José Andrade
Esp.MMA
Coimbra
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Coimbra
Versos declamados, pelo poeta popular e
autor Viriato Gouveia, na cerimónia que decorreu no dia 15/Agosto/2015, no
cemitério de Aldeia das Dez, junto da campa onde repousa o Alfredo Brito,
promovida e levada a cabo pelo Núcleo de Coimbra da Associação de Especialistas
da Força Aérea.
O Alfredo, cuja memória neste dia
evocamos, de fosse vivo tinha 84 anos.
Convivi de perto com ele na juventude, assisti com ansiedade crescente, a todas as manobras e peripécias do seu voar naquele dia fatal, estava a 30 metros de distância do sítio exacto onde o avião embateu, com grande estrondo na casa da Eduardinha, tia do Alfredo.
Escrevi estes versos em sua memória, que vou ler.
Convivi de perto com ele na juventude, assisti com ansiedade crescente, a todas as manobras e peripécias do seu voar naquele dia fatal, estava a 30 metros de distância do sítio exacto onde o avião embateu, com grande estrondo na casa da Eduardinha, tia do Alfredo.
Escrevi estes versos em sua memória, que vou ler.
Quinze de Abril de mil novecentos e cinquenta e três,
Manhã serena, é Primavera, há mil flores,
Um pássaro de aço veio do sul, pela segunda vez,
Em voo raso por sobre o espaço lançou temores.
O entusiasmo de juventude tece o enredo,
Que a mocidade tão generosa encomendou,
Naquela manhã de sol dourado, era o Alfredo,
Que pilotava o avião que não voltou.
Que a mocidade tão generosa encomendou,
Naquela manhã de sol dourado, era o Alfredo,
Que pilotava o avião que não voltou.
Quinze de Abril, às nove e trinta, um pássaro
estranho,
Surge no ar vindo do sul, sem bater as asas,
Algures no campo, espavorido, foge o rebanho,
E o receio cai de premeio por sobre as casas.
Surge no ar vindo do sul, sem bater as asas,
Algures no campo, espavorido, foge o rebanho,
E o receio cai de premeio por sobre as casas.
Chama por ele a Terra Mãe, o pátrio lar,
Em pleno Abril de céu azul, era tão cedo,
Na ousadia e intrepidez daquele voar,
Alguém falava entusiasmada….é o Alfredo.
Em pleno Abril de céu azul, era tão cedo,
Na ousadia e intrepidez daquele voar,
Alguém falava entusiasmada….é o Alfredo.
A ousadia pagou bem caro o seu tributo,
Á juventude folgazã, desprevenida,
E sem piedade, nem clemência, vestiu de luto,
Os vinte e três anos, ainda jovens da sua vida.
Á juventude folgazã, desprevenida,
E sem piedade, nem clemência, vestiu de luto,
Os vinte e três anos, ainda jovens da sua vida.
Quinze de Abril….era quarta-feira,
Na segunda antes, já cá tinha vindo,
O Alfredo voando pelos céus da Beira,
Acabou tão cedo o seu sonho lindo.
Na segunda antes, já cá tinha vindo,
O Alfredo voando pelos céus da Beira,
Acabou tão cedo o seu sonho lindo.
Alfredo José de Oliveira Brito,
Aqui foi criado, por aqui andou,
A Alma repousa lá no infinito,
O corpo na terra que o reclamou.
Aqui foi criado, por aqui andou,
A Alma repousa lá no infinito,
O corpo na terra que o reclamou.
Desde miúdo que que este acidente sempre foi comentado pelos mais velhos na minha Aldeia, Alvoco das Várzeas, gratificante ver que os camaradas de armas não esquecem.... e perceber melhor o que se passou naquele fatídico dia.
ResponderEliminarAbraço
Fernando Andrade