Esp. MMA 2ª/79 BA 4
Sobreda
Companheiro Victor,
Mais uma vez te agradeço o excelente dia de convívio que proporcionaste ontem a diversos "Especiais", em que tive o privilégio de participar e o enorme prazer de conhecer pessoalmente companheiros diários das leituras do blog e de outros sites relacionados.
Se achares apropriado publicar o texto anexo, é sobre uma aeronave que fez parte do dia a dia de muitos de nós enquanto Especialistas da FAP.
Gostaria de ter uma fotografia de vista geral da aeronave de melhor qualidade, mas a que tenho foi tirada por mim numa visita à BA1 (no site walkarounds existem outras muito melhores do arquivo da 301).
Vista Geral do Fiat G91 anunciando as 75.000 horas de vôo.
Esquadras
Nomes dos Pilotos da FAP que voaram neste tipo aeronave.
Alguns territórios.Companheiros, envio informação relativa a uma aeronave que fez parte do dia a dia de muitos de nós enquanto Especialistas da FAP. No meu caso particular porque fui colocado, após a especialidade de MMA, na esquadra 301 que operava estas aeronaves na BA6, no caso do Blog porque muitos dos especialistas da BA12 nela trabalharam ou, trabalhando noutras, com esta viveram lado a lado.
O lema desta esquadra “DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA” creio que é inspirador, nesse tempo e agora naqueles momentos em que as coisas “apertam” nas nossas vidas, por uma razão ou por outra.
O texto e as fotografias de vista parcial (Esquadras, Territórios e Pilotos) que envio foram retirados do site Walkarounds – História da Aviação Militar Portuguesa com a permissão do seu autor Nuno Martins. Esta ligação já o Victor tem no “nosso” blog, mas não é demais recomendar a sua consulta.
http://walkarounds.home.sapo.pt/corpo.htm
“FIAT G91 5445 – O Último Guerreiro”
Junho de 1993 ficou marcado pelo virar da última página na carreira do FIAT G91 ao serviço da Força Aérea Portuguesa.
Os últimos voos operacionais destas aeronaves, na época entregues à Esquadra 301 - Jaguares estacionada na Base Aérea 6 (BA 6) no Montijo, ocorreram a 15 desse mês. Aos comandos estiveram os Capitães-Pilav Sameiro (FIAT G91 R/3 5458) e Ramalho (FIAT G91 T/3 1806) e o Tenente Pilav Durão (FIAT G91 R/3 5448). Dois dias depois chegava oficialmente ao fim a carreira do G91 numa cerimónia marcada pela passagem em formação dos últimos 16 aparelhos ainda operacionais sobre a Base. Pelo meio a "apresentação" do avião que viria a assinalar a passagem dos FIAT por Portugal...
Foi no dia 16 que surgiu do hangar da 301, pela primeira vez desde a sua breve retirada algum tempo antes, o FIAT G91 R/3 5445 com a sua nova imagem, celebrando as quase três décadas de desígnio Nacional destas aeronaves.
Maioritariamente desprovido de pintura o 5445 evoca em ambos os lados da fuselagem, sobre as asas, as cerca de 75000 horas de voo acumuladas por todos os FIAT G91 ao longo da sua carreira de 28 anos entre 1965 e 1993. Num dos lados do nariz apresenta os emblemas das Esquadras em que voaram (notar que tiveram uma breve passagem pela Esquadra 51 - Falcões a operar os F-86F Sabre) e, um pouco mais atrás no painel de acesso ao canhão de 30mm, estão inscritos os nomes da quase totalidade (1) dos 201 Pilotos portugueses que neles voaram. Do lado oposto, o painel de acesso ao canhão apresenta os territórios por onde os FIAT passaram: Guiné, Moçambique, Angola, Portugal Continental e Arquipélago dos Açores. Culminando esta decoração simbólica, em ambos os lados do estabilizador vertical, junto à Bandeira Nacional, surgem o primeiro e último números atribuídos aos 74 G91 R que serviram na FAP.
Coube ao Capitão Pilav Faustino a honra de realizar o primeiro voo do 5445 após o seu ressurgir. No dia da despedida os seus comandos ficariam a cargo do Major Lopes da Silva, o último Comandante da Esq. 301 com os FIAT, que nele realizou o voo de passagem sobre a Base. Como curiosidade refira-se que aqueles que tiveram a oportunidade de pilotar este aparelho afirmaram unanimemente que o mesmo era capaz de atingir velocidades mais elevadas que o habitual. Sem dúvida um efeito do menor atrito à passagem do ar causado pela ausência de pintura.
Num trabalho de grande dedicação foi possível reunir num só aparelho e de uma forma bem conseguida os aspectos mais importantes de todo o tempo operacional destes aparelhos em Portugal. Pelo simbolismo que o caracteriza, o 5445, embora não tenha sido o único a chegar ao fim do tempo de serviço destas aeronaves na Força Aérea Portuguesa - nem aos nossos dias - pode sem dúvida ser o último marco de uma época inigualável da História da Aviação Militar Nacional.
Actualmente o pequeno 5445 repousa dentro do, por si também já pequeno, hangar a cargo do Museu do Ar na BA 1 em Sintra. Lá poderá ser visto e tocado por todos aqueles que decidirem dedicar algum do seu tempo a uma visita.
