domingo, 15 de fevereiro de 2009

791 AS ENFERMEIRAS PARAQUEDISTAS.



Miguel Pessoa
Ten.Pilav (Hoje
Cor.Pilav.Ref.)
Lisboa
Caro Victor
Fiquei sensibilizado pela maneira como lembraste o papel das enfermeiras paraquedistas(*) no apoio às evacuações no Teatro de Operações da Guiné, que envolveram certamente bastantes dos que hoje são membros da ADFA.
Não estando directamente envolvido, embora seja parte interessada, lembro-me, como evacuado, da sensação reconfortante de um rosto amigo junto de mim, num momento mais difícil da minha vida.
Como piloto, pude acompanhar de perto a abnegação e profissionalismo dessas enfermeiras no decorrer das evacuações, o esforço que faziam para minorar o sofrimento dos feridos, o desgosto que sentiam quando os seus esforços eram em vão e mais uma vida se perdia.
Um abraço amigo.
Miguel Pessoa


(*)Mensagem 787 da ADFA
VB. Miguel não o posso fazer de outra maneira,pois foram elas parte integrante da Guerra Colonial e tão esquecidas são.Compartilhei com esta"meia dúzia"de mulheres momentos muitos difíceis,desde o evacuar feridos, a um parto em pleno voo de DO 27.Mas muito mais,quando faziam as evacuações à zona(**)saltando do Heli desprezando totalmente o perigo a que se submetiam, para salvar uma vida.
Quando hoje vejo as Forças Armadas Portuguesas com elevado efectivo de pessoal feminino cheio de galões(provavelmente até já algum estrelato!?...) e me lembro destas
mulheres,com formação académica serem ,furriéis,Sargentos...,que nem o 25 de Abril as promoveu,como o fez a muitos que hoje vão usufruindo dessa "promoção",chamo-lhes "MULHERES DE GUERRA"
(**)Evacuação feita em plena zona de combate