30-Mensagem do Augusto Ferreira
Melec/Av/Inst.
3ª/69
Amigo Victor Barata.
Venho hoje á LINHA DA FRENTE,prestar homenagem,a um grande companheiro nosso,durante as guerras de África,por vezes em momentos difíceis e do qual quase nem reparámos,bastas vezes,que também lá estava.
Trata-se do DO 27!
Melec/Av/Inst.
3ª/69
Amigo Victor Barata.
Venho hoje á LINHA DA FRENTE,prestar homenagem,a um grande companheiro nosso,durante as guerras de África,por vezes em momentos difíceis e do qual quase nem reparámos,bastas vezes,que também lá estava.
Trata-se do DO 27!
Este pequeno grande avião,sem grandes recursos técnicos,com o básico para o voo diurno,foi nosso parceiro em grande número de missões,levando-nos e trazendo-nos dos locais mais incríveis.
Pouco exigente,descolando e aterrando aonde fosse preciso,chegou a fazê-lo sobre restolho de capim e pistas improvisadas.
A imagem que nos transmitia o seu trem fixo,era a de quem pareceis estar sempre de mangas arregaçadas,para o que fosse preciso.
Com o motor a trabalhar,mesmo ali á frente do nariz,sem qualquer isolamento sonoro,com o cheiro quente do motor a invadir o cokpit,lá íamos com ele.Para quem viajou longas horas neste avião,sente saudades.
Cheguei até a passar pelas brasas,ao lado do piloto,em saídas que fazíamos depois de almoço e atingiam as 2 h de voo.
Para nós Melec´s,dava-nos um bocadito de trabalho.Era a "calagem dos magnetos",que de vez em quando era necessária as revisões.As baterias,que por ausência de PutPut nos Am´s,tinham que ser substituídas de vez em quando.
Esta foto no AB 7 - Tete,quando efectuávamos a respectiva "calagem".Infelizmente,não me recordo dos nomes dos meus camaradas.Pouco exigente,descolando e aterrando aonde fosse preciso,chegou a fazê-lo sobre restolho de capim e pistas improvisadas.
A imagem que nos transmitia o seu trem fixo,era a de quem pareceis estar sempre de mangas arregaçadas,para o que fosse preciso.
Com o motor a trabalhar,mesmo ali á frente do nariz,sem qualquer isolamento sonoro,com o cheiro quente do motor a invadir o cokpit,lá íamos com ele.Para quem viajou longas horas neste avião,sente saudades.
Cheguei até a passar pelas brasas,ao lado do piloto,em saídas que fazíamos depois de almoço e atingiam as 2 h de voo.
Para nós Melec´s,dava-nos um bocadito de trabalho.Era a "calagem dos magnetos",que de vez em quando era necessária as revisões.As baterias,que por ausência de PutPut nos Am´s,tinham que ser substituídas de vez em quando.
Além das missões de evacuação de feridos,(por vezes com o sôro pendurado no tecto do avião),transporte de materiais e pessoal,ainda chegou a ser equipado com metralhadoras,no espaço por trás do piloto e com ninho de rochets nas asas.
Chegámos a transportar nele,soldados mortos em combate,embrulhados em oleados camuflados do Exército os não transportassem por terra,atendendo aos perigos que isso podia acarretar.
Mas também transportou alegria!
Para os nossos companheiros do Exército,que estavam no destacamento de Cantina de Oliveira,quando lá chegávamos com o DO 27,(que era de tempos a tempos),matava-se uma cabra para festejar e a única coisa que nos pediam para lhes levar,quando lá voltássemos,era umas cervejas e papel higiénico,reparem só.
Quando estivemos na Beira em 73/74,com os T6-G e também com o DO 27,ele também foi utilizado,ao final da tarde,para o lançamento de paraquedistas á vertical da cidade.Algumas vezes também com as filhas do EngºJardim que praticavam a modalidade.
Esta foto reporta-se ao tempo que estivemos na BA 10,da esq./dirª.Eu(Augusto),Cipriano,(?),
Matra(sentado)e(?).
Daí ele merece,com tada a justiça,o devido destaque que lhe deste,ao colocá-lo na montra do nosso blogue.
BEM HAJA DO 27.
Um grande abraço para ti e para todos os ZÉS ESPECIAIS da nossa linha da frente.
Até breve.
Augusto Ferreira.