Fabrício Marcelino
Esp. MMA Guiné
Leiria
Caro colega Victor Barata, a revista do Combatente referente ao mês de Setembro do corrente ano, traz, escrito pelo Presidente da Direcção Central da Liga, Sr.Tenente-General Chito Rodrigues, o editorial dedicado à Força Aérea, seu pessoal e, muito especialmente aos que lutaram na guerra do Ultramar, pelos altos serviços prestados no teatro de operações.
Por achar reconfortante para nós, que fizemos parte desse teatro, junto envio com a devida vénia, uma cópia, para que se assim o entenderes publicares, agradecendo eu, desde já, ao Sr.Tenente-General as suas palavras a nós dedicadas e, espero que não leve a mal a minha ousadia de fotocopiar e publicar o seu editorial.
São testemunhos destes, que comprovam a nossa dedicação e esforço, em teatro de guerra, quase sempre para além dos nossos limites, arriscando as nossas vidas e, é triste haverem ainda hoje, alguns papagaios deste país, que nos seus poleiros, ainda não o reconheceram!
Fabrício Marcelino
Esp. MMA Guiné
Leiria
Caro colega Victor Barata, a revista do Combatente referente ao mês de Setembro do corrente ano, traz, escrito pelo Presidente da Direcção Central da Liga, Sr.Tenente-General Chito Rodrigues, o editorial dedicado à Força Aérea, seu pessoal e, muito especialmente aos que lutaram na guerra do Ultramar, pelos altos serviços prestados no teatro de operações.
Por achar reconfortante para nós, que fizemos parte desse teatro, junto envio com a devida vénia, uma cópia, para que se assim o entenderes publicares, agradecendo eu, desde já, ao Sr.Tenente-General as suas palavras a nós dedicadas e, espero que não leve a mal a minha ousadia de fotocopiar e publicar o seu editorial.
São testemunhos destes, que comprovam a nossa dedicação e esforço, em teatro de guerra, quase sempre para além dos nossos limites, arriscando as nossas vidas e, é triste haverem ainda hoje, alguns papagaios deste país, que nos seus poleiros, ainda não o reconheceram!
Fabrício Marcelino
Joaquim Chito Rodrigues
Ten.General do Exército
Presidente da Liga dos Combatentes
Ten.General do Exército
Presidente da Liga dos Combatentes
Do sonho à realidade
e ao orgulho
e ao orgulho
O sonho do homem em voar controladamente teve expressão vitoriosa em
língua portuguesa. Em 2006 o Brasil comemorou os cem anos desse feito de
Santos Dumond. O primeiro voo motorizado, em 1906.
No corrente ano, é a vez de Portugal comemorar os cem anos da Aviação
em Portugal. Tem-no feito a Força Aérea Portuguesa com toda a dignidade:
1909-2009.
Tal como no domínio do conhecimento científico e exploração do Mar, Portugal
esteve no domínio científico e exploração do Ar.
Nos cem anos que decorreram entre o primeiro voo motorizado e os dias de
hoje o homem foi do zero ao infinito. Foi do sonho à superioridade e à supremacia
humana neste meio ambiente. Com base numa tecnologia cada vez mais
avançada o homem domina o ar e domina o espaço.
Os portugueses com os recursos disponíveis acompanharam sempre a evolução
meteórica da aviação. A Força Aérea Portuguesa torna-se Ramo independente
das Forças Armadas há precisamente 57 anos. Ia longe o tempo em que, na
I Grande Guerra, Óscar Monteiro Torres se tornava no primeiro aviador português
a ser abatido em combate. Com muita honra, a Liga dos Combatentes possui, no
seu Museu, a pistola por ele usada.
Neste centenário de mais um sonho do homem tornado realidade, é uma
homenagem que queremos prestar a todos os combatentes que, ao longo deste
tempo, serviram as Forças Armadas na Força Aérea Portuguesa.
Quer em tempo de paz ou de guerra.
Por isso mesmo, os combatentes que serviram e servem as FA em Terra ou no
Mar, sabem que dos serviços prestados pela Força Aérea ao País, jamais podem
ser omitidos ou esquecidos os altos serviços prestados a Portugal pelos militares
e civis da Força Aérea, durante a Guerra do Ultramar. Quer em serviços de apoio
às populações, quer em acções de fogo próximo salvando vidas aos que em terra
se batiam, quer evacuando aqueles que em terra caíam, quer transportando os
meios necessários ao reforço ou subsistência dos que combatiam, quer reconhecendo
a área de operações ou mesmo do ar comandando e dirigindo as forças
terrestres, a Força Aérea escreveu as páginas mais distintas da sua História.
Quantos combatentes, de Terra, Mar e Ar, estão vivos e devem a vida à acção
da Força Aérea?
Jamais se pode falar da História da Força Aérea, sem que se enalteça o período
mais brilhante da sua história, como Ramo Independente das Forças Armadas
Portuguesas.
Por isso aqui estamos como Presidente da Liga dos Combatentes a enaltecer,
sublinhar e agradecer em nome de todos os que directa ou indirectamente
sentiram o que foi a acção da Força Aérea, nessa guerra, quer em acções
independentes quer na extraordinária forma como conduziu, no seu âmbito, a
Cooperação Aero - Terrestre.
A Força Aérea, sempre ao longo de toda a sua história, tem sabido evoluir de
acordo com as circunstâncias e com os recursos disponíveis. Novos combatentes
cumprem novas missões nas Operações de Paz e Humanitárias.
