sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

719 EM POLITICA.


Américo Dimas
Esp.MARME Guiné
Angola
Caro Victor
Junto uma mensagem-comentário a propósito do texto da mensagem nº 709do nosso ex-camarada e amigo, Inácio Silva.Um abraço
Américo Dimas


MENSAGEM 709 DO INÁCIO SILVA
Exm.º Senhor Ministro da Defesa Nacional:
Por concordar, em absoluto, com o conteúdo do artigo anexo, escrito por um dos nossos mais prestigiados jornalistas, tomo a liberdade de o reenviar a V. Ex.ª, para que não deixe morrer os ex-combatentes sem verem a sua situação dignamente resolvida. E ainda não está resolvida, quer no que respeita aos problemas físicos e/ou psicológicos, sentidos pelos deficientes das F.A., quer em relação ao COMPLEMENTO ESPECIAL DE PENSÃO a todos os ex-combatentes, criado pela Lei 9/2002 e deficientemente regulamentada, como está sobejamente demonstrado e comprovado, pelo D. Lei 160/2004.
Peço o favor de consultar o blogue
http://guerracolonial.blogs.sapo.pt/, e perceberá, sem esforço, que há muitas questões por resolver, há décadas, que o deveriam ser por um governo democrático e, ainda por cima, por um governo socialista!
Um governo socialista que se preze, não poderá nem deverá continuar a fazer de conta que tudo está já resolvido. Interprete ou mande interpretar a Lei 9/2002, por juristas séniores competentes e chegará à conclusão que esta Lei foi adulterada de uma forma imbecil, incompetente e talvez, até, criminosa, dando lugar a um monte de banalidades, chamado D. Lei 160/2004.
É tempo de de dar a mão à palmatória e reconhecer que, de facto, os ex-combatentes estão a ser enganados e ofendidos na sua dignidade. Veja, por favor, o parecer da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional, transcrito no blogue acima referido e concluirá que sei do que estou a falar, dando-me razão e mais do que isso, reconhecerá que os ex-combatentes estão a ser vilmente mal-tratados, por incompetência dos nossos legisladores.
Os meus cumprimentos.
Inácio Silva

O COMENTÁRIO DO AMÉRICO

Em política, o que parece, é!

Esta frase, da autoria de António Oliveira Salazar, vem corroborar a mensagem nº 709 do blogue, aqui deixada pelo nosso ex-camarada do Exército, Inácio Silva, acerca da postura dos actuais governantes sobre os ex-combatentes, em relação à Lei 9/2002.
Não é por acaso que apareceu a Lei 160/2004, alterando a expectativas criadas anteriormente.
Não acreditemos que os legisladores de então foram insensíveis, incompetentes ou outros adjectivos igualmente “pomposos”.
O flagelo da guerra colonial sentido pela juventude dos anos ‘60 e ’70, com todas as suas consequências, para eles faz parte do passado e como tal, apenas mais uma página da história portuguesa, já folheada de há muito.
Com o tempo, não passará de mais uma das várias ocorrências porque o país atravessou desde a sua fundação, algo que já nem pertencerá à nossa história contemporânea.
O mesmo aconteceu com os estropiados e mortos na I Grande Guerra e em todas as guerras em que os portugueses se envolveram, sempre em nome da defesa da Pátria, da sua soberania ou da honra.
Os políticos quando assumem a governação, por norma preocupam-se pouco com as questões do passado, porque isso não lhes dará protagonismo e as verbas disponíveis nos seus orçamento, têm assim outras prioridades, outros caminhos, que darão os votos da continuidade e “posição no seu meio”.
Até porque há que pensar no “futuro”, dirão alguns...
No “seus” futuros, entenda-se.

Américo