quarta-feira, 17 de setembro de 2008

ESTE É DOS NOSSOS...TAMBÉM SABE VOAR!


439-Joaquim Mexia Alves
Alf.Mil. Op.Especiais (Exercito) Guiné

Monte Real - Leiria




Caro Victor Barata

Ao fim de um tempo de ausência, por aqui estou eu novamente dando a volta ao blogue e descubro dois textos que me dizem respeito salvo seja.
O primeiro a que me refiro é do Américo Silva, http://especialistasdaba12.blogspot.com/2008/09/o-dia-em-que-nasci-pela-segunda-vez.html, e conta o seu "renascimento".
O Furriel Pil. Av. é sem dúvida o Jaime Brandão, meu grande amigo desde miúdos, (ele é de Monte Real), que esteve na BA5 nos A7 e agora, salvo o erro, é comandante na SATA.
Foi com ele que dei um "passeio aéreo" em A7 e de que tu já deste "noticia" no blogue, com as respectivas fotografias. Anexo uma para mais fácil identificação.






O Jaime Brandão e o Mexia Alves




Conto então uma estória com o Brandão na Guiné, que não tenho a certeza de já ter contado.
Se assim foi não ligues e coloca na "cesta secção".
Mal a minha companhia chegou ao Xitole, e ainda com os camuflados cheios de "goma", foi-nos ordenada uma operação em larga escala, com desembarque, salvo o erro, no Fiofioli, Corubal, atravessando depois em direcção ao Mansambo.
Era uma operação de três dias em que saímos do Xitole em viatura direitos ao cais do Xime, para embarcarmos numa LDG que nos levou para passarmos a noite em Portogole, de onde na manhã seguinte partimos para o desembarque no rio Corubal.
Poupo-te os pormenores da operação, até porque a minha memória está um pouco apagada, para te contar o episódio com o Jaime Brandão.
Quando estavamos a desembarcar no Portogole, passou por cima de nós voando baixo uma DO 27, (é isso não é?), que depois deixámos de ver.
Já depois do desembarque e quando ia a caminho de me mostrarem o lugar onde iríamos pernoitar, aparece-me o Jaime Brandão pela frente, que eu não via desde Monte Real, desde adolescentes, já lá iam uns anos largos.
Calculas o meu espanto! Disse-me ele que sabia ser a minha companhia que estava ali a desembarcar e assim, declarando uma porta aberta, salvo o erro, aterrou em Portogole apenas para me dar um abraço e já agora porque não, bebermos uma cerveja, finda a qual ou as quais, ele continuou para Bissau e eu lá fiquei sem dormir, bastante à "rasca", porque a coisa no outro dia não prometia nada de bom.
Mas tudo correu bem e no final da operação, calcula tu, que pouco depois de ter chegado ao Xitole, nem sei se já tinha tomado banho, aparece outra vez o Jaime Brandão para saber se eu estava bem e se tudo tinha corrido bem.
Se já tinha contado esta estória não lhe ligues e atira-a para o lixo.
O outro texto é do Rogério Nogueira, que me fala dos meus grandes amigos Quintanilha e Lavrador.
Obrigado pela informação sobre o Lavrador, que eu infelizmente já conhecia bem, pois acompanhei o Luís Quintanilha nesse momento muito difícil para ele, pois eram grandes amigos.
Victor, desculpa o tamanho da mensagem e recebe uma abraço amigo do


Joaquim Mexia Alves
VB: Realmente foi uma ausência inesperada,até pensei que te tinham retirado o
"brevet"!?...
Joaquim,não tens nada que pedir desculpa pelo tamanho da tua mensagem,pois a "malta" ainda lia o triplo daquilo que escreveste.
As tuas histórias são uma mais valia para que este teu/nosso espaço seja um verdadeiro afluxo de companheiros que se cruzaram na vida e depois,quis o destino,que cada um partisse para a mesma sem deixar rasto,reencontrando-se agora através deste simples mas significativo BLOG.
Ficamos à espera de mais notícias tuas,Joaquim!