sábado, 10 de julho de 2010

Voo 1825 ELEIÇÕES NA ASSOCIAÇÂO DE ESPECIALISTAS DA FORÇA AÉREA.

Candidaturas ao acto eleitoral de 24 de Julho de 2010

De acordo com o estipulado no n.º 4 do art.º 17.º do Regulamento Interno que diz: “A fim de facilitar o voto por correspondência, a AEFA obriga-se a remeter às suas Delegações, Núcleos e a publicitar no seu sítio da Internet as listas de todas as candidaturas e respectivos programas”, considera o Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral ter encerrado o prazo de apresentação de candidaturas, tendo-se apresentado a sufrágio apenas uma lista que adianta passa a ser designada como Lista A.
Para o efeito do n.º anterior divulgamos a composição da

Lista A:

Mesa da Assembleia Geral

Presidente - César Fernando Couto Oliveira, Sócio n.º 503, 1ª/67 MAEQ
Vice Presidente - Dr. Orlando Baptista Alves, Sócio n.º 319, 1ª/61 MELEC
Secretário - Manuel António Araújo Teixeira Gomes, Sócio n.º 1315, 2ª/65 MELEC
Secretário - Dr. Fernando Oliveira Duarte, Sócio n.º 846, 2ª/70 MMA

Conselho Fiscal

Presidente - Luís Henrique Vieira Pereira, Sócio n.º 1666, 1ª/69 MELEC
Secretário – Manuel António Monteiro Amaral, Sócio n.º 100, 1ª/74 MMA
Secretário – Firmino de Oliveira Pinho, Sócio, n.º 6, 3ª/65

Direcção

Presidente – Carlos Alberto Sousa Ferreira, Sócio n.º 1229, 1ª/68 MRADIO
Presidente Adjunto – João Carlos Silva, Sócio n.º 3249, 2ª/79 MMA
Vice Presidente – José Luís Martins, Sócio n.º 43, 1/74 MMA
Vice Presidente – Victor Manuel Gonçalves Barata, Sócio n.º 457, 1ª/68 MELEC
Vice Presidente – José Manuel da Silva Sanches Vieira, Sócio n.º 1743 2ª/70 MMA