(1) - Neste painel apenas estão referidos os nomes dos Pilotos que voaram o FIAT como pilotos de uma Esquadra Operacional.
Bibliografia:
Guhl, Jean-Michel Adeus Gina. Air Action Magazine, 1993
Quantos de nós terão dado saída, recebido, inspeccionado, nas diversas especialidades, ou até mesmo controlado este 5445 que representa todos os outros FIAT ?
Saudações Especiais a todos os Companheiros da Tertúlia da Linha da Frente e aos Visitantes deste espaço.
João Carlos Silva, ex-MMA, 2ª/79, BA2-BA6-BA4-BA6
O lema desta esquadra “DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA” creio que é inspirador, nesse tempo e agora naqueles momentos em que as coisas “apertam” nas nossas vidas, por uma razão ou por outra.
O texto e as fotografias de vista parcial (Esquadras, Territórios e Pilotos) que envio foram retirados do site Walkarounds – História da Aviação Militar Portuguesa com a permissão do seu autor Nuno Martins. Esta ligação já o Victor tem no “nosso” blog, mas não é demais recomendar a sua consulta.
http://walkarounds.home.sapo.pt/corpo.htm
“FIAT G91 5445 – O Último Guerreiro”
Junho de 1993 ficou marcado pelo virar da última página na carreira do FIAT G91 ao serviço da Força Aérea Portuguesa.
Os últimos voos operacionais destas aeronaves, na época entregues à Esquadra 301 - Jaguares estacionada na Base Aérea 6 (BA 6) no Montijo, ocorreram a 15 desse mês. Aos comandos estiveram os Capitães-Pilav Sameiro (FIAT G91 R/3 5458) e Ramalho (FIAT G91 T/3 1806) e o Tenente Pilav Durão (FIAT G91 R/3 5448). Dois dias depois chegava oficialmente ao fim a carreira do G91 numa cerimónia marcada pela passagem em formação dos últimos 16 aparelhos ainda operacionais sobre a Base. Pelo meio a "apresentação" do avião que viria a assinalar a passagem dos FIAT por Portugal...
Foi no dia 16 que surgiu do hangar da 301, pela primeira vez desde a sua breve retirada algum tempo antes, o FIAT G91 R/3 5445 com a sua nova imagem, celebrando as quase três décadas de desígnio Nacional destas aeronaves.
Maioritariamente desprovido de pintura o 5445 evoca em ambos os lados da fuselagem, sobre as asas, as cerca de 75000 horas de voo acumuladas por todos os FIAT G91 ao longo da sua carreira de 28 anos entre 1965 e 1993. Num dos lados do nariz apresenta os emblemas das Esquadras em que voaram (notar que tiveram uma breve passagem pela Esquadra 51 - Falcões a operar os F-86F Sabre) e, um pouco mais atrás no painel de acesso ao canhão de 30mm, estão inscritos os nomes da quase totalidade (1) dos 201 Pilotos portugueses que neles voaram. Do lado oposto, o painel de acesso ao canhão apresenta os territórios por onde os FIAT passaram: Guiné, Moçambique, Angola, Portugal Continental e Arquipélago dos Açores. Culminando esta decoração simbólica, em ambos os lados do estabilizador vertical, junto à Bandeira Nacional, surgem o primeiro e último números atribuídos aos 74 G91 R que serviram na FAP.
Coube ao Capitão Pilav Faustino a honra de realizar o primeiro voo do 5445 após o seu ressurgir. No dia da despedida os seus comandos ficariam a cargo do Major Lopes da Silva, o último Comandante da Esq. 301 com os FIAT, que nele realizou o voo de passagem sobre a Base. Como curiosidade refira-se que aqueles que tiveram a oportunidade de pilotar este aparelho afirmaram unanimemente que o mesmo era capaz de atingir velocidades mais elevadas que o habitual. Sem dúvida um efeito do menor atrito à passagem do ar causado pela ausência de pintura.
Num trabalho de grande dedicação foi possível reunir num só aparelho e de uma forma bem conseguida os aspectos mais importantes de todo o tempo operacional destes aparelhos em Portugal. Pelo simbolismo que o caracteriza, o 5445, embora não tenha sido o único a chegar ao fim do tempo de serviço destas aeronaves na Força Aérea Portuguesa - nem aos nossos dias - pode sem dúvida ser o último marco de uma época inigualável da História da Aviação Militar Nacional.
Actualmente o pequeno 5445 repousa dentro do, por si também já pequeno, hangar a cargo do Museu do Ar na BA 1 em Sintra. Lá poderá ser visto e tocado por todos aqueles que decidirem dedicar algum do seu tempo a uma visita.
(1) - Neste painel apenas estão referidos os nomes dos Pilotos que voaram o FIAT como pilotos de uma Esquadra Operacional.
Bibliografia:
Guhl, Jean-Michel Adeus Gina. Air Action Magazine, 1993
Quantos de nós terão dado saída, recebido, inspeccionado, nas diversas especialidades, ou até mesmo controlado este 5445 que representa todos os outros FIAT ?
Saudações Especiais a todos os Companheiros da Tertúlia da Linha da Frente e aos Visitantes deste espaço.
João Carlos Silva, ex-MMA, 2ª/79, BA2-BA6-BA4-BA6
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