sexta-feira, 16 de abril de 2010

VOO 1615 O MEU POEMA "ZÉSIADAS"




Victor Sotero Cavaleiro

SargºMor (Refº) EABT
Damaia




-Meu Comandante dá-me licença? (continência)
(dois passos em frente)
-Meu Comandante:
-Tenho aqui dentro deste envelope um poema que reescrevi e adaptei a esta Base.
Caso o meu Comandante entenda, poderá mandar publicá-lo em O.S.
-V. Exª meu Comandante dá licença que me retire? (continência)
(um passo à retaguarda, direita volver)



"ZÉsíadas"

Com letras de oiro, em folhas de brilhantes,
Tendo um rubi por pena, e por acentos
Os mais belos de todos os diamantes,
Cantarei, se para tal tiver talentos,
Em verso heróico e grave, as fascinantes
Proezas desta "equipa" de portentos.

No velho Olimpo os deuses venerandos
Abrem à uma os olhos deslumbrados;
Cessam na terra todos os desmandos.
Calam-se os bons e os maus ficam banzados,
E até mesmo os políticos nefandos
Se quedam, de olhar vítreo, embasbacados.

Que se passa afinal? Que fantasias
Farão que o mundo assim se modifique?
Não há mistério algum, não há magias.
São uns simples "ESPECIAIS" sem triquetrique
Que p´ra esquecer seus afanosos dias
Veem "AQUI" fazer lauto piquenique.

Mas quem são eles, então, estes mortais
Que assim lançaram longe seus preconceitos
Mal pousaram aqui seus arraiais?
Saudáveis são de corpo, e escorreitos
De pensamento são ainda mais;
Resta só revelar seus altos feitos...

Eis o gentil Comando desta Base da Guiné,
Que de brilhante tem o nome e a mente,
Que corre bem, tem fácil pontapé
E que critica mui linearmete,
Enquanto espera sem perder a fé,
Que os "ZÉS" escrevam assiduamente.

Avisto o Américo Dimas, estrangeiro,
Que depressa adquiriu cidadania
E que com sua índole de brejeiro,
É uma fonte subtil de simpatia!
E que dizer do OPC José Ribeiro?
Bom cronista, melhor não se quereria.

Olho para o Miguel Pessoa e estremeço.
É a "nova vida" a falar, é o coração,
A gotejar lágrimas sem qualquer preço!
Por seu turno, o João Sousa, é a emoção
Quando mostra as fotos do seu apreço,
Pensando depois, que hoje, é uma ilusão.

E que dizêr do António Loureiro? A vida é uma cruz!
Simpático, cortêz, bonacheirão;
É a Cruz Vermelha que o seduz.
Quem vejo acolá? É de eleição!
O José Teixeira, operador, que produz
Bom trabalho, afinal, na comunicação.

Não faltam igualmente à nossa volta
Cheios de charme e graciosidade
Os outros "ZÉS", gentis, livres de "escolta"
-Especialistas distintos de verdade.
São como garças, como aves à solta,
Todos "frescura" todos mocidade.

Dos ausentes que não fiz aqui "vir",
-Porque isto é escrita manhosa,
Não deixo aqui retrato. E quem sentir
Alguma ofensa nesta alegre prosa,
Não leve a mal, tudo isto é só p´ra rir,
E uma risada sâ, não é maldosa.

Oretos,
Março 2010



VB- De facto este poema é uma verdadeira transmissão do espírito "ESPECIAL".
Certamente que todos aqueles cujo seu nome compõe esta obra poética do Sotero,se vão pronunciar sobre o mesmo.