O Presidente da M.A.G.
Artur Neto Viegas


MANIFESTO ELEITORAL


Tem vindo a Associação de Especialistas da Força Aérea (AEFA), desde há alguns anos a esta parte a consumar um constante e progressivo distanciamento da sua razão de ser: os sócios e o seu pacto social.
As mais diversas intervenções, nos mais diversos meios de comunicação, atestam que o objectivo da AEFA se encontra adulterado, subvertido e mesmo espezinhado.
A essência de qualquer associação é os seus associados, isto é, as pessoas.
Quando fundada a AEFA foi gerada dentro de uma determinada contextualização, adaptada e em conformidade com a época, mas já lá vão mais de trinta anos.
Curiosamente a AEFA, constituída por gente capaz de empreender, decidir e resolver, apresenta-se hoje como um corpo estranho, acéfalo e desagregado, sendo que a união era o seu maior potencial.
Quem viveu a sua génese sente-se hoje desconfortado.
Quem a dirigiu sente-se hoje defraudado.
Foram anos e anos, em que a alienação da nossa AEFA foi sendo vertida. Para o conseguir nem sempre é necessário ter poder institucional, por vezes o poder e a sedução relacional são mais eficazes. Nem sempre quem manda pode.
Estamos atrasados quinze anos no tempo que não no espaço.
Os fratricídios têm de terminar.
Urge dotar a nossa associação de um novo paradigma que nos conduza àquilo que são as expectativas dos associados. Contudo importa aqui sublinhar que é premente que os associados tenham a mais correcta interpretação do objecto social da nossa associação. Não é uma associação de cariz sindical, nem uma associação de intervenção político-partidária.
A leitura no nosso pacto social é objectivo e conciso quando diz no seu Art. 4º do Regulamento Interno;
“A Associação de Especialistas da Força Aérea tem por objectivos:
1 - A promoção, divulgação e estudo da causa aeronáutica.
2 - A análise e debate da problemática da Defesa Nacional na perspectiva da sua componente essencialmente aeronáutica.
3 – A congregação de todos os antigos e actuais Especialistas possibilitando-lhes, além do expresso nos números anteriores, a possibilidade de desenvolvimento cultural, convívio, treino físico e apoio social, como forma de manter vivo o espírito intrínseco do Especialista da Força Aérea.”
Foi para isto que a AEFA foi formatada, foi neste contexto que foram sintetizados aquilo que aos fundadores pareceu a melhor e mais objectiva forma de congregar os Especialistas “sujeitando-os” a um vínculo indefinido, mas objectivo que cada um definirá por si – o espírito intrínseco do Especialista.
Os paradigmas alteraram-se.
Diríamos mesmo que se subverteram.
Aquilo que era essencialmente o convívio e a amizade situa-se hoje em vertentes bem mais relevantes que urgem abordar e intervir: falamos desenvolvimento cultural, convívio e apoio social.
Conscientes da responsabilidade que o facto – marcante - de podermos utilizar o nome de A.E. da Força Aérea nos determina, por respeito, admiração e lealdade para com a Força Aérea Portuguesa, não poderemos deixar de intervir em matérias que, aparentemente com objectivos políticos se nos afiguram como sociais, como seja o caso dos antigos combatentes. Hoje ou ontem, a AEFA deverá ter um papel mais interventivo, devidamente enquadrado na serenidade e sensibilidade que nos caracteriza, mas assumir a liderança de projectos e de iniciativas que, sejam incómodas ou não, constituem o nosso sentimento face às políticas (não) adoptadas para com os ex-combatentes.
A perenidade da nossa Associação está em causa. O Especialista, tal como qualquer ave rara, está em vias de extinção. Importa dizer que hoje é-se Especialista por profissão, enquanto nós fomos por vocação.
Há diferenças.
Contudo pode haver algum caminho a fazer neste âmbito.
O Especialista carece de estar activo. Cada um tem a sua vida, familiar e social, mas a aprendizagem ao longo da vida, termo tão politicamente correcto, é uma imergência.
Aquilo que há trinta, vinte ou mesmo dez anos eram impensáveis está a acontecer, fruto de uma sociedade virada para o pós-modernismo que esquece a sua maior grande valia que é o capital humano.
Será nesta mais-valia, nesse capital humano, que para nós é tão rico, que teremos de consolidar linhas de estratégia, sólidas, abrangentes e operacionais para que possamos defender os nossos ou, no mínimo, mitigar o seu sofrimento.
Muitos dos nossos associados encontram-se num patamar difícil da vida. Estão ainda distantes da quarta idade, mas muitos já entraram e muitos outros se preparam para entrar na terceira idade. Se por um lado constitui uma boa notícia, por outro, para os que possuem famílias desestruturadas, ou mono famílias avizinham-se períodos complicadas que deverão merecer uma superior atenção tão imediata quanto possível.
Basicamente para uma potencial convergência com estes objectivos mais de fundo torna-se urgente:
Alterar o Regulamento Interno, de forma a não ser mais a manta de retalhos anacrónica e descontextualizada que foi aprovada por uma AG sem sentido institucional.
Reorganizar, reabilitar e reestruturar todo o tecido estrutural da AEFA, credibilizando-o, responsabilizando-o e monitorizando-o.
Já falamos da vertente cultural, mas ao de leve, importa concretizar.
Existem hoje diversas formas de chegar ao conhecimento. Quando falamos em Universidades Seniores, ocupação de tempos livres, Novas Oportunidades, conhecimento em geral, pergunta-se? Não será uma forma de prestar serviço aos associados através de um plano geograficamente articulado que possa servir a todos? Cremos que sim.
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) são uma realidade para o bem e para o mal. Contudo são uma importante ferramenta na possibilidade de comunicação quase instantânea e, dentro de um princípio de transparência, nada mais do que aproveitá-las, mas sem intermediários. Urge ter o nosso “site” operacional.
Estas mesmas TIC permitem hoje reconhecer que no espectro da AEFA existem diversas comunidades, geradas por sentimentalismos muito próprios e perfeitamente explicáveis, como os “da Guiné”, os “Nanamue”, os “da BA 7”. Todos são especialistas.
A AEFA deverá ter nesta matéria uma leitura de escala.
As amizades perpetuam-se em função da quantidade/qualidade das vivências. Todos sabemos que elas foram mais vivenciadas ao nível de BA/AB/AM ou mesmo AT.
A AEFA deverá ver nestas comunidades, virtuais ou reais, não um empecilho, mas antes verdadeiros parceiros operacionais. E é, neste princípio, que a AEFA sobrevirá sabendo-se assumir como entidade federadora, garantia do património colectivo que a indecifrável frase “valor intrínseco do especialista” cuja somente poderá ser descodificada por cada um de “per si”. Deve-se apostar nestas comunidades optando-se um procedimento de apoio administrativo e afectivo a cada uma delas.
A reorganização territorial da AEFA deverá merecer uma atenção inovadora, pretendendo-se um enquadramento compatível com o que a sociedade vai denunciando e as diferentes Instituições deram como adquirido. Um sistema regional.
Trabalho, empreendedorismo e inovação, frases tão em voga, serão igualmente necessários, assim como uma mais estreita e desinteressada aproximação dos associados à sua Associação.
06/JUL/2010