Aqui ficam os parabéns e o reconhecimento desta histórica, patriótica e
solidária Instituição que tem a Honra de acolher como Membros, muitos dos que
serviram ou servem a centenária Aviação Portuguesa.
língua portuguesa. Em 2006 o Brasil comemorou os cem anos desse feito de
Santos Dumond. O primeiro voo motorizado, em 1906.
No corrente ano, é a vez de Portugal comemorar os cem anos da Aviação
em Portugal. Tem-no feito a Força Aérea Portuguesa com toda a dignidade:
1909-2009.
Tal como no domínio do conhecimento científico e exploração do Mar, Portugal
esteve no domínio científico e exploração do Ar.
Nos cem anos que decorreram entre o primeiro voo motorizado e os dias de
hoje o homem foi do zero ao infinito. Foi do sonho à superioridade e à supremacia
humana neste meio ambiente. Com base numa tecnologia cada vez mais
avançada o homem domina o ar e domina o espaço.
Os portugueses com os recursos disponíveis acompanharam sempre a evolução
meteórica da aviação. A Força Aérea Portuguesa torna-se Ramo independente
das Forças Armadas há precisamente 57 anos. Ia longe o tempo em que, na
I Grande Guerra, Óscar Monteiro Torres se tornava no primeiro aviador português
a ser abatido em combate. Com muita honra, a Liga dos Combatentes possui, no
seu Museu, a pistola por ele usada.
Neste centenário de mais um sonho do homem tornado realidade, é uma
homenagem que queremos prestar a todos os combatentes que, ao longo deste
tempo, serviram as Forças Armadas na Força Aérea Portuguesa.
Quer em tempo de paz ou de guerra.
Por isso mesmo, os combatentes que serviram e servem as FA em Terra ou no
Mar, sabem que dos serviços prestados pela Força Aérea ao País, jamais podem
ser omitidos ou esquecidos os altos serviços prestados a Portugal pelos militares
e civis da Força Aérea, durante a Guerra do Ultramar. Quer em serviços de apoio
às populações, quer em acções de fogo próximo salvando vidas aos que em terra
se batiam, quer evacuando aqueles que em terra caíam, quer transportando os
meios necessários ao reforço ou subsistência dos que combatiam, quer reconhecendo
a área de operações ou mesmo do ar comandando e dirigindo as forças
terrestres, a Força Aérea escreveu as páginas mais distintas da sua História.
Quantos combatentes, de Terra, Mar e Ar, estão vivos e devem a vida à acção
da Força Aérea?
Jamais se pode falar da História da Força Aérea, sem que se enalteça o período
mais brilhante da sua história, como Ramo Independente das Forças Armadas
Portuguesas.
Por isso aqui estamos como Presidente da Liga dos Combatentes a enaltecer,
sublinhar e agradecer em nome de todos os que directa ou indirectamente
sentiram o que foi a acção da Força Aérea, nessa guerra, quer em acções
independentes quer na extraordinária forma como conduziu, no seu âmbito, a
Cooperação Aero - Terrestre.
A Força Aérea, sempre ao longo de toda a sua história, tem sabido evoluir de
acordo com as circunstâncias e com os recursos disponíveis. Novos combatentes
cumprem novas missões nas Operações de Paz e Humanitárias.
Aqui ficam os parabéns e o reconhecimento desta histórica, patriótica e
solidária Instituição que tem a Honra de acolher como Membros, muitos dos que
serviram ou servem a centenária Aviação Portuguesa.
Quantos
combatentes, de
Terra, Mar e Ar,
estão vivos e devem
a vida à acção da
Força Aérea?
combatentes, de
Terra, Mar e Ar,
estão vivos e devem
a vida à acção da
Força Aérea?
Legenda: Editorial da revista do Combatente de Setembro de 2009
JC: Companheiro Fabrício, é de facto sempre bem-vindo, mas, mais do que merecido e devido o reconhecimento das acções realizadas com sacrifício, dedicação e risco da própria vida.
Reconhecimento bem-vindo porque além de ser merecido é feito contra o “status quo” instalado da desconfiança, desdém e desprezo pelo próximo, nesta sociedade cada vez mais guiada pelo ter do que pelo ser e onde estamos inseridos.
Reconhecimento mais do que merecido a toda uma geração que enquanto jovens foram cumprir as suas missões na Guerra Colonial, onde vidas foram perdidas, onde foram afectados indelevelmente os que regressaram e as respectivas famílias.
Reconhecimento mais que devido especialmente pelas elites governativas deste País, mas também por uma larga parte da Sociedade civil.
Neste caso concreto da FAP, felizmente ainda vai sendo possível ter palavras de reconhecimento e de apreço pelos serviços prestados por parte de camaradas de outros ramos que sentiram na prática os apoios aéreos quer tenham sido de apoio a combate, de evacuação ou de transporte. Serviços esses que terão contribuído para poder cumprir uma missão, salvar uma vida ou fazer chegar alimentos ou informações essenciais para quem estava isolado.
O drama é que os anos vão passando inexoravelmente e, daqui a alguns mais, poucos dos intervenientes estarão cá para contar ou agradecer, por isso o reconhecimento devido é imperativo de forma a perpetuar na nossa Sociedade vindoura esta geração que serviu na Guerra Colonial.
Através dos testemunhos que vão sendo dados na primeira pessoa, talvez valham alguns dos mais novos que hoje os recebem, para os virem a transmitir no futuro e assim manter vivo este desígnio.
Penso falar em nome dos restantes companheiros da Linha da Frente ao dizer obrigado por nos trazeres estas palavras de homenagem ao pessoal da Força Aérea que nas suas diversas responsabilidades e missões serviram em Combate.
Saudações Especiais,