sexta-feira, 12 de junho de 2015

Voo 3374 ENFERMEIRAS PARA QUEDISTAS HOMENAGEADAS NO 10 DE JUNHO.








 “Elas”
Elas são 46 e são portuguesas.
Começaram por ser 6 Marias, em 1961...e foram as primeiras mulheres a fazerem parte das Forças Armadas Portuguesas, graduadas em Alferes, com um forte treino militar e Curso de Paraquedismo.
Receberam a 08 de Agosto de 61 o seu brevet de paraquedismo e a sua boina verde.
Durante 15 anos foram ministrados 9 cursos e formaram-se um total de 46 Enfermeiras-Paraquedistas.
Actuaram nos três T.O. Ultramarinos (Angola, Guiné, Moçambique) de 1961 a 1974.
“Fazia parte das funções das enfermeiras pára-quedistas assistir feridos nos locais de combate, tendo estado, por isso debaixo de fogo com muita frequência. Efectuaram centenas de evacuações aéreas entre as ex-Províncias Ultramarinas e a Metrópole, dentro do próprio território africano para os hospitais e também de Goa e de Timor, acompanhando os feridos de guerra, doentes, familiares e crianças. Trabalharam no Hospital Militar Principal, Hospital da Força Aérea na ilha Terceira, Açores, e, quando este foi extinto, no Hospital da Força Aérea em Lisboa, nos Hospitais de Luanda, Lourenço Marques, Nampula, Guiné e nos postos médicos das tropas pára-quedistas, das Bases Aéreas, nas respectivas Províncias e na Metrópole. A sua acção era prestada aos três Ramos das Forças Armadas, bem como aos civis.”
No passado dia 10 de Junho, foram convidadas de honra e justamente homenageadas por centenas de ex-combatentes junto ao Monumento que evoca os combatentes caídos na Guerra do Ultramar Português, em Belém.
Pelo que cada um deles conta da sua experiência a seu lado, nunca serão demais as honras que lhe atribuam, porque se é comum dizer, nos cânticos que sempre entoam que “...boinas verdes sobem aos céus”, estes “anjos” desciam! E desciam nas horas mais críticas, sempre profissionais e com uma palavra de consolo a tantos e tantos.
Ah como seria o mundo tão mais justo, se as honrarias que ontem se atribuíram à “haute couture” de primeiras damas...lhes fossem colocadas ao lado das “asas” que lhe ornam o peito!
Para elas o meu (e de milhares de portugueses, tenho a certeza) mais profundo agradecimento e reconhecimento.
Elas, estas "Marias", sim...merecem-no!
Origem do Voo:

Elizabete Gonçalves

3 comentários:

  1. As palavras Postadas, magníficas, são um ínfimo "apontamento" das realidades e vivências.
    A Honra pelo zeloso cumprimento dum sentir interior foi complementada pelo Dever Pátrio.
    Muito, do mais que se possa dizer, não eleva nem define a real grandeza social que tiveram os seus desempenhos.
    Um Louvor apoucado, ainda é modo de se dizer "OBRIGADO" Camaradas. Ao "seu" dizer, me associo.
    As minhas (pessoais) Homenagens.


    Abraços

    Santos Oliveira

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  2. Agradeço pessoalmente e em nome das minhas colegas, as palavras colocadas neste " Blogue dos Especialistas da BA 12", Fizemos muitas evacuações aéreas de feridos, conjuntamente com os especialistas. Também tínhamos um bom relacionamento e agradecemos o prestimoso e incansável cuidado com que cuidavam das aeronaves e as mantinham sempre operacionais. Assim juntamente com os pilotos, foi possível salvar muitas vidas. Nós fomos uma parte, desse conjunto de pessoas que cumpriram as missões para que estavam destinadas. Fizemos o nosso dever e sentimo-nos felizes por esta Homenagem e por todas as outras formas carinhosas, com que nos têm tratado. Um abraço. Mª Arminda

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  3. A Piedade de Gouveia é minha IRMÃ. Muitas vezes deparei-me com pessoas que, ao saber que tinha uma IRMÃ PARAQUEDISTA, DEUS lhes perdoe, porque na sua estupidez e SANTA'??? ignorância, comentavam que essas ENFERMEIRAS ficavam na BASE à espera do HÉLI para os transportar até o hospital.... eu é que sei o que minha mana me contava sempre que vinha ao
    CONTINENTE....

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