terça-feira, 9 de dezembro de 2008

601 EJECÇÃO DE PILOTO.

João Carlos Sousa 
Esp.MMA  2ª/79 
 BA 4 Sobreda
Companheiro Víctor,
A propósito da tua mensagem "597 Ejecção de Piloto de F16", felizmente sem problemas de maior para o piloto, lembro-me de 1980 ou 1981 na BA6.
Num desses anos que não posso precisar agora, estávamos na placa da linha da frente da esquadra 301 (Fiat G91) na BA6, em posição para receber dois desses "Jaguares", quando nos apercebemos de um pára-quedas sobre o rio Tejo.
Imediatamente percebemos que algo estava muito mal, sendo rapidamente confirmada esta percepção pela chegada de apenas uma das aeronaves e pelo vôo de um helicóptero para o local onde tínhamos avistado o pára-quedas.
Posteriormente, segundo os relatos não oficiais, soubemos que estando dois Fiat na final sobre o Samouco, um dos pilotos alertou o outro da existência de chamas na aeronave, tendo este procedido de imediato à ejecção, vindo o Fiat a despenhar-se sobre umas habitações no Samouco, o que penso veio a custar uma vida humana.
O piloto ficou bem, dentro do possível para uma situação destas, estando pouco tempo depois de volta às missões.
O que nem sempre era possível devido ao forte impacto na coluna vertebral e eventuais lesões.
A esta distância temporal não consigo precisar o nome do Piloto.
A cadeira de ejecção do FIAT G91 era uma "Martin Baker" que imprimia uma força suficiente para elevar cadeira e piloto a cerca de 70 metros, isto tendo como referência uma posição ao nível do mar.
Daí ser fácil perceber os impactos físicos no corpo humano.
Os companheiros de Armamento (MAEQ) que faziam a sua manutenção poderão explicar melhor que eu.
Ainda a propósito desta cadeira "Martin Baker", envio um curioso emblema para juntares aos que já tens publicados.
Saudações Especiais para ti e todos os Companheiros da Tertúlia da Linha da Frente e para os Visitantes deste espaço.
João Carlos Silva ,
MMA/Jaguares (FIAT G91)/2ª 79