segunda-feira, 25 de julho de 2011

Voo 2412 FOGACHAL IN SOBRE BISSALANCA,EM 13 NOV68 ?!QUEM SE LEMBRA?


Solicita-nos o nosso leitor J.C.Abreu dos Santos a publicação deste voo no sentido de esclarecer a verdade dos factos o mais real que possível.
Assim vamos abrir a discussão sobre o assunto,ficando a aguardar os comentários daqueles que viveram esta época em Bissalanca.

Legenda: Vista aérea da Base Aérea 12,Bissalanca – Guiné

Foto:Especilaistas da BA 12 (direitos reservados)


Estimados veteranos Especialistas do AB2/BA12,


O vosso camarada-de-armas Carlos Sousa, ex-1Cb MAE (incorporação de Jun67 na BA2-Ota), com comissão de serviço na ZACVG em Nov68-Jun70, actualmente residente em Portimão, prestou ao jornalista José Carlos Marques um depoimento, publicado no pretérito dia 3 na revista dominical do Correio da Manhã, no qual se pode ler - logo abaixo ao destaque «Tiros à chegada» -, o seguinte:
- «Cheguei à Guiné-Bissau no dia 13 de Novembro de 1968. [...] Quando fazia o trajecto [...] para onde eu ia ficar - na mesma base - começou uma chuva de tiros e morteiros. Teve de ser uma equipa do Exército a retirar-me do local em segurança. Estava feito o meu baptismo de fogo, poucos minutos depois de ter chegado à Guiné-Bissau.»

À excepção do ocorrido nas madrugadas do sábado 17Fev68 e da 4ªfeira 09Jun71, desconhece-se qualquer outro fogachal IN sobre Bissalanca: fosse na aludida data (4ªfeira 13Nov68, em pleno dia!); ou sequer em mês próximo ao referido.
Acredita-se de interesse que, no vosso blogue especialistasdaba12.blogspot.com/ , seja circulado este tema, em vista à recolha de testemunhos e comentários que possam elucidar sobre o tal "baptismo-de-fogo".

Como tópico para uma salutar troca pública de informações e opiniões, transcreve-se o seguinte:
- «A verdade dos factos é que interessa. Eu estava lá! Não houve nenhum ataque de morteiro ou rpg, são tudo fantasias. Estavámos a almoçar na Eng. [BEng447], quando começaram [no aquartelamento do CIC-Brá onde estava a 3ªCCmds] as primeiras explosões: saímos à rua e começámos a ver tudo a voar, e explosões por todo o lado; nada mais do que isto! Que o IN tivesse aproveitado os factos, é natural: mas sermos nós a alimentar o ponto de vista do opositor, não. Durante o meu tempo de comissão [15Jan68-15Jan70], para além do ataque à Base Aérea em Fevereiro de 68, não tive conhecimento de qualquer ataque a Bissau. [...] Não alimentemos boatos, só factos concretos. [...] Nada do que dizem têm ponta de verdade, são meros boatos.»¹
¹ (extractos de comentário no blogue "Luís Graça & Camaradas da Guiné", colocado às 14:52 de 05Set2009 por José Silvério Correia Nunes, ex-1Cb Mecº Elect.)

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Com os melhores cumprimentos,
J.C. Abreu dos Santos