terça-feira, 2 de dezembro de 2008

588-MISSÃO EM MECUMBURA.


Carlos Alves
Esp.MMA 2ª/70 Tete
Alvaiázere
Boa noite Victor.
Mecumbura ficava a cerca de 1h e 20m de Tete e a escassos metros da fronteira com a Rodésia.
Tinha uma comp. do Exercito e era com alguma frequência que fazíamos largadas na zona a partir deste quartel.
No centro da povoação havia um campo de futebol de terra batida , onde também aterravam os helicópteros ; á sua volta estava o quartel , 2 cantinas , algumas casas de colonos e ao fundo o aldeamento.
Mecumbura era diferente dos outros sítios por onde passávamos , tinha belas raparigas e a malta aproveitava ali para aliviar a "carga".



Aqui,em Mecumbura,o Carlos procede à inspecção do Alloutte III.



Numa das missões a Mecumbura o pessoal fez o que era hábito; à chegada abastecemos os hélis e o resto do combustível que ficava no fundo dos tambores dávamos á população que aguardava á nossa volta com todo o tipo de bilhas.
É claro éramos mais generosos com aquelas moçoilas que Deus abençoou fisicamente,aproveitando a oportunidade para fazermos as primeiras investidas.
Nesse dia os helis iam fazer 2 largadas "20 minutos cada" ,fomos avisados que,quando regressassem da última era só carregar o material e íamos logo embora nem tão pouco paravam os rotores.
Entre a 1ª e a 2ª largada dirigi-mo-nos ao aldeamento a fim de ultimarmos o "assalto final". Entretanto chegaram os hélis carregaram o resto da tropa e lá foram fazer a ultima largada, nós corremos que nem loucos aldeamento abaixo cada um à sua palhota, o tempo disponível era pouco.
Inesperadamente e passados menos de 10 minutos ouve-se o barulho dos helicópteros ,foi o caos. Serviço incompleto!..
Nem pensar. Só visto, contado não tem tanta graça .Ver a malta a correr na direcção dos helicópteros a puxarem pelas calças no meio das gargalhadas da garotada que corriam ao nosso lado, valeu-nos de certa forma o pó levantado pelos rotores que nos ajudou a esconder tanta atrapalhação.
Não nos livramos de um raspanete.
Um abraço
Carlos Alves