Amigo Victor Barata,cá estou de novo na LINHA DA FRENTE a reavivar memórias aos nossos técnicos.
Para quem esteve nesta Escola em 1970,quem se lembra?
As turmas do Exército,Força Aérea e alguns elementos da Marinha e GNR,formavam na parada e depois dos OK's,dados pelos chefes de turma ao sargento dia,este por sua vez,pedia ao oficial de dia autorização para o avanço para as salas de aula.
Depois do em frente marche,lá seguíamos desfilando ao som de marchas militares,que eram difundidas a partir da central telefónica e transmitidas através dos altifalantes instalados por toda a Escola.
Á medida que íamos avançando,era inevitável o cruzamento com os oficiais que iam dar essa mesmas aulas.Obrigando os chefes de turma,com frequência,a mandar olhar á esquerda e á direita,com a respectiva continência deste.
Lembram-se do "Dez p´rás duas"? Aquele capitão do Exército que tinha as pontas dos pés desfasadas 90º?
Também os toques de alvorada,recolher e outros,que estavam excelentemente gravados em vinil,por clarim desconhecido e eram difundidos no equipamento sonoro da Escola,nos momentos próprios.
Ora aconteceu,que no alvorecer de um belo domingo de Verão,em que a malta solteira e descomprometida,resolveu passar lá o fim de semana,na célebre praia de Paço D'Arcos
(lembram-se do acesso ao túnel?!...),foi surpreendida com um toque diferente e, sem duvida, mais suave do que nunca.
O nosso companheiro do Exército,que estava de serviço á central telefónica,resolveu colocar nos altifalantes da Escola,em substituição do toque de alvorada convencional,o então polémico e recentíssimo"Je Táime,moi non plus",lembram-se dele?
Nos tempos que corriam,foi preciso ter muita coragem.Mas tudo correu bem.
Nesta foto da época,recordo,da esq./dir. Carrilho,Eurico Frazão,eu,Augusto e Aurélio Cruz(Sangalhito).
Um grande abraço para ti e para todos os ZÉS da nossa FAP.
Até breve.
Augusto Ferreira
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