José Ribeiro
Esp.OPC Guiné
Lisboa
Esp.OPC Guiné
Lisboa
Amigo, Victor Barata.
Tenho-te a dizer que todos os dias vou ler o que aparece no Blog.
Não tenho participado nas histórias porque há muitas coisas que se varreram da cabeça.
É a idade que não perdoa.
Sempre que me lembre de casos passados na BA12 de imediato os darei a conhecer, no entanto, há muitas coisas que eu sabia, porque trabalhava no EMFA no CCifra, respeitantes a todas as ex-Províncias Ultramarinas, mas como é natural não me convém divulgar.
Todos os acidentes com aeronaves e outros ataques eram comunicados ao EMFA, com classificação de "Muito secreto" e grau de transmissão "imediato".
Também trabalhei na ANI hoje LUSA, onde a conversa era outra. Tinha que ter cuidado na transmissão de parágrafos marcados com tinha azul, isto é, não os podia transmitir para a comunicação social (jornais).
Uma vez fui chamado ao Director, Dutra Faria, por causa de uma notícia que tinha saído no Diário de Notícias sobre outra guerra - a dos americanos na Ásia -, cuja transmissão foi minha, sendo que ía levar com uma multa de 60 contos senão provasse que tinha ignorado o parágrafo marcado a azul e não tinha sido por mim transmitido.
Na minha parca opinião na altura não via nada de impeditivo na transmissão, apenas porque a notícia não dizia nada de especial, apenas que os americanos tinham levado porrada.
Tenho-me ficado por casa, uma vez que a minha médica me aconselhou a ter cuidado com os abusos.
É isso que tenho feito, não poderia nem posso fazer o contrário. Tenho medo de ficar empanado e a dar trabalho aos outros.Por isso, estou a portar-me bem.
Das saídas à palhota vizinha, eu e mais pessoal, lembrei-me agora da cena que aconteceu ao Nobre, de Viana, um camarada de comunicações que tinha o azar, quando se metia nas necessidades primárias, apanhar daquelas "mulas" terríveis, com ameaças de corte da ferramenta por ameaça médica.
Então um belo dia disse que se queria suicidar, então eu e outro camarada, que já não me lembro do nome, fizemos a forca, constituída por caixotes de cerveja, cortamos os arames onde se secava a roupa civil e fizemos um laço preso à estrutura que segurava as chapas do telhado das camaratas.
Depois de pronta a forca dissemos-lhe para subir para cima dos caixotes (depois de uma reza feita e inventada, na altura, por nós).
Não é que ele ia mesmo meter a cabeça no laço!
Tivemos que dar um pontapé aos caixotes senão íamos ter graves problemas com a cena, porque ele ía mesmo enforcar-se.Nunca mais nos metemos em tais coisas.
Outro nosso camarada, porque a namorada lhe tinha posto os palitos na metrópole, lembrou-se suicidar nas bolanhas para os lados da aldeia de Bissalanca.
Os bombeiros tiveram um trabalho dos diabos para o retirar já sem vida da bolanha.
Cumprimentos amigos.
JLRibeiro
VB.Olá Zé,folgo muito em saber do teu comportamento exemplar,assim já tens mais saídas.
As tuas histórias são sempre uma mais valia para a união da nossa grande família FAP,por isso estamos sempre ansiosos por recebe-las.