"Co-Piloto" do Blog
Esp.MMA BA6
Sobreda da Caparica
Companheiro Víctor, companheiros da Linha da Frente,
No dia 21 de Março, inserida no 32º aniversário da AEFA (1), teve lugar na Igreja da Força Aérea (igreja de Nossa Senhora do Rosário) uma missa de sufrágio pelos Especialistas da Força Aérea já falecidos.
Foi uma cerimónia singela, mas, muito “Especial” de evocação da memória dos camaradas falecidos.
O Capelão-Mor da Força Aérea,Cor.Oliveira,celebrando a Eucaristia.
Foi celebrada a Eucaristia pelo capelão-mor da Força Aérea, o Coronel Oliveira, e foi acompanhada pelo terno de clarins da Força Aérea.
Foram dirigidas palavras muito elogiosas ao desempenho da Associação e dos Especialistas enquanto no cumprimento do seu dever assim como posteriormente na vida civil, como exemplo para os jovens de hoje.
Na Eucaristia, o Padre Oliveira, chegou mesmo a utilizar a expressão “hoje eu sou Especialista”.
Foi bonito e sentido.
De registar a presença de cerca de 15 a 20 militares da FAP no activo entre Praças, Sargentos e Oficiais. Adicionalmente destaco a presença do General G. Carvalho em representação do CEMFA e dos Generais Vaz Afonso e Taveira Martins, que, especialmente este último, dedicaram uma especial atenção aos ex-Especialistas presentes, como é timbre desta “Família”.
Da Esqª/Dirª,José Ribeiro,João Carlos Silva,Marta Castelo Branco e Pedro Garcia.
Quero salientar a presença da “nossa” Especial Marta Castelo Branco que teve o interesse e cuidado de se apresentar nesta cerimónia, revelador da sua sensibilidade e do “berço” que tem.
Finalmente, o registo relativo à presença do presidente da Direcção Nacional, Angelino Saldanha, e das direcções da Delegação de Lisboa e do Núcleo de Setúbal, penso que também o Núcleo do Algarve estava representado. Quanto aos ex-Especialistas eram muito poucos, mas bons (modéstia à parte). Como é natural, registei alguma frustração em elementos das direcções presentes com a fraca adesão do “pessoal” Especialista.
Eu confesso que fiquei negativamente surpreendido com a fraca adesão, pois o pessoal de Lisboa e mesmo de Setúbal, que fica a dois passos, deveria ter comparecido em muito maior número, independentemente das burocracias organizativas ou dos credos de cada um de nós, afinal era em memória dos Especialistas falecidos, hoje pelos que connosco conviveram e que nos marcaram, amanhã por nós.
Saudações Especiais a todos os Companheiros da Tertúlia Linha da Frente e aos visitantes deste espaço.
João Carlos Silva, MMA, Jaguares (FIAT G-91), 2ª/79
Notas JC com fonte http://www.aefa.pt/ :
(1) A AEFA, Associação de Especialistas da Força Aérea, foi fundada em 1977, na Praia da Aguda, em V.N. de Gaia, reúne todos os actuais e antigos Especialistas da Força Aérea. O aniversário tem lugar no dia 24 de Março de 2009.
Quem somos?
Fomos Especialistas na Força Aérea!... Lá, tivemos um «modus vivendi» que caracterizou, vincou e prestigiou toda uma classe que muito garbosa, digna e honrosamente soube pertencer à Força Aérea Portuguesa, prestigiando-a.
Os verdes anos, a irrequietude, a novidade, a irreverência, a iniciativa e a personalidade incitou-nos para uma forma diferente de ser militar.
O nível cultural que nos era exigido para ingresso fazia-nos merecer, legitimamente, um tratamento diferenciado.
Os conhecimentos tecnológicos que nos foram ministrados, aliados ao facto de trabalharmos em aviões, dotava-nos de uma certa gloríola.
Por tudo isto e por muito mais, soubemos sempre manter uma situação militar por muitos invejada.
Porque no cômputo geral gostamos de ter servido a Força Aérea...
Porque queremos manter vivo o espírito que sempre nos norteou...
Porque muito temos para dar em termos de divulgação aeronáutica e Defesa Nacional...
Porque seremos sempre uma força cultural jovem e sem objectivos político-partidários...
Porque sentimos orgulho em ter pertencido à F. A. P....
FUNDAMOS UMA ASSOCIAÇÃO QUE HISTORICAMENTE NOS SERIA EXIGIDA!
O Espírito do Especialista
O Espírito do Especialista tem muito a ver com a forma de saber estar e de viver que cultivamos quando na Força Aérea, que levamos connosco para a vida civil, e a incutimos em tudo o que fazemos.
A Força Aérea Portuguesa recebeu-nos muito jovens e com vontade de aprender. Administrou-nos formação, conquistamos experiência técnica, que nos abriu novos horizontes.
Na Força Aérea Portuguesa desenvolvemos um modus vivendi muito próprio, fruto de uma mistura de ingredientes tão diversos como a juventude, a responsabilidade, o rigor, a camaradagem, a disciplina, a seriedade, onde a cada passo sabíamos distinguir «o trabalho do conhaque», permitindo uma vivência muito própria que se estendia na estrutura hierárquica, horizontal como verticalmente, quebrando barreiras, tratando todos como aquilo que somos – pessoas.
Esse sentimento perdura ainda hoje em todos nós e torna-nos unos com quem serviu e serve hoje em dia na Força Aérea Portuguesa.
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