sexta-feira, 6 de novembro de 2009

VOO 1262 GOSTEI DO QUE FOI DITO,EM TÃO POUCO TEMPO.



José Ribeiro
Esp.OPC Guiné
Lisboa


Gostei do que foi dito, em tão pouco tempo.

Amigo, Victor e restantes comandantes da aeronave.Tenho lido com atenção o que se tem dito sobre a chegada de um "Senhor" caça chamado de Fiat G91 à BA12 - Guiné e de tudo fiquei esclarecido. Por isso, peço desculpa aos ex-camaradas de armas e outros ex-militares, pela minha pouca certeza sobre a entrada no teatro de guerra dessas máquinas.Alguém referiu que da discussão salutar sai a verdade e estaria sempre induzido em erro se continuasse a crer que era o dono da verdade, quando e de facto, estava puramente enganado já que essas máquinas, quando cheguei à BA12-Guiné já operavam. Foi pura ilusão de óptica e/ou então como já se passaram muitos anos, o meu subconsciente alimentava uma visão errada do facto. Aliás, tenho em meu poder uma fotografia de um Fiat G91 a aterrar na Base 12 com o páraquedas aberto e que tinha como função reduzir a velocidade de aterragem,


julgo (eu era de comunicações), tirada por um ex-camarada op. de radar, ainda vivo que estava, quando lá cheguei, em fim de comissão de serviço e que vou mandar em anexo.
Também peço desculpa por ter afirmado, como me sentia esclarecido, que não iria mais referir-me à entrada em operações na Guiné do G91, deixando a discussão para aqueles que os operavam e os mantinham operacionais.
Amigo, Victor e restante equipa de colaboradores operacionais, assumam o escrito inicial como nota introdutória, porque o que me traz a ocupar o nosso (teu espaço) é, em primeiro lugar, para vos felicitar pela boa (curta) intervenção que tiveram, ontem, no programa da RTP - canal 1 "Portugal no Coração", esposa, ex.enfermeira paraquedista, do Exmo Sr. Coronel Pessoa, e ex. especiais, "Poeta" e Victor Barata, sobre a Guerra Ultramarina dita de "Colonial", contribuindo, assim para que haja - a quem de direito - outra visão do que foi essa guerra e que muitos senhores querem dar outra interpretação e denegrir aqueles que se submeteram a tal provação, sem nada pedirem a quem de direito, sendo que continuam a ser esquecidos e humilhados por quem lhes deve muito. Poderia dizer mais mas do que tenho dito, todavia, pobre o país que não respeita os seus combatentes e os ajuda, quando aos desertores tem dado tudo.Eu na Guiné e noutros sítios onde executei funções, acompanhei muitas desgraças e poucas venturas, por isso não admitir que alguém com poder neste pobre país faça dos ex-combatentes da Guerra Ultramarina puros assassinos e ainda alguém apresentar programas com fotomontagens de militares a cortar a cabeça a combatentes africanos "ditos terroristas" na altura, somente com o intuito de denegrir os ex-combatentes.
Amigo, Victor Barata, como sempre faz deste texto o que bem entenderes. Hei-de estar sempre atento a tudo que nos diz respeito.
JLRibeiro
Para terminar por hoje. Em anexo vão algumas fotos, o Six, pergunta se eu conheço algum dos camaradas. Alguns estão nas fotos;





Está o Tavares de Odivelas, O Castro, O Jesus, ambos estiveram e N.Lamego como Op. Comunicações, nos Paras, estou eu e dois amigos Sar. Paraquedistas, um da minha terra que tinha sido ferido (Nicha de alcunha) e o outro não me lembro o nome e mais ex-camaradas que já não me lembro os nomes.

Voos de Ligação:
Mais uma vez nos vens dar uma aula de "humildade".De facto foi uma das mais importantes,e bem aproveitadas,cadeiras leccionadas na universidade da FAP.No computo geral,poucos companheiros "chumbaram" na referida disciplina,uns ainda a fizeram mais tarde,outros (muito poucos) desistiram!
Quero também agradecer os elogios tecidos à nossa presença na RTP,pena foi ser pouco tempo,não se poder dizer o que nos vai na alma( estávamos na RTP!),assim como a não presença de mais pessoal,concretamente Marinha,Exército,Paraquedistas,Comandos,etc.