pára-quedistas e a família de um dos soldados mortos em Guidaje.
Serão transportadas para a Capela do AT1, as instalações da Força Aérea em Figo Maduro, onde ficarão depositadas até às cerimónias fúnebres aprazadas para o próximo dia 26.
Os restos dos três soldados pára-quedistas tinham sido sepultados, juntamente com os de outros sete militares caídos na batalha de Guidaje, em Maio de 1973, junto ao antigo quartel português naquela localidade,vitimas de uma emboscada.
Os três militares, soldados da Companhia pára-quedista 121, foram mortos no dia 23 de Maio de 1973 quando foram vítimas de uma emboscada montada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) junto a Guidaje.
O quartel de Guidaje estava há duas semanas cercado e submetido a constantes flagelações por parte das forças do PAIGC, num dos episódios mais dramáticos de toda a guerra colonial.
Os pára-quedistas faziam parte de uma força de intervenção, que incluía ainda uma companhia de comandos e uma companhia de fuzileiros, enviada para Guidaje para tentar romper o cerco e aliviar a pressão do PAIGC sobre o quartel.
O processo de recuperação dos restos dos militares portugueses caídos em Guidaje vai prosseguir, estando ainda em curso o processos de exames laboratoriais com vista à identificação definitiva dos restos de outros soldados sepultados em Guidage.
Depois da missa, que será celebrada pelo capelão-chefe da Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, as urnas serão transportadas num avião militar para o quartel das tropas Pára-quedistas em Tancos.
Os três militares caídos há 35 anos anos na Guiné-Bissau serão então alvo de uma derradeira homenagem militar sendo depois entregues às famílias para serem definitivamente sepultados nos cemitérios das localidades onde residiam, respectivamente em Castro Verde,António Neves Vitorino, Caxinas (Vila do Conde)Manuel da Silva Peixoto e Cantanhede,José de Jesus Lourenço.


VB: É um momento de reflexão para toda a família FAP,embora 35 anos seja uma distância relativamente grande,o acontecimento nunca foi nem será esquecido por quem o acompanhou.
Neste momento de dor em que se evocam nomes de pessoas ligadas ao acontecimento que cujo a sua acção foi preponderante para o repatriamento dos restos mortais destes nossos companheiros,ainda não ouvi o nome de um dos
verdadeiros impulsionadores para a concretização deste facto, Manuel Godinho
Rebocho,foi só até...Sargº.Mor

acção